Knowing The Family escrita por Charlie Carter


Capítulo 2
Epílogo da one-shot


Notas iniciais do capítulo

Hello, hello, remember me? I'm everything you can't control!
Olá pessoinha feliz que veio ler a minha fic! Não sei bem se ficou bom, ai eu deixei ela de molho uns dias para ver se a ideia amadurecia e eu acabei mudando algumas coisinhas...
kkkk
Mas é isso ai, então vão ler!



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– Eu já vou subindo, mãe! – Gritei do pé da escada

– Tudo bem, filha – Disse minha mãe.

Subi as escadas de dois em dois degraus e por fim eu pulei o último, caindo de pé no topo da escada.

Meu quarto era o último do corredor, então eu peguei a chave que me foi dada e andei até a porta, a chave tinha vários símbolos dos deuses menores nela, mas ainda assim era dourada. Coloquei-a na fechadura e girei a maçaneta. Abri uma fresta da porta e então uma leve brisa balançou meus cabelos.

Eu sorri

Antes de entrar, peguei meu anel, que tinha uma foice talhada nele e a joguei para cima e quando ela voltou á minha mãe, ela já era a minha foice. Abri a porta e lá estavam eles, semideuses assim como eu, no conselho dos deuses menores. Guardei a chave, ela era o que me possibilitava ir e vir desse mundo.

– Oi Bia! – Disse Dafne

Suas duas espadas, Spring e Fall, estavam em suas costas, ela estava pronta para lutar! Todos receberam suas armas naquele dia, foi... Á dois messes! Nossa como o tempo voa!

– O que eu perdi? – Perguntei

– Ah, nada demais. Acho que hoje teremos grandes missões – Disse ela animadamente

Dafne e suas espadas tinham tamanha sincronia, que eu mal podia crer que estavam juntas á somente dois meses. É muito sério, parece que as espadas foram feitas para ela!

O conselho só começava daqui á duas horas, mas preferiríamos chegar mais cedo para conversarmos, trocarmos informações ou... Só estar na presença uns dos outros... Eu gostava.

Mais alguns passos e encontro Yuri e Vitor, eles usavam seus pomos da discórdia. É assim, são esferas, camufladas de maças, têm três opções, a primeira é o pomo liberar uma lâmina, ao ser jogado, a segunda é uma esfera cheia de espinhos gigantes e a terceira é seu propósito original: causar discórdia.

Mas, ainda bem que até hoje não houve nenhuma puxação de cabelo por causa dos pomos.

– Ei, meninos, o que estão fazendo? – Perguntei

Yuri me mostrou um dos pomos e me pediu para segurar

– Veja com muita atenção – Pediu Vitor

O pomo começou produzir um feixe vermelho e me leu como se eu fosse um código de barras, até que começou a produzir imagens, todas elas eram de mim mesma e meus piores pesadelos se realizando. Eu a joguei para Yuri.

– Foi ideia da Greyce – Disse ele – Mas ainda estamos aprimorando

Nossa! Só de imaginar como que isso ficaria no final, essa simples ideia deveria deixar monstrinhos com medo...

Eu estava lá, andando e olhando para o teto, quando de repente, eu trombei com alguma coisa e caí para trás, acabei sentada no chão.

Olhei para frente e... Não havia nada ali, mas que droga estava acontecendo?

Estão foi que eu percebi, elevei minha mão um pouco para frente, agarrei e puxei para baixo e então vi Danilo e ele estava meio que rindo e meio tentando não rir.

– Danilo, que isso? – E ele me ajudou e levantar

– Olha só! – Então ele me mostrou um edredom

Minha expressão era algo como “ahn?”.

Então ele se enrolou no edredom e quase que instantaneamente, desapareceu. E depois reapareceu.

– Invisibilidade? – Disse eu

– Não só invisibilidade, como também teleporte – Disse ele. – Ainda estou trabalhando no teleporte, mas quando ficar pronto...

Então eu me lembrei daquela vez em que ele usara isso para ir até um casarão onde estava um Drakon e despejou um saco inteiro daqueles pomos da discórdia e depois que o bicho já estava virando o cabo da boa esperança, eu, Vitor e Ilana acabamos com ele, deu um certo trabalho, mas deu certo no final.

E mais ali, eu abracei Isabelle... Ok, eu admito que quase enforquei ela, mas ela é minha irmã...

