Shut Up And Love Me escrita por StayLucky


Capítulo 11
Little redhead


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, primeiramente queria pedir um milhão de desculpas por eu não ter postado antes. Também peço desculpas pelo capítulo estar tão "sem sal" , é que eu estou morrendo por causa da escola. Estou atolada de coisas pra fazer, testes,trabalho e tudo o mais. Devido a isso eu não tive tempo pra escrever esse capítulo, mas já estou trabalhando nos próximos e vou tentar ao máximos postar eles mais rapidamente. Agora, chega de nhé nhé nhé e vamos para a fic, boa leitura.



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 Não sei ao certo como tudo aconteceu , numa hora eu estava nos braços quentes do Tom, sem pensar em nada nem ninguém e no outro estante eu estava parada olhando para Nate enquanto ele investia socos contra o Tom. Monique Oneon e seu-vestido-de-vadia  gritavam enloquecidamente , procurando por alguém par apartar a briga.  

Sem pensar em nada eu me joguei no meio da briga e antes que pudessem notar minha presença um deles me socou. 

         

                    ∆∆∆ 

Um tênue jorro de luz, vindo sabe se lá de onde, brilhava no fim do corredor. Minha cabeça latejava e meus braços e pernas recusavam-se a me obedecer.  Notei que estava deitada , em duas cadeiras. A escuridão era aterrorisante e a tênue luz parecia algo extremamente longe, algo que eu precisava ir checar. 

Contar até três, é isso . No três eu me levanto. 1…2… 

- Você acordou ! - um voz vinda, sei lá de onde me interrompeu de levantar. 

- Quem está falando ? - perguntei atordoada. 

- Tom ! 

Oh certo, Thomas. Como eu pude me esquecer dele ? E de todas as pessoas no mundo tinha de ser o idiota do Thomas, sempre tem de ser.

- Está com fome? - perguntou enquanto acendia uma luz . - Eu passei numa Dunkin' Donuts  e comprei algumas rosquinhas , você quer? 

Agora que tinha visão total do lugar notei que estávamos num avião particular e que do outro lado da janela havia um céu totalmente escuro e sem estrelas. Nem mesmo a lua podia ser vista.

- Onde estamos indo ? - perguntei enquanto abria a caixa de rosquinhas . 

- Pra casa, Mione - disse mordendo a rosquinha rosa dele. 

- O quê aconteceu? Eu não consigo me lembrar de muita coisa . - disse tentando não transparecer o quão frustada eu estava. 

Ele parou para pensar e um brilho de desapontamento passou pelo seus olhos, sua boca ficou rígida e ele coçou levemente a nuca .

- Bem, eu meio que te dei um soco - ele parou e olhou para mim  e abriu um sorriso sagaz . - Mas em legitima defesa, foi apenas por que você se jogou na minha frente na hora que eu ia bater no seu amiguinho . 

- O quê ? Que amigo ? - ele me bateu e ainda está me culpando por isso. 

- Um tal de Nate … - disse apontando para um banco no fim do corredor. - Carlos está deitado lá trás, não vai acordar tão cedo. 

- O quê? Por que você trouxe o Carlos junto? Por que ele não vai acordar?  E por que você socou o Nate?- gritei enquanto me levantava para ir  até a poltrona onde Carlos estaria. 

- Calma aê , deixe-me contar tudo . - disse Tom enquanto me impedia de  levantar da poltronas onde eu estava . 

- Certo, Thomas ! - disse tirando seus braços do meu ombro, de maneira enfurecida. - Me conte . 

- Depois de ter socado você eu tentei te levar pro hospital e nem o seu namoradinho nem a garota com ele queriam me ajudar a te levar , então eu peguei seu celular e liguei pro seu amiguinho alí . Ele nos levou até lá e quando nós estávamos saindo , sabe se lá como ele conseguiu levar uma injeção de anestesia e apagou completamente. Eu já havia comprado nossas passagens e não tive tempo de ir levar seu amigo pra casa, então eu comprei mais uma passagem e trouxe ele com a gente. - ele fez uma pausa para morder uma rosquinha. - Mas eu prometo leva-lo de volta o mais rápido possível. 

- Você é maluco ? 

- Não , eu só não quis largar seu amigo inconsciente num aeroporto.

