Como Uma Corrida De Obstáculos! escrita por JúhChan


Capítulo 1
Uma corride de obstáculos.


Notas iniciais do capítulo

Desulpe os erros de ortografia.... mais da metade do capitulo escrevi nessa tarde... =]



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-Katon: Goukakyuu no Jutsu! – tomou fôlego e se concentrou para que o fogo saísse de sua boca, como seu pai havia mostrado. Mas ao invés de sair em uma forma de bola grande, de sua boca saiu em forma de uma bola de tennis.

O animo que estava estampado em sua face horas antes, havia sumido, o menino de apenas oito anos estava desapontado consigo mesmo, por que será que não conseguia executar o jutsu com êxito igual ao pai? Será porque ele era fraco... Ou será porque não tinha herdado as melhores qualidades de seu progenitor para executar o jutsu igual aos seus irmãos gêmeos Daisuke e Shina?

Já desanimado, sentou-se na ponte simples, onde ele sempre ficava tentado executar o jutsu enquanto seu pai ficava observando-o ao seu lado. Olhava seu reflexo na agua do rio, via vário machucados leves em volta de sua boca, suspirou pesadamente, chamando assim a atenção de seu progenitor que até então estava distraído, ou melhor, lembrando-se daqueles dias nostálgicos.

-Já parou? – perguntou seu pai com uma sobrancelha arqueada. –Pensei que iríamos treinar até a hora do jantar. – falou e sentou-se ao lado do filho.

Abaixou a cabeça, não queria que seu pai o visse chorar, mas não conseguiu conter as lagrimas que já estavam descendo pelo seu rosto de criança e pingando em suas mãos que estavam fechadas em punhos.

-Por que choras? – a resposta foi um soluço. Vendo a frustação que o menor demonstrava o trouxe para o colo, enquanto o Uchiha menor agarrava-se com força no colete de jounin do maior e chorava alto.

O silencio reinou ali por cinco minutos, onde só se escutava os soluços e a respiração descompassada do menor que chorava no colo do pai. Já estava começando se irritar com a choradeira do menor então o Uchiha mais velho afastou o pequeno para que ele olhasse em seus olhos. Mas não adiantou, pois o menor ficou de cabeça baixa.

-Sanosuke. – chamou o filho, um pouco hesitante o menor levantou a cabeça. -Eu não entendo o motivo de tantas lagrima, filho. Chorar só porque não conseguiu executar o jutsu é burrice. – falou severo.

-Mas... – o soluço que veio o atrapalhou. –Eu... – outro soluço.

-Se acalme! Depois fale. – falou com a voz calma enquanto bagunçava ainda mais o cabelo do menor.

Um minuto depois o menino já se encontrava em seu estado normal. Engoliu seco, suspirou duas vezes, contou até dez cinco vezes e finalmente tomou coragem de dizer, mas é claro um pouco hesitante.

-Pai... – chamou-o baixo. Recebendo de imediato a atenção do pai. –Me desculpe. – as lagrimas já começava a encher os seus olhos, dificultando sua visão.

-Te desculpar pelo o quê? Que eu saiba você não aprontou nada... – falou sério.

O menor abaixou a cabeça e falou baixo:

-Me desculpe por sempre fracassar nos nossos treinos, sempre chorar por tudo e também por sempre desaponta-lo, pai. – afundou o rosto de criança no tórax do pai. Molhando ainda mais o colete de jounin.

Recuperado do susto das palavras de Sanosuke, o Uchiha mais velho apenas bagunçou mais ainda o cabelo do filho, colocou eles nas costas e foi andando para sua casa.

Nunca fora ótimo em demonstrar sentimentos, os machucados ainda não tinham cicatrizado totalmente, mesmo com uma família unida, ele ainda tinha dificuldades de demonstrar seus sentimentos, mas sempre fazia o possível e o impossível para poder dizer ou demonstrar o quanto ama sua esposa, seus filhos e amigos. Chegou a casa e percebeu que Sanosuke dormia serenamente em suas costas, mas podia notar que tinha chorado seu rosto estava inchado e marcados pelas lagrimas.

Sentou-se com cuidado no degrau que tinha para não acordar o pequeno que dormia, e tirou seu sapato ninja e logo tirou a do menino. Sentia o cheiro de comida desde que pisara no distrito Uchiha, então uma única coisa significava, seus filhos gêmeos voltaram de missões.

-Sasuke-kun, isso é hora de voltar para... – olhou por cima de seus ombros e viu sua amada usando um vestido simples até os joelhos e os cabelos cor de rosa preso em um rabo de cavalo alto. Para não acordar o menor colocou o dedo indicador sobre o lábio indicando para fazer silencio.

Curiosa como era a rosada aproximou-se do amado e viu que o caçula dos irmãos Uchiha estava dormindo serenamente.  

Com um sorriso terno nos lábios rapidamente a rosada pegou o menino no colo aconchegando ao máximo que pode para não acorda-lo.

-Tudo bem crianças não é ladrão, é apenas o pai de vocês. – falou brincalhona.

E de trás da parede apareceu um garoto de doze anos segurando duas kunai, uma em cada mão, e uma garota também de doze anos segurando uma kunai na mão esquerda e a mão direita fluindo chakra. É eles estavam prontos para bater em alguém. Um sorriso no canto da boca do Uchiha mais velho se formou.

