As Sete Jóias de Uaset escrita por Krika Haruno
A roupa estava molhada de suor, a colcha estava no chão, a cabeça latejava, mas nada pior que a experiência tida na noite anterior. Ishitar acordada fitava o teto, seu olhar era num misto de revolta e magoa. Apesar de Hisoka afirmar que era apenas um sonho, fora tudo tão real, que temia que aquilo acontecesse de verdade. Colocou a mão no peito, no exato lugar onde Saga cravava o punhal. Sentia a mesma dor, como se tudo fosse verdade. Levantou e foi para a sala de refeições. Estavam todos lá. Os dourados numa mesa e as portadoras em outra. Ishitar parou na porta, todos olharam para ela, se perguntando: "cadê o sith?" Ficou olhando-os e as mesmas dores voltaram, o mesmo aperto no peito ao ver Saga no meio deles. O geminiano nem levantou o rosto, fingiu que ninguém tinha aparecido na porta, continuando a comer. Kanon e os outros estranharam o comportamento dele. - Bom dia Ishitar! - a portadora de Tefnut, aproximou, pegando na mão dela. - Bom... dia... Ankhesenamon. - disse a olhando nos olhos. - Vamos sentar. - começou a puxá-la. Ishitar sentou a mesa e limitou apenas a cumprimentá-las. O café seguiu silencioso por parte da Toth e de Saga que sequer a olhava. Todos estranharam o comportamento dos dois, sabiam que se 'odiavam', mas o silencio já estava demais. - Algum problema Ishitar? - indagou Isi. A portadora a olhou por um longo tempo. - Não Isitnefert. - Por que disse o nome todo dela? - Por nada Hatshepsut. - Ishitar... - Não está acontecendo nada Nefertite. - disse fria. - nada. - Se ela diz. - iniciou Tari que ficara preocupada pelo jeito da amiga. Após a refeição todos tomaram outros rumos. Shaka foi meditar apesar da cara amarrada de Isi, Ank e Mu foram para um dos jardins, assim como Akya, Shura, Tite e Kamus. Hatshe foi para seu templo e Miro seguiu com os outros dourados. Hisoka apareceu na sala e levou Ishitar sobre o olhar atento do geminiano, MM saiu sem olhar para Tari e ela foi comprir compromissos. O canceriano andava sem rumo até que parou em frente a um templo. Identificou como o de Ísis. Entrou. Como da outra vez olhava os afrescos na parede sem entender nada, assim como não entendia o que sentia por Nefertari. Ele estava parado em frente a uma parede, observava os afrescos e não entendia nada. - "Esses pássaros, coruja, cobra, olho, como conseguem ler isso?" - pensava. - Com licença, cavaleiro de Atena. - Sim? - MM continuou a olhar a parede. - É que vamos fechar o templo para limpeza. - disse uma senhora. - Já estou indo. Estava saindo quando algumas imagens chamaram sua atenção. Eram pessoas sendo retratadas e todas tinham caras aterrorizadas. - Por que fizeram imagens com essas caras? - Essas imagens retratam uma passagem que ocorreu há mais de cinco mil anos, entre um dos nossos soberanos e uma sacerdotisa de Ísis. - Sacerdotisa de Ísis? - Sim. - Pode me contar? - Claro. - a senhora sorriu, gostava quando alguém mostrava interesse. - essa história remonta antes da emigração. Dizem que um rei importante se apaixonou por uma das sacerdotisas da deusa Ísis. - Como as portadoras? - indagou interrompendo. - Sim. As portadoras são sacerdotisas e consagradas ao seu templo correspondente. - Ah... desculpe interrompe-la. - Consta que o caso dos dois foi descoberto pelo grão sacerdote do templo de Ísis. Ao saber de quem se tratava, o grão sacerdote entrou num grande dilema. - Qual? - Se esse caso tivesse ocorrido entre uma sacerdotisa solteira ou viúva seria tolerado, mas aconteceu com uma que era consagrada ao templo. - O que isso significa? - Que o corpo e alma pertence