Bella Povs

Enquanto eu respirava fundo me preparando para descer da caminhonete, meu coração saltitou ao se deparar com aquela velha casa branca, e a viatura antiga na garagem.
Às vezes o inesperado acontece, conhecidência? ou será que era para ser?, eu não sabia.
Jake estava parado em frente a casa, com um buquê de flores, aquela cena me emocionou, eles não se esqueceram de Charlie, pude notar a frente da casa repleta de flores e velas, e um retrato de Charlie. Me aproximei com o coração pulando dentro do meu peito, eu havia me esquecido de como era bom ser querida por alguém.
- Jake eu gritei correndo em sua direção
- Bella ele gritou dando aquele sorriso enorme.
Nos abraçamos, e ficamos ali parados embaixo da chuva, por alguns segundos, nossos olhares se cruzaram fazendo com que eu corasse, e abaixasse minha cabeça, tentando esconder o rosto embaixo dos cabelos.
- Bella senti tantas saudades. Jake me disse.
- Eu também. respondi.
- Que bom vê-la! ele sorriu
- Como andam as coisas por aqui? perguntei
- Ah nada de novo, Leah e Sam tiveram um bebê, e eu venho aqui todos os dias. ele me informou.,
- Hmm... eu concordei dando um sorriso timido.
- Vamos entrar Jake, eu o convidei
Respirei fundo antes de abrir a porta, e me deixar entrar nas lembranças novamente. Larguei minha mochila em cima da cadeira que tinha ficado na sala, tudo estava empoierado, o que me fez espirrar.
- Oh, Jake como senti sua falta! eu disse.
- Eu tb Bells. ele me respondeu.
- Vai ficar por aqui até quando? Jake perguntou.
- Não sei acho que até amanhã só. eu respondi
- Eu vim ver você e buscar umas coisas. eu disse.
- E ae que você tem feito? ele me perguntou curioso.
- Bom, estudado, conheci duas meninas muito legias, e um cara interessante. respondi omitindo o fato de esse cara ser um vampiro, não era bem o que Jake precisava ouvir.
- E você? perguntei
- Bom, eu terminei o colegial, e agora ajudo meu pai com uam oficina, e semana passada tive uma briga feiz com seu namoradinho.
- Porque? perguntei
- Adivinha Bella. ele me disse irônico.
- Não acredito em vocês dois. eu disse pegando a minha mochila e tomando coragem para subir pro quarto.
- Bella vou embora, está na hora de eu voltar a reserva ok. ele me disse, se aproximando e me dando um beijo no rosto.Aquele bejo quente me fez recordar das aventuras que passamos juntos.                                                               Eu sabia que não poderia ficar por Forks muito tempo, sem que Alice ou outro Cullen descobrisse minha presença.
Eu não tinha certeza do que diabos eu estava fazendo aqui, entrei no qaurto largando a mochila em cima da cama empoeirada, eu estava tentando me jogar de volta naquele estado deplorável?, eu virei masoquista, ou será que tinha desenvolvido um gosto por tortura.
Eu sabia que parte do que levava ali, era a esperança de reencontrar Edward, mas eu sabia a verdade e me recusava a encara-la.
Minhas pernas tremeram mas eu consegui sentar na cama, antes de sentir a dor rasgando meu peito novamente, a chuva caia pesada lá fora agora, e a janela aberta me deixava uma esperança.
Estava anoitecendo, e eu continuei ali sentada observando aquele quarto, me recordando de todos os momentos que eu tive com Edward aqui.
Das noites em que ele se aproximava e ficava me observando dormir. Aquilo fez com que eu não pudesse controlar minhas emoções, como li uma vez em um livro ´´ Talvez a dor fosse tão grande, que emana pelo corpo e transborda pelos olhos´´.
A noite caia lá fora , enquanto eu desabava aqui dentro, então Charlie me veio a mente, me fazendo chorar mais ainda.
Me encolhi abraçando minhas costelas, e me contorcendo de dor, e tentei dormir, mas isso me parecia algo impossível aquela noite.Me levantei então, e fui tomar um banho, enquanto a água escorria pelo meu corpo, eu senti o toque gélido novamente, eu senti os lábios, mas tudo isso era apenas minha mente me pregando peças                                                                                           Sai do banheiro, e coloquei uma camiseta dele que havia ficado no armário, aquele cheiro me fez ficar tonta, e me lembrar de todas as sensações que ele me causava.
Liguei o meu radio antigo, e abrindo a caixinha preta, coloquei o meu cd, com a minha canção de ninar, talvez assim fosse mas fácil adormecer.
A carta caiu aos meus pés, a peguei a desdobrando, e me perguntei se era hora de ler.
Lembrei-me do que Edward me disse na última vez que estivera comigo na clareira, apesar da minha mente ter tentando me pregar uma peça, eu sabia que aquele dia fora real. Me recordei de sua voz dizendo:
- Você só saberá o quanto eu amo você, quando entender que eu jamais esquecerei você.
Aquelas palavras me cortaram novamente.
Minhas mãos tremiam, enquanto eu segurava aquele pedaço de papel com a caligrafia perfeita de Edward.

