O Perdedor escrita por Cafekkon


Capítulo 14
Desconectar.




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       Eu estava parado na frente da porta de Reita, tentando tomar coragem para tocar a capainha. Pensei em dar meia volta e falar com ele por telefone, mas ele não saberia como eu estava realmente me sentindo.

 

       Por fim suspirei derrotado, dando três batidas na porta.

 

       − Pois não? − Reita abria a porta e logo que me viu, abriu um sorriso que não era dos seus melhores... Parecia triste. − Oi, Koi!

 

       Ele se aproximou para selar nossos lábios, mas eu virei o rosto, espalmando seu peito num pedido mudo de que ele se afastasse.

 

       Ele me olhava assustado, eu simplesmente desviei o olhar de seu rosto, fitando um ponto qualquer ali.

 

       − A gente... A gente precisa conversar, Akira.

 

       − “Conversar”? Mas por que? E-eu fiz alguma coisa que você não gostou?

 

      Cínico.

 

       − Você não gosta mais de mim, é isso?

 

       Balancei a cabeça negativamente e ainda com as mãos em seu peito, fui empurrando-o para dentro de sua casa – Que eu estranhei estar muito arrumada. Faltavam alguns móveis e, não sei se era impressão, mas achei ter visto caixas daquelas de mudança. Logo que entramos, eu sentei-o no sofá – que ainda estava ali. Ele olhava para o chão o tempo todo, a franja cobria-lhe parte do rosto. Eu andava de um lado para o outro; braços cruzados sobre o peito, cabeça baixa, tentando achar alguma maneira de começar... Mas parei subitamente quando ouvi sua voz rouca cortando aquele silêncio pesado que havia se formado.

 

       − Quem é ‘ele’ ?

 

       Era eu quem deveria estar fazendo essa pergunta, pensei.

 

       − Não é nada disso, Reita! − Falei impaciente e irritado, virando-me para ele. − Eu quero saber, Akira... O que eu sou pra você? − berrei.

 

       Ele me fitou assustado, e em seguida desviou.

 

       − Você é meu namorado Ruki. E eu o amo.

 

       Senti meu sangue ferver. Por mais que eu tentasse me controlar. Inspirei fundo enquanto contava até dez mentalmente.

 

       − E porque você não me olha quando fala isso? − Perguntei. Minha expressão agora era de dor. A pior dor que eu já havia sentido.

 

       − Eu...

 

       − Não, Reita. Nada de “eu...”. EU ainda não terminei minha pergunta. Responde: Você ta me traindo? − Por mais que eu já soubesse que a resposta era “sim”, eu queria ver se ele tinha a cara de pau de mentir para mim.

 

       Ele balançou a cabeça positivamente, ainda olhando o chão. Eu não acreditava. Eu realmente não acreditava que ele havia feito aquilo comigo. Não, mentira. Eu acreditava sim. Eu só não queria acreditar.

 

       − Ruki... Eu... Me desculpa... − Ele levantou-se, pronto para se aproximar.

 

       − Não, Akira. NÃO! Eu... Eu me sinto tão... sujo. Tão repugnante. −Estava praticamente atropelando as palavras. Ignorei-o, começando a sentir as lágrimas queimarem meu rosto. Eu começara a me desesperar. Minha voz já não era tão calma, as palavras que eu soltara eram praticamente berros. Minhas mãos eram levadas compulsivamente aos cabelos, puxando-os, despenteando-os. Uma cena, de fato, assustadora, creio eu.

 

       − Ruki, por favor, me escute.

 

       − Como eu fui tão idiota?! Meu Deus... Tava óbvio que isso ia acontecer. Você era acompanhante! Tem muita gente melhor que eu por ai... Eu só queria saber o porquê. Eu não sou o suficiente pra você, é isso? − Novamente fingi não escuta-lo.

 

       − Ruki... Eu preciso falar uma coisa pra você.

 

       − Idiota! IDIOTA!

 

       Nas terceira vez, ele segurou-me pelos braços, virando-me para ele. Num ato infantil eu comecei a distribuir pequenos socos pelo seu peito, que eu sabia que não iriam surtir efeito nenhum. Afinal Reita era bem mais forte que eu.

 

       − Takanori, me escuta! − Ele berrou, me fazendo parar de imediato com o que fazia. − Eu sei que isso não tem nada a ver com a nossa conversa de agora, e que talvez você ache bom que isso aconteça, mas eu queria avisar. Eu vo-...

 

       − Não me importa, Akira. − Disse frio, minha voz começava a ficar embargada. − Pra mim, você morreu.

 

       Claro que aquilo era mentira. Apesar do que ele havia feito comigo eu ainda o amava. Muito. Mas estava disposto a tentar esquecer aquele sentimento. Vai ver que Reita não havia feito por mal... MAS QUE DIABOS EU ESTOU PENSANDO?! Ele mesmo admitiu que estava me traindo. Meio hesitante, mas admitiu.

 

       Sem dizer nem ouvir mais nada, saí de sua casa.

 

       O perdedor. Fim.

 

 

 

 

 

 

... Fim? Não meus caros leitores. Não se preocupem. Claro que, depois de tudo o que aconteceu ao Ruki, eu não poderia deixar a historia acabar assim não é mesmo? :D

“Fim” é por que a historia da fic acaba aqui. Maaaaas... Ainda existe o prólogo. Mágico, não? <333

Alguma coisas que eu não pude enfiar ai serão esclarecidas no prólogo, como por exemplo o que aconteceu com o caso do padrasto do Ruki.

E eu queria de novo agradecer à todo mundo que ta lendo a fic, aos reviews lindos que estão me mandando, que mesmo que eu queira responder, eu moooorro de preguiça, agradecer também os novos leitores e tal.

E dar boa noticias: A fic continuação dessa – que vai ser a historia do Yuu e do Uru-love q − Está indo muito bem, e creio que logo começarei a posta-la. *-*~

O problema é que eu vejo inspiração em tudo e tenho que achar um jeito de enfiar essas coisas na historia. D:’

E, diferente dessa fic, vai ter POV alternado. Outra coisa, eu queria me desculpar pela participação quase “ridícula” do Kai, nessa fic... Ele foi quase inútil, eu sei. ME DESCULPEM. Eu gosto tanto do Kaizinho. ;-;~

Ele vai aparecer bem mais na próxima, ta bom? <3

Obrigada pela atenção, e aguardem pela postagem do prólogo. <3

Beijos da tia Aoi, ou Cafekkon ( como preferirem chamar ). <3

 

PS: Tia Yumi Cafekkoo desculpa não ter avisado que tinha atualizado. Eu esqueci mesmo. x-x’’’

 


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