ao templo, logo não pode haver envolvimento entre ela e um homem. A sacerdotisa em questão era consagrada e isso foi uma terrível violação das leis religiosas. - E o que o grão sacerdote decidiu? - Pela lei a sacerdotisa e homem deveriam ser mortos, mas para condená-los teria que haver um julgamento, contudo se ele houvesse, seria um escândalo.. - ela deu uma pausa. - a sacerdotisa vendo a gravidade da situação resolveu se matar para não prejudicar seu rei. - Ela se matou? - indagou surpreso. - Sim. - Então essas leis servem também para as portadoras? - Claro. - Mesmo no caso da portadora Nefertari? - Principalmente no dela, Nefertari é a reencarnação da deusa Ísis, já nasceu consagrada ao templo, tem suas responsabilidades de deusa e ainda é portadora. - Resumindo o homem que chegar perto dela... - É um homem morto. MM deu um sorriso irônico. - Obrigado pela história. - saiu. Menefer... - Está na hora da diversão. - sorriu Seth. - Isoke, Kaimah e Akin vão. - Sim. - os três desapareceram. Estavam todos esparramados quando o som da sirene foi ouvido. Nefertari estava do lado de fora do palácio. - Preciso protegê-los ainda mais agora. A portadora retirou seu báculo e logo seu corpo foi revestido por sua armadura. - Proteção de Ísis. Uma enorme barreira envolveu o palácio. De posse de seu báculo seguiu para onde sentia o cosmo de Seth. Escutando o barulho da sirene correram para a porta do palácio. - Não é possível! - Akhenaton colocou a mão na barreira. - Vou destruí-la. - Saga ergueu o punho. - Não vai adiantar. - Ishitar segurou o braço dele. - foi Ísis que a fez, só Ré consegue destruí-la. - E o que faremos? - indagou Nefertite. - Esperar. Ishitar afastou-se deles indo para perto de Hisoka, Saga acompanhou cada movimento dela. - É o Seth não é? - É. - ela não tirava os olhos da barreira. - Ele está na cidade? - Ao que parece não. É melhor você entrar. - E te deixar sozinha? De jeito nenhum. Ishitar o olhou e deu um sorriso. - Entra logo, não vai acontecer nada. - Está bem, toma cuidado. - Sim. Hisoka deu um abraço nela e saiu. Saga sentiu o sangue ferver, mas não faria nada, ela fez sua escolha, alem do mais era Hisoka que ficaria em Uaset depois da batalha e não ele. Hatshe olhava preocupada para a barreira, Nefertari era forte, mas sozinha estava em desvantagem. - Preciso ajudá-la. - murmurou. - Vamos conseguir. - Mi-ro? - Não se preocupe, vamos dá um jeito. - ele fitava a proteção a frente. - Ela me salvou... - Nefertari é forte, não se preocupe. - Preciso me juntar as outras... - Vai. Ela apenas sorriu e se afastou. Estava indo para onde as meninas estavam quando viu Ishitar dirigindo para outro lado. - Ishitar. - O que? - Não consegue destruí-la? - referia-se a barreira. - Não. - Mas não podemos deixar a Tari lutar sozinha. - Eu sei. - a Toth analisava- a. Enquanto isso ao longe, Miro as observava. - Talvez... - murmurou a sith. - O que? - Vai lutar sem a jóia e sem a armadura? - Vou. Tenho meu cosmo. Sei que ele está reduzido, mas sou forte, não posso abandoná-la. - Está bem. - O que pretende? - Só Ré pode destruí-la, contudo se eu usar a ankh, talvez eu consiga criar uma passagem por ela. Ishitar retirou sua ankh e encostou na barreira, esta emitiu um forte brilho em amarelo e vermelho e em seguida uma pequena passagem se abriu. - Vamos. Hatshe passou primeiro seguida de Ishitar. Nefertari parou a certa distancia, a sua frente estavam Isoke, Akin e Kaimah. - Veio só portadora? - sorriu Kaimah. - Está querendo morrer sozinha. - disse Isoke. - São vocês que vão. - ela sorriu de volta. - Ora sua... - Kaimah deu um passo, mas foi