O Cavalo De Bronze - Fic Interativa escrita por CarpeDiem


Capítulo 7
Cecile


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, é que minhas provas são segunda-feira e domingo eu passei um tempo estudando.



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-Que merda é essa, Helena?! – Gabriela não acreditava no que via, a Dawson estava idêntica á Julieta Felers em tudo, mas ainda sim vestia a camisola preta de Helena.

-Gostou? – Helena fazia caras e bocas.

-De novo... Que merda é essa?! – Gabriela olhava firme para Helena que fez uma cara descontente e se sentou na cama.

-Se lembra que eu consegui uma dispensa com Tobias...

-Eu não iria esquecer.

-Bem, eu fui fazer uma visita para meu pai, na Inglaterra e aproveitei para passar no Borgin & Burkes.

-Mas essa é uma loja de magia negra.

-Exato... E foi lá que eu consegui isso. – Ela fez um movimento com os dedos perto dos olhos e ela começou a voltar ao normal enquanto uma máscara negra e dourada, parecida com uma máscara antiga de carnaval.

-E isso te transforma na pessoa que você quiser? – Gabriela pegou a máscara e olhou firme.

-Não exatamente... Funciona mais ou menos como a poção polissuco, mas em vez de um código de DNA qualquer, precisa de sangue da pessoa.

-E onde você arranjou sangue da Julieta? – Perguntou Gabriela assustada.

-Paquera do último ano, sabe... Aulas de medicina mágica... Ele nem percebeu quando eu peguei. – Disse Helena com um sorriso.

-Você é macabra. Agora me explica como vai ser esse maldito plano...

-Só depois da nossa aula de estudo dos trouxas.

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  Cecile Ellard –

   Senti os raios de sol irem contra o meu rosto, mais especificamente os olhos, fiz uma careta e me levantei, olhei para os lados e todos ainda dormiam tranquilamente, a única que não estava na cama era Jessica, olhei e definitivamente percebi que ela era a “rainha” do instituto, sua cama estava perfeitamente arrumada e cheirosa e que tinha seu gato preto e de olhos verdes chamado Lucky que me encarava. Sinceramente me senti um lixo, olhei para minha cama toda desarrumada como se um troll tivesse dormido ali, procurei um frasco na minha cabeceira e quando o achei peguei uma pílula verde e a engoli bebendo um pouco de água e me senti relaxada.

  Desci as escadas e encontrei o time de quadribol sentado conversando no sofá que tinha ali, o salão comunal dos peregrinos tem paredes cheias de azulejos de cor negra e o que me faz às vezes me lembrar do ministério da magia inglês do qual sempre que podia visitava.

  Cheguei bem perto deles e falei “bom dia”, recebendo um de volta de todos, mas eles pouco se preocuparam com minha presença, preferiam escutar as histórias sexuais de Lucas com uma menina penacho e como foi sua noite de prazer com a garota depois da vitória das araras, aquilo estava realmente me irritando, não entendo de tudo do português, mas sabia que estavam falando imoralidades para lá de perversas. Foi quando Raeflr, minha fuinha, chegou e ficou no meu colo e para minha surpresa ele ficou olhando para conversa, machos são todos iguais mesmo. O coloquei pro chão e saí dali rapidamente até o salão onde iria tomar meu desjejum, quando cheguei todos pareciam me olhar, a mesa arara olhava com ódio para mim, fechei os olhos e continuei a andar até minha mesa e ao me sentar logo meu prato e copo se encheram.

-Com licença... – Ouvi uma voz atrás de mim e ao me virar tive um susto, estava cara a cara com Julieta Felers e ela era até mais linda do que todos falavam.

-Sim? – Apenas disse isso, seus olhos violetas me encaravam e aquilo era o suficiente para despertar um sentimento de alegria em qualquer um.

-Você fez um bom jogo ontem, uma pena que o time do meu namorado não ganhou, mas foi uma grande conquista feminina sua entrada nos peregrinos. – Ela disse com um sorriso iluminado que poderia descongelar até o mais frio coração.

-O... Obrigada... Eu acho. Mas você namora o Liam? – Perguntei deixando-a de fitar por um minuto para encarar um garoto loiro na outra ponta conversando descaradamente.

