Promessa escrita por MayaAbud


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Esta história foi criada para um concurso e até foi publicada, mas não ganhou votos o bastante.
Espero que gostem.



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Os malditos sanguessugas italianos agiram à sua maneira, traiçoeiramente. Espalharam-se como folhas secas em dia de ventania. Infelizmente não saí a tempo de evitar que Nessie visse sua mãe ser consumida pelo fogo e Edward, enlouquecido, lançar-se contra o vampiro que queimava, viva, minha amiga.

Corri o mais rápido que pude, sem parar ou hesitar até o mais longe possível, sentindo os dedinhos do bebê que se agarrava aos meus ombros. Não conseguia chorar tamanha era a dor por perder amigos e por saber que Nessie perdera toda a família, sua dor sendo insuportavelmente maior que a minha própria dentro de mim.

Senti uma consciência instilar-se à minha, e me tencionei esperando o terror das últimas horas... “Jake?”. “Sam!”, pensei aliviado, “Estamos bem, melhor do que esperamos, ao menos, eles não queriam lutar conosco, como vocês estão?”.

“Tão bem quanto se pode estar” respondi, “Os Cullen... alguém?”, minha esperança era só a que Nessie tinha direito, pois as imagens na mente  de Sam não deixavam que esperança nascesse de mim mesmo.

“Alice e Jasper. Eles não fugiram, Jake, estavam buscando uma forma de salvar a todos. E encontraram, mas chegaram tarde demais”, disse-me sentindo-se mal por ter pensado que eles eram covardes.

Eu já não tinha condições de pensar ou sentir nada que não fosse o atual estado de Nessie, que era só um bebê e precisava de mim. “Diga a meu pai que eu volto quando for seguro para Nessie, que ele tente dar conta de Charlie até lá e que Alice nos encontre”. Depois disso lembrei o que Bella dissera sobre a bolsa que Nessie carregava.

Havia dinheiro, muito dinheiro, e um papel escrito ‘Brasil’. O que haveria lá? Teria ela pensado que seria um lugar seguro?! De qualquer maneira seria esse nosso destino, por algum tempo, ao menos, até que quem restara da família pudesse nos achar.

Comprei roupas, pois não me deixariam embarcar num avião com uma criança, minha filha, Vanessa, segundo os documentos em minhas mãos, apenas vestindo shorts.  Esperávamos o voou, eu segurava minha Nessie contra o peito, seu rosto enterrado em meu pescoço, ao menos ela chorava, mas preocupava-me o fato dela nada ter dito, de modo algum. Seu rosto estava vermelho e seus olhinhos inchados de prantear pela família.

_Que linda criança_ disse uma senhora encantada quando entravamos no avião_ Porque ela chora tanto?_ perguntou ela parecendo realmente preocupada. Forcei minha voz garganta a fora:

_Saudades da mãe_ falei me dando conta da dimensão de tudo e sentando-me com Nessie. Eu seria tudo e qualquer coisa pela garotinha em meu colo, agora eu era quase tanto para ela quanto ela era para mim.

Finalmente senti que minha dor poderia se converter em lágrimas e junto delas saiu meu sussurro: _ Você vai ficar bem, Nessie, nós vamos ficar. Prometo.


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Notas finais do capítulo

Ei, fantasminha!
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Obrigada.