_Você tem certeza que quer fazer isso? A gente pode esperar...

Colocou a ponta do indicador na minha boca impedindo que eu continuasse a falar. Retirou o dedo e me deu um selinho demorado.

Sexo não era novidade para nenhuma das duas, mas depois da única e traumática experiência da Roberta eu estava aflita. E se eu não soubesse o que fazer? Dizem que vai pelo extinto, mas aquilo era novidade tanto para ela quanto pra mim. Eu estava morrendo de medo, admito. Por mais que cada célula do meu corpo gritasse por ela eu não conseguia impedir a mim mesma de travar, de temer.

Ouvi um barulho da porta sendo trancada.

_E se elas ouvirem?

Mais uma vez ela não disse nada. Sorriu de lado, se afastou um pouco começando a subir vagarosamente a blusa que usava. Assim que a retirou começou a desabotoar o shorts curto, retirando uma perna e depois com  a outra jogando-o longe no quarto. Seu olhar em momento algum desviou do meu e aquilo me deixava absurdamente excitada. Voltou a se aproximar e encostou levemente os lábios aos meus, fazendo nossas respirações já um tanto aceleradas se misturarem. Mordeu meu lábio inferior e foi passando a boca até o canto do meu rosto parando e descendo até o meu pescoço com beijos molhados. Eu podia sentir cada pêlo do meu corpo arrepiar apenas sentindo sua respiração.

_Tem certeza que quer esperar?- sussurrou e mordeu levemente a ponta da minha orelha me surpreendendo ao ouvir meu próprio gemido.

Nossas conversar eram praticamente monólogos já que uma não respondia com palavras a outra. A puxei colocando uma mão um pouco a cima da sua nuca pegando em seu cabelo com um pouco de força e com a outra mão passei pela curva da sua cintura como um apaixonado por artes passa por uma obra. Desci até seu bumbum e apertei a puxando para mim. Eu já não podia mais me controlar, eu a desejava como nunca desejei alguém. Todo aquele medo pareceu tão distante enquanto eu sentia sua pele macia, seu toque delicado, seus beijos... 

Assim como ela retirei minhas roupas e fiquei apenas de lingerie. Nossas bocas se encontraram e o beijo que começou delicado foi se tornando cada vez mais necessitado. Ainda nos beijando fomos caminhando em direção à cama e sem perceber ao certo a que distância estávamos nos surpreendemos quando meu joelho encostou na beirada da cama e perdi o equilíbrio caindo e a trazendo junto pra cima de mim.

Pronto, todo aquele clima foi por água a baixo com a gargalhada alta que ela deu me fazendo rir também.

_Você é muito lerda.

Passou uma perna de cada lado do meu corpo se sentando na minha barriga ficando reta para poder me olhar.

_Não me chama de lerda.

Segurei em sua cintura e a joguei na cama subindo logo em seguida na sua barriga e prendendo suas mãos acima da cabeça com as minhas, deixando nossas bocas a milímetros de distância. Eu podia sentir sua respiração descompassada, e sua risada diminuindo enquanto apenas nos olhávamos. Novamente voltamos a nos beijar mas dessa vez não foi com toda aquela certa violência, foi um beijo calmo, carinhoso, um beijo que passava para a outra o amor que existia entre nós.

Fui descendo meu corpo enquanto beijava seu pescoço, colo, e depois de retirar seu sutian comecei a lamber e morder levemente seu seio já rígido enquanto com a outra mão eu massageava o outro. Seus suspiros eram cada vez mais audíveis e ao olhar para cima e me deparar com uma Roberta com olhos fechados, testa meio franzida e mordendo os lábios todo o meu corpo ardeu e senti minha intimidade pulsar de desejo. Aquela era a cena mais linda que eu já tinha visto. Substitui minha boca pela outra mão e fui descendo pela sua barriga passando a língua e sentindo o gosto daquela pele macia até chegar a barra da sua calcinha. A retirei com delicadeza. Senti minha própria umidade aumentar ao ver o quão molhada a Roberta estava. Aquilo me deixou extremamente excitada e eu só queria provar. Coloquei uma mão em cada coxa abrindo mais suas pernas e foi apenas um instante que olhei para ela antes de me ajoelhar e literalmente cair de boca. Senti suas mãos pressionarem minha cabeça, me fazendo continuar. Seus gemidos já estavam altos e não consegui evitar sorrir quando ouvi eles sendo abafados e olhei para vê-la mordendo uma almofada. Senti seu corpo enrigecer e o orgasmo chegar. Tomei todo seu líquido e a beijei fazendo-a provar de seu próprio gosto.

Passamos o resto da noite entre gemidos e declarações de amor. Uma descobrindo os detalhes da outra, os pontos que davam mais prazer na outra. Nos descobrindo. Eu poderia viver mil anos, mas eu tinha certeza que noite nenhuma se compararia àquela.