- E você decide que é melhor levar ele pro outro lado, pra outro estado. Sem nem ao menos avisar a mãe dele?! E como você conseguiu os documentos dele ? E dinheiro? Qual é  o seu problema garoto ?

- Eu só queria te ajudar, se a rainha do drama não se preocupa com o amigo dela a culpa não é minha . Me desculpe se eu pensei que você iria preferir ver seu amigo com você, á abandonado no meio de um aeroporto. 

Antes que eu pudesse responder o capitão avisou que nós aviamos chegado. 

                    ∆∆∆

Usava apenas o vestido prata que tinha ido para festa , o salto quinze estava na minha mão direita e meus cabelos desarrumados caiam por sobre meu rosto fazendo cócegas toda vez que eu dava um passo. Thomas achou que seria melhor se eu chegasse em casa sozinha e nem sequer me emprestou o carro, me fez ir andando mesmo. O bom disso  tudo é que eu posso pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo. 

Em tão pouco tempo minha vida havia virado de ponta cabeça. Meu refugio se fora para sempre. Minha mãe e meu irmão, sumiram de minha vida num piscar de olhos e a dor da perda ainda permanecia quente e escondida no meu peito, mas eu não conseguia mais chorar por causa disso. Me sinto uma desnaturada, o normal seria que eu entrasse em alguma depressão que me fizesse esquecer da vida. Mas acho que a promessa que fiz para Tia Mary foi o que me manteve sã. Por mais que ela não fingisse se importa comigo eu simplesmente não conseguia abandonar essa nova vida que criaram pra mim.  

 Falando em nova vida criada , aqui estou eu parada em frente a essa   casa de dois andares com o muro natural de plantas podadas. A cor num tom de azul bem claro, quase branco e no estilo vitoriana diferente apenas por possuir uma varanda de vidro que se ligava ao jardim . Havia apenas um carro na garagem, e era o Land Hover de James. Isso era bom, significa que não terei que olhar para a Lucy.  

Peguei um copo de água e subi as escadas bebericando o liquido gelado em meu copo .No penúltimo degrau da escada Lucy saiu de seu quarto, que na verdade era um escritório,mas James abriu mão dele para fazer de quarto para Lucy.  Apressei meu passo e fingi não ter visto ela , passando direto para meu quarto. 

- Onde você estava ? - disse enquanto me seguia para o lado oeste. 

- Não é dá sua conta. - disse sem olhar para ela 

- Mione, olha pra mim . - Lucy disse em voz baixa e chorosa. - Por favor, vamos conversar. 

-Não quero te olhar nem te ouvir , Lucy. - disse num voz falhada. 

- Por que não ? 

- Pois olhar ou ouvir você, me dá nojo. - disse batendo a porta do quarto. 

Sei que fui rude demais com a Lucy, mas eu simplesmente não posso acreditar que ela sequer acha que tem razão. Anos se passaram e ela já devia saber como eu me sinto traída por tudo. Não quero magoa-la , mas também não quero ser magoada por ela.  

                     

                    ∆∆∆

- Cara, onde eu 'tô? 

- Na minha casa, Carlos. - respondeu o amigo da Mione. 

- O quê? Em Fairchild ? - perguntei me levantando 

- É isso ae. - disse o garoto 

- Como isso aconteceu ? - perguntei pegando meu celular no bolso traseiro.  

- Você  apagou e eu te trouxe no avião. - respondeu vagamente. 

- Eu tenho que voltar ! 

- Não pode, você precisa me ajudar com uma coisa. 

- Minha mãe sabe que estou aqui ?

- Não, bebezinho. 

-Cara, eu tinta que me apresentar no exercito hoje. Você é idiota ou o quê? - disquei o numero do Marcy's Café. - As pessoas tem vida, elas não são como você, riquinho. 

-Te pago para ficar em Fairchild por um mês , quanto quer ?

Ignorei o babaca e me voltei para a minha mãe no telefone.

Macy's Café , Bom dia ! Como posso ajudar ?

Rose! Chame minha mãe, AGORA!

Depois de alguns minutos ouvi uma voz falhada e nervosa

Carlos?! Onde você está  garoto ? 

Mãe, eu sinto muito. Tive que vir para Fairchild. Mione precisava da minha ajuda. Ligue para exercito e avise que tive que cuidar de um parente doente. Por favor mãe, espero que entenda. 

