Charlie chegou no hospital apressado, ao seu lado estava Laurem, com sua expressão seria de sempre, logo chegaram no quarto no qual eu estava, quando os vi encolhi, me preparando para apanhar, ao envez disso ele correu em minha direção me dando um abraço apertado, retribui o mesmo.

– Eu estava preocupado com voce meu anjo - Ele disse dando um beijo em minha testa, fiquei feliz por receber carinho e ser amada. Quando ele percebeu que eu ainda estava encolhida, abaixou a cabeça e murmurou:
– Prometo nao te bater mais querida - C harlie disse dando um sorriso de lado.
Virei a cabeça, encontrando Nicholas sorridente, encostado numa parede, fui até ele e o abracei apertado, murmurando um " Obrigado " baixinho, mas sei que ele pode ouvir. Arrumamos nossas coisas e fomos embora, Nick deu meia volta e disse que tinha esquecido algo, mas sabia que ele iria voltar para a biblioteca, chegamos na pequena casa e entramos na mesma, rapidamente me dirigi ao meu quarto, deixando minhas coisas no mesmo, me sentei no puff cor de amora, peguei meu livro favorito e comecei a ler.
" Meu coração esta palpitando, O elevador chega no primeiro andar, e saio as pressas tao logo as portas se abrem. Tropesso de novo, mas, infelizmente, sem me estatelar no imaculado piso de arenito.
Corro para as largas portas de vidro e logo estou livre no ar revigorante, limpo e úmido de Seattle. Erguendo o rosto, recebo com prazer a chuva refrescante. Fecho os olhos e respiro fundo, purificando-me, tentando recuperar o equilíbrio que me resta.
Homem nenhum jamais me afetou como Christian Grey, e não consigo entender por quê. Será sua aparência? Sua educação? Riqueza? Poder? Não entendo minha reação irracional. Dou um imenso suspiro de alívio.
O que foi aquilo tudo, pelo amor de Deus? Encostada nos pilares de aço do prédio, tento valentemente me acalmar e organizar meus pensamentos.
Balanço a cabeça. O que foi isso? Meu coração se estabiliza no ritmo normal, e consigo respirar tranquilamente de novo. Encaminho-me para o carro. "
fechei o livro, ja se passara das 22:00, me deitei na cama e fechei os olhos, Onde será que Wendy esta agora? oque aconteceu com ela?, a preocupação retirara meu sono. Levantei-me caminhando até a sala, avistei Charlie sentado no sofá, acho que tambem nao conseguira dormir.
Caminhei ate a porta abrindo a mesma e saindo, chamei um taxi e dei o endereço do centro de Stamford. Chegando, paguei o taxista e sai do mesmo, caminhei até os predios-cor-de-ameixa, encontrei-me com o porteiro mal humorado, e ele disse que Wendy estava em casa, entrei no predio e caminhei até sua porta, batendo na mesma.
Vi a mesma abrindo, e me encontrei com a imagem de Wendy, seus olhos estavam roxos e seu braço com um hematoma, pude detectar a tristeza em seu olhar. A abracei forte, alisando seus cabelos ruivos, vi que ela começou a chorar, a puxei para fora e caminhamos até longe do condominio, chegamos na praça em que eu havia a conhecido, sentamos em um banco em baixo de uma grande macieira, fiquei em pé no banco e avistei duas maçãs avermelhadas, fiquei na pontinha dos pés e peguei, me desequilibrando e cai do banco, rimos, ofereci uma para Wendy que aceitou dando uma mordida na mesma, depois de me ajudar a levantar de minha queda.
– Oque aconteceu depois que saimos do hospital ? - Perguntei dando uma mordida na maça.
– Bom - Ela hesitou, dando um longo suspiro - eu voltei para casa e papai estava lá, e ele.. - hesitou outra vez - me bateu, e disse que voce era má companhia e que nao havia terminado oque começou e.. - Wendy abaixou a cabeça fitando uma folha amarronzada que acabara de cair de uma arvore, a abracei forte confortando-a, vi uma lagrima cair de seus olhos, rapidamente a limpei.
– É a primeira vez? - Perguntei.
– Não, ele faz isso duas vezes por semana - Wendy disse, desfazendo o abraço e agora, me olhando - Eu ja estava acostumada, mas nao sabia que ele faria com voce.
Abaixei a cabeça, agora nós duas fuzilava-mos a folha amarronzada no chão.
– Obrigada - Wendy murmurou baixinho, mas alto o bastante para que eu pudesse ouvir - Obrigada por vir me visitar.
Sorri para ela que retribuiu.