Skyfall escrita por Fitten


Capítulo 37
Capítulo 38 - Volturi parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ei meninas, como vão? Bem, é com muito prazer que eu anúncio que esta fic terá uma segunda temporada, mas acho que boa parte de vocês já tem conciência disto, não é mesmo? Bom, e à você, minha querida leitora que acha que os Volturi finalmente deixarão os Cullen em paz, sinto em decepcioná-la. A história está apenas começando, e vocês verão um Aro completamente obseno. Em outras palavras: o enredo começa agora, mas o que acontece se a Renesmee descobrir sobre o passado do Jacob? Ela continuará se culpando por ter amado fraternalmente o Alec quando ela descobrir? Bem, não serei eu a dizer.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/290787/chapter/37

O quê? Eu falei, sentindo uma golfada de incredulidade subir a minha garganta. O tom áspero de minha voz cortou o silêncio, e era como se eu mesma estivesse me observando, escutando minhas próprias palavras flutuarem naquele véu de tensão. Submissão? Você tentou nos matar vezes incontáveis, e chegou muito perto de conseguir. Minha família e eu temos todos os motivos possíveis para destruir esse clã imundo que você chama de seu governo e nenhuma lei imortal nos punirá por isso. Como você bem sabe Aro, no nosso mundo, é matar ou morrer.

Minha jovem, você nada entende sobre nosso mundo ou as leis que o governam.
Eu entendo o suficiente para repudiar essa sua proposta, para achá-la tão vil e baixa quanto suas desculpas mentirosas sobre regras e leis que só existem no seu livrinho de aquisições. Mas você não vai me ter Aro, e não terá Alice, ou Zafrina, ou Willian... Não vai ter nada além das cinzas de sua guarda derrotada e da sua cidadezinha de fachada. Eu estava gritando, e não havia me dado conta de que avançara alguns passos na direção de Aro, de modo que meu pai ficara bem atrás de mim, contendo-me com suas mãos gentis em meus ombros. Aro encarava-me com olhos duros, a boca numa linha rígida. Quando o silêncio caiu sobre os ecos de minha voz, eu percebi que todos prendiam a respiração, como se o simples ato de respirar fosse desencadear um novo incêndio.
Deixe-me ver Aro. Você sabe que cedo ou tarde eu vou descobrir onde ela está. A voz de meu pai ressonou como o farfalhar do vento nas árvores. Atrás de Aro, Caius estremecia incontrolavelmente, e vê-lo tenso daquela forma acendeu novamente a chama de desconfiança em mim. O vento varria a clareira, onde os primeiros raios de sol penetravam pelas folhagens baixas das árvores. Imersos nas sombras da encosta do vale, Jane e Demetri observavam estáticos, duas estátuas de pedra com olhos vivos, que corriam de rosto a rosto como abelhas que colhem o néctar. Cada vez que meus olhos se encontravam com os de Jane, uma pontada fria subia por minhas pernas, indo se instalar em meu estômago. Não era medo, nem tampouco receio de enfrentá-la numa luta novamente se ser jogava ao chão em convulsões violentas podia ser chamado de luta. Era algo como um segredo que compartilhávamos, um destino em comum que se cruzara por acidente, e agora se chocava a cada nova curva. No meu coração e no dela, vivia a sombra da ausência que atendia pelo nome de Alec.
Voltei meus olhos para o rosto de meu pai, fugindo do olhar gelado de Jane por um momento. Apenas dois metros atrás de nós, minha mãe amparava o corpo enfraquecido de Jacob, sem, com isso, abandonar o posto de escudo. Eu podia ver nos olhos dela a concentração intensa, o foco que não oscilava nem por um segundo e foi essa mesma expressão que encontrei no rosto de meu pai. A testa vincada, os olhos semicerrados, os dentes apertados. E Aro resistia, permanecia imóvel por vários minutos, até seus olhos ganharem novamente o foco e um sorriso afetado se abrir em seus lábios frios.
