Pov Rose

Faz mais de um ano que estou vivendo nesse inferno, toda vez que ele toca em mim, eu choro, aqueles olhos azuis me dão medo. A única pessoa em quem confio é Arthur. Ele sempre tenta cuidar de mim depois que o nojento do Stevam me toca. Se não fosse o Arthur, eu não sei o que seria de mim.

É agosto, e sinto algo estranho em mim, vejo Stevam chegando. Minha raiva por ele só aumenta, desejo que algo o faça parar e do nada ele fica pendurado de cabeça para baixo no ar, me assustei ele começou a gritar comigo perguntando o que ei tinha feito, eu estava em choque e do nada ele caiu no chão. Ele parecia assustado e com medo saiu correndo, agradeci a quem fez isso, pois me livrou de mais um abuso.

Já era 8horasda noite quando a campainha tocou como sempre a escrava – se ler eu – foi abrir a porta.

– Por favor a senhorita Weasley – perguntou um homem estranho de vestes e cabelos negros.

– Me desculpa, mas acho que o senhor errou de casa, não tem ninguém com esse sobrenome aqui. – respondi educadamente.

– Por favor senhorita Rose Weasley? -= na hora gelei, sabia que era adotada, mas achei que tinham me abandonado como Katherinne disse – É a senhorita certo? – somente fiquei calada – Sou Severo Snape, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e vim lhe buscar para que possa ingressar em seus estudos e conhecer sua real família. – na hora q ele disse família, comecei a chorar.

– Para que eu iria querer conhecer aqueles que me abandonaram e me jogaram nesse inferno? Você não sabe o que eu passo aqui! – gritei nervosa e chorando.

Ao ouvir os gritos Katherinne e Stevam que estavam na cozinha vieram ver o que estava ocorrendo, Arthur que estava no quarto desceu correndo.

– Eles não te abandoam Rose, você foi sequestrada, tomada de seus pais e seu irmão gêmeo quando tinha apenas 5 meses. Isso tudo porque queriam que você fosse uma bruxa amargurada, uma bruxa com o seu poder para usa-lo para as artes das trevas – o tal Snape disse.

– Como vou saber se isso é verdade, se sou mesmo uma bruxa? – perguntei desconfiada.

– Você nunca fez nada fora do comum? Nunca leu a mente de ninguém por acidente? – ele perguntou.

Sim eu já tinha lido a mente do Stevam antes ou durante o abuso, sempre fiquei horrorizada depois de tais coisas q ele pensava, sem falar que hoje inexplicavelmente ele ficou pendurado pelo tornozelo.

– Sim – respondi com um fio de voz.

– Então, eu sei de tudo que você passa nessa casa, que sofre abusos desse trouxa e essa trouxa só te maltrata e faz você de escrava. O único que ainda te ajuda é esse rapaz – apontou para Arthur – então Rose, venha comigo, você ficará muito melhor em Hogwarts!!! – disse o homem me olhando.

Eu tinha que tenta mudar de vida, não aguentaria mais ficar ali sofrendo, afinal, não tinha nada a perder...

– Sim, eu vou com você! – respondi confiante e com esperança de mudar de vida.

– Amanhã as 10horas em ponto, passo aqui para te pegar, esteja pronta! – e dizendo isso ele simplesmente desapareceu...

***

Não posso nega que a ideia de sair acompanhada somente por aquele homem estranho me fazia tremer, e se ele fosse igual o Stevam e abusa-se de mim? Não. Não posso pensar nisso, pelo menos tentaria não pensar.

Estava arrumando minhas poucas coisas quando a porta se abre c0m força e Stevam entrou segurou meu braço e gritou:

– Eu sabia que um dia você ira embora, que um dia eu iria perder meu brinquedinho, mas antes de você vai ser minha de novo pela ultima vez e essa você nunca vai esquecer! – eu estremeci de medo, comecei a chorar desesperada, com o tempo aprendi que se eu me debatesse as coisas só pioravam e que era isso que ele queria.

***

No outro dia acorde me sentindo enjoada e com nojo novamente do meu corpo. Tomei um banho mais longo que o necessário tentando me livrar de todos os vestígios dele, mas não consegui.

Minhas coisas já estavam arrumadas, as 10horas em ponto a campainha tocou, e eu sabia que era o tal bruxo, me despedi do Arthur, que mandou eu me cuidar e apesar de gostar de mim, disse que estava feliz por eu sair daquele inferno.

Sai daquela casa sem olhar para trás, decidida a tentar muda minha vida, apesar do enorme medo que eu sentia dos homens.