-Vocês são muito espertos. Sua mãe aparece sem nenhuma arma, enquanto vocês estavam bem armados escondidos, não deveria ser ao contrário? – perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

-Nós sabíamos que era você e o Sanosuke, nós apenas estávamos brincando. – falou aborrecido o garoto, guardando as kunai em uma gaveta.

-Você é um estraga prazer, pai! – acusou a garota.

A rosada que se mantinha calada, agora estava tentando segurar as risadas, ficando roxa no processo. Estava na cara que era apenas uma brincadeira para distrair os filhos.

-Eu vou colocar o Sanosuke na cama. – e saiu indo em direção do quarto do caçula.

Já na cozinha os gennis que estavam em missões contavam ao pai como fora as missões de cada um.

-Como nossa missão era escoltar uma família muito rica até o país do chá eu não gostei muito. Não tinha como eu mostrar todo o meu potencial, os bandidos eram muito fracos. – falava o garoto entediado. –A Rika acabou se machucando e o inimigo estava com a intenção de mata-la, então fui lá e acabei com a raça do desmiolado. – contava ao pai todo empolgado.

-Que legal filho. Parabéns! Estou muito orgulhoso de você, Daisuke! – falou Sasuke e logo cutucou a testa como Itachi fazia com ele quando criança. –E você, Shina? Como foi sua missão? – perguntou interessado.

-A minha missão foi meio complicada... Eu saí em missão antes do Daisuke, meu time teve que ir até o país das ondas buscar uma flor que só floresce lá, levamos essa flor para o país do trovão para os iryo-nin fazerem um antídoto para uma contaminação que estava tendo na zona rural do país do trovão. Sempre que nós deslocávamos de um lugar para o outro aparecia um grupo de ninjas caçadores de recompensas e nos atacava, eu até me feri no ultimo ataque. – de uma pausa e mostrou para as duas pessoas na mesa onde havia se machucado, mas agora não tinha mais nada a não ser a pele branca. A sua mãe havia curado o ferimento horas atrás. –Conseguimos deter a contaminação, eliminamos os ninjas caçadores de recompensas, mas o Hideki se feriu muito e o Kouchi tem um galo enorme na cabeça. – contou e começou a rir.

-Viu pai? Não é justo! O time da Shina pega missões rank B enquanto o meu time pega missões de rank C. E olha que ela nem é chuunin ou jounin pra realizar esse tipo de missão. – fazendo bico, Daisuke reclamou.

-Você está reclamando só porque eu sou mais forte que você, bebezão! – e mostrou a língua.

-Ora sua... – estava pronto para insultar a irmã, mas o pai o impediu.

 -Ei ei, acalmem-se! Não é hora de brigar. – e mandou um olhar severo para os filhos.

Depois disso a cozinha ficou silenciosa. Dois minutos depois Daisuke e Shina perguntaram a mesma coisa:

-E como foi sua missão, pai?

Sasuke contou aos seus filhos a missão que o deixou fora por duas semanas, deixando os filhos fascinados pelas suas batalhas.

Em outro cômodo da casa, especificamente no andar superior no quarto do caçula dos irmãos Uchiha, a rosada trocava o menino tomando o maior cuidado para não acorda-lo. Quando finalmente abotoou o ultimo botão do pijama azul celeste reparou que em volta da boca do pequeno havia pequenos ferimentos, parecido com queimaduras.

-Esforçando-se mais do que deve, não é meu anjo. – falou docemente, enquanto abria a gaveta do criado mudo e de lá tirou uma pomada.

Carinhosamente começou a esparramar a pomada, mas se arrependeu quando viu a careta de dor que Sanosuke fazia em quanto dormia profundamente.

-Perdão filho. – murmurou e continuou a passar a pomada.

Sanosuke irritado com aquela ardência começou a se remexer na cama virando o rosto de um lado para o outro ameaçando a chorar.

-Pronto, pronto, a mamãe para de passar a pomada. Não precisa chorar. – e pegou no colo aninhando o pequeno e começando a cantar uma canção de ninar.

Mesmo sabendo que Sanosuke já tinha oito anos, via o caçula como um bebê de colo, por isso sempre fez o que ele queria. Mimando-o até demais.

Vendo que mesmo assim ele não se acalmava, resolveu acorda-lo para jantar, já que sabia que Sanosuke não havia lanchado. Ficara a tarde inteira praticando o jutsu que tanto via o pai e seus irmãos usando perfeitamente.

-Filho. – chamava com a voz doce. –Sanosuke-kun. – chacoalhou de leve para ver se surtia efeito. –Filho. – finalmente o pequeno abria os olhos. –Oi meu anjo. Vamos lá jantar, todo mundo está lá embaixo. – chamou o filho para descer, mas ele apenas negou com a cabeça ainda sonolento. –Por que você não quer ir lá embaixo?

Sanosuke apenas se agarrou à mãe e começou a chorar. Ato que fez a rosada se assustar.

Seu instinto materno apitou, e simplesmente abraçou de volta. O menino soluçava e fazia com que seu corpo inteiro tremesse, a mãe apenas tentava acalma-lo com cafunés no cabelo e carinho nas costas, que com o tempo o menor foi se acalmando.