– Oie! – Dissemos juntas

– Então mana, como vai? – Perguntou ela

– Vou bem – Respondi

– E a mudança? – Disse ela

– Está tudo quase pronto, só precisamos encaixotar mais algumas coisas e pronto, o caminhão pode vir! – Falei

– Só não fica muito longe de nós, ok? – Disse ela

– Isso nunca! – Falei

Sua foice era um pouco diferente da minha, a sua era de um negro intenso , eu conseguia até ver a minha própria imagem refletida na lâmina meio curvada, nele havia suas iniciais e também pequenas e triângulos vermelhos ligados uns aos outros.

Mais á frente, eu encontrei minha tia, Ilana, estava treinando com seu cajado e nossa!!! Cada magia que ela lança daquilo, meu queixo caía! Resolvi não interrompê-la, era melhor isso, do que ela acabar se assustando e separando acidentalmente a minha cabeça do meu corpo!

Simone e Daniel estavam mais á frente, lutando um contra o outro, Daniel usava uma adaga de cabo cinzento e lâmina toda desalinhada, porém muito afiada, o que tornada aquela adaga ainda melhor! E Simone usava uma espada, o cabo era de couro e a lâmina... Eu me lembro que Dafne pedira á Hades que á fizesse, então ela é feita das pedras que ficam na margem do Estige.

Luana estava tentando focar um arco-íris num pontinho pequenino, ela estava indo bem e ela recebera um cristal que a possibilitava usar seu poder como quisesse, era bem útil.

Segurei a minha foice, que eu só havia conseguido recuperar duas semanas atrás já que Dafne a pediu para que ela pudesse... incrementá-la. Eu não sabia o que ela tinha feito, resolvi testar.

Comecei com movimentos básicos de ataque e defesa, primeiro a senti esquentar e mais e mais, até que ela estava em chamas, chamas azuis, que não me queimavam, eu achei o máximo e mais, eu podia canalizar as chamas como eu bem quisesse, eu podia dispará-las para ataque e criar uma barreia para defesa. Depois a imaginei se congelando e ela realmente foi fincando mais gélida.

Ela crepitou com o gelo envolvendo-a, tive que mudá-la de mão, para que ela não congelasse minha mão também. Percebi que ela ficara mais resistente e eu podia lançar pedaços de gelo em alta velocidade, então eu percebi algo.

Mas resolvi não usar isso até aprenderá controlar, á não ser que fosse realmente muito necessário.

Havia umas inscrições á mais ali, eu as li:

Φωτιά - Era fogo em grego e πάγος - era gelo

Mas eu não tive tempo para admirá-las, ouvi um estrondo vindo do portão, todos pararam para ouvir melhor e depois ouvimos vários tipos de rugidos, sabíamos o que era, ou melhor, eram... Monstros! Eles haviam encontrado o conselho, obviamente eu não havia gostado.

E além do mais, nós só iriamos colocar as defesas daqui á dois dias, será que eles não poderiam esperar dois dias?!

Não precisamos de outro estrondo, para nos agruparmos e ficarmos em nossas posições de ataque. Aqueles que lutavam com espadas ou adagas, invocaram seus escudos.

Ficamos esperando, queríamos que aquilo parrasse e que fossem embora, mas não tardou para que os portões fossem ao chão e um bando deles começassem a entrar, enquanto a poeira rondava o ar.

Eu tinha que fazer alguma coisa!!!

– Juliana e Vitor – Gritei em meio ao barulho – Vamos usar o plano Macedônia!! (N/A: usado tb no “Mar de monstros”)

Eles concordaram!

Minha nossa, havia Telquines, Empousas, eles estavam em mais número do que nós. Depois eu descobriria como eles haviam nos encontrado!

Até o Minotauro estava lá! Era ele quem nós iriamos enfrentar agora.

Vitor correu á minha direita, Juliana á minha esquerda, eu iria pelo meio. Luana usou seu poder para cegar temporariamente o Minotauro! Eu aproveitei e usei minha foice, primeiro eu fui direito á perna, ele rugiu. Vitor lançara pomos, uma lâmina se cravara em seu braço e Juliana fez rosas se alongarem e se enrolarem nas pernas dele!

Logo outro grupo de três veio, eram Simone, Yuri e Danilo. Eu me joguei num bando de Telquines, só vi de relance o que eles estavam fazendo. Cortei a cabeça de um e cravei a foice em outro e outro eu parti ao meio. Tive que abaixar para não ser decapitada e pular para depois chutar mais um.

Pelo que eu entendi, Simone cortou o braço do Minotauro, Yuri fez a fera ficar louca pelo poder da discórdia e Danilo ficou invisível e subiu nas costas dele, e depois cravou uma lâmina em suas costas.

Vi Isabelle e Daniel lutando mais ao longe, fui ajudá-los com as empousas, uma delas estava em forma humana e tentou seduzir Daniel e quando estava quase o tocando, eu e Isabelle a cortando no meio.