impedido por Isoke. - Essa luta é minha. - disse o guerreiro da inveja. - não se intrometa. - Vamos ficar só vendo? - Vamos Kaimah. - Akin o puxou. Isoke e Tari tomaram posição. - Desta vez entregarei a jóia a Seth. - Isoke elevou o cosmo, disparando varias bolas de energia nela. A portadora também elevou seu cosmo criando varias copias de si. Apontou o báculo para ele e disparou. O guerreiro de Seth criou uma barreira parando os golpes. - Muito pouco. - sorriu. - estou decepcionado com você Ísis. - Mal começamos. - também sorriu. - Intervenção divina! Um poderoso ataque foi em direção a ele. Enquanto isso, Ishitar e Hatshe corriam para a direção onde sentiam o cosmo da amiga. - Nefertari já começou a lutar. - disse Hatshe. - Vamos. Akin e Kaimah assistiam à luta. - Ela é forte. - disse o guerreiro do ciúme. - É uma deusa. - Akin não tirou os olhos da batalha. - Isoke vai conseguir? - Não sei. - ele que observava teve um estralo. - “Ishitar.” Prepare-se Kaimah. - disse levantando. - Por quê? - Ishitar está vindo para cá. - Como sabe que é ela? - Sabendo, e ela não deve está sozinha. - Diversão. Nefertari esperou a cortina de areia abaixar, Isoke continuava inteiro. - Esse foi muito bom. - limpou um filete de sangue que descia pela testa. Uaset... Miro corria em direção a barreira, a passagem que Ishitar havia criado estava fechando-se e se não passasse naquele momento não teria mais chance. A segundos dela desaparecer, o escorpião atravessou. Todos estranharam o sumiço repentino de Ishitar, Hatshe e Miro. - Para onde eles foram? - Ank olhava ao redor. - Miro...? - disse Aiolos ao ver o escorpião bem afastado. Quando voltaram a atenção para onde Aiolos apontava, apenas viram ele atravessar a proteção. - Como passou? - Saga e os outros aproximaram, tentaram passar, mas não conseguiram. - Miro! - Como você passou? - indagou Akhenaton aproximando. - Ishitar usou a ankh, mas disse que não conseguiria deixar a passagem aberta por muito tempo. - Deveria ter imaginado. - E cadê ela? - Foi atrás da Tari junto com Hatshe. - Ela está sem a jóia e armadura! - disse Akya. - Estou indo. - Miro! Miro! Já tinha ido. - Não há como abri-la senhor Akhenaton? - Não Mu. MM afastado ouvia a conversa, Tari era forte, mas sozinha não conseguiria. - "Se aquele sujeito tocar nela..." - E se usarmos... - murmurou Isi. - Teve alguma idéia Isi? - indagou Tite. - Meu mestre me ensinou uma magia para abrir passagem por barreiras. Nessa magia envocamos o poder de Ré, talvez conseguimos abri-la. Isitnefert sentou, começou a recitar um rito antigo enquanto seu cosmo queimava ao redor. Shaka não tirava os olhos dela, não sabia que tipo de magia era essa e se poderia comprometer ainda mais seu cosmo. Limites de Uaset... - Agora é minha vez. - Isoke formou um poderoso ataque e lançou contra ela. Tari conseguiu defender, mas teve um leve arranhão na mão. - Isso está ficando interessante. - Nefertari! - gritou Hatshe. - O que estão fazendo aqui? A barreira... - Eu abri uma passagem. - Ishitar... - Não se preocupe ninguém vai conseguir passar. - Hatshe não devia ter vindo. - Sou uma portadora, não ligo para meu cosmo. - Vocês e esse sentimentalismo fraco, podem custar suas vidas. - Vou me cuidar, não vou deixar que Seth faça algum mal a Miro. Ishitar a olhou, era nesse estado que ficava quando estavam apaixonadas? - "Lamentável." - pensou. - Cuidem-se. - pediu Ísis. As três portadoras encaravam os guerreiros. - Bom divertimento rapazes. - Kaimah deu um passo. O palco estava armado. Akin e Ishitar, no meio Tari e Isoke, e Hatshe e Kaimah. Miro corria, sem a jóia e a armadura