O Cavalo De Bronze - Fic Interativa escrita por CarpeDiem


Capítulo 12
Semana Medieval IV


Notas iniciais do capítulo

Ia postar um de manhã e um de noite, mas estava com uma preguiça danada, aproveitei minha manhã de sábado para ler um pouco, ficar no facebook e tudo mais, e resolvi fazer esse capítulo agora de tarde, bem, talvez eu ainda poste o próximo hoje de noite, talvez.



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Marianna -

   Meus olhos ardiam bastante, não sentia metade corpo e as poucas partes que sentia estavam doloridas, minha respiração estava pesada e minha cabeça parecia ter levado uma martelada, fiz um enorme esforço e consegui abrir os olhos, me deparei com um monte de cortinas brancas e que estava deitada em uma maca branca. As cortinas se abriram e entraram dois homens, um era Tobias e outro não reconhecia, mas me lembrava vagamente dele.

-Que bom que acordou senhorita Alcantara. Ainda deve estar um pouco dolorida e boa parte de seu corpo ainda deve estar paralisado, mas logo isso deve passar, tenho que lhe dizer que saiu bastante machucada e também que não pesquisou tanto assim sobre grifos. – O diretor Tobias falava com um sorriso no rosto sentando-se ao meu lado, o outro homem, que agora me lembrava que era o auror que tinha me salvado continuava em pé me fitando com seus frios olhos opacos.

-Não entendo o porquê de dizer que não pesquisei o suficiente sobre grifos.

-Se tivesse pesquisado um pouco mais se lembraria que o ninho dos grifos gera uma sensação de ganância excessiva nas pessoas, afinal, tanto ouro ali que poderia lhe garantir uma vida confortável, e até mesmo uma vida confortável aos seus sucessores, algumas famílias no mundo bruxo iniciaram fortuna por causa de ovos de grifos, sua companheira de prova, Julieta felers é um bom exemplo, sua família é hoje a mais rica do sul do país porque á muito tempo atrás um bruxo de sua família tomou para si todos os ovos de um ninho de Grifo. – Fiquei enraivecida ao ouvir isso, me lembrei naquele exato momento que tinha lido sobre isso em um dos livros da biblioteca, mas já era tão tarde da noite e como já estava quase caindo no sono não prestei tanta atenção.

-Mesmo tendo sido salva, os quatro ovos de ouro foram contabilizados, mas apenas um deles poderá ficar com você. Mesmo assim teve bastante sorte, sua outra companheira de prova, Janaina, não teve tanta sorte quanto você, acordou o grifo de primeira... – O diretor parecia falar se lembrando de algo.

-Então... Como ele me salvou? –Falei tentando me levantar, mas logo senti um ardor enorme na minha barriga, me lembrei que estava toda enfaixada por causa dos cortes na barriga.

-É melhor ficar deitada. Nós temos um padrão adequado de defesa e salvamento... – Falou pela primeira vez o auror, o encarei seriamente. – Norton... Norton Felers. – Ele falou e minha cabeça começou a raciocinar aos poucos.

-Você é irmão da Julieta?! – Perguntei atônita e pela primeira vez eu o vi dar um sorriso.

-Primo... De 2º Grau. – Ele disse e depois ouve gritos do lado de fora e eles saíram logo depois, o que será que teria acontecido.

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Julieta Felers –

  Minhas mãos tremiam, já tinha visto Marianna sair dali praticamente desacordada nos braços de meu primo, Janaína que foi em seguida saiu bem mais rápido, mas estava evidentemente com um braço quebrado, e saiu sem nenhum ovo... Me senti com medo de também não pegar nenhum, qualquer ovo colocado na bolsa será contabilizado, se você sair pelo caminho de entrada você poderá ficar com todos os ovos, se precisar da ajuda de um auror para sair, os ovos que pegou serão contabilizados, mas poderá ficar apenas com um. Quem havia saído há pouco tempo foi Katherine, ela pegou três ovos, mas precisou sair com á ajuda de um auror, o que lhe dava o direito sobre só um daqueles ovos, ela saiu apenas com algumas marcas roxas nos braços. O diretor e Norton entraram na tenda médica e quem precisou me levar até a caverna foi um auror conhecido meu, Leo, era amigo de Norton.

