In The Hands Of Time escrita por WaalPomps, Miss Lopez Puckerman


Capítulo 6
Cap. 5 – Big Brother




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Puck P.O.V

Cara, eu realmente senti falta desse colégio. E olha que faz só três meses que eu me formei.

— Puckerman. – ouvi alguém gritar e me virei dando com Sam, que vinha sorrindo.

— Boca de Caçapa, fala ai. – cumprimentei com um abraço, antes de voltarmos a caminhar – Então, qual a emergência?

— Seu meio-irmão está dando mais trabalho que você na escola. – explicou ele e eu franzi o cenho. O tal bastardinho tinha vindo parar aqui?

— E o que eu tenho a ver com isso? – perguntei e Sam riu.

— Jake é um bom rapaz, só está um pouco perdido, assim como você estava. E quando fez a audição para o Glee, se descontrolou e quebrou algumas coisas no palco. Também tem cabulado muita aula e já encrencou com alguns garotos. – explicou meu amigo e eu suspirei. Típico de família.

— E o Sr. S quer que eu converse com o moleque? – perguntei e Sam assentiu.

— Ele é seu meio-irmão Puck, uma cópia sua praticamente. – explicou o loiro – Se tem alguém que pode ajudá-lo é você.

— Onde ele está? – perguntei por fim.

— Sala do coral... Sr. Scheu estava falando com ele.

Assenti com a cabeça e segui pelo caminho que eu já conhecia, passando por algumas cherrios muito gostosas e algumas novatas gatinhas. Quando é o baile do colégio mesmo?

Chegando a sala do coral, Sr. S discutia com o tal Jake. Abri a porta e ambos se viraram para mim. Sr. Schue com um sorriso e Jake com uma expressão que eu não conseguia decifrar.

— Puck, que bom que chegou. – comemorou meu antigo professor parecendo cansado – Agora é com você. – e saiu deixando nós dois sozinhos naquele silêncio constrangedor.

Jake P.O.V

Acordei com barulhos no quarto dos meus pais. Sentei na cama e vi que Beth estava da mesma maneira. Cocei os olhos enquanto minha irmã mais velha se levantava e me estendia a mão.

Descemos as escadas juntos, já que mamãe não me deixava descê-las sozinho aos três anos e encontramos papai na sala com uma bolsa e a capa da sua guitarra.

— Vai sair papai? – perguntou Beth e ele pareceu surpreso de nos ver acordados.

— Papai tem que resolver alguns problemas meu amor. – explicou ele, pegando-me no colo e puxando Beth pela mão até o sofá – Ouçam bem, não importa o que aconteça, eu amo muito vocês está bem?

— Nós também te amamos. – eu disse na minha dicção infantil.

— Muito. – completou minha irmã abraçando papai junto a mim. Ele nos apertou por alguns instantes antes de me sentar junto de Beth no sofá. Se levantou e pegou sua bolsa e a capa da guitarra, parando na porta.

Voltou e beijou a testa de nós dois, demorando alguns segundos com a testa junto a minha. Logo depois deu meia volta, ligou a TV e saiu. Eu e Beth ouvimos ele sair com a moto, mas logo já estávamos prestando atenção no desenho.

Não sei ao certo quanto tempo foi, mas logo estávamos com fome e gritamos por mamãe. Ela não apareceu. Pouco depois, ouvimos a porta da cozinha se abrindo e mamãe entrou sorridente por ela com várias sacolas de compra.

— Bom dia meus amores. – cantarolou ela, vindo beijar nós dois e sentar conosco no sofá – Se divertiram ontem com a babá?

— Sim, apesar de ela ser meio cri-cri. – reclamou Beth e mamãe riu.

— E o papai dorminhoco, já acordou? – perguntou ela, acariciando minha cabeça.

— Já foi resolver os problemas. – eu disse e ela me olhou confusa.

— Que problemas meu amor?

— Ele não disse. – explicou Beth – Quando nós acordamos, ele estava com uma bolsa e a guitarra aqui embaixo e disse que tinha alguns problemas para resolver. Ai ele disse que amava muita nós dois e saiu com a moto.

Mamãe levantou e correu escada acima, deixando nós dois confusos. Subimos atrás e vimos que ela revirava o guarda-roupa de seu quarto. A primeira coisa que notei foi que a maior parte das roupas do papai havia sumido, junto com algumas fotos de porta-retratos.

Logo minha mãe discava no celular, xingando meu pai por não atender as ligações e deixando mensagem atrás de mensagem. Por fim, ela ligou para outro numero, já chorando.

— Rachel... – ela choramingou, os olhos transbordando – Puck me deixou.

~*~

Ali estava ele, do jeitinho que eu me lembrava. O moicano na cabeça, uma jaqueta de couro, calças bem surradas porque eram mais confortáveis e um olhar de quem ia aprontar alguma brincadeira.

Ele começou a circular a sala, me analisando, enquanto eu fazia o mesmo.