Hatshe estava em apuros. - “Não faça besteira.” ---- Hatshe---- - Há quanto tempo portadora. Vejo que conseguiu recuperar-se. - Onde Seth guarda as jóias? - Que curiosidade, mas vou responder, vai morrer mesmo. Ele as guarda no templo dele. - Então para recuperá-las teremos que ir até lá. - Isso se passar por nós. - É só um detalhe. - sorriu. - Já que se acha capaz. - Kaimah elevou seu cosmo. - vamos começar a diversão. Ele disparou um poderoso ataque, Hatshe ascendeu seu cosmo, conseguindo para-lo. - Perdeu seu poder Kaimah? - sorriu irônica. - Não... - seus olhos brilhavam. - só estou aquecendo. - Mas eu não. Balança de Maet! Hatshe disparou, mas foi facilmente defendido por ele. - Vamos a diversão. O guerreiro do ciúme, deu um soco na areia, a terra tremeu fazendo com que Hatshe desequilibrasse. Aproveitando ele avançou sobre ela, dando uma seqüência de socos e chutes. A portadora conseguia se esquivar. ---- Ishitar----- - Nós encontramos novamente Ishitar. - E dessa vez espero que seja a ultima. - Também espero. Os dois entraram em luta corporal. ---- Nefertari---- Isoke e Tari se encaravam. - Por onde começo... - ele sorria de maneira tenebrosa. - acho que vou destruir essa armadura. O cosmo dele começou a tomar conta do local, era uma energia muito poderosa, não era toa que Isoke era considerado o guerreiro mais forte de Seth. Acumulando uma grande quantidade de energia lançou contra ela. Segurando de maneira firme o báculo, Tari lançou um golpe do mesmo teor e poder. As duas energias se chocaram provocando uma enorme explosão, no local uma cortina de areia esparramou a metros, uma torre de luz subiu ao céu. Miro que corria parou ao ver tamanho clarão no céu. Em Uaset os trabalhos continuavam, mas foram parados devido a luz vista do céu. - O que foi aquilo? - É o cosmo de Nefertari. - disse Akhenaton. - Ela tem um cosmo poderoso. - Assim como da pessoa que está lutando com ela. - Rápido Isi. Isoke um pouco ofegante sorria, o mesmo acontecia com Tari, ela porem estava séria. Não imaginava que ele tivesse tamanho poder. Algumas gotas de sangue desceram pelo seu rosto. - "Tenho que tomar cuidado." ------Hatshe------ Devido ao clarão e a cortina de fumaça, Hatshe e Kaimah se afastaram. - Sua amiguinha é bem forte. Ela não fez comentário algum. - Será que você é tão forte quanto ela? - apontou um dedo para ela. - Não vai me pegar. Porem era tarde, Hatshe estava com o corpo todo paralisado. - É inútil. Reflexão da alma. Hatshe foi envolvida por uma redoma negra. - O que? - ela dava socos tentando sair. - Me procurando Hatshepsut? - Não vai escapar. A portadora começou a atacá-lo com toda a força que possuía. Ela só não imaginava que caira na armadilha dele. Do lado de fora Kaimah sorria. - Continue lutando contra "mim", quanto mais me acertar, mais seu corpo irá perecer. ----- Ishitar------ Akin e Ishitar se afastaram, os dois tinham grandes poderes. - Tem um cosmo magnífico Ishitar. Deveria usá-lo a favor de Menefer. - A favor? - sorriu com desdém. - é com esses punhos que aquela cidade maldita vai cair e com ela todos vocês. - É uma pena que pensa assim, daria uma ótima guerreira de Seth. - Nunca! - Então serei obrigada a matá-la. O guerreiro da traição ascendeu seu cosmo, Ishitar fez o mesmo só não contava com um detalhe: ele estava sobre a sombra dela. - Marionete da sombra. - Suprema Inter... - o que...? - paralisada não conseguiu desferir seu ataque. - Mar do caos! O ataque foi em direção a ela e a atingiu em cheio. Ishitar foi ao chão. - Ainda tem muito a aprender. ----- Tari------ Abandonando os golpes resolveram partir para o