A batalha mental prolongou-se, fazendo com que cada minuto parecesse demorar mil anos, e a cada segundo de silêncio, um novo peso somava-se a balança de tensão que nos envolvia. Em certo momento, eu comecei a pensar nos outros.
Rose, Emmet, Esme, Jasper... Todos na espera de uma direção para seguir, qualquer pista que nos levasse até Alice. Nossos aliados também deveriam estar preocupados com nossa demora, logo sairiam a nossa procura, era certo. E Willian? Será que estava bem com sua Lavínia? E Zafrina? Sam e os outros teriam encontrado sua prisão? Onde estariam Benjamin e os outros? Eu vaguei por esses nomes, vendo os rostos conhecidos em minha mente, sabendo onde, inevitavelmente, meus pensamentos me levariam.
Alec. Por onde andaria meu querido Alec? Meu coração se apertava no peito, como se estivesse sendo esmagado por mãos de ferro. A lembrança daqueles últimos momentos ardia em minha mente como álcool sobre uma ferida aberta. Cerrei meus dentes em silêncio, tentando impedir a dor que vinha com aqueles pensamentos e num ato de extrema covardia, eu me virei lentamente para trás, para alcançar os olhos escuros de Jacob, aquele bálsamo que entorpecia todas as minhas dores. Ele me olhou quando percebeu meus olhos encarando-o, e sustentou meu pedido de socorro mudo. Ele sabia, eu vi isso quando ele desviou o olhar de mim. Aquela resignação me comoveu e me envergonhou, eu sentia que diminuía ou que simplesmente me desfazia na terra, como fumaça, como poeira. Jacob sabia que eu me importava com Alec, mais do que deveria, mas do que gostaria. Ele entendia isso, e esse entendimento era a faca cega que penetrava meu coração cada vez que eu o olhava, cada vez que ele surpreendia a distância no meu olhar. Mas Deus... eu o amava tanto! Amava cada ínfima parte dele, cada aspecto ininteligível do ser que ele era, e mesmo assim, não podia deixar de pensar em Alec. Virei meu rosto envergonhado novamente para frente, e surpreendi um leve tremor sacudir os ombros esguios de Aro.
Não. Vai. Entrar. Disse ele, cerrando os dentes e pronunciando cada palavra separadamente, com grande dificuldade para ocultar nelas o ódio que borbulhava tão perto da superfície.
Onde está ela Aro. Sibilou meu pai. Onde está Alice?
Submissão Edward. Implore meu perdão e terá sua irmã de volta. Disse ele, os olhos opacos desvairados quase pulavam das órbitas, a boca entre aberta deixando a mostra os dentes curtos e brancos. Aro arfava como um touro prestes a avançar, suas mãos pálidas fechadas em punho pendiam ao lado do corpo desajeitadamente. Implore Edward, chiedo scusa. Gritava ele.
Para o inferno com seu perdão Aro, eu vou arrancar sua cabeça fora se não me disser onde ela está. Grunhiu meu pai, avançando lentamente em direção de Aro.
Edward. Minha mãe chamou, tentando contê-lo. Ela largou o braço de Jacob e avançou com ele, tendo o cuidado de interpor-se entre mim e Aro. Jacob oscilou, sustentando o corpo numa árvore próxima. Fui até ele, apreensiva com a demora de sua regeneração, e enlacei a cintura quente.
Jake, quanto tempo até poder se transformar? Perguntei num sussurro, apreensiva e completamente aterrorizada com a idéia de Jacob tão vulnerável diante de tal situação.
Eu não sei. Disse ele, apertando os olhos com os dedos. Eu já deveria estar mastigando esses sanguessugas malditos. Talvez se eu me concentrar... não estou mais tão fraco assim. Ele fechou os olhos e tentou controlar a respiração, afim de encontrar dentro dele a porta que o levaria deste mundo e traria o lobo castanho avermelhado para fora, para a liberdade.
