Pi... PI ...PI... PI...

–Ah...- Abri os olhos com dificuldade, logo percebi que estava em uma sala branca, numa maca.

–Kaito... –E alguém me tentou me abraçar. –Que bom que você está vivo. –Essa voz, era a Miku.

–O-Onde eu estou?

–Você está no hospital. –Falou um homem que entrava no quarto. –Você usou força demais para jogar o carro para longe. No entanto, te fez ferimentos graves.

–Ah... –E me lembrei do que havia ocorrido. Olhei pro lado, e lá estava o soro.

–Quando ele vai se recuperar, doutor? –Perguntou Miku ao... Ele era um doutor? Nem parece. Do jeito que estava vestido...

–Uma semana é o suficiente. –Respondeu. Uma semana?? Eu vou ter que ficar aqui roncando por uma semana? Fala sério;

–Mas... Não teria uma maneira para ser liberado mais cedo? –Perguntei.

–Uma semana é o mínimo que podemos para te liberar.

–Tudo bem. Posso ficar mais um pouco aqui? –Ainda perguntou Miku.

–Claro, à vontade. –E o “doutor” saiu. Ela olhou para mim e sorriu:

–Kaito... Valeu por ter me protegido... Eu não sei como te agradecer pelo que fez. Pelo visto, você é uma boa pessoa. –Fiquei envergonhado.

–Como tinha dito: Nunca ia deixar você morrer. Você... Você é especial para mim... –Ainda com o olhar para o chão. Miku ficou corada de novo.

–Mas, por favor não se sacrifique por mim... –Ficou segurando a minha mão e eu a fitei. –Não quero que você morra. Quero que você esteja sempre sorrindo, você também é especial para mim de alguma forma... Quero que sempre esteja ao meu lado, não quero te perder. –Miku virou um pimentão... PERAÍ! ELA SE DECLAROU PARA MIM?? Melhor não falar nada a respeito disso.

–E você? Não vai ir à escola? Pelo que saiba ainda não é sábado...

–Não.

–Como é?

–Eu vou ficar aqui, do seu lado, a semana toda.

–COMO É?? –Desta vez fiquei assustado, logo ela que se importa com as suas notas...

–Eu não vou te deixar só, vou ficar junto com você, uma companhia.

–E como o Mikuo permitiu isso??

–Sabe, o Mikuo estava na minha procura e viu tudinho com seus próprios olhos (claro né? Ele não iria arrancar os olhos de outra pessoa para ver) e ele me deixou ficar com você nesta semana. –Uma semana junto com a Miku. Uou, agora a coisa está ficando boa. E dei um sorrisinho que assustou Miku.

–No entanto, você é minha até lá...

–Não exagere, baka. –Falou envergonhada dando um tapinha de leve no meu ombro.

LE RIN NARRAÇÃO~~

–Cadê a Miku? –Me perguntava, olhava para toda a sala procurando um rastro dela. Argh, o que será que aquele pervertido fez com ela? Ele me paga. Hmm, por que será que o Len me olha assim? Será que estou feia ou é por que ele é bobo mesmo? Vai se saber.

–Alguém sabe onde a Miku se meteu? –Perguntou o professor. Ótimo, nem o professor sabe. A Meiko se levantou e respondeu a pergunta:

– Miku quase foi atropelada por um bêbado, aí Kaito se jogou na frente e tirou ela do caminho. –Todos olharam espantados, Gumi, Len, Luka, eu... Ficamos super preocupados na hora:

–Será ele está bem?

–Own, que romântico.

– Em que hospital estão??

–Será que o Kaito se feriu muito?

–Libera a gente mais cedo! Precisamos visitar ele!

–Ok, Ok. Eu libero uns minutos antes. –Deixou o professor. Fiquei muito, muito preocupada mesmo. Ai! Libera logo! Não aguento mais esperar.

Pof

–Aii... –Alguém tinha jogado uma bolinha de papel na minha cabeça. E fiquei encarando a sala toda com raiva. Parecia que tinha algo dentro dela... Li.