Edward Povs

Ela estava vindo para Forks, e eu não podia vê-la, eu não devia. E pelo que Alice vinha me contando, talvez ela também não quisesse me ver.
Jasper olhou em minha direção e tentou mandar ondas de calmaria.
Eu senti um momento de intranquilidade, e apesar dos meus pensamentos serem tão claros através dos meus olhos dourados, eu não conseguia ouvir nada além do silêncio de todos naquela cozinha.
Eu aposto que todo mundo já deve ter se perguntado por que eu não corria atrás dela, mas eu não podia, não agora que ela estava recuperada de toda a dor.
Meus pensamentos se enfureceram, ao pensar que ela estaria tão próxima, e eu não poderia estar com ela.
Aquela idéia me consumiu durante toda a noite, e durante os dois dias seguintes.
Eu estava sendo vencido pelo que eu sentia, pelo desejo de estar com ela, de poder sentir aquele cheiro novamente.
Subi as escadas me deitando na cama, e fechei os olhos entrando em estado de torpência.
Alice entrou em meu quarto e se sentou ao meu lado.
Me aninhei em seu colo, enquanto eu ouvia meu coração disparar novamente em meu peito,
- Bella chegara está noite em Forks. ela me disse.                                          Em muito tempo aquela fora a melhor notícia que eu já ouvira, mas me contive eu não podia simplesmente aparecer.                                                                    - Edward ela vai     passar a noite na casa do chefe Swan.
- Eu posso.. tentei completar a frase mas Alice me interrompeu
- Nem pense nisso ela me respondeu tirando todas as minhas esperanças de vê-la novamente.
Eu sentia meu coração se esquentando somente por saber que Bella estava perto.
- Edward ela vai ler aquela carta. Alice me alertou.
- Não eu não posso deixa-la saber da verdade. Eu retruquei.
- Sinto muito agora é tarde demais. Alice disse
Enquanto eu sai correndo pela janela, disparando em direção a casa do chefe Swan, eu não podia deixar Bella saber a verdade, se ela
descobrisse que eu sempre a amei, que eu a abandonei por medo, por ter medo do que podia acontecer com ela,
talvez ela jamais me perdoasse por ter mentido para ela na clareira, eu precisava impedi-la.
Mas quando me aproximei da casa do chefe Swan, e o vento soprou aquele cheiro na minha direção foi como o baque eu tive a primeira vez
que o sentira, meu corpo inteiro sentiu um impulso elétrico, eu podia jurar que meu coração batia, e minah boca se encheu de veneno.
Me aproximei da janela, e lá estava ela sentada na beira da cama, segurando a carta, a carta que continha toda a verdade.
Ela estava mais linda do que nunca, seus cabelos estavam um pouco mas curto, e seus rosto tinha um semblante mas vivido,
então ela sorriu se lembrando de alguma coisa, seus lábios macios e quentes, eu conseguia me imaginas tocando-os novamente.
Este era exatamente o erro que eu não podia cometer, meus olhos correram por seu rosto sereno, e angustiado ao mesmo tempo,
procurei por alguma mudança, humanos mudavam o tempo todo, eu nunca havia ficado tão triste com a possibilidade de ter perdido algum detalhe. Ela parecia estar bem cansada da viagem, foi quando percebi que ela estava usando minha camiseta preferida que havia ficado aqui da última vez
em que eu estivera aqui. Eu ri silenciosamente, aquilo era um sinal de que ela não havia me esquecido completamente.
Mas ela não era mais minha, e eu estava triste de novo.
Me sentei na beirada da janela enquanto a chuva me molhava, e fiquei ali observando-a.