mano a mano. ---- Hatshe----- Na redoma, Hatshe sentia-se exausta, por mais que golpeasse Kaimah, ele parecia não sofrer nada. - Ele continua de pé... - murmurou limpando um filete de sangue. - Já cansou? Aceitando a provocação, ela avançou sobre ele porem seu corpo estava no limite e antes que chegasse perto dele, foi ao chão. A redoma se desfez. - Até que durou muito. - sorriu o guerreiro. Ela continha vários machucados. - Hatshe! - gritou Miro que chegara naquele momento. - Olha só quem chegou. - Hatshe. - o escorpião correu até ela. - Hatshe. - Miro... ? - Por que veio lutar sozinha? - estava assustado pelo estado dela. - Eu estou bem. - O casalzinho já namorou bastante? Miro ignorou o comentário. - Fique aqui, eu acabo com ele. - Então vamos continuar a nossa luta? - Terei o maior prazer de te matar. - o escorpião sorriu. - É o que veremos. Os dois elevaram seus cosmos e a luta teve inicio e seguia equilibrada pois ambos eram bons. - Você até que luta bem cavaleiro de Atena. - Digo o mesmo, mas vou encurtar esse combate. - Como? - Tenho mais coisas a fazer. - sua unha cresceu ficando vermelha. - agulha escarlate. Três feixes de luz vermelha foram em direção a Kaimah, o golpe de Miro passou direto. - Co-mo? - Pretendia me derrotar com isso? - gargalhou. - agora é minha vez. Kaimah ascendeu seu cosmo e atacou Miro, que não conseguiu se defender indo ao chão. - Miro! - gritou Hatshe. - Estou bem. - disse levantando. - não foi nada. “Preciso tentar novamente.” Miro apontou o dedo para ele. - Insiste? - Agulha escarlate. Desta vez quatro feixes de luzes saíram. Aparentemente o ataque de Miro havia passado direto, mas... Kaimah sentiu uma forte dor na perna. - Mas o que... ? - indagou ao ver a armadura com um pequeno orifício. - É o buraco da agulha. - sorriu - se reparar vai ver que possui outros sete. - Como? Ele não tinha percebido, mas tinha sete orifícios. Um na perna, dois no ombro, dois no peitoral, um no braço e um na cintura. - Como me acertou? - Você é muito lento. Acha mesmo que pode me vencer? - Maldito. - Já recebeu sete agulhas ainda falta sete antes de você receber a Antares. - Não pense que me venceu. - Kaimah levantou mesmo com os ferimentos sangrando. ---------Ishitar----------- A portadora de Toth abriu os olhos, realmente Akin era forte. - Acho que o subestimei. - disse levantando. - E você é resistente. - Para uma pessoa da sua idade é bem forte. - Acha isso? Assustando-a Akin apareceu na frente dela. - Sou bem ágil também. - pegou o braço dela lançando-a. - Estou impressionada. - disse parando do outro lado. Uaset... Isi conseguiu abrir uma pequena passagem. - Só da para dois. - Então... - Akya deu um passo, mas foi interrompida. - Anda logo Saga. - MM deu um empurrão nele, fazendo-o atravessar. - vá cuidar da Ishitar enquanto eu me divirto. - passou saindo correndo. - Vocês dois esperem! - gritou o príncipe. - Droga! Éramos nós que tínhamos que ter passado. - Akya deu um soco na barreira. - Logo todos passaremos. - disse Shaka fazendo com que todos o olhassem. - a barreira está enfraquecendo. Saga e MM corriam lado a lado em silencio. Saga vez ou outra olhava para o canceriano, não entendia dele ter ido. - O que ta me olhando? - Por que está indo? Detesta esse lugar. - Digamos que preciso defender uma jóia. Saga que corria parou ao ouvir o comentário. - MM você... ? - Do mesmo modo que gosta da Ishitar. - respondeu seco parando. - Está apaixonado pela Nefertari? - Estou e daí? - Você? - Sim, eu! Por quê? Não posso gostar de alguém? - Pode é que... é estranho. - Sei que não podemos ficar juntos, não sou idiota, mas