-Vai me dizer o que foi que aconteceu, ou, vou ter que perguntou ao seu pai? – perguntou calmamente, e viu que o filho afastou-se para olhar nos olhos de sua progenitora.

-Eu sou um fracassado, mamãe. – a rosada arregalou os olhos com o que acabou de ouvir.

-Não filho, você não é um fracassado.

-Sou sim, mamãe. Já faz cinco dias que venho praticando o jutsu e não consigo melhorar, a bola de fogo não sai grande. – e abaixou a cabeça.

-Filho não é de uma hora para a outra que você vai pegar a pratica, é preciso de tempo para aperfeiçoar os jutsu. – falou docemente enquanto acariciava a bochecha quente e úmida do menor.

-Mas, o Daisuke e a Shina conseguiram dominar o jutsu em quatro dias. – retrucou.

-Sanosuke-kun cada um tem o seu tempo, lembra quando foi você que levou menos tempo para manusear as kunai e as shiriken? – ele assentiu. –Então filho, percebeu que cada um tem o seu tempo? – e sorriu docemente para o menor.

Sanosuke retribui o sorriso, mas o sorriso não durou muito tempo, pois fez uma careta de dor.

-Está ardendo, não é? Vem vamos lavar o rosto e as mãos no banheiro para irmos jantar com o seu pai e seus irmãos.

Meio relutante pegou a mão estendida na sua direção e foi ao banheiro.

Escutaram passos na escada. Sasuke estava a beira de um colapso mental, depois de contar sobre sua missão iniciaram um dialogo sobre a natureza do chakra e kekkei genkai, e toda vez seus filhos Daisuke e Shina discutiam, como já estava cansado de repreendê-los deixou-os discutirem a vontade, daqui a pouco a rosada viria dar um cascudo neles por falaram muito alto, mas isso não acontecia e já estava a um fio para subir aquelas escadarias e ver o que havia acontecido para sua amada demorar tanto para colocar o menor na cama.

Mas a preocupação foi embora quando olhou para a porta e viu a amada e Sanosuke em seu colo escondendo o rosto deles.

-Demorei muito? – perguntou, indo em direção da mesa onde sua família estava sentada esperando a jantar.

-Não. – Sasuke respondeu. Sentiu sua amada debruçar para lhe dar um beijo. Apenas fechou os olhos e esperou para que seus lábios fossem pressionados pelos da amada em um simples selinho. No fundo ouviram coisas como Que nojo! Ou Eca, beijo é nojento. E um até cômico. Pará pai, você vai acaba machucando a mamãe!

Separaram-se por obrigação, pois se fosse pelo casal já estariam aos amassos, mas o bom senso falou mais auto.

-Sanosuke-kun, o papai não vai machucar a mamãe. – falou dando risada junto com os outros.

-Vai sim, ele pode morder o seu lábio mamãe! – mais risadas forma ouvidos.

-Que manha toda é essa, otouto-kun? – perguntou Shina.

-Desce do colo da mamãe, pirralho. Você é pesado e pode prejudicar a coluna dela. – ralhou Daisuke enciumado.

-Se eu quiser posso ficar no colo da mamãe até ela for dormir. – virando o rosto com um beiço, como o caçula dos irmãos era manhoso.

-Claro se você quiser que ela tenha problema de coluna, fique o quanto quiser. – falou sarcasticamente.

Recebendo logo a seguir um cascudo, fazendo assim seu rosto chocar-se com a mesa.

-ITAI! Mãe, por que fez isso? – perguntou manhosamente, enquanto massageava o seu novo galo.

-Não diga besteiras Daisuke-kun! – repreendeu. –Se você está com ciúmes porque eu não consigo mais pegar você no colo, era só falar filho. Hoje eu coloco você na cama. – e deu uma piscadela.

As bochechas de Daisuke subitamente ganharam uma cor rosada. Fazendo todos soltarem gargalhadas.

Sentindo que não aguentaria mais segurar o filho no colo, colocou-o confortavelmente em sua cadeira. Sanosuke quando viu que não estava mais no colo de sua mãe fez um bico maior que o mundo.

-Seu irmão está com ciúmes, mas não quer dizer que esteja errado, Sanosuke-kun. – e deu um beijo na testa do filho menor. –Agora se comporte e sem manha. – o menor apenas assentiu. –Daisuke-kun e Shina-chan, arrumem a mesa, a janta está pronta.

Para não receber mais cascudos, Dasiuke se levantou rapidamente indo pegar os pratos, Shina fez a mesma coisa para não contrariar a mãe indo pegar os copos.

Vendo Daisuke e Shina pegando os pratos e os copos, desceu da cadeira indo em direção à gaveta onde eram guardados os hashi.

-Onee-chan eu quero ajudar! – falando isso colocando os cinco pares de hashi na mesa.

-Tudo bem, otouto-kun. Agora abri a geladeira e pegue a salada.

-Hai! – e fez o que a sua irmã pediu.

Sasuke estava apenas observando tudo. Percebeu que Sanosuke não olhava-o, e quando fazia isso desviava rapidamente.

Logo a mesa estava cheia de comida, desde arroz branco a peixe frito.

-Itadakimasu. – falaram todos juntos.

Jantavam como uma família normal, contando tudo que era engraçado e intrigante. Os gêmeos então puxaram um assunto que fez o menor parar de rir de uma coisa que a mãe havia falado.

