Wonderwall escrita por jooanak


Capítulo 10
Give me love


Notas iniciais do capítulo

"Gente, esse capítulo tá muito fofo. Desculpa a demora pra postar, mas ta meio difícil. Enfim, continuem lendo, dando review e indiquem para quem vocês conhecem tá? Por favor. Beijos e posto o próximo capítulo assim que puder.",

22/08/2016 - Olá pessoal, depois de muito tempo encontrei essa fic e decidi que esse é o último capítulo dela. Apesar de não ser o final perfeito, é um final bom para vocês decidirem o que acontece em seguida. Espero que entendam. Com amor, Joana.



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— Quinn? Quinn? – eu ouvia uma voz distante, mas não enxergava nada. Aquela voz era familiar, mas de quem era?

— Ah – eu gemi.

— Enfermeira, eu acho que ela acordou.

Apertei os olhos, mas minha visão continuava embaçada. A porta do quarto se abriu e ouvi passos vindos em minha direção. Apertei mais ainda meus olhos para ver se reconhecia alguém, até que minha visão ficou um pouco mais nítida e reconheci Kurt pelo broche de rinoceronte em sua jaqueta.

— Kurt. – sussurrei.

— Sim, estou bem aqui.

Ao ouvir aquilo, dei um sorriso e voltei a dormir. Acordei mais tarde sozinha no quarto e agora conseguia enxergar tudo. Cada detalhe. Com certeza não estava em casa, disso eu tinha certeza. Por algum motivo eu não queria ficar sozinha ali nesse lugar, mas não tinha ninguém por perto e eu não tinha forças para sair da cama e chamar alguém. Eu estava com medo, é isso? Eu sou Quinn Fabray. Não tenho medo.

Fiquei encarando o teto pelo tempo que se passou quando finalmente um homem careca com um jaleco que aparentava ter pouco mais de 50 anos entrou no quarto. Ele não tinha mais que 1,75 de altura, pesava cerca de 80kg e tinha um sorriso muito amigável.

— Senhorita Fabray! Nos deu um grande susto. – ele falou.

— O que aconteceu? – eu falei gaguejando.

— Bom, a senhorita estava dirigindo e bateu de carro em uma árvore, teve leves ferimentos, bateu muito forte com a cabeça e ficou inconsciente por cerca de dois dias. Agora precisa ficar em observação por mais algumas horas e se estiver se sentindo melhor, acho que pode ir para casa.

Eu revirei os olhos.

— Eu quero sair daqui.

— Mas vai ter que ficar aqui.

Eu bufei.

— Logo sua mãe vai chegar.

— Hm – eu suspirei.

— Bom, você tem visitas.

Ergui minhas sobrancelhas e ele deu uma risada discreta.

— Olá Quinn. – Kurt e Rachel botaram suas cabeças pela porta. Eu sorri para eles e o médico saiu.

— Que bom ver você sorrindo. Foi um acidente feio. – Kurt exclamou puxando uma cadeira e se sentando nela.

— É, todo mundo está com saudades.

Eu sorri enquanto eles passaram o resto da tarde falando das novidades e blá blá blá. Apesar de serem eles, eu estava feliz porque não queria ficar sozinha. Eu gostava de Kurt, e Rachel até que não era tão abominável como eu sempre pensei que fosse. O tempo passou rápido e logo eles foram embora.

A noite passou e outro dia chegou. Minha mãe veio me buscar e ficou falando de como ficou preocupada e que o carro estava em condições aterrorizantes, mas eu não escutei muito, a única coisa que eu queria era deitar em um colchão bom, porque convenhamos, aquele colchão do hospital era horrível. Totalmente horrível. Passei o resto da semana dormindo; por causa do acidente eu havia sido dispensada da escola por uma semana até me recuperar 100%. A semana passou rápido, e na segunda seguinte, eu teria que voltar para a McKinley, o que era totalmente horrível, eu estava cansada daquele lugar.

— Quinn. – minha mãe me chamou enquanto eu encarava o teto do meu quarto. – está na hora de acordar ou você irá se atrasar.

— Eu sei. – falei mal humorada.

— Filha... – ela falou entrando em meu quarto.

— Eu disse que eu entendi, já to me levantando, tá? – falei seca.

Ela sorriu e eu comecei a me arrumar. Em menos de 20 minutos, já estava pronta e havia tomado café. Minha mãe me levou para a escola porque ela tinha medo de que “algo” acontecesse. Assim que pus o pé no estacionamento, Santana veio correndo me abraçar, o que não era muito normal de Santana.