não vou deixá-la sozinha numa hora como essa. - deu um suspiro. - pela primeira vez, estou preocupado com alguém e tenho medo de perdê-la. Saga aproximou. - Não vai acontecer nada a ela. - Espero que sim Saga. O geminiano deu um meio sorriso. - A Ishitar não gosta dele, ela gosta de você. - o canceriano voltou a andar. - Está enganado. - disse lembrando da cena que presenciara. - Não estou. Ela só ainda não descobriu isso. - ele o olhou. - Hisoka não passa de uma ilusão... para vocês dois. Saga o fitou intrigado, o que ele queria dizer com isso? Será que ela poderia mesmo gostar dele? No campo de batalha, Nefertari e Isoke apenas se encaravam, ambos respiravam ofegantes e continham alguns ferimentos. - Parabéns portadora, é digna de ser chamada de Ísis. Não respondeu. - E por isso será contemplada, sua alma fará parte de mim. - O que...? O guerreiro da inveja elevou seu cosmo, uma energia negra começou a envolvê-lo. Isoke uniu as mãos e aos poucos foi separando, a medida que separava uma bola negra aumentava. A bola de energia aumentou consideravelmente de tamanho, ela porem desapareceu aparecendo sobre Nefertari. A portadora tentava se mexer, mas seu corpo estava paralisado. - Destruição da alma! A bola se transformou num buraco. - O que...? AH!!!!!! Uma luz amarela saia do corpo de Nefertari e entrava pela passagem. A expressão dela era de dor. - AH!!!!!!!!!!! - Sua alma será tragada e todo seu cosmo juntará ao meu. A portadora gritava sentindo uma forte dor, como se algo tivesse sendo arrancada dela. - Ah!!!!!! - Nefertari! - gritou Ishitar correndo até ela, porem foi impedida por Akin. - Tari... - murmurou Hatshe. - Miro! O escorpião olhou para onde ela apontava. - "Droga." - Nem pense em ir ajudá-la. - Kaimah deu um passo. As forças de Ísis esvaiam-se, já não conseguia ficar mais de pé e apoiava-se no báculo. Em Uaset a barreira havia enfraquecido. - "Não posso perder aqui..." Sem firmeza deixou o báculo cair, não enxergava tão nitidamente tanto que não viu um homem parando a sua frente. - Está mexendo com a pessoa errada. MM apontou o indicador contra Isoke, disparando vários feixes de luz, para se defender ele teve que suspender o ataque. - "Faltava pouco." - pensou. Tari ia ao chão se alguém não a segurasse, recuperando a visão olhou para quem a amparava. - Giovanni...? - Mais um pouquinho e teria que carrega-la. - sorriu, seu olhar era doce. Nefertari não sabia o que dizer, vê-lo ali na sua frente foi uma surpresa ao mesmo tempo um alivio. - Obrigada. - Seu báculo. - ele a entregou. - Como passou pela barreira? - Isi abriu uma passagem. - disse limpando o rosto dela que estava sujo de areia. - fique aqui. - Mas... MM virou e encarava com ódio Isoke, ate seu olhar tinha mudado, era frio e sinistro. - Vou fazer as palavras de Ishitar as minhas: vou mandá-lo para Anúbis. - Não Giovanni. - Tari o segurou. - Nefertari? - Essa luta é minha. - Mas... - Por favor. Os dois se olharam. - Está bem. - sentou na areia cruzando os braços. - Percebeu que é inútil lutar contra mim? - sorriu. - viu que é mais fraco? - Não. - respondeu MM cinicamente. - pensei que seria interessante, você ser morto por uma deusa. - Ora seu... Ele ia avançar quando sentiu um poderoso cosmo, era Nefertari. - "Nem parece que foi atingida por meu golpe." Até MM estava impressionado pelo tamanho da energia dela. - "O cosmo dela pode ser comparado ao do Shaka." ------ Ishitar------ A portadora de Toth sorriu aliviada ao ver o cavaleiro de Atena perto dela, não tinha idéia de como ele havia passado pela barreira, mas fora providencial. - Agora posso me concentrar. - disse