-Pai, você sabia que eu usei o Goukakyuu no Justsu em um dos ninjas caçadores de recompensas? – contava Shina toda entusiasmada.

-Sério? Que legal, filha! E qual foi o resultado? – perguntou interessado, mas sabia que Sanosuke havia se endireitado em sua cadeira e com uma expressão desconfortável no rosto.

A rosada logo percebeu a mudança de comportamento no menor e tratou de distrai-lo com curtas histórias de como seu tio Naruto junto dela e seu pai se divertiam nas missões rank D.

-Quase fiz churrasco de ninjas renegados! – deu risada de sua própria resposta.

Um sorriso lateral se formou nos lábios de Sasuke, Daisuke caia na gargalhada e Sanosuke ficava mais rígido em sua cadeira.

-Falando nisso... Como está indo o Goukakyuu no jutsu, pirralho? – Daisuke perguntava todo travesso.

O menor de imediato crispou os lábios e nos cantos de seus olhos formaram-se lágrimas. Sakura já estava pronta para repreender Daisuke, mas a mão de Sasuke a impediu de fazê-lo.

Poderia levar uma bronca da amada mais tarde, mas queria saber o que o menor iria dizer. Vendo que o marido não desviava os olhos de Sanosuke, muito menos Daisuke e Shina fazia isso, compreendeu que todos estavam esperando uma resposta do pequeno.

Poderia estar se coçando para não brigar com todo mundo, mas também estava curiosa com a possível resposta que seu filho menor poderia dar.

Sanosuke engoliu a seco auditivamente, limpou as lágrimas de sus olhos e falou:

-Posso não ter dominado o jutsu ainda, mas acho que estou melhorando, certo pai? – percebia insegurança em cada palavra. –Porque todo mundo tem seu tempo. – falou e sorriu.

Todos ficaram impressionados com as palavras do menor.

-Ok, já que amanhã ninguém tem missão ou trabalho, vamos ver se o esforço que você fez até agora valeu a pena! – declarou Daisuke entusiasmado.

O casal Uchiha pode ver Sanosuke perder a cor por um momento.

-Isso aí! Vamos fazer uma competição de quem faz o Gokakyuu no Justsu maior! – acrescentou Shina empolgada.

A rosada engolia a seco a cada palavra que os gêmeos diziam, o moreno mais velho contava várias vezes até dez para bolar um plano de tirar essa ideia das cabeças dos Uchiha’s, e o pequeno apenas tentava manter se forte, coisa que não estava dando certo.

De repente uma ideia surgiu na cabeça da rosada. Seus lábios se emolduram em um sorriso travesso. Todos na mesa perceberam o de imediato a mudança repentina da rosada.

-Sakura, no que está pensando?

No mesmo instante o sorriso travesso alargou-se.

 –Não seria mais legal se todos participassem da brincadeira de amanhã?

-Mas como, se a mamãe não tem a natureza de chakra katon?

-Simples Shina, ao invés de usar ninjutsu, que tal vermos como está à pontaria de todos? 

Os gêmeos franziram a testa em desaprovação. E o pequeno abriu um sorriso maravilhoso.

-Vamos sim! – vibrou em alegria.

E foi nessa hora que a ficha tinha caído para Sasuke. Sakura estava apenas protegendo o menor dos Uchiha’s. E vendo que não tinha outra escolha, concordou com a competição de pontaria em família.

-Não seria uma má ideia, crianças. Assim todos vão poder participar inclusive a mãe de vocês. – agora era três contra um.

-Então está combinado, amanhã quero todos de pé as oito em ponto senão vamos deixar para trás. A contra gosto os gêmeos concordaram, confirmando com a cabeça. –Agora vamos arrumar a mesa para todos irem dormir. – e se levando para colocar a louça na pia.

-Mãe, nós não podemos ir depois do almoço?

-Eu acho que não, querida.

-Mas por quê?

-Porque Sanosuke vai praticar o jutsu no lago junto com o pai de vocês.

-AH! É por isso que ele ficou alegre quando a senhora deu a ideia de fazer uma competição de pontaria, porque o pirralho não conseguiu ainda pegar a pratica no jutsu. – Daisuke poderia ser bem explosivo às vezes, mas isso não queria dizer que ele era burro, pelo contrario, na época da academia ele era reconhecido como um gênio, e na hora que propôs a competição de ninjutsu e viu que o irmão menor ficou tenso percebeu na hora que ele ainda não tinha pegado a pratica, e quando sua mãe teve uma ideia em que todos participassem com a competição de pontaria isso só se confirmou, mas resolveu guardar a descoberta para si.

A rosada só conseguiu ver o arrastar dos pés da cadeira e Sanosuke sair em disparada para fora da cozinha. Shina estava sem reação e Sasuke apenas mandou uma repreensão pelo olhar para Daisuke.

-Estou decepcionada com você, filho! – e saiu atrás do filho caçula.

Na cozinha Sasuke e Shina encoravam Daisuke surpresos, pois quando a rosada saiu atrás do filho depois de ter dito para o filho que estava decepcionada com o mesmo, este abaixou a cabeça e assim ficou até agora.

