(HIATUS) Helena. escrita por anajvargas


Capítulo 4
Helena e o ruivo meio problemático.


Notas iniciais do capítulo

OLA PEDAÇOS DE TORTA DE LIMÃO. - Pensamento de gooorda-
Espero que gostem do capítulo.



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Acho que não vou conseguir me mexer direito ou sentar por alguns séculos.

Ao total foram quatro tombos meus e dois do maldito ruivo só para descer o morro de grama. Maldito morro, maldito ruivo, maldito skate, maldito celular que decidiu ficar um pouquinho longe de mim.

– Cansada? – Ele perguntou quando me sentei em um banco qualquer, esperando que a dor passasse um pouco.

– Cala essa sua maldita boca se não eu vou pegar esse taco de beisebol e bater em você ate não conseguir mais, então vou pegar esse skate e dar o fora daqui. – Disse irritada.

– Nossa! – Ele levantou as mãos em sinal de rendição. – Para que toda essa raiva?

–Eu acabei de ficar quase paraplégica de tanto cair nesse morro, por sua culpa. Então eu tenho todo o direito de te deixar quase paraplégico também. – Respondi bufando e massageando meu braço esquerdo que estava doendo um pouco.

– Você me chama de maníaco, mas quem é que ta querendo bater em alguém aqui? – Ele falou se sentando do meu lado.

– Até parece que você não bateu em ninguém com esse taco ai.

– Pra falar a verdade, não. – Ele respondeu dando de ombros.

– Serio? – Perguntei espantada, já que não esperava uma resposta assim.

– Seríssimo, depois que o outro quebrou ainda não usei esse em nada, a não ser em um certo limoeiro.

– Eu sabia que você era um louco. – Conclui.

– Então porque ainda esta aqui? – Ele perguntou aparentando querer mesmo saber a resposta.

– Acho que gosto de pessoas loucas, as normais fazem muito sentido, não gosto disso. – Respondi por fim, depois de alguns longos minutos.

Como é que uma discussão tinha virado uma conversa profunda?


*****


– O que foi? – Lucas perguntou me encarando.

– O que foi? VOCÊ ME ARRASTOU ATE A PRAIA SEU RETARDADO MALDITO DE CABELO QUEIMADO! – Eu disse com uma repentina vontade de jogar tudo que estava ao meu alcance nele.

Na verdade ele não me arrastou, eu só o segui até lá. Depois da nossa conversa profunda ele tomou a iniciativa e subiu no skate.

– O que tem isso? – Ele perguntou ainda confuso.

– Eu odeio praia. – Respondi me largando na calçada, aonde o mar não alcançava.



– Desculpa trazer você aqui, é só q... – Lucas começou a dizer enquanto se sentava do meu lado.

– Você nem sabia, não tem porque pedir desculpas, eu que devia pedir, por ter te xingado a toa.

– Acho que com isso não tem o que ajudar. Até parece que você vai parar. – Ele respondeu dando uma risada que fez com que eu me sentisse um pouco melhor, ele não estava bravo, isso me aliviava.

– HEY! – Eu gritei quando vi um senhor passando com um carrinho de sorvete na praia, ele procurou quem tinha chamado por um certo tempo e então olhou pra mim que estava com o braço estendido. O senhor começou a empurrar o carrinho lentamente até onde estávamos até que eu fiquei com muita dó e me levantei indo até ele. – Espera aqui que eu já volto. – Disse para Lucas e fui comprar um sorvete, dois alias.


– Oi moça. – O senhor do carrinho de sorvete disse sorridente e amigável.

– Oi. – Eu respondi olhando os sorvetes em um pequeno cardápio acoplado ao carrinho.

– Já escolheu que sorvete vai querer? – Bati os olhos em um sabor perfeito.

– Quero dois de limão. – Procurei algum dinheiro nos meus bolsos, onde eu sempre achava alguma coisa e tirei de lá cinco reais.

– Cinco reais moça. – Entreguei o dinheiro que aparecia sempre magicamente no meu bolso e peguei os sorvetes.

– Obrigada. – Disse para o senhor e me virei para voltar até onde Lucas estava.

– Eu que agradeço. – Ouvi o senhor dizer enquanto eu me afastava.

Espera ai, eu disse “para voltar até onde Lucas estava.” Não disse? Exatamente, aonde aquele maldito se meteu?

Por que ele tem que fazer essas coisas?

Saí perguntando para todos que estavam ali na maior cara de pau “Oi, você viu um garoto bem alto, cabelo ruivo, skate e taco de beisebol?”. Provavelmente estavam me chamando de louca mentalmente. Mas a sorte decidiu me ajudar e quando eu perguntei ao dono de um quiosque ele disse que tinha visto esse tal garoto perseguindo outro cara. Ele apontou a direção pra mim e eu sai correndo que nem uma retardada. Sim correndo, porque só agora que eu fui perceber que ele tinha levado o outro skate com ele.