Rin-chan, por favor, poderia me esperar na porta da escola? Preciso de ajuda!!

Ass.: Luka.

Era o que estava escrito dentro dela. Olhei para ela. O que ela queria comigo?

Depois da aula super chata...

Pronto, aqui estou. Cadê ela?

–Rin. Você não vai para o hospital visitar Kaito?-Falou Len saindo da escola.

–Ah? Não, vou ficar mais um pouco. Depois vou.

–Ok. –E saiu. Sabe, eu e ele nunca nos falávamos há uns 2 anos. Agora ele me defende, fala comigo, se preocupa... O que está acontecendo aqui?

–Psiu! Hey, aqui. –Falou uma voz rouca. Notei que era Luka atrás do muro.

–Ah, oi Luka. O que queria falar comigo? –E me aproximei mais.

–E-Etto, eu... –Estava tão corada, gaguejando demais.

–Que foi? Fala, sem timidez, florzinha.

–E-E-E... Etto... –Já vi que isso não vai dar em nada...

– FALA LOGO, MULHER! NÃO ME FAÇA PERDER MAIS TEMPO!! –Gritei.

–AAAH!! EU ESTOU GOSTANDO DE UM GAROTO!! –Gritou chorando. Eu fiquei com uma cara de passada. Fi quei tentando captar a mensagem enquanto ela chorava.

–Peraí... De quem você gosta?

–Do Kaito. Que gatenho ♥ !

–O QUEEEE??? SAI DESSA MULHER! SE JOGA! MAS NÃO SE APAIXONE POR ELE!! –E fiquei sacudindo ela até ficar tonta.

–C-Calma! Eu não estou apaixonada por ele.

–Então... Por quem?

–Bem… Do… Gakupo.

Ah, caso não saiba quem é ele, é um garoto alto, de cabelos longos e roxos, engraçado e super social. É de uma sala mais avançada. Seu nome é Kamui Gakupo, irmão da Gumi.

–E-Eu... –Continuou. –Etto... Como ele vai sair da escola este ano... Eu queria dizer meus sentimentos para ele, tipo, s-sempre fui apaixonada por ele. Mas... –Vi que escondia algo atrás.

–O que é isso que você está escondendo?

–É...Uma carta que eu mesma escrevi para ele... Que ridículo, né? –E continuou a chorar. –Nunca iria querer ficar comigo, uma garota como eu e...

–STOP! PARA A FITA, PARA TUDO! Você vai ficar com esse mimimi de: AI! EU SOU FEIA, ou : DESISTO, É MELHOR NÃO FAZER ISSO AÍ TODOS SERÃO FELIZES. Por favor, para de perder tempo. Vai logo mulher.

–M-M-Mas...

–Nada de mas. Você vai falar os seus sentimentos para Gakupo ou eu não me chamo Rin. –E arrastei ela a força, que lutava para que eu a soltasse. A levei para a sala dos mais avançados, por sorte só estava ele lá, arrumando seu material.

–Pronto. Chegamos. –E a soltei, empurrei ela para a sala, e tranquei a porta para que não saísse correndo. E é claro fiquei espiando pela fechadura da porta.

–O que foi isso? –Perguntou Gakupo assustado com o baque que eu fiz na porta.

–D-D-Deve ter sido o vento. –Gaguejou Luka. –E-Etto... Em...

–Que foi, Luka? Você está bem?

–S-Si... Não. –Respondeu. Afe mulher, você está estragando tudo. Entrega esta maldita carta pra ele e cabô.

–Quer que te leve para a enfermaria?

–N-Não... Etto... Gakupo?

–Hai.

–Em... Faz muito tempo tempo que... Queria lhe dizer isto... –Ele a fitou. –Desde pequena, você foi muito importante para mim e... Gosto de você.

–O qu... –Luka tapou a boca dele.

–Antes de que digas alguma coisa... Por favor, leia esta carta. P or favor. –Ainda fitando ela, pegou a carta e se pôs a ler. OWWNNN!! A MINHA BEBEZINHA SE DECLAROU :3 Que bom! Agora... Se aquele cara rejeitar a minha bebezinha, ah se vai se ver comigo, a se vai...