— Que saudades de você Fabray.

Eu a abracei de volta.

— Porque tanto amor? Quem é você e o que fez com Santana Lopez? – nós rimos,

— Não, é sério. Essa porcaria fica pior sem você. Brittany parece não ligar para os caras gostosos da escola desde que ela começou a namorar.

Eu a olhei pasma. Não sei o que era pior, ela sentir minha falta só porque não tinha com quem discutir sobre a bunda dos jogadores de futebol ou Brittany estar namorando.

Santana percebeu minha cara e revirou os olhos.

— Brittany está namorando Artie.

Eu ri alto.

— É verdade, todos ficaram, chocados. – ela bufou.

Eu sorri.

— Vem, temos que ir pro treino das Cheerios. Sue esta te esperando.

Saímos de lá e caminhamos direto para o pavilhão, o dia não estava muito bonito para se treinar no campo. As Cheerios queriam ganhar o campeonato nacional desse ano, mas eram um bando de preguiçosas, não faziam nada por merecer, e era por isso que eu era a capitã, porque eu sei o que quero, acho que Sue viu isso em mim. Essa força de vontade. O acidente dificultou o treino para mim de forma que tive que ir embora dez minutos depois que cheguei por causa dos hematomas ainda visíveis.

Com vontade de chorar, fui para a sala do Glee club. Mr. Schue falou que estava feliz por me ver de volta e recebi muitos abraços calorosos dos meus colegas, menos de Sam, que ficou no fundo da sala me encarando. Falamos sobre a escolha de músicas para as seccionals, ou sei lá o que, eu estava muito cansada pra prestar atenção, eu queria sair de lá, acho que ainda não tinha me recuperado totalmente. Quando o sinal bateu, ao invés de ir para minha próxima aula, fui para o campo para abrir a mente.

Caminhei um pouco e depois me sentei na primeira fileira das arquibancadas. Ainda não estava chovendo. Fiquei olhando o céu. As nuvens cinzas pareciam escurecer cada vez mais. Daqui a pouco os trovões e relâmpagos começariam. Eu queria sair de lá antes que tudo começasse, não queria pegar uma pneumonia. Desci as arquibancadas e me dirigi ao campo. Estava totalmente vazio. Nenhum jogador de futebol, nenhuma Cheerio, apenas, um garoto de cabelos louros que caminhava em minha direção.

(N/a: Coloque para tocar)

— Sam – eu sibilei enquanto ele se aproximava.

Eu congelei onde estava e vi ele chegando cada vez mais perto de mim e ele parou apenas quando ficou centímetros da onde eu estava. Eu fiquei encarando seus olhos e ele encarou os meus. Ficamos quietos, ouvindo apenas o barulho de nossas respirações.

— Eu não aguento mais. – ele sussurrou.

— Não aguenta mais o quê? – eu perguntei enquanto tremia.

Sam se aproximou de mim pegando minha mão e colocando-a em meu rosto junto com a sua.

— Ficar longe de você. – ele falou enquanto se aproximava mais. Estávamos tão perto que eu podia sentir sua respiração.

— Sam... – eu sussurrei.

— Por favor, me dê apenas mais uma chance. – ele disse.

Eu fiquei olhando seu rosto, cada feição. Cada detalhe, oh céus, como ele podia ser tão lindo? Meu coração começou a bater cada vez mais forte e eu realmente achei que ele sairia pela minha boca. Eu devia me afastar e sair correndo de lá. Eu devia, mas minhas pernas estavam presas ao chão verde. Ele estava lá. Ele estava fazendo isso. Eu o queria, do mesmo jeito que ele me queria. Eu queria ficar com ele.

— Eu... eu... – eu estava gaguejando sem saber o que fazer, então, Sam, avançou seus lábios contra os meus, me beijando carinhosamente, enquanto puxava minha cintura com seus braços. Nosso beijo era tão doce, tão verdadeiro e nem percebemos quando a primeira gota de chuva caiu sobre nós, seguida de uma segunda e uma terceira e assim seguidamente. Eu parei o beijo e sorri, ele fez o mesmo. Olhamos para o céu e voltamos a nos olhar e nos beijar novamente. 

Naquele momento nada mais importava. Não nos importávamos com a chuva ou se ficaríamos gripados ou com pneumonia. Também não nos preocupávamos se alguém estivesse olhando, porque naquele momento, eu era dele e ele era meu. E eu não deixaria aquilo acabar de novo.


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