— Você parece mais com o papai do que eu. – começou ele pensativo – Ele nunca me falou sobre você quando eu era criança, mas eu me lembro de minha mãe e meu pai falando sobre um bebe e uma garçonete vagabunda. – me lembrei de quem eu fingia ser e liberei um pouco da minha raiva.

— Essa seria a minha mãe. – rosnei, apesar de minha mãe ser aquela que você abandonou seu maldito - Schuester chamou você para vir me endireitar. Você está perdendo o seu tempo, porque eu estou bem. E você não é meu irmão. – bom, isso não é mentira.

— Você acha que é fodão? – perguntou ele irritado - Pegando um bando de garotas, batendo em alguns punks na cafeteria? – garotas? Já espalharam por ai que eu fiquei com a Kitty? E a Samantha? E a Jessica? - Eu sou o fodão original. Fiz o meu primeiro ménage a trois aos sete, e uma vez, eu espanquei um cavalo da polícia. – grande exemplo de pai hein?

— Então o que, você vai bater em mim se eu não tomar jeito? – perguntei irônico e ele balançou a cabeça.

— Eu sei como é se sentir assustado como se você não fosse importante ou inteligente ou que não valesse nada. Nós temos o mesmo pai, mano. – correção, você é meu pai - Eu sei como é passar o dia todo tentando provar algo para alguém que nunca vai te dar dois aplausos. – porque foi embora e nunca mais deu notícias - Eu dirigi minha moto, toquei minha guitarra, transei com todas as garotas nesse lugar duas vezes – será que meu pai também veio do futuro? - e sabe o que, nada disso me fez um homem. – espera, ai é novidade.

Ele andou pela sala, observando tudo antes de virar de novo para mim.

— O que me fez um homem, estava sentado aqui nessa sala, cantando músicas que eu odiava junto com a maior coleção de perdedores que você já viu. – disse ele se aproximando de mim - Eles e o Sr. Shue me fizeram um homem. E se você vier aqui, eles vão te fazer um, também.

Ele colocou a mão no meu ombro por um instantes, antes de voltar para a porta.

— Pense nisso por uns dias. Eu tenho que voltar para L.A. Eu tenho um encontro com a garota que foi a terceira colocada no The Bachelor. – explicou ele, já saindo da sala, mas se detendo na porta, me lembrando exatamente o que ele fez anos a frente quando foi embora – Uma coisa. Não importa se você entrar ou não para o clube Glee, você é meu irmão.

E saiu, me deixando ali sozinho e com a garganta fechada.

— Quem devia ter feito de mim um homem era você. – sussurrei, antes de sair em busca da Marley.

Ela estava no coredor, observando o quadro de avisos. Me aproximei e peguei em seu braço. Ela me olhou surpresa, mas logo ficou preocupada, me pegando pela mão e saindo correndo.

Entramos na cozinha, assustando Hellena que batia em alguns bifes. Marley então lavou as mãos e sentou ao lado dela.

— Espancar bifes sempre ajuda. – disse ela simplesmente. Eu fiquei alguns segundos pensando, antes de lavar as mãos e acompanha-las.

Puck P.O.V

Fiquei observando o garoto mais um tempo, vendo-o sair da sala e puxar uma menina pelo braço. Ela pareceu surpresa e logo depois preocupada, pegando-o pela mão e puxando dali.

A menina me era um pouco familiar, não sei de onde. Mas bom, eu menti quando disse que Jake parecia o papai. A verdade é que tem algo nele que eu não consigo identificar, e eu não sei se é de nosso pai. Intrigante devo dizer.

— Ficara mais alguns dias? – ouvi Sr. Schue as minhas costas e neguei – Vai encontrar a terceira colocada do The Barchelor mesmo? – ele sabia que era mentira e eu apenas neguei.

— Vou encontrar a primeira colocada do meu coração. – respondi caminhando para o estacionamento. Peguei a moto e sai a toda em direção a estação de trem. Despachei a moto para o bagageiro e entrei no compartimento, pegando o celular.

— Shelby, oi. Sou eu. Viu, eu vou me atrasar um pouquinho para pegar a Beth. Se a Quinn chegar antes, fala para ela me buscar na ferroviária, pode ser? Beth quer falar? Põe ela no telefone então. – alguns segundos e o barulho do aparelho mudando de mãos.

Dadai? — perguntou a vozinha fina do outro lado.

— Oi meu amor... – respondi com a voz rouca – Papai está indo te ver. Eu te amo tá? Mais que tudo no mundo.


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Notas finais do capítulo

N/W: Oi meus amores, desculpa a demora. E ai, ansiosos para o fim do mundo? Postaremos um capítulo no dia, então parem suas Atividades apocalípticas para ler HAHUAHUAHUAHU
Espero que tenham gostado e até sexta ;@
http://ask.fm/WaalPompeo
N/T: Hei amadinhos de tia Tha.
cm vcs estão??? eu ainda estou emocionalmente abalda apos o casamento Bram, mas enfim...
espero que tenham gostado do cap, deixem muitas reviews e bjks