Perdidos Na Selva escrita por Dafne Federico


Capítulo 13
Capítulo XII: Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Epílogo!
Vai ser um epílogo um pouco diferente e coloquei o Connor para narrar ... Imaginem ele como o Travis, um Zac Efron de cachinhos!
Enjoy!



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Connor

Tinham passado três meses desde que fizemos uma suruba na mata. Okay, talvez eu esteja exagerando.

Existem pessoas, geralmente aquelas com mais de trinta anos, que costumam usar a expressão " O mundo é um ovo" e depois da descoberta que fiz comecei a acreditar nisso.

Primeiro nosso professor de ciências era amigo dos hippies que conhecemos na mata, isso já era absolutamente improvável. Depois, descobri que Clarice, a garota mais arrogante e irônica do colégio, é filha da tenente La Rue, a policial mandona que nos resgatou.

– Se você não me responder vou chutar a droga do seu saco, Stoll. - reclamou Clarice, me atraindo para a realidade novamente - E nem ouse dizer que não estava me ouvindo, porque invés de chutá-lo, irei capá-lo!

Levava as ameaças da minha namorada a sério.

Pode parecer estranho eu estar namorando, ninguém jamais apostaria que existiria alguém louco suficientemente para isso. Mas, Clarice e eu tínhamos um trato. Ela não me perturbava com as garotas que eu dava em cima, e eu não a perturbava em relação a Chris Rodriguez, seu ficante. Uma relação aberta.

Embora Clarice lembre a mãe - fisicamente e intelectualmente - ela não é de todo ruim. Tem cabelos escuros, sempre presos em um rabo esquisito, como se fosse entrar em uma briga de gangues a qualquer momento. Os olhos pretos avermelhados lembram sangue de soldados derramados em batalhas e seu riso é maníaco.

– É claro que estou ouvindo. - respondi baixo, pois estávamos na aula de ciências.

Desde o importuno na mata o Professor Stevans foi demitido. Teria me sentindo culpado por essa situação, contudo o cara parecia estar mais feliz vivendo como nômade junto com os "mano jóinha".

– E o que eu estava dizendo? - quis saber Clarice ameaçadoramente.

É, eu perderia meu saco.

– Alguma coisa sobre o professor de ciências, o Bodão. - chutei tentando lembrar do que ela estava falando - Não sei ao certo, porque estava prestando atenção na aula, acho magnifico o modo como os seres aquáticos se reproduzem!

Recebi um olhar mortal de Clarice. Provavelmente ela e Thalia Grace fizeram o mesmo curso de "Como dar olhares demoníacos, que farão as pessoas te temerem e recuarem dezoito metros de distância".

Ela me passou um papel amassado.

" Recebi uma carta do Bodão. Não sei o porque dele me escolher para ser a porta-voz da mensagem, talvez porque me ache a mais responsável daqui. Enfim, me encontrem na sala de artes depois da aula.

Beijos,

Annabeth Chase."

__________________ - _______________

Estava sentado na sala de artes, junto com meu irmão, esperando o restante do pessoal.

– O que você acha que o Bodão escreveu nessa carta? - perguntou Travis mexendo no cordão com pingente de pedra da lua que Katie Gardner, sua namorada, tinha dado para ele.

Desde que meu irmão tinha começado a namorar a senhorita natureba ele ficava cada vez mais aviadado. Ela fazia colores com pedras estranhas para atrair boas energias, pingentes de sal que afastam o mal olhado para ele usar como chaveiro na mochila, e até, um punhado de cebolas para ele pendurar no quarto. Ridículo!

– Pode ser uma carta como aquela de filmes, onde depois de meses o sujeito manda uma foto em uma casinha simples ou na paisagem das cordilheiras, com a mulher bonitona e hippie grávida, um bebê com cara de joelho no colo e ele sorrindo abobado. - disse rindo da ideia absurda.

Travis gargalhou.

– Não se esqueça da meleca escorrendo do nariz das crianças, essas sem camisetas e sem sapatos! - completou divertido - Ainda bem que só se passaram três meses, não quero imaginar os filhos que Bodão poderia ter com Jane. Uma mistura de cientista maluco e hippie chapada.

Imaginar essa imagem era assustadoramente divertido.

– Enfim, conseguiu pegar alguma coisa hoje?