-Daisuke. – respirou fundo. –Deveria ir até seu irmão e pedir desculpas. O que você acabou de falar chateou até a mim, você sabe o quanto seu irmão está se esforçando para alcançar vocês dois? – levantou-se da cadeira e foi andando até a porta. –Ao invés de ficar debochando do seu irmão, incentive-o. É pra isso que os irmãos mais velhos existem. – falou e saiu cozinha a fora.

-Desde quando você se tornou uma pessoa assim, Daisuke? – mesmo sabendo que estaria sendo dura com a seu irmão, a atitude do mesmo a surpreendeu. –Caramba! Otouto-kun deve estar arrasado.

E assim colocou seu prato na pia e saiu com uma garrafa de água.

Deveria pensar antes de dizer certas coisas. Desde que Sanosuke se entendia por gente, Daisuke sempre falava coisas que o chateava, mas logo os dois estavam sorrindo como se nada tivesse acontecido. Mas agora sabia o motivo de não estarem sorrindo, aquele assunto para o pequeno era muito delicado. Por experiência própria sabia a dor que o menor sentia, a dor de ser um fraco, pois se sentia assim quando fez sua primeira missão rank-B. A culpa já o dominava, por impulso socou a mesa, fazendo assim seu prato pular e logo fazer um barulho. Se tocou  que estava descontando sua raiva em coisas que não tinham nada a ver com ele, então com um suspiro ele se levantou com o prato em mãos, colocou-o na pia e saiu, não antes de desligar a luz.

Sabia exatamente onde o pequeno estava, abriu a porta de madeira envernizada e viu que ele estava deitado de lado em sua cama, mesmo escuro dava para perceber que o menino soluçava por conta do choro. Aproximou-se silenciosamente e sentou-se na beirada da cama de casal. Pegou o menino e colou em seu colo, contou até dez duas vezes e deu um longo suspiro.

-Sanosuke-kun, já chega de chorar. – e viu que só pirou a situação, pois o menino começou a tossir. Um desespero tomou conta da rosada, seu bebê estava se engasgando por conta dos soluços. –Meu anjo se acalma, mamãe está aqui. Pronto, não precisa chorar desse jeito. – se levantou com um pouco de dificuldade e foi até o banheiro do casal.

Ainda no em seu colo tirou a roupa do pequeno e logo após a sua, entrou com Sanosuke debaixo da água morna e começou a cantar uma melodia que sempre acalmava seus filhotes. Com o tempo o menor se acalmou e tomaram banho em silêncio.

Quando saíram, Sakura rapidamente colocou sua roupa de dormir e levou Sanosuke para se trocar em seu quarto. Abriu a porta de madeira envernizada do quarto de Sanosuke e o depositou delicadamente na cama apenas de toalha.

-O que vai querer vestir para dormir hoje, filho? – perguntou enquanto ia em direção da comada para pegar uma cueca e logo em seguida para o guarda-roupa e procurava um pijama fresco.

-Aquele pijama azul claro que o papai me deu no meu aniversário. – respondeu com uma voz carregada de sono.

Sakura ao se virar para ver o estado filho, sorriu docemente ao encontra-lo coçando o olho esquerdo com a mão pequena e gordinha enquanto fazia um biquinho.

-Ok. Vou procurar esse pijama, enquanto isso coloque a cueca, sim? – recebeu como resposta uma afirmação com a cabeça. Mexendo ali e aqui finalmente encontrou o pijama que o filho queria usar.

-Sanosuke-kun encon... – parou na hora e percebeu que demorou um pouco, pois o pequeno já estava dormindo serenamente. Com um sorriso no rosto aproximou-se do filho. –Você se esforçou bastante hoje, meu anjo. – e com isso começou a colocar o pijama em Sanosuke. –Boa noite, meu anjo! – depositou um beijo casto na testa do pequeno.

-Mamãe?

-Desculpe filho, te acordei né.

-Não, só acordei para falar boa noite para senhora. – e com isso fechou os olhos.

Ficou um tempo velando o sono do filho, até que resolveu que estava na hora de ir dormir e levantou-se. Como só a luz do abajur estava acesa deixou assim mesmo, pois sabia que o menor tinha medo do escuro. E se retirou do recinto.

Abriu a porta de madeira envernizada e foi em direção da cama onde estava Shina. Deu um beijo casto na testa da mesma.

-Boa noite, querida. Tenha bons sonhos.

E se retirou do recinto indo em direção a outra porta de madeira envernizada, era o quarto de Daisuke, fez a mesmo coisa, beijou a testa e desejou boa noite. Já estava saindo quando foi chamada por uma voz sonolenta.

-Mamãe?

-Desculpe se te acordei.

-Tudo bem.

-O que foi? Você nunca acorda quando eu venho lhe desejar boa noite. Está com febre? Sentia alguma dor?  – perguntou preocupada. Já concentrando chakra para fazer uma checagem.

-Estou bem, só não consigo dormir.

Sakura soltou um suspiro de alivio.

-E por que não?

-Porque estou me sentindo culpado.

Por essa ela não esperava. Mas logo o fio da compreensão passou por ela e abriu um sorriso.

-Se sentir culpado prova que você está arrependido de algo que fez, então que tal aliviar essa culpa pedindo desculpas para a pessoa que você prejudicou? – se levantou e foi em direção da porta. –Acho bom ir logo, porque se não ele só vai acordar amanhã. – deu uma piscadela e saiu.

Ficou surpreso pelo o que sua mãe acabara de dizer, mas sabia que era verdade.