Maldito seja você Lucas.


Procurei em tudo quanto é lugar e nenhum sinal dele. Até que, quando estava passando na frente de um beco qualquer, já sem nenhuma esperança e com os sorvetes quase totalmente derretidos na mão, eu ouvi alguém.

– Vai ficar só me encarando ruivinho de merda?! – Ruivinho de merda? Opa, acho que encontrei ele.

– Cala a boca. – Escutei a voz do ruivo de merda e entrei instintivamente no beco, mas como sempre, estraguei tudo e bati em uma caixa de madeira. O que fez um ótimo barulho.

Droga.

Olhei para onde os dois estavam Lucas permanecia de costas, paralisado como uma pedra. E o outro cara tinha uma expressão confusa. Dei uma olhada mais especifica e deduzi tudo muito rápido.

O taco estava na mão de Lucas. Não era uma conversa.

Levantei-me rapidamente pensando somente em parar aquele idiota.

– Lucas. – Eu disse tentando agarrar o braço dele que estava com o taco, mas ele sendo bem mais rápido que eu, virou antes disso e me encarou.

Eu não conseguia me mexer. Nem piscar, eu não tremia nem nada. Só não conseguia me mexer. O olhar dele era incrivelmente perigoso. Não era como se eu estivesse com medo dele, acho que eu estava com medo pelo cara que estava brigando com ele. Mesmo assim, eu conseguia sentir a aura de perigo envolvendo Lucas.

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GIF PRA VCS, SÓ QUE SEM O FOGUINHO. MAS TA VALENDO

Ele permaneceu inabalável, encarava meus olhos e nada mais, como se estivesse lendo todos os meus pensamentos, isso me deixou meio desconfortável.

– Ué, porque parou ruivinho, você não estava todo irritadinho? – O outro cara começou a provocar, eu não conseguia ver o rosto dele direito, ele estava meio escondido entre as sombras. - É por causa dessa belezinha aqui?

Ele saiu das sombras e veio andando até o meu lado, eu conseguia perfeitamente sentir o cheiro de álcool que exalava dele. Chegava a ser nojento.

– Ela é bem bonita, muito mesmo. – Ele disse me rodeando devagar até começar a segurar o meu cabelo. – O que será que acontece se eu fizer isso? - Ele me segurou pela cintura e eu senti meu corpo inteiro se contrair. Agora sim eu estava com medo.

Olhei para Lucas na minha frente e de repente ele se mexeu. O ruim é que foi na minha direção. E ele vinha com o taco e os olhos ainda perigosos.

Fechei os olhos rapidamente para não ter que ver mais ele daquele jeito.

Merda. Porque eu tinha que conhecer um louco?

Ouvi o barulho de alguma coisa quebrando, como se ele tivesse acertado algumas caixas e alguns segundo depois a minha cintura estava livre. Não ousei abrir os olhos.

– Vem. – Era a voz de Lucas, soava meio estranha, mas eu podia reconhecer.

Ele me puxou pelo braço e eu senti uma claridade invadindo meus olhos. Tínhamos saído do beco. Abri os olhos vagarosamente e encarei a figura na minha frente.

Ele não expressava mais aquela feição perigosa. Era a expressão normal dele.

– Só vem comigo tá? Por favor. – Ele disse e sua voz ainda soava meio estranha.

Percebi que ele estava com os dois skates. Deveria ter pegado antes de me puxar para fora do beco.

Subi no skate e o segui para sei lá onde.


*****


Só o Lucas sabia para onde estávamos indo, nem Deus sabia. Mesmo assim eu reconhecia alguns trecos do caminho, estávamos perto do limoeiro, disso eu tinha certeza, mas não parecia que íamos para lá.

– Lucas... – Arrisquei falar alguma coisa. – Pra onde estamos indo?

Eu já não reconhecia mais alguns trechos, na verdade não conhecia nada ali. Isso me deixava meio apreensiva.

– Estamos indo... Aqui. – Ele parou o skate do nada, literalmente do nada, eu quase continuei indo.

“Aqui” era uma casa bem grande e luxuosa. Chegava a ser surreal. Ela era vermelha, marrom, vinho... Tudo dependia de como você olhava pra ela. Tinha varandas de madeira escura e bem cuidada onde havia uma rede claramente feita à mão. Era realmente muito bonita. O jardim com rosas brancas e margaridas dava um leve toque clássico a toda à construção.

– Eu não sabia que existiam casas assim nessa cidade. – Falei sem pensar duas vezes.

– É legal não é? – Lucas colocou uma das mãos na nuca, meio encabulado talvez, já que aquela era provavelmente a casa onde ele estava ficando e não era exatamente o “tipo” dele.

– Lucas isso aqui é o castelo de verão da Rainha da Inglaterra! – Eu coloquei um pouco de exagero porque essa sou eu.

– Entra. – Ele disse subindo os poucos degraus da varanda e entrando na frente.