Meu irmão sorriu como se esperasse essa pergunta. Colocou a mão no bolso da mochila - que graças a deus a tenente La Rue não revistou, não queria explicar algumas gramas de maconha e uma Winchester 22 lá dentro - ele colocou a mão e puxou alguns objetos.

Ele soltou um sorriso malandro.

– Vinte pratas e uma camisinha da bolsa de um calouro, duvido e não pago que ele fosse usá-la - ele mostrou a nota de vinte e um preservativo Olla - O cartão de memória do celular da Thalia, isso foi mais como uma pegadinha, ela deve estar puta... O dever de matemática da Annabeth, já coloquei meu nome. Doces de uma garotinha ruiva da sétima série. Broxes. E - ele sorriu ainda mais, quase como um coringa sexy dançando High School Musical e puxou um isqueiro Zippo - o isqueiro do Di Ângelo!

Desejei abraçar meu irmão, mas me contive porque ficaria muito gay. Contentei-me dizendo mentalmente que ele era um gênio.

Teria contado a Travis que roubei o dever de matemática de Reyna e, assim como ele, colocado meu nome, porém as portas da sala de artes de abriram e ele guardou tudo na bolsa rapidamente.

– Ainda bem que vocês já estão aqui. Depois que essa reunião nostálgica terminar vocês precisam me ajudar a dar uma geral na sala e procurar uma tela que esqueci aqui na aula passada, sabe era um desenho meio pessoal do Léo, ele até posou para mim e tal.

Rachel Elizabeth Dare entrou na sala falando e mascando chiclete. A ruiva estava usando uma regata do Romero Brito, casaco azul justo, jeans e tênis de corrida. O cabelo vermelho estava soltou e o batom dava lugar a bolas de chiclete cor de rosa.

Ela e Leo Valdez estavam namorando sério e isso me fez perder cinquenta dólares. Apostei com Travis e Percy que esse suposto namoro não duraria três semanas, eles estavam juntos a três meses.

Encarei-a.

– Você fez um desenho do Leo nu? - perguntei.

– Nu artístico.- corrigiu estourando outra bola. - Vamos deixar isso para depois, o restante do pessoal está chegando.

Alguns minutos depois Annabeth, Percy, Thalia, Nico, Piper e Jason entraram na sala de artes. Eles sentaram nas mesas em forma de circulo, largaram as bolsas - o que facilita muito o meu trabalho - e começaram a conversar.

– Então, Chase, você pode, tipo, começar a ler essa droga? - perguntou Rachel apontando para o relógio, provavelmente preocupada com a possibilidade de alguém achar sua tela com Leo Valdez pelado.

A loira lhe lançou um olhar mortal.

– Se você não está interessada, pode sair. - respondeu abrindo a mochila azul turquesa com corujinhas amarelas e pegando uma carta dentro de um caderno - Chegou na minha casa ontem, não esperava que o professor fosse entrar em contato, achei que ele estaria paranoico por ter sido demitido, ou então mandado a carta para a Rachel, que é prima dele.

" Pirralhos,

Estou mandando essa carta para que vocês não se sintam culpados, embora duvide que algum de vocês tenha perdido sequer um minuto de sono por minha casa.

Jane e eu nos casamos em Las Vegas, aquela cerimônia bem tradicional onde o Elvis atua como padre e tal, foi muito divertido, tirando o fato de que nenhum de nós se lembra de nada e passamos os dois dias seguinte vomitando até a biles.

Passei os últimos dois meses viajando com o pessoal, nossa viajam se restringiu ao Tennessee, Texas e algumas outras cidades. Infelizmente, meu dinheiro todo foi gasto em combustível.

Recebi uma proposta de lecionar na cidade de Woodstock, acreditam? A cidade é histórica, sabem o festival que foi nomeado com o nome da cidade? Três dias, Janis Joplin... Estamos nos mudando para lá.

Espero que estejam bem,

Stevans - Bodão."

Junto com a carta tinha uma imagem do casamento deles. O professor com o cabelo grisalho ainda mais comprido, os óculos John Lennon com armação havaiana e uma roupa extravagante, Jane usava um vestido verde-mar com um casaco de couro e um colar com o símbolo da paz dourado. Estava com o sorriso aberto e segurava um buque de flores brancas. O cara vestido de Elvis sorria enquanto eles se abraçavam de um jeito estranho.