Depois de um longo suspiro, retirou o lençol que o cobria e foi em direção do quarto de seu irmão caçula.

Entrou no quarto silenciosamente e viu que Sanosuke dormia serenamente. Chegara tarde, seu irmão já estava dormindo e também se acordasse ele, estaria ferrado, já que o caçula não gostava de ser acordado, pois ficaria de mau humor e não dormiria mais. Aceitando que passaria a noite em claro virou sobre os calcanhares e quando já estava girando a maçaneta, ouviu Sanosuke se mexendo e quando se virou para ver o que estava acontecendo, deparou-se com os olhos grandes e verdes o fitando com curiosidade.

-Ainda não dormiu?

Antes de responder o pequeno soltou um bocejo.

-É que você faz muito barulho quando gira a maçaneta. – sorriu.

-Baka! – aproximou-se da cama e sentou-se na beirada, viu que Sanosuke não estava mias tão triste como antes, suspirou fundo, não queria sentir-se culpado toda vez que encarava a sua copia, só que em miniatura. –Gomen né, Sanosuke!

-Desculpa pelo o quê, Daisuke-onii? Você não fez nada de errado. – respondeu ainda sonolento. Nem passava pela cabeça do menor que o irmão amis velho estava arrependido pelo o que havia dito na cozinha horas atrás.

-Desculpa por ter debochado de você na cozinha e por ter acordado você.

E levantou-se, não queria ouvir a resposta. Quando já estava para abrir a porta foi chamado.

-Daisuke-onii. – e correu em direção do irmão mais velho. Parou em sua frente, mas não falava uma palavra se quer. Só encarava o irmão maravilhado.

-O que foi? – perguntou incomodado pelo olhar.

-Está desculpado! – sorriu, contagiado pelo sorriso do irmão sorriu também.

-Se esforce amanhã! Porque não vou deixar você ganhar na competição de pontaria, pirralho! – e levou o dedo em direção da testa do menor e logo cutucou aquela região, a mesma coisa que Itachi fazia com Sasuke quando era menor.

-Pode deixar! Amanhã eu não vou perder para você e nem para a Shina-onee! – declarou entusiasmado e foi em direção da cama.

-Se esforce também para conseguir realizar o Goukakyuu no Jutsu igual à gente!

-Vou tentar, mas não sei se vou conseguir. – a face entusiasmada havia desaparecido e deu lugar para a tristonha.

-Por que não?

-Porque eu sou um fraco.

-Se você fosse um fraco, nesse exato momento não estaria de pé. Sanosuke ganbatte né!

E saiu do quarto do menor, sentia-se como se um peso estivesse sido retirado de suas costas. Agora sim teria uma boa noite de sono.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Na manhã seguinte, todos estavam na cozinha reunidos. Shina ajudava a mãe a preparar o almoço da família enquanto Sanosuke, Daisuke e o pai iam recolhendo todas as kunais e churikens que encontravam pela casa para levar.

E logo todos estavam indo em direção a floresta em que pertencia a família Uchiha a gerações. Chegando lá começaram a montar os alvos em cima das árvores, nos troncos, nas pedras e no chão.

Quando estava tudo pronto.

-Lembrando que não vai poder usar o sharigan! – declarou Sakura.

E um AAHH!  No fundo foi ouvido.

-AAHHH! Uma ova! Seria injusto para o seu irmão e para a sua mãe, espertinhos!

Daisuke e Shina deram risadas travasses enquanto Sasuke dava de ombros.

E lá foram, uma vez de cada, começando com Daisuke que estava todo eufórico, acertou todos os alvos, mas demorou um pouco. Shina foi à próxima, esta foi mais rápida, porém errou um alvo que estava atrás de uma pedra. Sanosuke foi o seguinte e acertou todos os alvos com rapidez. Logo após foi Sasuke e depois Sakura, ambos como excelentes Joonins acertaram os alvos com muita agilidade.

-Isso não é justo! – exclamou Shina!

-Isso mesmo! Pensamos que ia dividir em dois, as crianças e os adultos. – Daisuke cruzou os braços e fez um bico.

-Concordo com a Onee-chan e o Onii-chan!

O casal começou a rir. Como seus filhos eram espertos.

-Que tal outra rodada? Prometemos que deixaremos vocês ganharam! Certo, Sasuke?

-Mas é claro.

E assim a família Uchiha aproveitou a manhã inteira jogando kunai’s e churiken’s por todos os alvos impostos estrategicamente naquela região. Até fizeram exercícios para fortalecer o taijutsu’s, tirando Sakura que foi arrumar o lugar onde almoçariam.

Estava para dar um chute na coxa esquerda de seu pai, quando se desequilibrou e caiu de bumbum no chão, percebeu que todos riam da sua cara.

-Você é muito desastrado, Sanosuke.

-Não sou não, apenas escorreguei em algo! – virou o rosto corado e fez bico.

-Hora de comer! – escutou sua mãe chama-lo, e logo todos foram almoçar.

Despois de almoçarem, todos estavam apreciando a sombra de uma árvore, Sasuke estava encostado na mesma, enquanto sua amada estava usando a sua coxa com apoio para deitar, Sanosuke estava deitado com a cabeça em cima da barriga da rosada, Shina e Daisuke estavam sentados de frente para os pais.

