In The Hands Of Time escrita por WaalPomps, Miss Lopez Puckerman


Capítulo 19
Cap. 18 – As long s you’re mine




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/290873/chapter/19

Kitty P.O.V

Estava lá com meu grande e maravilhoso vestido, esperando que se desse o sinal para começar. Procurei com os olhos a cachorrinha e seus fiéis seguidores e vi eles entrando logo depois de Finn. Ryder parecia abalado com algo e eu, contra minha vontade, me preocupei.

— Ryder, tudo bem? – perguntei em voz baixa e ele me encarou meio perdido, antes de franzir o cenho.

— Tudo Kitty. – garantiu – Quebre a perna. – e me deu as costas, caminhando para um canto mais afastado.

— Muito bem pessoal. – disse Artie com Finn ao seu lado – Vamos começar ok? Quebrem a perna.

— Kitty, vamos para o seu lugar. – chamou Sam e eu concordei, indo para meu lugar.

O coro entrou e eu esperei minha deixa para entrar. Quando chegou minha parte, forcei meu melhor sorriso e comecei a cantar. Quando chegou a parte sobre o nascimento de Elphaba, Ryder entrou com Tina (que fazia a mãe de Elphaba) e eu mal podia ver que ele havia estado mal há alguns instantes.

Logo Marley entrou e assim como Ryder, a preocupação e mal estar em seu rosto era imperceptível, sendo substituídas pelo prazer de estar interpretando Elphaba. Eu então sai para a troca de meu figurino e meu olhar novamente se cruzou com o de Ryder, fazendo meu estomago revirar.

Marley P.O.V

Apesar da preocupação e do medo de estarem nossos pais, todos, aqui, eu não consigo evitar de me regozijar com o fato de minha mãe estar me vendo aqui, no palco, brilhando na peça que ela sempre amou.

Eu posso vê-la na platéia com os pais de Jake e seu olhar é maravilhado, mas não sei se para mim ou para a peça no geral. Prefiro pensar que é para mim.

Brittany está fazendo o papel de Nessarose, e surpreendentemente ela atua muito bem. É fácil contracenar com ela, o que não posso dizer sobre Kitty, que sempre me lança olhares maldosos. Mas hoje ela parece estar alheia a isso, preocupada, mesmo que ainda atuando perfeitamente.

Sra. Morrible está sendo feita por Unique e ele está nas nuvens com esses trajes glamourosos. Joe está fazendo o Doutor Dillamond e é engraçado ver seus dreads transformados em fantasia.

Meu dueto com ele é bastante divertido, especialmente porque ele normalmente fica perdido com a atuação, mas ele faz muito bem seu papel. Quando vou para a cochia, Jake me abre um largo sorriso e sussurra “meu amor”. Eu só quero que nossa parte chegue logo.

Jake P.O.V

Meu papel tem muito de mim. Um cara nem ai para os estudos, mais ligado na diversão. Mas Deus sabe o inferno que foi agüentar a Kitty durante todas essas semanas. Mas hoje ela não parece interessada em flertar comigo, ou com Nathan, o rapaz que está fazendo o papel de Boq.

Meu primeiro número musical é bem divertido e na platéia vejo minha irmã sorrindo. Procuro com os olhos e vejo meus pais maravilhados, apesar de ainda manterem suas expressões tensas, por motivos que eu quero descobrir. Será que eles estão imaginando algo?

Em todo caso a troca de figurinos e cenários é muito rápida e intensa e eu quase não vejo Marley, apesar de querer mais que tudo que nossa cena chegue o quanto antes.

Quando me aproximo de Kitty e lhe pergunto qual é o problema, mas como Fiyero para Glinda, sua atuação é convincente demais e eu sei que não está tudo bem e me preocupo com ela, até ver seus olhos caindo em Ryder e ver o jeito que ele a olha.

Nesse momento eu sinto pena de pensar que talvez eles tenham achado o amor no lugar mais impossível de todos.

Marley P.O.V

A cena de “Popular” sempre foi uma de minhas favoritas e como Kitty hoje estava visivelmente menos chata, deixou tudo bem mais legal. Falar sobre a mãe de Elphaba me fez pensar muito em minha mãe, que estava ali me vendo com sua expressão ainda maravilhada.