Entrei bem devagar imaginando o que eu iria encontrar lá dentro.

A cena que eu apreciei revelou ser o oposto do que eu esperava. Havia várias pessoas na casa, a maioria homens, só três mulheres. Todos eles eram extremamente distintos um do outro, alguns loiros, outros muito altos, um baixinho de mais, e uma menina de cabelos tão claros que de costas você falaria que ela tem cento e tantos anos.

O lugar era de uma arrumação impecável e os moveis combinavam com a impressão que a casa passava, eram todos luxuosos, bem cuidados e clássicos.

A conversa rolava solta junto ás risadas. Não sei dizer se eles eram uma família só, ou varias juntas, mas eles obviamente eram bem próximos.

Aquilo realmente não combinava com Lucas, ainda mais agora eu tinha acabado de ver ele quase batendo em um cara nada amável por sinal.

– CABEÇA DE FÓSFORO! – Uma das pessoas de cabelo loiro chamou por Lucas.

– O que você quer olho falso? – Não tinha entendido direito o que Lucas tinha falado até prestar bem atenção no loiro que tinha o chamado. Ele era bem bonito, isso era verdade, mas o que chamava atenção eram os olhos. Ele tinha heterocromia. Um olho era um castanho lindo e o outro de um azul eletrizante. Não tinha como não notar, os olhos tão distintos eram uma beleza única.

– Deixa pra lá. Quem é ela? – Ele apontou pra mim e todos na sala viraram as cabeças rapidamente, o que foi um pouco assustador.

– Ela? Ah, ela é a Helena.- Ele falou meio despreocupado.- Eu vou tomar um banho rapidinho tá? Não façam nada com ela. – Ele disse se dirigindo á uma escada no fim da sala, mas antes de subir ele parou e olhou para mim. – Eu já volto, tenta se sentir em casa. Eu sei que eles são bem difíceis, mas você consegue.

Então ele subiu as escadas me deixando ali, completamente indefesa e com uma incrível vontade de fazê-lo rolar aquela linda escada a baixo.

Olhei para aquele monte de cabeças me observando e quando eu estava prestes a dizer alguma coisa do tipo “Oi meu nome é Helena.” E depois calar a boca e ficar na minha, a garotinha de cabelos super claros perguntou.

– Então você é a tal Helena?

– É você mesmo? – Um cara de cabelos loiros iguais ao do garoto com heterocromia perguntou bastante animado, ao contrario da garota, que parecia desapontada.

– Hm, é. Sou eu. – Respondi meio que dando alguns passos para trás, já que todos começaram a se aproximar sorrateiramente de mim. Pelo visto Lucas tinha falado de mim, só não sabia se ele tinha falado bem ou mal.

– E o que você estava fazendo com o Lukezinho até agora? – A menina perguntou de novo. Lukezinho? Sério que ela tinha dado esse apelido todo fofo e cor de rosa praquele ogro?

– Nada de mais, eu só estava... – Assim que falei essas palavras me lembrei do que tinha acabado de acontecer no beco e que eu não tinha falado sobre isso com o “Lukezinho” ainda.

– Só estava oque? – A menina continuou insistindo, mas decidi ignora-la. Ela parecia estar esperando uma resposta meio pervertia ou sei la.

– Aonde é o quarto daquela cabeça de fogo? – Perguntei já me dirigindo á escada. Talvez eu tenha sido um pouco rude, mas na hora nem ligue.

– Segunda porta á esquerda. – Uma mulher de cabelos claros que deveria ser a mão da tal menina respondeu bem amigavelmente e eu sai em disparada para o quarto daquele maldito.



– OLHA AQUI LUKEZINHO, A GENTE TA REALMENTE PRECISANDO TER UMA CONVERSINHA SOBRE O QUE... – Eu abri a segunda porta á esquerda com a maior força possível e então parei. – Sobre o que... – Droga, como é que eu tinha esquecido esse detalhe. – Acon... – Ele tinha avisado. – Tee. – Ele falou que ia tomar banho. – Ceu... – MAS ELE NÃO PODIA TER COLOCADO UMA ROUPA?

– Você não deveria entrar no quarto de um garoto assim, toda despreocupada.

PROX CAP DIA 30 OU ANTES JÁ QUE TO DE FÉRIAS.


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Notas finais do capítulo

MANOOOOO HOJE TEM HP6 NO SBT TO DANDO UMA PIRADA.
E TBM LANÇO EPISODIO DE K ENTAO TO PIRANDO MAIS AINDA.
3 BJS PRA VCS 1 EM CADA BOCHECA E 1 NA TESTA.
TOMARA Q O PAI DE VCS COMPRE PIZZA HOJE E UMAS 15 GARRAFAS DE COCA
~ n fico mto bem quando tem harry potter na tv ~
Digam o que acharam do capitulo pra mim porfa?
Até semana que vem, ou antes.
@anajvargas_



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