Não se esforce tanto. Nós podemos cuidar da situação por enquanto. Meu pai está jogando com Aro, ele vai arrumar um jeito de descobrir aonde o maldito escondeu Alice. Tranqüilizei-o, enquanto afagava suas costas nuas, tentando acreditar em minhas próprias palavras. Na realidade, eu duvidava que aquela situação assustadora se sustentasse por mais um segundo sequer, especialmente por quê Demetri já estava posicionado para o ataque, ao lado de Aro e ocultando um apavorado Caius atrás de si. E Jane... maldição, por quê Jane não estava ocupando seu habitual lugar ao lado de Aro? Por quê ela espreitava por sobre o ombro de Caius, mal contendo o impulso de olhar para os lados enquanto seu mestre estava prestes a se atracar com meu pai? Algo estava terrivelmente errado com Jane e eu não gostava disso mais do que Jake gostava de se sentir impotente frente ao inimigo.
Eu vou te dar uma última chance Aro. Grunhiu meu pai.
Edward, se pudermos evitar essa luta será melhor para todos. Disse Carlisle, pousando a mão no ombro de meu pai.
Ele não me dá escolha Carlisle...
Ah mas eu te dei sim uma escolha. Você é quem a recusa insolentemente. Seu orgulho matará a todos nós. Disse Aro, a voz trêmula e descontrolada. Ou melhor. Matará vocês todos! Aro gargalhou, o som frio de sua risada felina soou como um dejá vú em meus ouvidos. Em minha mente a campina infinitamente verde se acendeu como um fantasma recém despertado.
Meu Deus Aro... o quê você fez? A voz subitamente atemorizada de meu pai me alarmou. Ele enrijeceu, e mesmo de costas eu podia adivinhar a expressão vazia em seus olhos.
O quê foi Edward? Perguntou minha mãe, uma pontada de desespero despontando em sua voz macia, os olhos assustados fitando o rosto imóvel de meu pai...
Eu fiz o que tinha que fazer meu querido Edward, e agora, nós veremos quem tem o cachorro mais bravo.

Eu observei, imóvel, o rosto de Aro se contorcer num esgar doentio, enquanto Demetri afastava os dois anciões para o meio das árvores. Jane virou-se de costas para nós e fitou as sombras nevoentas da floresta que nos cercava. Seus olhos se ascenderam, focaram um nada longínquo, como se estivesse chamando por alguém ou por alguma coisa. Tudo aconteceu tão rápido, e mesmo assim, em minha mente entorpecida, eu via um slow motion se desenrolar frente a meus olhos.
Meu pai se virou, puxando pelo braço minha mãe, e quando nossos olhos se cruzaram, eu pude ver o desespero comprimindo sua alma. Num grito sufocado, eu vi os lábios dele formarem as palavras: saia daqui Ness. Mas eu não pude me mover, e com Jacob igualmente imóvel ao meu lado, eu presenciei o momento mais aterrorizante de minha vida.
Um grunhido doentio explodiu em meio às árvores, uma fusão monstruosa de um rosnado gutural e uma voz humana, gritando desesperada. Jane murmurava palavras ininteligíveis em uma língua que parecia-se muito com os idiomas árabes, seus olhos pequenos fitavam a criatura encoberta pelas sombras, fazendo-o obedecê-la, machucando a coisa como um toureiro atiça o touro bravo. Mas o quê diabos era aquilo?
Ness, venha. Gritou meu pai. Esforcei-me ao máximo para desviar meus olhos daquela silhueta deformada que se debatia entre as árvores, e quando os olhei, vi meu pai e minha mãe vindo em minha direção. Minha mãe agarrou meu pulso e me puxou, eu quase não sentia meu corpo se mover.
Pode andar? Nós precisamos sair daqui agora. Precisamos encontrar os outros. Ouvi meu pai murmurar apressadamente para Jacob.
Que merda é essa Edward? Aquela coisa não cheira bem. Disse Jacob.
Aquilo é um lobisomem. Um verdadeiro.
Pensei que estivessem extintos Edward. Disse minha mãe, a voz trêmula e as mãos firmes enlaçando meu pulso.
Eu também pensava assim. Lobisomens não são vistos há mais de mil anos.
Edward, como isso é possível? Estamos no meio do dia. Replicou Carlisle. Eles são filhos da lua, não tem como aquilo ser um lobisomem autêntico.