Todos estavam em completa paz, quando Shikamaru aparece do nada.

-Desculpe atrapalhar o momento em família de você, mas Sasuke o Hokage está pedindo para que você vá até a sede dele com extrema urgência.

-Entendido! - quando chegasse à sede do Hokage não se esqueceria de dar alguns petelecos no mesmo.

-Olá crianças!

-Yoo Shikamaru-sensei! – cumprimento Shina.

-Yoo! – cumprimentaram os dois garotos.

-Shina, temos uma nova missão, daqui uma hora no portão de Konoha!

Com um suspiro desanimado.

-Ok! O trabalho me chama! – ironizou.

-Daisuke, a sua equipe também foi convocada para uma nova missão, Neiji disse para encontra-los no portão daqui trinta minutos! Era só isso, já né! – desapareceu numa nuvem de fumaça. Sanosuke assistia tudo com os olhos brilhando. Um dia seria ele.

-Vou indo para ver o que aquele dobe quer de tanta urgência para tirar meu dia de folga. – deu um beijo demorado na amada e sussurrou em sua orelha: - Volto mais tarde, se cuida! – e foi em direção de sua casa para se aprontar. Mas antes de ir virou-se para os filhos. –Tomem cuidado, ganbattekoi! E Sanosuke você também ganbatte né! – dizendo isso desapareceu entre as arvores.

-Vou ficar esperando, e você também tome bastante cuidado. – sussurrou para o vento, vendo o amado desaparecendo pelas arvores.

-É melhor irmos nos aprontar também, Daisuke! – falou levantando-se.

-Ok! – e se levantou também.

-Tomem cuidados filhos! Vou ficar esperando vocês! – e deu um beijo casto na testa de cada um. –Amo muito vocês!

-Amamos você também, mãe! Já né! – falaram em uni som.

-Onii-chan, Onee-chan, quando vocês voltarem vou mostrar que também cresci!

-Vou aguarda ansiosamente.

-Faço as palavras do Daisuke as minhas, Otouto-kun!

E também desapareceram com entre as árvores.

-Acho que está na hora de irmos também né, Sanosuke-kun? – se levantou e estendeu a mão para que o menino pegasse.

-É. – reparou que a menino não estava mais com aquele animo todo, e pelos cantos dos olhos viu que escorria as lágrimas.

-O que aconteceu? Está doendo algum lugar? – o pequeno apenas se jogou nos braços da progenitora. –Filho! Sanosuke! Fala comigo, meu anjo! Conta para a mamãe, o que aconteceu? Por que você está chorando? – mas nada adiantava, o menino apenas chorava. –Calma, meu bebê. – acariciava os fios negros e rebeldes do filho. Com o tempo Sanosuke foi se acalmando. –Agora você vai me dizer o que aconteceu? – perguntou calmamente.

-Eu nunca vou... – um soluço o atrapalhou. –Vou conseguir... Alcançar o papai, Daisuke e Shina.

-Você está dizendo isso por que não consegue executar o Goukakyuu no Jutsu como eles, certo? – o pequeno apenas afirmou com a cabeça. –Sanosuke-kun, você está pensando que irá alcançar eles de um dia para o outro? – esperou por uma resposta, mas Sanosuke apenas abaixou a cabeça. –Se estiver pensando assim, você está errado. O papai treinou muito para chegar até onde ele está agora. Os seus irmãos também, agora se você está achando que a vida de um shinobi é moleza, o buraco é mais embaixo, filho. – fez uma pausa para respirar. –Eu não queria estar falando desse jeito com você, mas foi você que pediu. Um dia você vai conseguir alcançar não, mas sim ultrapassar o seu pai e irmãos, mas para isso tem que se esforçar. Não pode só falar, tem que fazer! Daqui uma semana você vai entrar na academia, você não quer deixar seu pai e seus irmãos orgulhosos? – afirmou levemente. –Então tem que se esforçar. Aproposito, você não é mais um bebê de colo. – e beijou a testa do menino.

O menino sorriu e se levantou com um brilho no olhar que fazia um tempo que Sakura não via nos olhos do menor.

-Então você me ajuda a treinar, mamãe? Quero deixar todo mundo orgulhoso de mim!

-É assim que se fala garotão!

E foram em direção da ponta em que o menino sempre praticava o ninjutsu de fogo.

-Ganbatte! – e colocou a mão no ombro do menino, como se fosse transmitir força. Você consegue!

Sanosuke respirou fundo, fechou os olhos enquanto realizava os selos para o ninjutsu.

-Katon: Goukakyuu no Jutsu! – e soltou todo ar.

Nesta primeira tentativa a bola de fogo saiu como antes, pequena como uma bola de tennis. Deixando o pequeno frustrado.

-Não desista Sanosuke-kun! – com esse incentivo, o menino fez de novo os selos e respirou fundo e soltou todo o ar. A bola cresceu um pouco.

E foi assim até a metade da tarde quando Sanosuke todo frustrado sentou-se na ponte e gritou:

-NÃO QUERO MAIS FAZER ISSO! – e ficou olhando o reflexo de si na água cristalina.

-Então é assim? Vai desistir no meio do caminho?

-Não consigo fazer uma bola enorme de fogo, o máximo que consigo fazer é um quarto do que o papai faz. – abaixou a cabeça.