Depois de ler, ficou calado por um bom tempo. Luka, abaixou a cabeça.

–Etto... Acredito que você não possa corresponder aos meus sentimentos, eu...

–Você tem uma boa caligrafia. –Ela ao ouvir isso, olhou para ele. Gakupo se levantava da cadeira que estava sentado, se aproximou a ela e... A abraçou. –Eu também gosto de você. Por agora, que tal começarmos assim? –Perguntou todo vermelho. Ela sorriu e disse sim.

Que fofis. Agora acho melhor deixar os dois pombinhos em paz e... Eita! Tinha me esquecido! Preciso ver o estado do Kaito agora. Fui na velocidade da luz até lá...

LE MIKU NARRAÇÃO~~

–Rooonnncc... Anh? –Acordei. Ainda meio zonza, me ajeitei na cadeira. Olhei ao meu relógio. “Já são 16:40, wow, como foi que eu fiquei dormida por tanto tempo?” pensei. Olhei para Kaito, que também dormia. Deu um nó na garganta, tão ferido por minha causa... Me levantei e me fiquei ao lado da maca dele. Dormia como um anjinho... Que kawaii... Com o que será que ele está sonhando? Involuntariamente, levantei o meu braço e acariciei o PEITORAL DELE! BAAAKKAAAA!! (Tipo, ele estava ferido pelo corpo todo, aí tava sem camisa, mas enfaixado) Baka, Baka! O que eu estava pensando?? Mas, falando sério, ele é bem fortinho XD. Antes que tirasse a minha mão dali...

–E ainda falam que o pervertido sou eu... –O Kaito me pegou no flagra. Fiquei super vermelha, como ia explicar o que havia ocorrido. Ele deu seu sorriso, e pegou a minha mão que estava tocando no peitoral dele para que ainda segurasse.

–Que... O que você... –Eu tentei dizer algo a respeito.

–Sabe como me sinto quando você está aqui? –E ele ainda segurando a minha mão, a fez deslizar para cima, onde estava o coração dele. Batia forte, muito forte. –E sabe o que isso quer dizer?

–N-N-Não, no, I’m not a doctor. –Menti. Tirei a minha mão do lugar, e me sentei na cadeira onde durmia.

–Eh, Diamante-chan...

–Não me chame assim. –Interrompi.

–... Você é muito kawaii quando dorme sabia? –Abaixei a cabeça para que não soubesse que estava vermelha, fechei os punhos. “Ele... Ele está dando em cima de mim?”

Ele suspirou.

–Foi mais ou menos assim que nos conhecemos... –Falou.

–O que?

–Lembra no primeiro de dia de aula?

–Sim.

–Pois é. Você estava bastante ferida, e eu tinha me oferecido para te levar a enfermaria. Com certeza você não sabia que enquanto você dormia, eu tirava um monte de fotos de você, haha. Parece mais hoje, mas desta vez eu é que sai ferido...

–Pois é... –Concordei. Mas também foi o dia que soube quem você era de verdade, pensei.

–E então?

–E então o que?

–Não vai me dar um apelido?

–Como é?

–Lembra que naquele dia eu tinha te dado um apelido? Agora é a sua vez. -Aí me lembrei.

–Hmm, o quer que eu te chame? -Perguntei.

–Imagina um aí.

–Ok, mas você concerteza não irá gostar. -E comecei a pensar em alguns. -Hmm... Principe pervertido?

–Pff, fala sério, peraí, deixa eu imaginar... "Principizinho pervertidinho, meu amor, fez a janta?–E imitou a voz de uma mulher. Eu ri.

–Viu? Falei que iria gostar!

–Ta, gomen, mas pensa em outro. -Pediu.

–Okey. Hmm, sorvete?

–Quer que eu fique com fome quando me chamar? Você sabe que é a comida que mais gosto.

–É... Quer saber? Desisto.

–Matte, só mais uma vez. -Olhei para ele, tudo bem, eu estou devendo para ele.

–Então, espada.

–Você está me chamando de assassino?