Filhos da lua. Eu já ouvira algo sobre eles. Criaturas noturnas altamente infecciosas. Brutais. Sanguinários. Feras sem consciência. Mas eu sempre pensei que fossem lendas, ou que deixaram de existir em algum período remoto.
Pai, por quê estamos fugindo assim? Não podemos deixar Aro escapar, ainda mais agora. Se aquele monstro fugir... Se chegar às cidades... Ele não parecia muito à vontade com as ordens de Aro. Meu pai me lançou um olhar intransponível. Nós corríamos pelo vale nevoento, por entre a vegetação fechada onde a luz do sol ainda não havia chegado. Um silêncio se formou em volta daquela pergunta, todos nós esperávamos por respostas, tentando encontrá-las em nossos próprios pensamentos confusos.
Aro fez alguma coisa com aquela criatura. A mente dele é um vazio, completamente oca, nenhuma centelha de consciência. Aro não me deixou ver muita coisa, da alguma forma ele adquiriu um controle mental quase intransponível. Está deixando as informações escondidas em um lugar subconsciente. Se eu tivesse os dons dele eu saberia encontrá-los. Disse meu pai após uma longa pausa. Ele ponderou por um momento e continuou: - Ele deve ter encontrado uma das últimas criaturas dessa espécie que ainda havia no mundo, mas se aquela criatura morder um humano, nós certamente vamos ter sérios problemas.
Eles são incontroláveis, famintos, e como Edward disse, não têm consciência de que devem se manter anônimos aos humanos. Eles apenas matam. Aro foi longe demais quando trouxe aquela criatura para civilização. Se ele escapar, o que certamente não vai demorar, os humanos dessa região estarão correndo sério perigo.
Não é só os humanos que estão em perigo Carlisle. Disse meu pai, taciturno. Uma das poucas coisas que vi na mente de Aro, e que foi confirmada na mente de Caius, foi o que essas bestas fazem com a nossa espécie. Ele parou, sondando nossos rostos. Você nunca se perguntou por quê Caius os teme tanto?
Não me diga que...
Sim. O mesmo veneno que infecta humanos e os transforma, é capaz de paralisar um corpo imortal de forma irreversível. É talvez a única forma de morte que dispomos, além da fogueira. O silêncio pairou novamente sobre nossas cabeças, enquanto nossos pés se apressavam em direção ao norte, onde nossos aliados nos esperavam. Um medo subido e inflamado me dominou, pensando no que poderia ter acontecido se não tivéssemos saído imediatamente de lá, e o que aconteceria se não encontrássemos os outros a tempo.
O quê pode matá-los? A voz rouca de Jacob rompeu o silencio. Eu me sobressaltei com a expressão rígida em seu rosto quando o encarei. Meu pai ponderou por um momento.
Eu não conheço muito dessas criaturas. Suspirou meu pai. Mas estou partindo do princípio de que a maioria de nossos dons não surtem efeito nele.
E por que não? Perguntou minha mãe alarmada.
Por quê a maioria dos nossos dons agem na mente e aquela criatura não tem uma mente, apenas uma vaga percepção das coisas.
Como um animal? Perguntei.
Exatamente como um animal. Respondeu meu pai.
Edward, isso não faz nenhum sentido. Você viu o que Jane estava fazendo com ele, incitando-o, enfurecendo o bicho contra nós. Se ela pode causar efeito na mente dele, por quê nós não podemos?
Bella, aquela criatura ainda tem certas percepções, mas nenhuma delas é mais humana. Possivelmente ele é um lobisomem há milhares de anos. Ele ainda têm percepção de perigo, de fome, de dor... as coisas básicas. Para todos os efeitos ele é um animal infinitamente forte e imortal. O quê Jane estava fazendo é justamente incitar um dos poucos pontos de acesso da mente dele. A dor, é só disso que ela precisa. De que adianta eu ler os pensamentos dele se não há nada coerente para se ver? Minha mãe encarou-o aflita, os olhos âmbar cintilaram em mim por um momento antes de retornar aos de meu pai.