Ele arfou

– Obrigado – disse ele

Sorrimos

Então eu percebi o quão estávamos ligados uns aos outros, o quanto nos importávamos, além de sermos uma família, não nos dávamos bem só porque erámos uma família, mas mais do que isso, erámos amigos, verdadeiros amigos, daqueles que se levam para a eternidade.

Lembrei das palavras de meu pai sobre: “use-a para defender o que ama!”

E isso me incentivou ainda mais á continuar lutando por eles, por todos eles!

Eu, Isabelle e Daniel, ficamos de costas um para o outro, essa era uma defesa forte, bem... Eu achava que era. As empousas começaram á atacar com mais velocidade e voracidade. Eu chutava e passava minha foice nelas, só que havia mais delas. Abaixei de uma, escapei de outra e ainda parti ao meio mais uma.

Isabelle fazia o que podia, ela partia todos os que podia ao meio e Daniel fazia mil e um cortes nas Empousas.

Greyce veio para o meu lado, ela tinha um anel que fazia seu poder se expandir e causar ainda mais impacto.

– Venha! – Disse ela.

Ela puxou meu braço e me arrastou com ela, de volta ao Minotauro, agora erámos só eu e ela, ela apontou para algo, então eu vi: um Telquine indo até um semideus e passamos por debaixo das pernas dele e fomos correndo mais rápido do que nunca até aquele semideus, Greyce usou seu poder e nossa!! Eles foram á loucura e ficaram correndo feito baratas tontas, depois Ilana os encurralou e lançou uma série de disparos de eletricidade contra eles com seu dardo e corda, o dardo era azul com uma pequena estrela em um de seus cantos, depois que a fumaça se foi, eu vi as cinzas no chão.

Aquele semideus não deveria ter mais do que dez anos, então o levamos até um canto e pedimos para ele não sair dali até que tudo terminasse.

Voltamos para a batalha. Greyce fazia mais monstros irem á loucura

– Abaixe-se! – Gritou ela

Fiz isso e ela apontou o anel para o que quer que estivesse atrás de mim, então o Telquine deu meia volta e saiu correndo, só que ele não sabia que Dafne estaria passando por lá, então Spring e Fall o deixaram ás cinzas somente. Logo depois ela partiu para atacar um grupo de empousas que ainda sofriam os efeitos do anel de Greyce. E ela cravou suas espadas em duas empousas, uma em cada espada.

Eu, Vitor e Yuri fomos ajudar Ilana e Luana. Ilana mandava inúmeras séries de disparos de qualquer material contra os monstros, então eu vi mais um monte deles vindo, deu vontade de dar um facepalm em mim mesma, só que eu estava meio ocupada, sabe?

Vitor usou o pomo que tinha espinhos e Yuri a que tinha lâminas, eu tive que usar os novos apetrechos da minha foice, apesar de não saber no que poderia dar, então eu apontei para um e fiz o mesmo movimento da outra vez, uma rajada de fogo foi para cima dele, fiz isso com mais três ou quatro.

Eu vi Isabelle e Danilo indo ajudar outro grupo de semideuses muito jovens, na verdade erma só dois, mas pareciam ter no máximo nove anos. Não sei da onde Danilo havia arranjado aquela espada, só sei que estava se saindo bem com ela, as empousas e Telquines não davam descanso para eles, eu podia ouvir que os dois semideuses choraram, mas tentavam ser forte, então um deles, pegou uma adaga que estava caída e partiu para o ataque.

Eu sabia como ele se sentia, ele queria fazer alguma coisa, começou á lutar e foi direto acabar com um que estava vindo pelas costas de Júlia, ela levara uma pancada na cabeça e agora estava tentando se reerguer, mas precisava de certo tempo, para assimilar as coisas.

Senti garras agarrando meus braços, era uma empousa que me levantou do chão e outra fizera isso com Isabelle, olhamos uma para a outra e então eu e ela tivemos a mesma ideia. Usamos nossas foices como bumerangues, miramo-las nos bichos que estavam acima de nós, e então atiramos as foices.

NO ALVO!

E então, como previsto, elas se desfizeram em cinzas e nos caímos com as foices, mas transformamos a queda em cambalhota e corremos na direção uma da outra, destrocamos as foices e fomos ajudar quem precisasse de nossa ajuda.

Mas dessa vez, quem precisava de ajuda era eu, um bande de Empousas e Telquines veio até mim e eu não estava dando conta de todos, até que eles fizeram rasgos em minhas roupas. Juliana e Simone vieram, Simone girou muito rapidamente e acabou com dois, Juliana transformou alguns em Madressilvas, margaridas e girassóis.