-Como você é apressado, hein filho?! Acho que deveria ter acreditado naquela superstição que diz assim: filho que nasce de sete meses é muito apressado. – logo em seguida começou a rir. O menino apenas corou.

-É verdade que nasci de sete meses mamãe?

-É claro que não... Só estava tentando fazer você rir.

Num ato inesperado Sanosuke se jogou nos braços de sua progenitora e por um triz eles não caíram no riacho.

-Desse jeito você vai me deixar com problemas na coluna logo, logo filho! – e começaram a rir. Com o tempo os risos foram se cessando e logo as feições da rosada ficaram sérias. –Vai mesmo encerrar por hoje?

-Por hoje não, até eu ficar velho.

Com um sorriso doce nos lábios a rosada respondeu;

-Pensei que não iria desistir, que iria se esforçar e deixar todos orgulhosos de você.

-Mas isso é muito difícil.

E uma ideia veio à mente da rosada.

-Ao invés de levar tudo ao pé da letra, que tal fingir que isso é uma corrida de obstáculos, e você acabou de dar a partida e ultrapassou o primeiro obstáculo que era aprender a manusear os kunai’s e churiken’s e agora está indo para o próximo que é aprender a usar com perfeição o Goukakyuu no Jutsu. E se você parar aqui não vai chegar na linha de chegada nunca.

Com isso Sanosuke abriu um lindo sorriso, e seus olhos voltaram a brilhar como mais tarde.

-Como uma corrida de obstáculos?

-Isso mesmo filho!

-Eu consigo?

-Só você não desistir, que consegue!

Nas primeiras tentativas foram falhas, mas quando chegaram na décima tentativa, Sanosuke acumulou o máximo de chakra que possuía, realizou os selos e respirou fundo.

Eu consigo! Como uma corrida de obstáculos, se eu parar nunca vou chegar na linha de chegada!  - Pensou.

-Katon: Goukakyuu no Jutsu.

E como esperado, o pequeno realizou o jutsu com perfeição, já que a bola de fogo saiu enorme.

-Mamãe eu consegui! Fiz igual ao do papai!

-Parabéns filho! Ganbatta né! Acabou de ultrapassar o obstáculo! – e deu um beijo na testa do pequeno.

Enquanto comemoravam viram que o sol já estava se pondo.

-Olha mamãe, o sol já está indo embora.

-E nós também já estamos indo, temos que fazer o jantar!

-Só mais uma vez?

-Você já se esforçou demais.

-Por favor. Eu estou bem, olha. – e fez uma estrela na ponte.

Um pouco relutante a rosada concordou. Mas fez uma note mental, na qual quando chegasse a casa cuidaria daqueles machucados em volta da boca do pequeno.

-Ok, só mais uma vez e vamos embora.

O menino abriu um sorriso de orelha a orelha e com concentração, ele começou a realizar os selos, respirou fundo e soltou todo ar.

Como uma corrida de obstáculos. Eu consigo.

E nesse exato momento mais uma bola de fogo enorme começou a se formar.

Sakura que estava atrás do menino para incentiva-lo, percebeu uma presença muito familiar e foi correndo em direção à estrada que tinha ali.

-Sasuke-kun! Sasuke-kun!

- O que foi? – perguntou preocupado com o jeito eufórico da amada.

-Olhe! – e apontou para a ponte onde o pequeno realizava o ninjutsu de fogo com perfeição. –Ele conseguiu! Conseguiu Sasuke-kun!

Sakura estava para chorar de tanta alegria, mas o que a deixou surpresa foi quando ele saiu correndo em direção do pequeno e o abraçou. Foi só isso para que a rosada iniciasse um choro, e fosse em direção deles.

-Estou muito orgulhoso de você, Sanosuke! – declarou Sasuke.

-Verdade?

-Mas é claro.

-Viu só filho, a prática leva a perfeição.

-Mamãe, obrigado! – e abraçou as pernas de sua progenitora.

-Não há de quê.

-Obrigado você também papai, por ter me ensinado o Goukakyuu no Jutsu.

Sasuke apenas sorriu de lado e com o dedo indicador e do meio cutucou a testa do filho, deixando ali uma marca pequena e avermelhada. Fazendo assim o pequeno franzir a testa.

-Agora sim podemos fazer uma competição de ninjutsu! – Daisuke gritou.

-Na qual eu vou ganhar! –completou Shina.

-Vocês viram o que eu fiz Daisuke-onii, Shina-onee?

-Hai! – responderam em uni som.

-Mamãe estou com fo... – uma tontura o atingiu e logo tudo se apagou. Sasuke com seus reflexos rapidamente pegou o menino e aninhou em seu colo.

-Eu avisei para ela para que não se esforçasse demais, mas não adiantou, agora está esgotado. – falou com um sorriso terno no rosto.

-Vamos para casa.

-Isso mesmo, vamos para casa! Todo mundo está com fome. – e nesse exato momento as barrigas de todos roncaram, tirado risadas de toda a família Uchiha.

E sem mais nada a dizer todos foram para casa, com muito orgulho do pequeno Uchiha.

The end


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Notas finais do capítulo

Espero conseguir pelo menos duas leitoras... *--*
comentem, ou melhor digam suas opniões...
#esperando anciosamente pelos comentários de vocês.... Já né! ô/ kissus!!



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