Be Alright escrita por Carol Munaro


Capítulo 22
Noivado




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Arrumei um pouco a casa e depois fiquei mofando no sofá com o meu notebook no colo e “vendo” TV. Meu celular começou a tocar e vi que era o Justin.

*Ligação on*

– Oi. – Falei sorrindo.

– Oi. Abre a porta. Tá ventando e eu to com frio. – Ele falou com uma voz fofa. Na hora eu sorri. Mas awn.

*Ligação off*

Abri a porta e depois que eu fechei ele me beijou.

– Tenho uma novidade pra te contar.

– Sobre quem? – Ele perguntou confuso.

– Minha mãe. Ela tá namorando.

– Ah, mas já imaginava que isso acontecer agora que ela reencontrou seu pai.

– Mas não é com ele.

– Então é com quem? Tua mãe parecia amar o teu pai ainda. E ele eu digo o mesmo. – Ele falou com a expressão confusa.

– É com o chefe dela.

– Teu pai sabe?

– Sei lá. Ah, vou passar o final de semana na casa dele. Se quiser ir no sábado pra lá…

–Tudo bem. Agora vem cá porque eu trabalhei muito sabe, to cansado e preciso de beijos e abraços pra repor minhas energias.

– Aham, sei. E se um dia eu fizer greve?

– Nem seja louca em fazer isso. Você ia tá querendo me ver morto. – Eu ri.

– Deixa de ser exagerado. – Ele fez um biquinho tão fofo, que eu mordi e depois o beijei :3

– Vou te levar pra sair hoje.

– Vamos onde?

– Numa festa de um amigo meu.

– Que amigo?

– Você não conhece.

– Não é nenhum daqueles tempos lá não, ou é?

– Não. Mas o Victor conhece ele e vai tá lá também. – Olhei desconfiada. – O Vitor é amigo do irmão dele. Ai eles se conhecem. Relaxa.

– É festa tipo, realmente festa, ou mais simples?

– Noivado. – Estranhei. – Ele é mais velho que a gente, tipo, uns 6 ou 7 anos. – Justin falou rindo quando viu a minha cara.

– Que horas vai ser?

– 19h00min. – Eu olhei no relógio. Já eram 17h00min.

– Mo, vou me arrumar, então. Você vai pra sua casa, ou vai me esperar pra gente ir pra sua e depois ir direto pra lá?

– Na verdade, eu trouxe uma malinha pra me arrumar aqui. – Ele falou sem jeito.

– Folgado. Toma banho no meu quarto, que eu vou pro quarto da minha mãe.

– Ou a gente compartilha o banheiro. – Ele falou me puxando pra mais perto e fazendo uma cara de pervertido.

– Não, senhor. Gosto de tomar meus banhos em paz.

– Você é muito ruim comigo. – Ele falou fazendo bico. Eu ri.

– Cada um tem o que merece. – Falei rindo e subindo as escadas. Enquanto tomava banho pensei em que roupa usar. Decidi vestir um vestido lilás e uma sapatilha. Sai do banho e fui pro meu quarto. Justin já tinha saído do banho e tava pegando a blusa. Entrei e dei um beijo nas suas costas. Ele se arrepiou e virou sorrindo, me puxando pra mais perto dele.

– Você sabe que se a gente continuar assim vamos nos atrasar.

– Dane-se. – Eu ri e ele me beijou. Ficamos um tempo assim. Os dois em pé e se beijando. Justin parou o beijo com selinhos e terminamos de nos arrumar. Deixei um bilhete pra minha mãe avisando que ia sair e pedi que qualquer coisa me ligasse.

– É muito longe daqui?

– Na cidade vizinha, mas não muito. Uns 40 minutos até lá.

– Como é o nome desse seu amigo?

– Marcos.

– Conhece ele da onde?

– Ele era meu vizinho há uns anos atrás. Ai, viramos amigos.

~Justin on~

Tinha o noivado do Marcos com a Fernanda hoje e eu esqueci de avisar a Mel. Bom, ela falou que tudo bem até quando eu disse que o Victor ia. Só não sei se ela vai falar a mesma coisa da Giselly. Elas ainda não se conhecem, nem sabem da existência uma da outra, mas a Giselly quando me vê não larga do meu pé. Eu realmente espero que ela esteja com o Victor, o que eu acho muito difícil, já que ela não para com nenhum. É, ela é uma vadia. E eu era um galinha, então vocês já sabem né. Chegamos e eu abri a porta do carro pra ela. Entramos e já tinha visto o Victor num canto, sem a Giselly. Ou seja, ela tava sozinha e era capaz da Mel ter uma crise de ciúmes. Que Deus seja bonzinho comigo. Fomos falar com o Marcos e com a Fernanda.

– Oi casal.

– Oi Justin. Que bom que veio. Sumiu do nada. – Falou Fernanda me abraçando.

– Oi Jhonson. E verdade, que bom que resolveu aparecer. – Marcos disse sorrindo e fizemos um toque.

– Essa é a Mel, minha namorada. – Ela disse um “oi” sorrindo envergonhada.

– Oi Mel. Sou Fernanda, prazer.

– Prazer. – Ficamos conversando um tempo, e depois eles foram cumprimentar outros convidados que chegaram depois da gente.

– Eae, Victor.

– Eae. Oi Mel.

– Oi, Victor.

– Cheguei, gente. – Falou uma voz fina atrás de mim. Já até imaginava quem era.

– Oi, Gi.

– Pensei que vocês iam vir juntos.