Então eu pude respirar fundo e vi como tudo estava um caos que só! Eram cinzas pra cá, monstros sendo abatidos pra lá, pessoas com marcar roxas em si, até eu tinha uma marca roxa em minha perna, só que não doía, o que era bom. Tomara que eu tenha fechado a porta, vai que a minha mãe entra aqui e vê isso? Ela desmaia... Mas a chave estava comigo, então estava tudo bem.

Era o que eu pensava, certo?

Mudei de pensamento um segundo depois. Vi a minha chave, ali, sozinha no meio do salão, uma Empousa a viu e a quis, eu dei uma arrancada e devo ter pensado algo do tipo “pernas pra que te quero!”, sai em disparada, para pegar a chave antes que o bicho a pegasse.

Só que no meio disso, eu fui atingida pelo corpo de um Telquine desacordado e ele era pesado e ainda caiu em cima de mim, desgraça infernal!!!!

Mover seu peso não foi fácil, por isso eu o lancei para longe com o meu braço que estava livre. E assim que pude, corri atrás da Empousa, maldita que seja, volte aqui!!!

Certo, esse pensamento foi desnecessário, já que ela só conhecia uma direção: para frente e avante!

Eu gritei em ajuda.

Ilana e Vitor foram os primeiros á chegar

– Rápido, temos que pegar aquela Empousa e já! – Falei

– Por quê? – Perguntou Vitor

– Ela está com a minha chave de ir e vir – É assim que chamávamos a chave

Eles também gritaram em ajuda e logo a informação era passada, enquanto todos corríamos. Não podíamos deixar que ela abrisse a porta e todos os mortais da região vissem esses monstros. Olha, eu sei que tem monstros lá, só que esses causariam muito tumulto para uma noite só!!! E eu não queria estar na primeira capa do The New York Times, eu até já poderia ver: “A garota louca que confundiu uma pobre velhinha com um monstro mitológico e tentou mata-la”

Aham, pobre velhinha... o caramba, pobre velhinha! Ah, se eles vissem através da névoa...

Mas então Juliana e Dafne usaram flores para agarrar e Empousa e as flores se enrolaram em volta dela, prendendo-a.

Todos ficaram em volta dela, não ligamos para os outros monstros, especialmente o Minotauro cheio de lâminas cravadas nele, ele não poderia se mover ou acabaria em cinzas e essa era a melhor parte.

Todos apontaram suas armas para a Empousa, ela não largava a chave! Greyce apontou seu anel e a Empousa ficou descontrolada, estava fora de si e então ela tentou fugir, só que quando fez isso, ela foi virar para o outro lado, mas Simone estava lá e a Empousa foi contra a ponta da espada e ela mesma cravou a espada em si!

Todos ficamos pasmos e espantados, acontecera tão rápido, mas ela já estava virando cinzas e Simone era a mais surpresa de todos nós . Ela puxou a espada para junto de si, um filho de Éolo usou seus poderes para tirar as cinzas de nossos campos de visão.

Fletcher, o filho de Éolo, fez uma pequena ventania sobre a chave e depois a entregou para mim. Olhei para ele e agradeci.

Para não ficar com a pulga atrás da orelha, eu fui até a porta (claro, abaixei daquela empousa e ela acabou arranhando o chão e produzindo um som terrível, como quando fazem aquele som de giz arranhando a lousa), tentei girar a maçaneta e o pior foi que ela girou!!!! Então eu tranquei-a e guardei a chave muito bem guardada, para que isso não se repetisse.

Alguns semideuses por fim acabaram com o Minotauro, que já estava nos enchendo o saco e... PUF! Ele se desfez inteiramente.

Eu olhei ao meu redor, não havia mais nenhum monstro, tínhamos acabado com todos, era inacreditável. Eu vi o quanto todos estavam cansados, alguns suados, outros arfando e mais alguns simplesmente como eu estava naquele momento: pensando.

E eles estavam se comportando como se esse tipo de coisa acontecesse todos os dias, o que não deixava de ser totalmente verdade. Fletcher e mais alguns de seus irmãos, cuidavam para que as cinzas fossem para seu devido lugar: fora dali!

Tinha alguns que tentavam tirar o “sangue” daquelas criaturas de suas armas e mais um grupo que cuidavam dos nossos ferimentos, então Greyce, que estava passando pelo meu lado, deu um berro e eu pulei de susto!

Que tipo de ilusão iria criar em minha mente?

Fiquei aliviada quando cheguei á conclusão de que ela não faria isso, mas ela veio até mim e pegou meu braço.