A imagem era engraçada.

Confesso que senti certa afeição ao professor, geralmente eles são todos uns caretas, tem uma barriga gorda e usam camisa de seda e calças de marca, mas esse era completamente. Jamais diria isso em voz alta, mas eu gostava do Senhor Stevans.

Todos pareciam emocionados com aquela foto, até Thalia pigarrear quebrando o clima estranho de empatia por um professor.

– É fizemos bem em não nos preocuparmos com ele, ele parece ótimo. - disse ela - Agora, vamos terminar essa seção de nostalgia.

Pouco a pouco todos foram saindo. Travis tinha marcado de levar Katie ou Central Park para ela fazer uma pesquisa de campo, ele era realmente o bichinho de estimação da bruxa natureba. Eu e Rachel acabamos ficando na sala, ela para procurar a tela do Léo nu.

– É, não está aqui. - resmungou abrindo um buraco na calça jeans rabiscada - Ele vai me matar quando o engraçadinho que pegou espalhar para a escola inteira.

Ela estava no parapeito da porta preocupada, mas acabou dando de ombros e indo embora me deixando sozinho, quando a ideia me ocorreu.

Abri os armários e peguei uma folha de desenho, uma caneta esferográfica azul que roubei do Percy e comecei a escrever.

" Pirralho amadurecido,

Realmente não perdemos nenhuma hora de sono por você ter sido demitido, mas se serve de consolo, é porque tínhamos certeza de que você estaria bem. E não é que nos surpreendeu?

Nós não fomos expulsos, e isso não é uma noticia boa.

Jason deixou de ser inseguro e gay e finalmente começou a namorar com Piper. Os dois parecem aqueles casais de filmes juvenis, os dois são atraentes, ricos e parecem capa de revista. Preciso dizer que todas as garotas xingam Piper e dão em cima de Jason? E que todos os caras xingam Jason e dão em cima de Piper?

Nico e Thalia formam um casal gótico e rebelde. Primeiro achávamos que esse lance deles namorarem era mais como "dar desgosto aos pais e dar uns beijos como brinde" mas não é que os dois estão se dando bem? Semana passada eles cabularam aula e passaram três dias sem dar notícia. Se ficou curioso, eles estavam em um festival de Rock.

Meu irmão tornou-se o amor bandido de Katie Gardner. Eu implico ele, mas confesso que Katie é uma ótima cunhada. Tirando os sermões, ela me passa as respostas das atividades de Álgebra, merece elogios.

Annabeth e Percy continuam o namoro. Eles são o tipo de casal que parece que vão ficar juntos para sempre, ir para a mesma faculdade, ter filhos bonitinhos e envelhecer juntos. Muito gay da minha parte narrar isso.

Rachel, ao contrário de todas as expectativas, esta namorando firme com Leo. Eles até que ficam engraçados juntos, ele fazendo aquelas piadas imbecis e hilárias e ela pintando e atirando tinta acrílica vermelha nas roubas dele.

E eu? Estou tendo um caso com a filha da Tenente La Rue, continuo com minhas pegadinhas - não se decepcione - e é bem provável que meu pai pague para me passar de ano.

Beijos,

Connor Stoll."

Abri a bolsa para guardar a carta, colocaria no correio no caminho de casa. Coloquei-a dentro da bolsa, perto da tela de Leo Valdez nu. Rachel estava certa, Leo a mataria quando eu espalhasse a pintura dele para o colégio inteiro.


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Notas finais do capítulo

É isso!
Gostei bastante de escrever e espero que vocês tenham gostado de ler ! ♥ ^_^ *-* :3 ;)
Nesse último capítulo aceito comentários para elevar o meu ego!!!!!!!! E, obrigado para todo mundo que comentou, que mandou DM, que favoritou, recomendo (Né, Laví?)e todo mundo que gastou seu precioso tempo lendo a história e essas notas finais!
Pra quem gosta de Thalico eu vou começar uma nova fic, que estou querendo escrever a muito tempo, numa pegada meio jovem, Harleys, festas e dramas! Quem se interessar dá uma olhada depois!
O-B-R-I-G-A-D-O!
Beijos semideuses, gregos e romanos! ;)
Adeus!