– Não namoro com o Victor pra vim com ele. Alias, a gente não tem nada. – “Até uma semana atrás tinham” pensei em falar, mas achei melhor não. – Quem é a garota? – Falou olhando com certa indiferença pra Mel.

– Minha namorada. Mel, essa é Giselly. – Mel sorriu e ela só deu um sorriso forçado de volta. Ela se sentou do meu lado e praticamente subiu no meu colo, eu fui mais pro lado quase subindo em cima da Mel também. Ela me olhou com uma cara que eu conhecia já. Ela sabia que a Giselly era uma vadia. Giselly foi “caçar” alguém e ficamos só nós dois e o Victor.

– Vadia? – Eu ri.

– É.

– Mas ela é divertida pelo menos.

– Victor, sabemos muito bem o porque de você achar ela “divertida”. – Mel riu.

– Sério que você não encontrou coisa melhor, Victor? – Mel falou e eu gargalhei.

– Ele se contenta com pouca coisa.

– Tu não pode falar nada, Jhonson.

– Como assim “não pode falar nada”? – Mel falou olhando pra mim. Se eu atirar no Victor agora, não vai ser considerado homicídio né?

– Nada não, amor. Depois a gente conversa. – Ela continuou olhando pra mim, mas dessa vez parecia irritada. Mel respirou fundo.

– Tá né. Já volto.

– Vai onde?

– Toalete, conhece?

– Po, belo amigo você. Além de quase fuder com a minha vida, agora fala isso com a Mel aqui. – Falei quando vi que ela já tinha se afastado.

– Foi antes de vocês se conhecerem, relaxa.

– Ah, claro. Fala isso pra ela que tá no mesmo lugar que a Giselly.

~Mel on~

Fomos ao tal noivado e eu achei os noivos muito simpáticos. O Victor tava lá, então, ficamos conversando com ele. Até que aparece uma “garota” com um vestido mega curto, tomara que caia, vermelho e tão colado no corpo dela que não sei como ela conseguiu colocar aquilo.

– Cheguei, gente. – Falou a garota. E que voz irritante. Pior que a da Rebecca. Merece até um premio por conseguir tal proeza.

– Oi, Gi.

– Pensei que vocês iam vir juntos. – Falou o Justin.

– Não namoro com o Victor pra vim com ele. Alias, a gente não tem nada. Quem é a garota? – Ela falou olhando pra mim com nojo.

– Minha namorada. Mel, essa é Giselly. – Eu sorri fraco e ela só deu um sorriso forçado de volta. Ela sentou do lado do Justin. Quer dizer, se jogou em cima dele que quase caiu em cima de mim tentando se livrar da vadia. A tal Giselly foi “caçar” alguém, como ela mesma disse, e ficamos só nós e o Victor.

– Vadia? – Ele riu.

– É.

– Mas ela é divertida pelo menos.

– Victor, sabemos muito bem o porque de você achar ela “divertida”. – Eu ri. Péssimo gosto do coitado.

– Sério que você não encontrou coisa melhor, Victor? – Eu falei o Justin gargalhou.

– Ele se contenta com pouca coisa.

– Tu não pode falar nada, Jhonson.

– Como assim “não pode falar nada”? – Falei olhando pro Justin. Vei, que nojo, sério.

– Nada não, amor. Depois a gente conversa. – Continuei olhando pra ele já irritada. Odiava esse “a gente conversa depois” do Justin.

– Tá né. Já volto.

– Vai onde?

– Toalete, conhece? – Fui até lá e a vadia tava retocando a maquiagem mega carregada. Tava quieta passando gloss e quando ficamos só nós duas no banheiro ela resolveu abrir a boca.

– Não sei o que o Jhonson viu em você.

– Então pergunta pra ele.

– Saiba que ele já provou coisa melhor?

– Não, querida. Ele já provou coisa mais usada do que pneu de caminhão, é diferente.

– Pelo menos não sou uma sonsa.

– Pelo menos não sou largada e desprezada por ele. Porque você se jogou pra cima dele e ele quis sair de perto de você. E devo dizer, foi cômico.

– Bom, tem mais gente que queira. E pelo menos não sou virgem.

– Como se ser vadia fosse algum tipo de troféu.

– E você acha que ele vai aguentar ficar sem até quando?

– Se você quer jogar na minha cara que o Justin vai querer ir atrás de você por sexo, tire o cavalo da chuva.

– E você acha que não? – Ela falou rindo.

– Ele já me tem. Ia precisar de você pra que mesmo? – Falei com um sorriso debochado pra ela e sai do banheiro. Cheguei perto do Justin de novo e o abracei de lado. Victor foi comer alguma coisa e só ficamos nós dois.

– Não vai perguntar nada?

– Ela já se deu o trabalho de falar que vocês já se pegaram. Não exatamente nessas palavras, mas foi óbvio.

– Tá brava?

– Justin, você nem sabia da minha existência. Ficaria brava por que? – Ele sorriu e me beijou.

– Mas, ela falou mais alguma pra você?

– Falou que você iria cansar de ficar sem transar e ia atrás dela. – Falei rindo e ele riu também.

– Coitada. Como se alguém fosse melhor que você. – Eu sorri e nos beijamos.

– Mas, mo. Devo dizer. Que péssimo gosto você tinha. – Ele riu. Aconteceu todo o noivado e foi tão lindo awn. Justin me deixou em casa e depois foi pra dele. Amanhã é sábado. Posso dormir até tarde. Quer dizer, até o almoço. Meu pai ia passar aqui pra me pegar, e depois do almoço o Justin iria pra lá.


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