– Nossa!!! Você tem que vir comigo para tratar disso agora! – Disse ela se referindo ao ferimento que aquela empousa me causou quando me tirou do chão.

– E desse e esse e esse – Ela foi apontando para onde eu me machuquei

Greyce me levou até o grupo que cuidava dos ferimentos, junto com algumas crianças de Asclépio e me fez sentar nos pés do trono da deusa da força física, Bia. Ela pegou uma gaze e começou a tratar do meu braço, depois Isabelle, Danilo, Ilana e Yuri chegaram e se sentaram ao meu lado.

Eu não sabia o que dizer, todos ali lutaram por mim e eu lutei por cada um deles. Nossas vidas até poderiam ser confusas e embaçadas, mas eu sabia que sempre poderia contar com eles para qualquer coisa. Eu logo vi dois semideuses em uma “briga de irmãos” e pensei em como eu poderia me importar tanto com esses malucos, mas fazer o que, não é? Eu me importava.

Danilo logo mostrou sinais de que iria tirar um cochilo e eu nem acreditava que á poucos minutos atrás, nós estávamos em uma batalha.

Novamente estávamos de pé no centro do salão, eu segurava minha foice, Laxus, ela brilhava e eu estava me sentindo um pouco cansada, mas também muito animada.

(N/A: Laxus, em grego: arrebatadora)

Mas... UAU!! Um bando de semideuses estavam muito hiperativos e muito felizes, acho que é porque eles eram filhos de Niké. Com essa vitória a hiperatividade deles só aumentava cada vez mais!

Então ouvi as portas duplas se abrindo e então...foi tão automático, que quando eu me dei por mim, já estava em posição de ataque e minha foice estava apontada para a porta, por onde os deuses estavam entrando.

Vi que todos estavam como eu, armas apontadas para a porta. Os deuses se assustaram e muito.

– Ei, calma, todo mundo! – Disse Disnomia

Quando percebemos, abaixamos nossas armas e os deuses puderam entrar.

– Ah, desculpe, achamos que poderiam ser monstros – Falei

– Mas porque, não há nenhum aqui – Disse meu pai.

Hígia passou seus olhos pelo lugar e eu achei que ela iria vomitar, sendo ela a deusa da limpeza, saúde e sanidade, olhando para toda aquela confusão e destroços e mais algumas coisas, acho que não foi muito de seu agrado.

Então ela cutucou o ombro do meu pai e ele parou a falação e percebeu o que estava havendo. Mas Filotes parecia bem satisfeita, ela não olhava para toda a bagunça, mas sim para nós, ela nos viu, daquela maneira, tão...tão unidos e deu um sorriso de lado, como deusa da amizade, carinho e ternura, acho que era mesmo pra ela ficar assim...

Foi ai que meu pai e todos os deuses perceberam o que estava havendo, eles perceberam que tudo estava um caos, nossas roupas rasgadas e é claro, ferimentos.

Eles nos olharam da cabeça aos pés, avaliando a situação, tentei não ficar nervosa ou intimidada.

– Mas o que foi mesmo que aconteceu? – Perguntou ele bem no estilo “pai”

Eu pensei em responder bem no estilo “filha” e dizer “ah, não foi nada”.

Mas ao invés disso eu disse:

– Acho melhor se sentar, pai – Falei – Bem, aconteceu o seguinte...

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– E foi isso – Disse eu

– UAU! – Disse Leah

Eu tinha terminado de contar essa história para ela pela terceira vez. Leah era uma criança de nove anos, filha de Nomos, cabelos negros e olhos castanhos, ela estava tão agitada que tive que fazer algo para acalmá-la, então ela me pediu para contar esta história.

Eu finalmente achei que Harpócrates havia abençoado aquele lugar com um pouco de silêncio, sendo o mesmo deus do silêncio, mas pensei um pouquinho diferente um segundo depois, já que Leah disse:

– Conta essa história de novo?

– De novo?! – Falei

Ela me olhou com aqueles olhinhos de cãozinho que caiu da mudança... e ainda fazia biquinho!

Coloquei uma mecha atrás da orelha e tomei um gole de água, me preparando para contar aquela história mais uma vez.

– Ok, Leah , eu conto outra vez – Falei.

– Eeee, VIVA!!! – Gritou ela

Ela quase saltou de felicidade.

– Eu estava em casa... – Recomecei a história.


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Notas finais do capítulo

Bem, bem, bem, era pra ser só a one-shot, só que ai eu resolvi fazer esse epílogo pra resolver algumas coisas da one...
Como me sai? ficou bom, ou ficou uma droga?
Já sabe, ao sair deixe um rewiw!
A kiss for you



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