olhando para Akin. - Será uma luta interessante, dois contra um. - Dois? - indagou sem entender. Akin a olhou por cima dos ombros, acompanhando o olhar dele virou para trás. - "Saga?" O geminiano caminhava na direção deles. - Há quanto tempo guerreiro de Atena. - sorriu o guerreiro. - Dá ultima nem terminamos nossa luta. - Saga sorriu de volta. - Houve alguns imprevistos, gostaria de terminá-la agora? - Será um prazer. - ele tomou posição, Akin fez o mesmo. Os dois começaram uma luta corporal, esquecendo completamente de um detalhe: Ishitar. A portadora ficou cega de ódio, Saga por ter intrometido na luta e Akin por não termina-la. - "Vou mandá-los para Anúbis." Os dois trocavam chutes quando foram acertados por um ataque. Foram ao chão. - Quem...? - O que...? Ishitar parou na frente de Saga. - Não se meta na minha luta Saga de Gêmeos. - e olhando para Akin. - seu adversário sou eu. - Mas Ishitar... - murmurou o geminiano. - Já disse para não se meter comigo. - Não importa se será você ou ele, os dois morreram. O guerreiro da traição elevou seu cosmo que se espalhou pelo local, ao contrario que se acreditava, ele ainda não tinha usado todo o seu poder. - Mar do caos! Uma poderosa energia partiu para cima deles, os dois tentaram se defender, mas foram acertados, sendo arrastados. - "Ele é mais forte que pensei." - pensou Saga. Nem terminou de concluir viu Ishitar avançar contra ele. A portadora o atacava sem parar. - Quero ver o que vai fazer. - sorriu o guerreiro. - O que está tramando? Akin deu um soco nela afastando-a. Ela arrastou, mas parou em pé. Saga já ia revidar, contudo não conseguia se mexer. - O que...? Ishitar teve a mesma idéia, mas também não conseguia se mexer. - Suas sombras. Ishitar e o geminiano olharam para Akin. Ele havia conseguido prender a sombra dos dois. - Consigo prender até três sombras. - sorriu. - chegou a hora de vocês. - Maldito. - Primeiro irei acabar com o cavaleiro de Atena. - Akin concentrou seu cosmo. - terá a honra de conhecer Anúbis. Mar do caos! - Saga! - gritou Ishitar. O ataque partiu em direção ao geminiano que tentava se mexer. - Maldição. Ishitar sabia que ele era forte, porem sem poder se mexer receberia o ataque na sua totalidade. - Saga...não vai tocar nele... - mexeu com uma das pernas. - não vai... - seu cosmo aumentou bruscamente seus olhos ficaram vermelhos. Akin a olhou imediatamente. - "Como conseguiu se mexer..?" Libertando-se da sua prisão, Ishitar correu até o geminiano e parando na sua frente, segurou o golpe de Akin, contudo pela intensidade acabaram sendo arrastados por alguns metros, reunindo seu cosmo, desviou o ataque dele. Saga a olhava surpreso. Ela respirava ofegante, seus olhos voltaram ao normal e sentindo-se fraca caiu de joelhos no chão. - Ishitar. - Saga ajoelhou na frente dela. - Ishitar. Ela o olhou. - Você está bem? Ela o fitava de maneira intensa. A dor que sentia no peito voltara e era muito forte, contudo... quebrando o silencio, ouviram um estralo, os ombros e o elmo da armadura dela despedaçaram. - Ishitar. - Estou bem. - levantou. - e você? - indagou sem olhá-lo. - Não tive nada. - Eu é que vou derrotá-lo. Fique aí. Ele apenas concordou, surpreso demais para dizer algo. O olhar que ela dirigiu a ele, era um olhar melancólico e perdido. - "O que está havendo Ishitar?" ------Nefertari------- A batalha entre ela e Isoke seguia equilibrada. Nem parecia que ambos lutavam há algum tempo. - Confesso que esperava que essa luta fosse rápida. - disse Isoke. - Mas ela será. - a portadora ascendeu seu cosmo. - Intervenção de Ísis. O golpe era semelhante ao "intervenção divina" porem em poder era muito mais poderoso. - Não pense que vai me vencer. Isoke elevou seu cosmo criando uma barreira, o ataque dela chocou de maneira violenta, ele tentou retê-lo, contudo.. - Não pode ser. O guerreiro de Seth foi atingido em cheio indo ao chão. MM sentado deu um sorriso. Nefertari suspirou aliviada era um oponente a menos. Voltava para perto de MM quando... - Nefertari! - gritou o canceriano. Ela olhou para trás, mas não teve tempo. - Revelação. Isoke havia levantado e a atingiu. Os olhos da portadora arregalaram, ela deu dois passos para trás, mas parou, olhava para frente e não se mexia. - Nefertari. - o canceriano levantou. - É tão ingênua. ---------MENTE DA NEFERTARI---------- A portadora corria para o palácio, tinha um mal pressentimento. Abriu a porta que levava ao salão do trono, entrou lentamente, a iluminação era escassa e o silencio mórbido. - Akhenaton? Meninas? Deu um passo, mas sentindo que pisara em algo olhou para o chão. - Ah!! - soltou um grito aterrorizado. Havia pisado no cadáver de um soldado. - Por Ré o que aconteceu? As luzes se acenderam revelando o local, o chão estava coberto de corpos. - Por Ré... Eram corpos de empregados que trabalhavam no palácio, Nefertari olhava para cada um deles penalizada, mas entrou em estado de choque ao ver o corpo de Akhenaton. - Akhe-naton? Pulando foi até ele, grossas lagrimas desciam pela face. - Akhenaton! Akhenaton! - ajoelhou ao lado dele.. - irmão... O príncipe estava num estado deplorável. - O que houve... - desviou um pouco o olhar. - Atena?! O corpo da deusa jazia, no mesmo estado, ao lado do príncipe, aos poucos foi vendo os corpos dos cavaleiros e das portadoras... - Não... mortos...quem... Nefertari levantou em busca de algum sobrevivente, mas estavam todos mortos e de maneira brutal. Teve sua visão chamada por algo preso na parede. Aproximou lentamente, pois não dava para ver o que era até que... - NAO!!!!! - deu um grito desesperado. MM estava ficando na parede por uma lança que atravessava sua barriga. - Giovanni... Giovanni. - Neferta-ri... - murmurou abrindo um pouco os olhos. - que bom... - O que houve? Quem fez isso? - Seth...ele matou a todos. - Eu vou tirar você daí. A portadora pegou na lança ensopada de sangue e a tirou de uma vez. MM caiu nos braços dela. - Giovanni. - o colocou no chão. - Pensei que morreria sem ver você santinha. - Não vai morrer. Vou cuidar de você. - as lagrimas caiam em abundancia. - Não há mais jeito. Seth saiu vitorioso. - soltou um gemido de dor e fechou os olhos. - Giovanni! Ele reabriu novamente e a olhou. - Pena que não viveremos juntos. - acariciou o rosto dela. - eu te amo. - os olhos foram fechando, a mão escorregando tombou para o lado, ele não tinha mais vida. - Giovanni!!! Giovanni!!! Não!!!! -------- FIM ------- MM olhava para Nefertari sem entender, ela estava parada, mas chorava e muito. - O que fez a ela? - gritou nervoso. - Meu golpe tem o poder de revelar o maior medo da pessoa. - sorriu. - Nefertari. - correu ate ela. - Nefertari. - a balançava. - Não adianta, ela está presa na ilusão que criei, quanto mais medo e desespero que sentir, mais estará mergulhada, até sua mente parar de funcionar e não passar de um corpo com a alma destruída. - Desgraçado. - cerrou os punhos. Nefertari tinha o olhar vago e sem vida. Em Uaset a barreira se desfez. - A barreira? - Por que ela foi desfeita? - Aconteceu alguma coisa a Nefertari. - disse Akhenaton. - Vamos. - disse Akya tomando a frente. Foram todas as portadoras com seus respectivos dourados.
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