Ok, ele é ignorante, mas o quê diabos pode matar aquela coisa? Interrompeu Jacob. Uma bala de prata? Uma estaca de prata? Um crucifixo de prata? Ironizou ele, impaciente.
Talvez só a força bruta. Respondeu meu pai, olhando novamente de mim para minha mãe, o típico olhar de um pai de família preocupado. Mas é perigoso demais nos aproximar. Nós não sabemos quase nada sobre ele, a nossa única chance está escondida na mente de Aro.
Precisamos achá-lo Edward. Disse minha mãe. Eu pude perceber o desespero contido na voz dela. Meu pai trocou um olhar cheio de tensão com Carlisle e disse:
Carlisle e eu cuidaremos disso. Agora, eu quero que você, Nessie e Jacob continuem até encontrar os outros.
Edward...
Bella, escute. E ele parou, pegando o rosto de minha mãe entre as mãos. Eu e Jacob paramos um pouco a frente. Meu pai suspirou, o rosto contraído, e disse: - Não importa o que aconteça, não volte. Corra para o mais longe possível desse monstro e leve Nessie com você para algum lugar seguro, algum lugar onde Aro não poderá encontrá-las. Quando encontrar nossos aliados, diga a eles o que aconteceu e em seguida saia daqui. Cuide de Nessie se eu não voltar, fique perto das matilhas, eles vão proteger vocês. Se precisar de dinheiro, de passaportes, de qualquer coisa, você sabe onde encontrar. Vá, saia daqui e não pare até estar longe e a salvo.
Eu vi o terror estampado na face pálida de minha mãe. Vi a súplica se derramando dos olhos penetrantes de meu pai, e embora eu pudesse pensar em mil coisas para dizer naquele momento, eu não consegui formular sequer uma palavra.
Jake... Começou a dizer meu pai, olhando-nos com carinho.
Eu sei. Interrompeu Jacob, a voz embargada, os olhos turvos. Você não precisa me pedir para cuidar delas com minha própria vida. Eu venho fazendo isso há anos, e eu vou continuar cumprindo a promessa que te fiz quando ela nasceu. Jacob olhou para mim, o rosto impenetrável. Quando elas estiverem a salvo, eu volto e te acho nem que seja no inferno. Meu pai assentiu, sem nada dizer, o agradecimento mudo morrendo em seus olhos que não podiam chorar, e apesar da dor que separava todos nós novamente, abrindo novos buracos, todos nós sabíamos o quanto era preciso que fôssemos fortes.
Meu pai me abraçou antes de ir. Beijou minha mãe nos lábios selando aquela que poderia ser sua última promessa, de que a amaria eternamente, não importa como ou onde. Carlisle se despediu de nós, tornando tudo mais difícil, fazendo com que o fantasma do medo se tornasse mais real. Despedir-se era sempre uma incerteza, mas aquele adeus pareceu mais do que nunca um mal agouro. Eles deram meia volta, então, seguindo novamente para a encosta do morro que cercava Volterra, e antes que suas silhuetas fossem encobertas pelas árvores frondosas, o som indistinto de passos fez todos congelarem em seus lugares. Meio segundo se passou até aqueles passos nos alcançarem. Meu pai apenas esperou, paciente. E de alguma forma, eu sabia quem estava vindo ao nosso encontro.
Eu sei onde Aro vai estar. Disse a voz melodiosa e inabalável que eu conhecia tão bem. Eu posso levá-lo até ele Edward. Alec imergiu das árvores com um manto negro cobrindo-lhe a face. Meu pai olhou-o pacientemente por um segundo enquanto Alec mantinha em sua expressão o mais simples e verdadeiro olhar, tão diferente dos olhos sombrios que antes enfeitavam seu jovem rosto. Olhando para ele agora, eu não conseguia imaginá-lo um Volturi, nem mesmo com o manto negro e com o medalhão que trazia o brasão de seu antigo clã brilhando em seu peito, Alec não parecia mais com um deles.
Sua ajuda é mais que bem vinda Alec. Disse meu pai. Vamos, se apresse, nós não temos muito tempo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!