Teias De Aranhas escrita por DezaP


Capítulo 21
Não me deixe


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. E por favor, deêm review, sabiam que sem o review os autores desanimam e abandonam a fic?.
Estou tentando aumentar os caps.



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Cap 21.

Passei a mão em meu casaco-de-couro-preto ajeitando-o e joguei uma rosa avermelhada em sua sepultura, senti Antonny alisar meu cabelo, abracei o mesmo e senti uma lagrima escorrer em meu rosto, caminhamos até a saida do cemiterio e entramos no carro, Peter disse que tem uma surpresa para nós, um lugar onde mamãe adorava ir. Nos ajeitamos e fomos, no caminho a ruiva tagarelava algumas coisas que eu nao fazia questão de ouvir, coloquei meu fone de ouvido dividindo-o com Antonny e encostei minha cabeça em seu ombro, ele afagava meus cabelos com suas mãos cheias de aneis com caveiras, ele sentia dó de mim, e eu nao queria isso, nao queria que me olhassem e dissessem "olha só aquela garota que perdeu a mãe, tadinha dela", mas nao iria recuzar um pouco de carinho.
Olhei pela janela e avistei uma curva, uma pequena curva ao lado de um penhasco que poderia ser facilmente despercebida pelos motoristas distraidos, arregalei os olhos e gritei para Charlie, que agora tagarelava junto com a Ruiva. Seus olhos rolaram até a curva e ele virou o carro rapidamente, nos fazendo cair do penhasco, nosso carro girava batendo em todas as pedras e obstaculos que entrava em sua frente, com dificuldade abri a porta e pulei do carro, trazendo junto Antonny, vi o carro rolar ladeira abaixo com a ruiva e Peter dentro, fiquei uns minutos olhando a cena, e tentando absorver que minha mae, meu pai e minha madrasta provavelmente estão mortos e meu irmão machucado, como pode acontecer tantas desgraças com uma pessoa só?.
Segurei a mão de Antonny o puxando para a estrada, deitei ele no canto onde o carro nao podia passar e peguei seu celular em seu bolso, , disquei para a ambulância que 10 minutos depois apareceu levando Antonny, Peter, Lorelay e a mim na mesma. Ao chegarmos no hospital me deram uma injeção que me fez dormir.
Quando acordei estava de noite, olhei para o lado e Antonny estava deitado, com um lençol branco sobre ele, ele parecia acordado e fitava o teto, o encarei por um tempo e vi que ele virou seu rosto até mim, dando um sorriso torto, notei que havia um grande corte em seu rosto que chegava até sua boca, oque explicava seu sorriso torto, ele esticou sua mao até a minha esperando que eu tocasse na mesma, em seus braços haviam outros cortes e hematoma, senti meu coração apertar e meus olhos pesarem, pisquei varias vezes e segurei sua mão, ele apertou fraco pois estava sem força, mas sei que se ele nao tivesse assim ele teria quebrado meus ossos.
– Tava com medo de que voce tambem morresse - Ele finalmente disse.
– Tambem? - Disse gaguejando. Recebi como resposta uma careta, uma careta um pouco.. triste, vi em seus olhos lagrimas se formarem, mas logo fez questão de absorve-las, Homens nao choram!, era oque ele dizia. Automaticamente comecei a rir, senti minha barriga doer e lagrimas sairem dos meus olhos, limpei-as rapidamente retomando o folego. Olhei para Antonny que me encarava. - Eles nao morreram Antonny - Disse sorrindo.
Antonny virou para o lado encarando a parede, me virei tambem e fechei os olhos na intenção de adormecer, depois de 3 horas encarando a parede branca, assim como o teto branco, as camas brancas, o lençol branco e até mesmo minha roupa branca consegui adormecer.
Ja havia se passado 3 dias desde que acontecera o acidente, papai e a ruiva ainda estavam internados, nao vi eles até hoje mas acho que logo logo eles voltam. Daqui a pouco vem uma mulher me buscar para eu ir morar com ela no orfanato, acho que papai nao quer mais cuidar de mim, eu devo dar muito trabalho, Antonny vai para um orfanato de garotos e eu de garotas, eu nao queria me despedir dele.
Ouvi o som da campainha soar, corri até o quarto e me joguei em meu puff vermelho, peguei um livro qualquer e comecei a ler. Antonny gritou varias vezes me pedindo para descer, mas o ignorei. Olhei o nome do livro que por sinal era bem interessante. " A ultima musica ".
Vi alguem abrir a porta, encarei a imagem de Antonny me fitando nervoso, me encolhi.
– Vamos Lily - Ele disse suavemente, sua voz transmitia paz - Voce ja está atrasada.
– Eu nao vou - cruzei os braços, deixando o livro de lado - Voce nao vai se livrar de mim.
– Eu nao quero me livrar de voce, voce tem que ir - Ele disse.
Peguei minhas malas e desci, avistei uma mulher ruiva e simpatica sorrir para mim, a ignorei e entrei no ceuta preto, o motorista virou para mim e sorriu, tagarelou alguma coisa sobre o orfanato mas estava nervosa demais pra ouvir, ele percebeu e se virou, fitando a rua, vi a loira entrar no carro e fomos, o caminho foi silêncioso e chato, chegamos em frente a uma mansão branca, seus gramados em volta eram bem aparados e verdes, chegavam a brilhar quando a luz do sol batia neles, havia umas mesas onde algumas meninas conversavam, riam e algumas liam.
Entrei no orfanato e a loira foi me apresentando os lugares, chegamos em um quarto onde havia 3 camas, ela apontou para uma vazia e eu fui até a mesma e joguei minha mala na cama. Me sentei, ela dizia as regras e horario. Duas garotas entraram no quarto me encarando, a loira passou a mão em volta delas e disse:
– Essas sao Ester e Jessika - Ela dizia em um tom amigavel - Suas colegas de quarto, agora deixarem vocês sozinhas para fazer amizade.
Ela sorriu e saiu do quarto, Ester e Jessika caminharam ate uma cama em frente a minha e se sentaram, elas conversavam coisas que eu nao entendia, por um momento pensei estar invisivel. Ester caminhou até mim e esticou sua mão palida e fina, apertei a mesma.
– Sou Ester - Ela disse - seja bem vinda.
– Sou Lily - Disse e dei um sorriso forçado.
Jessika caminhou até mim e apertou a minha mão, conversamos por um tempo, contei oque havia acontecido e elas diziam oque havia acontecido com elas. Quando percebi ja era de noite, nos deitamos e dormimos.


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Notas finais do capítulo

Não foi muito divertido escrever esse cap.
Enquanto escrevia esse cap aconteceu umas coisas estranhas, descobri que um amigo meu morreu em um acidente de carro com a familia, mas a familia está bem e somente ele morreu, fiquei mal cara, sei la.