–Matte. Eu ainda não expliquei... É o símbolo da proteção, da guarda, da luta e da vitória sobre os inimigos, significa a força... -E fiquei enrolando uma mecha minha. -E ontem... Bem, ontem você protegeu, me defendeu daquele carro, salvou a minha vida. Arigato. Você me mostrou que não é só um pervertido mas também um heroi... -Ele corou violentamente. Ficamos em silêncio olhando a janela, atardecia.

–Miku... -Me chamou. Ué? Ele não me chamou pelo apelido como sempre.

–O que foi? -E fui até ele. Ele estava com o rosto virado, e corado.

–Etto...

–Me fala logo! -Mandei.

–Aishiteru.

–O-O que?

–Aishiteru. -Repetiu .Meu coração explodiu. Saiu pela garganta. Meu rosto ficou quente, estava pálida e ao mesmo tempo vermelha, acho que passei de pimentão para vulcão.

–M-M-M-M-MENTIROSO!!! -Me recusava a acreditar.

–Não. E-Eu não estou mentindo. É confuso. Desde que te vi meu coração dispara, quando eu tento te beijar, travo. Por nenhuma garota eu sentia isso... -Falou confuso.

–NÃO! NÃO MEXA COM MEUS SENTIMENTOS! BAKA! -Já estava chorando.

–Gomen! Mas não consigo evitar.

–Para... -Nesse momento. Cansada, cai no chão. Ainda chorando, Eu... Eu não sabia como reagir. Ele estava mexendo com meus sentimentos demais. Meu coração estava acelerado demais que só faltava ter um infarto. Me custava respirar. Cubria meu rosto com as mãos, e lágrimas transbordavam.

–Miku... -Kaito estava preocupado, e sabendo que a coisa iria piorar mais, ele tentou, com MUITA dor, sair da maca. -Argh... Aiii. -E ainda com o soro. E se sentou na minha frente. Pegou as minhas mãos que cubria o meu rosto. Ele tentou sorrir, ainda com BASTANTE dor. Eu mal conseguia olhar para ele. Kaito beijava as minhas lagrimas. Meu rosto quente como o sol.

–Gomen. Se soubesse que isso iria acontecer... Acho melhor guardá-los para mim no momento, certo? Mas, por favor, não chore. -E me abraçou com um dos seus braços injesados. O calor do corpo dele me aquecia. A lua iluminava a nossa imagem. Hoje tinha fogos de artifício.

–Espada... -Murmurei.

–O-O que?

–Você é a minha espada... -Ao ouvir isso ele sorriu.

–E você é o meu Diamante... -Respondeu. Ficamos um tempo abraçados. Depois ficamos nos olhando. Completamente apaixonados, e logo avançamos lentamente nossos rostos, a ponto de nos beijarmos. Os fogos de artifícios ajudavam a criar um clima. E quando quase iamos nos beijar...

POFT

–Aii! -Falou uma garota que estava caída no chão. A porta tinha quebrado.

–GUMI!! -Gritaram todos os alunos da escola.

–Foi mal! Eu queria ver também, poxa 'c' . -Respondeu Gumi.

–O-O-O-O que vocês... -Gaguejei.

–...E-E-ESTÃO F-FAZENDO AQUI?! -Completou Kaito.

–Nós? Viemos visitar você, ora. -Respondeu Lily.

–Mas quando vimos que estavam no clima... Não queríamos atrapalhar,hehe. -Disse Miki.

–V-V-VOCÊS VIRAM TUDO??-Perguntei. Que pergunta idiota eu fiz, viu?

–Do início ao fim. -Falou SeeU.

–Que lindo! Vocês se amam muito ♥ !-Falou uma garota.

–Vão se casar quando? -Falou um garoto.

–Pensam em morar aonde? Posso ajudar!

–Quantos filhos vão ter, heinh? -Diante de tantos comentários eu e Kaito demaiamos do nada de tanta vergonha.

–É... É o meu fim. -Ainda falei.

–Como queria sumir do mundo- Ainda falou Kaito. E o gato preto, via tudo no telhado.

(...)