100 Maneiras De Matar Coriolanus Snow escrita por LuisadMello


Capítulo 1
1- Batendo com um caderno em sua cabeça


Notas iniciais do capítulo

Não riam, isso deve ser torturante...



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Snow está em nossas mãos, dessa vez ele não pode escapar...

Depois de rir e se sufocar com seu próprio sangue, resgatamos ele e o trancamos aqui. Uma sala fechada, escura, sem portas, janelas ou qualquer escape para a luz do sol. Tenho que torturá-lo enquanto posso. Antes que descubram que eu estou aqui e o que eu estou fazendo aqui.

Acho que antes tenho que me apresentar. Meu nome é Thalia Vipointe. Eu e minha irmã, Delphi Rudolphine planejamos a morte do Snow desde que a nossa irmã caçula, Gliese Vipointe, ou, como a Katniss a chamava, Foxface, morreu na septuagésima quarta edição dos Jogos.

Pensamos demais no que iriamos fazer para matá-lo e minha mais nova irmã (sim, tenho muitas irmãs, depois que a Gliese morreu, minha mãe teve mais uma filha, a Allanis Vipointe, de cinco aninhos) deu uma sugestão:

–Vamos bater nele com um caderno até ele morrer! -No começo, rimos bastante...Mas ai pesamos bem e, não é uma ideia ruim!

É torturante, agoniante, vai deixá-lo louco e dá pra matar alguém com um caderno, não dá?

Então, aqui estamos nós, com um dicionário de capa de couro nas mãos batendo com força na cara, pescoço de um Snow inconciente e insanguentado. Ou, isso foi o que pensávamos. Aproximadamente na centésima vez que batemos nele, ele agarra minhas mãos com força.

Seu rosto deformado não me deixa pensar direito. Então, bato novamente. Ele segura minha mão e a torce para que eu possa ver o dicionário ensanguentado.

–Você se iguala a mim. -Ele murmurou e me soltou. Não me deixei ser enganada por esse velho babaca e bato com cada vez mais força. sangue escorrendo do pescoço dele e molhando todo seu colo.

Isso está demorando, mas eu estou gostando. Sinto, repentinamente, que estou sorrindo. Um sorriso louco de vitória e insanidade. Um sorriso de um vampiro que finalmente saciou sua sede eterna.

Olho bem para o rosto dele. O lugar onde a testa dele deveria ser, estava amassada e com 'ondas' de pele rasgada, abaixo de deus olhos, ossos estavam aparentes, naquela região a pele é mais sensivel.
Sua boca não para de cuspir e tossir sangue. Seu lábio superior não existe mais. O Inferior está cortado ao meio e sua lingua, faltando um pedaço (imagino que ele deve tê-la mordido). Isso está bem horrivel. Eu estou satisfeita com meu trabalho.

Delphi está no canto do quarto, sentada com sua cabeça apoiada nos seus joelhos. Suas mãos cobrindo as orelhas. Vou lá e digo:

–Acabou. Ele está morto, o que você tem?

–Você não ouviu o que ele disse? 'Você se iguala a mim' isso é verdade, Thalia, é a mais cruél das verdades. E é torturante. Ele, em seu leito de morte, ainda consegue nos torturar.

Ela então pega um revólver de sua cintura e atira em si mesma. Fico tão em choque que não consigo reagir nem pensar em nada. Fico lá parada. Como um vegetal. Minha irmã morta na minha frente, atrás de mim, o homem que eu sempre desejei morta está morto. Por minha causa. E eu me igualei loucamente à ele.

Seguindo o exemplo de minha sábia irmã, pego o revólver e antes que eu possa atirar em mim mesma, ouço em minha cabeça as -ainda mais torturantes do que cadernadas na cabeça-, palavras de Snow: 'Você se iguala a mim'. Não posso deixar isso acontecer. Vou viver no sofrimento eterno, não me igualarei a ele. Deixo o revolver cair e, normalmente me levanto. Pego um fósforo e jogo em Snow; alcool e jogo no resto da sala. Saio, sem olhar pra trás, de um quarto tortuosamente infeliz e incendiando, que eu sei que estará nos meus mais apavorantes pesadelos pelo resto incrivelmente só da minha vida.


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Notas finais do capítulo

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