-Não. Eu namoro o Akaito, o apanhador que pegou o pomo. – Quando ela disse juro que só faltei botar pra fora o pouco que tinha comido hoje, qual seria o motivo para Julieta Felers, uma das garotas mais lindas do instituto estar namorando um primeiranista. Dinheiro não seria porque ela era de longe uma das pessoas mais ricas do instituto, fama também não já que ele tinha sido apanhador apenas por um jogo e não era de uma grande família bruxa, eu não podia acreditar, mas ela estaria apaixonada pelo garoto?

-Cecile! – Ouvi uma voz me chamar e virei o rosto junto com Julieta, Lucas me chamava na porta do salão.

-Eu tenho que ir... Mas foi bom conversar com você. – Disse e Julieta apenas me deu um sorriso. Sai dali e fui de encontro a Lucas que agora não estava mais na porta e sim no corredor, ao sair do salão e virar para o corredor avistei Artur, Lucas e outro garoto... Alan Ackerman, lembrei-me de seu nome, mas foi o tempo que Artur pegou meu braço e quando vi estava em girando e não entendia nada, foi quando me vi em frente a um espelho e uma pia, senti uma vontade imensa de vomitar toda a pequena quantidade de comida que havia ingerido naquele dia, corri até uma pia e pus para fora.

  Quando terminei me virei e vi o artilheiro principal dos peregrinos e nosso capitão me olhando com um sorriso sarcástico na boca.

-Que merda foi essa?! – Disse pra ele querendo gritar, mas estava fraca e saiu bem fraco.

-Aparatação. – Ele respondeu com normalidade.

-Aparatação?Mas não é só a partir do...  – Me esqueci do resto da frase em português e começou a vir frases em hebraico do que estava pensando.

-6º Ano? – Ele disse, sabia que eu era de Israel e que ainda não estava completamente acostumada com a língua portuguesa.

-É... Onde estamos? – Falei, queria desesperadamente fugir dali.

-Estamos em um antigo banheiro, hoje em dia apenas eu o uso. – Ele falou andando até uma banheira, realmente aquele lugar estava bem limpo para algo aparentemente fechado há tanto tempo.

-Eu quero sair daqui...

-Não antes de me responder. Julieta... Você a conhece? – Ele perguntou com a cabeça baixa.

-Não... Ela apenas me parabenizou pelo jogo de ontem. – Ele fez uma cara de interrogação, percebi que o sotaque foi muito forte e ele estava tentando compreender o que eu disse, quando compreendeu bufou.

-Mas que droga!Todo santo jogo eu marco mais de cem pontos e ninguém me parabeniza por isso!Ela então... Nunca me parabenizou nem quando eu ganhei praticamente sozinho a “Taça das rapinas” no primeiro ano. – Ele disse com raiva se levantando e depois se sentando de novo na beira da banheira gigante.

-Ela também disse que está namorando... – Falei tímida, ele deu uma risada.

-Com o apanhador japonês de cabelos ruivos?

-É.

-Não me impressiona. Por que mulheres gostam de homens afeminados? – Ele perguntou, fiz um gesto que não sabia, mas não podia falar nada, meu único namorado foi um garoto pra lá de afeminado que acabou se assumindo gay.

-Venha. – Ele falou estendendo sua mão, ainda não sabia como ele tinha aprendido a aparatar, mas não perguntaria agora, andei um pouco e estendi minha mão, assim que o toquei senti meu corpo girar de novo e antes mesmo de eu perceber estava de volta no meu quarto.

  Puxei um balde perto da minha cama e vomitei ali mesmo, pelo menos nada havia estrunchado. Assim que terminei vi Jessica olhando para mim enquanto segurava um livro de capa bege e tinha um sorrisinho no rosto.

-Está entregue. – O capitão falou e voltou a aparatar dali.

-Não se preocupe... Eu tenho planos para você... Gabriela é Helena... Você não viu nada... – Jessica falou sozinha me encarando, não sabia no que estava me metendo, realmente não sabia.


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Notas finais do capítulo

Olha pessoal, eu considero esse o pior capítulo até agora, mas foi preciso para mostrar que Jessica está tão forte no jogo quanto Helena.