  Andei até a caverna e logo desapareci na escuridão, como ás outras haviam desaparecido antes de mim, me assustava saber que eu não teria um destino muito diferente do delas.

  Aquela caverna realmente deveria tirar ás forças de quem entrasse. As plantas fofas que acariciavam e sufocavam ao mesmo tempo enchiam a caverna escura, às vezes verificava se minha bolsa ainda estaria ali, minhas batatas da perna já formigavam e mesmo eu achando que estava andando á uma hora pelo menos, não deveria ter andado nem dez minutos se duvidar, por sorte as plantas fofas que deixavam tudo escuro desapareceram e eu saí em uma sala toda de pedra, que tinha um grifo dormindo em cima de um ninho de ouro, sua posição deixava que eu visse ainda alguns ovos, a criatura era gigantesca e suas garras assustavam, tinha o corpo de leão e a cabeça de águia, era marrom e parecia tranquilo á dormir em seu ninho que valia pelo menos 1000 galeões, andei até a escrivaninha que tinha ali e abri um pouco á gaveta, para meu azar o barulho da gaveta de madeira foi muito alto, o suficiente para acordar á criatura, puxei minha varinha e comecei á recitar o maior número de feitiços que lembrava naquele momento, nenhum conseguia derrubar á criatura que continuava á avançar aos poucos.

  O grifo avançou contra mim fortemente, senti que meu corpo iria se dividir em dois, não escutei nenhum osso quebrar, mas senti que pelo menos ele tinha quebrado um osso, por sorte á gaveta da escrivaninha se abriu e eu vi uma espada longa, feitiço de expansão. Peguei á espada longa de duas mãos e saí de baixo da escrivaninha e do armário prestes á cair, minha boca sangrava e estava com muita dor, muita dor mesmo! O grifo saiu de cima dos móveis os deixando cair e antes de se virar segurei com força e com as duas mãos o cabo da espada e a levantei, meus ossos quebrados doeram, meus músculos formigaram, mas não desisti, precisava provar que não era apenas á Julieta Felers, á garota bonita que precisa de um cavaleiro de armadura prateada para ser salva, desci minha espada longa com força, uma força que nem eu sabia que tinha, talvez fosse como á força das mães que levantam carros para salvar os filhos, talvez.

  Durante todo o caminho de volta pensei em minha vida até agora, eu já sentia uma dor enorme, mas agora mesmo com á caverna me sugando o restante das forças que tinha. Não me importava, não podia me importar, meu único objetivo era sair dali, foi quando senti  as plantas fofas pararem de me rodear, senti a pouca luz do fim do dia encher meus olhos e um monte de pessoas me olharem espantadas, deveria estar descabelada, ensanguentada, toda roxa, parecendo Bellatrix Lestrange em Azkaban talvez. Joguei minha bolsa no chão, ela tinha 40 ovos dentro dela, logo depois joguei o ninho de ouro do grifo no chão, estava vazio e rapidamente ergui á cabeça decepada do grifo enquanto colocava meu pé em cima do ninho de ouro, os olhos do grifo estavam fechados, á cabeça ainda sangrava, não acreditava no que tinha feito com aquele animal, tinha lhe decepado á cabeça, mas naquele momento não importava, ás pessoas me olhavam com um olhar assustado e era isso que eu queria, eu queria ver Artur, o capitão do time de quadribol com aquela cara de assustado, ele provavelmente não conseguiria fazer aquilo, mas logo depois á expressão dele mudou, um sorriso se abriu e ele começou á bater palmas, e rapidamente todos o seguiram, todos começaram á gritar meu nome, eu havia ganhado, eu havia matado um grifo, eu agora tinha dinheiro o suficiente para me garantir ás minhas custas pelo resto da vida, eu era a campeã de uma das provas mais difíceis e perigosas da semana medieval, agora todos teriam que me respeitar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da narração da Julieta e de seus motivos? E Norton Felers?Bem, próximo capítulo voltaremos com a narração da Gabriela, e a última prova da semana medieval. Até mais.