E então chega minha cena com Jake e tudo fica tão mais leve, mais gostoso, mais divertido. Mesmo que não seja romântico ainda, não consigo evitar meus olhares a ele.

Nossos encontros e desencontros são tão naturais, porque fizemos isso por anos, amar e esconder, esconder e amar.

Quando ele sai para que eu canta “I’m not that girl” ele me lança uma piscadela e um sorriso, já sabendo o quão difícil essa música será para mim.

Eu encarava minha mãe na platéia, lembrando que era a última música que ela havia cantado antes de ir embora, um dia antes na verdade. Ela havia me sentado em sua perna e com paciência, passeado meus dedos pelas teclas do piano da sala, cantando a música comigo.

— Princesa, quando você cantar essa música, você precisa deixar ela te dominar. – disse ela sorrindo – Todas as músicas são assim, mas essa é muito importante para a Elphaba, porque é quando ela percebe o que sente por Fiyero.

Conforme eu cantava eu via seus olhos se arregalando na platéia, talvez porque meus avôs sempre disseram que eu cantando essa música lembrava muito ela. Sabia que era arriscado ela notar alguma semelhança, mas não dei a menor bola naquele momento.

Jake P.O.V

Minha primeira cena com Marley e Kitty é divertida (afinal, a peça é bem comédia, já que Glinda e Fiyero são tão egocêntricos que suas declarações são hilárias).

Não tenho que fingir muito que quero estar com Elphaba ao invés de Glinda, mas tenho que me segurar para não beijar Marley. Porque ela tem que ficar tão linda verde? Beth diria que eu devo ter sido sonserino em outra encarnação, mas não entraremos em sagas literárias aqui. Se bem que Oz é um livro não é?

Ryder P.O.V

Minha “primeira” cena é a mais divertida, porque uso o “boneco” gigante (e não tenho que ver Kitty de frente). Mas logo tenho que sair de meu esconderijo e encará-las. Ver Kitty faz meu estomago revirar, mas sou um bom ator e ajo como se nada estivesse acontecendo.

Por sorte a maior parte de minhas interações são com Marley e Unique, o que me faz sentir mais leve e tranqüilo, a não ser pelo fato de que na platéia minha mãe e os pais de Jake parecem observar tudo minuciosamente.

Sinto que teremos problemas em breve...

Marley P.O.V

Eu amo Defying Gravity é uma de minhas músicas favoritas, especialmente porque Elphaba parece tão maravilhosa e poderosa nessa música...

O intervalo é muito bem vindo para que eu possa descansar (e me agarrar um pouco com Jake), pelo menos até Ryder aparecer.

— Tem algo errado. – disse ele nervoso – Mamãe e seus pais estão equivocados na primeira fileira... Quando eles virem papai a coisa pode ir para o brejo de vez.

— Vamos terminar a peça, depois pensamos nisso. – pedi a ele, que concordou – Está ótimo lá Ryder.

— Você está melhor maninha... – garantiu ele sorrindo – E se prepare, logo é o dueto de vocês.

— Mal posso esperar. – garantiu meu namorado, enquanto meu irmão saia correndo e trocávamos um selinho antes de ir para nossos lugares. Hora do segundo ato.

Kitty P.O.V

A cena do noivado seria idiota se eu não me sentisse... Apaixonada. Jake faz as mesmas caretas que fazia quando eu ainda o perseguia, mas ao invés de me irritar elas me divertiam.

Quando eu saio do palco, Ryder está se arrumando para voltar em sua próxima cena. Ele estava afastado de todos, encarando concentrado o espelho e parecendo longe.

— Está atuando muito bem. – elogiei envergonhada e ele me olhou pelo espelho, corando levemente.

— Você também Kitty... – disse ele se virando para mim e ficamos em silêncio – Escuta, sobre outro dia...

— Não precisa falar nada. – eu sussurrei – Eu sei que você gosta da Marley.

— Por que você insiste nisso? – perguntou ele parecendo irritado – Eu amo Marley como minha irmã, que é o que ela é. Você não consegue entender que eu estou apaixonado por você? Todos os meus gestos não têm demonstrado isso?