Carlos, não desligue ! Eu te procurei a noite inteira, isso não é natural de você meu filho. Precisa me contar as coisas , criança. Eu quase morri de preocupação. 

Mãe, eu tenho que ir. Um beijo e faça o que eu pedi. 

- Obrigada, por não mencionar meu nome. 

- Tanto faz, o que você quer comigo? Por que me trouxe e por que não posso ir embora ?

- É uma longa historia , sente-se . 

                    ∆∆∆

Tirei minha roupa e entrei debaixo da água , a água fria parecia tirar todas as dores que eu estava sentindo. Me sentia menos cansada agora que estava devidamente limpa. Enrolei-me numa toalha e me encarei no espelho. Eu estava exatamente igual a minha mãe. A cor ruiva alaranjada que eu tanto odiava, agora tomava conta de todo meu cabelo fazendo-me parecer uma abóbora de hallowen. Meus lábios porém eram igual ao de meu pai,James. Meus olhos eram indecifráveis assim como Tyler, eu tinha uma barreira que impedia os outros de notar minhas emoções . Um circulo meio azulado estava em volta de meu olho esquerdo, perceber isso me fez esmorecer . Eu queria apenas dormir e acordar com Tyler gritando irritado comigo, por eu ter pego um de seus casacos e ouvir mamãe gritar lá debaixo, irritada por nós estarmos brigando novamente.  

De volta a meu quarto fui até o closet procurar um pijama para mim. Peguei uma camisa de manga do meu irmão e uma calcinha da Victoria's Secret . Quando ia me vestir ouvi um barulho na minha janela. E quando olhei havia um menino sentado no assento acolchoado. 

- CARLOS! 

- Olá, feiticeira branca. 

- Como me achou ?

- Tom me mandou aqui  ! 

Eu estava dentro do pequeno closet tentando vestir um short sem derrubar metade das roupas. Por sorte eu não havia tirado a toalha sem olhar para a janela. 

- Tom? Já são tão íntimos assim ?

- Esse é o nome dele, não?

-Não, o certo é Thomas. 

- Seu quarto é maneiro. 

- Não mais que o outro, certo ?

-Nem chega perto. 

Carlos era meu melhor amigo, secreto. Explicando melhor… Quando eu fui estudar com ele no Marcy's nós nos identificamos muito rápido e em menos de um mês já éramos como velhos amigos. Começamos a nos ver todo dia, ele ia lá pra casa ver filmes comigo, conversar sobre coisas idiotas e as vezes até dormia lá. Minha mãe o amava, pois ele é super educado e Marcy, que havia virado amiga da minha mãe por nossa causa, falava muito bem dele . Carlos havia virado um irmão. Um membro da família, até Tyler ,que odiava qualquer menino que fosse meu amigo, gostava de  Carlos. Mas ninguém na Billard School poderia sequer sonhar em saber da existência dele , por isso inventamos que éramos amigos secretos.

- Feiticeira branca, 'ta me ouvindo? - disse acenando na frente dos meus olhos. 

-Ah, desculpa

-Achei que você tinha morrido 'ai dentro. - disse apontando para o closet onde eu ainda me encontrava. 

Sai do closet e deu um abraço no Carlos.  

-Fico feliz em saber  que você está bem . 

- Para de mentir…- disse bagunçando meu cabelo. - Thomas me pediu um favor. 

- Como assim ? 

- Ele quer que eu cuide de uns assuntos para ele. - disse vagamente , botando as mãos nos bolsos frontais da calça e se apoiando na parede. 

Carlos tem 17 anos , é alto e magro mas musculoso, atraente e tem um sorriso fácil. Ele tem olhos azuis intensos e cabelo castanho , liso e curto. Se eu não o visse como um irmão, poderia ter namorado com ele. 

- Assuntos , que tipo de assuntos ?

-Ainda não sei … - disse olhando para o chão de maneira preocupada, como se algo em seus olho pudessem dedurá-lo .- Pelo menos eu posso ficar perto da minha little redhead.


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Notas finais do capítulo

De novo, peço desculpas pela demora e pelo capitulo chatinho. O próximo vai ter mais, digamos.. "ação". Deixem reviews, e não me xinguem muito , ok ?



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