Eu ia perguntar o que ele queria dizer com irmã, quando ele me surpreendeu com a segunda parte da afirmativa. Eu fiquei o encarando, vendo que ele corava bravamente, antes de me aproximar e selar nossos lábios, sem ligar para o que acontecia no resto da peça.

Marley P.O.V

O figurino de Elphaba nesse segundo ato é mais majestoso, apesar de ainda bem simples comparados aos de Glinda. Tenho mais uma parte com Britt que é ridiculamente simples de interpretar, por não exigir nada emocionalmente.

A seguinte é com Ryder, e também é bem simples de se fazer. Percebo que meu irmão está corado e afobado e com o olhar o questiono sobre o que se passa e ele só pisca em descaso.

Temos nosso divertido numero musical, porque Ryder consegue fazer a música ficar ainda mais engraçada e logo Joe volta para sua cena como o Doutor D sem falar, e é engraçado vê-lo fazendo “bêêêê”.

E então finalmente Jake volta para a cena e eu sei que nossa cena está chegando. Kitty vem para o palco e estamos eu, Jake, Ryder e ela e vejo que seu rosto está tão corado quanto o de meu irmão. Será que...?

E então Jake me puxa pela mão e saímos correndo e ele me abraça quando chegamos a coxia e me dá um beijo apaixonado enquanto Unique e Ryder tem sua cena, para depois Kitty cantar sua versão de I’m Not that Girl. E então é nosso dueto.

A cena me é familiar, me lembra daquela primeira noite, em que ambos estavam temerosos, sem saber ao certo o que fazer e ele cantou essa música para mim no final de tudo.

Mas quando eu olhei para a platéia, me assustei ao ver que minha mãe e “sogros” não estavam mais ali. Apertei o braço de Jake e apontei discretamente. Ele olhou e prendeu a respiração.

Algo estava acontecendo.

Kitty P.O.V

O resto da peça se passou tranquilamente, mas eu vi que novamente Ryder, Marley e Jake estavam tensos com algo que eu não conseguia saber o que era. Apesar de atuarem bem, pareciam no automático, e preocupados com algo na platéia.

Quando chegamos a parte de For Good, eu sinto um frio na barriga. Marley havia me puxado a pouco lá dentro dos bastidores e sussurrado.

— Vai fundo com o Ryder.

Acho que podemos vir a ser amigas, se eu descobrir o que há entre ela e o Ryder. Enquanto cantamos, eu penso em Ryder e por seu olhar, acho que ela pensa em Jake.

Marley P.O.V

For Good era a música favorita da mamãe, era o que tio Kurt me dizia. Foi a primeira que ela cantou em um teatro na Broadway, junto com ele, no penúltimo ano do colégio.

Enquanto eu cantava, eu pensava muito nessa nossa viagem no tempo e em tudo que aconteceu. Como eu mudei, como Jake mudou, como nosso pensamento em relação aos nossos pais mudou. Hoje eu quero voltar ao futuro e encarar minha mãe, ouvir o que ela tem a dizer. Hoje eu admiro meu pai muito mais, e olha que eu já o admirava.

E hoje tenho dentro de mim um amor tão grande por Jake que não sei nem se cabe no meu peito. Ele é tudo que eu sempre quis e tudo que eu sempre vou querer.

A última cena de Kitty e de Ryder é tão tensa que penso que eles vão se agarrar no fim da mesma, mas eles se seguram até estarem na coxia.

E então eu volto ao palco para a última cena com Jake e eu sei que tudo está bem, até olhar para a platéia, onde minha mãe deveria estar e ver que ela estava ali, mas não era a Rachel Berry de momentos antes.

— Jake... – sussurro e ele me encara – Eles estão aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/T: Amadinhos gostaram?????
Reviews????
N/W: AAAAAAHHHHHHHHHH COOOOORRE NEGADA, FODEU TUDO.
E ai? Gostando? Odiando? Puta que pariu, deixem reviews seus liiiiiiiiiindos.
Beeeijos da titia Waal.
http://ask.fm/WaalPompeo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In The Hands Of Time" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.