Diferentes Dimensões escrita por L C Martins


Capítulo 1
Prólogo




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 Aaron, sem poder ver nada, tateava aquele chão pedregoso e gelado, e muitas vezes apalpava o que mais havia ali; fezes. Ouvia gemidos horripilantes e corpos esqueléticos questionando a vida que receberam após falecer. Aaron nunca imaginou ir para o Inferno por aquele seu erro... Aquele único, porém um pouco brutal erro... Aaron, sem perceber de que forma, perdeu o movimento das pernas, e agora movimentava-se em meio àquele mar de pedras e fezes arrastando-se. Aaron arrastou-se e arrastou-se por muito tempo e não chegou ao lugar onde queria chegar: sua casa. Ele ainda não sabia que estava morto e que estava condenado ao inferno.

 Já cansado e esfoliado por arrastar-se por muito tempo, Aaron deitou-se de costas e sentiu uma dor tremenda. Tateou suas costas e sentiu um arrepio intenso, seguido de uma dor insuportável; havia um buraco de tamanho médio ali exposto. Fitou o teto daquele lugar tenebroso; não dava pra se avistar, mas o teto daquele lugar macabro era invisível e escuro. Aaron via, a todo momento em que olhava para cima, sombras com asas e garras enormes voando em várias direções. Quando finalmente dormiu, sonhou com o seu terrível acidente...

[...]

 Estava em uma excursão em um museu com a escola, conversando com sua única e melhor amiga Jillian. Entrou no museu, esperou Jillian que estava lá fora acariciando um pobre e inofensivo cão de rua e sentaram-se em um grande e sofisticado sofá. Ao conversar com Jillian, desviou a atenção de sua face e fitou uma enorme e chamativo diamante vermelho. Fitando-a durante um longo tempo, perdeu o foco das imagens ao seu redor e permaneceu em um estágio de hipnose. Retomou a concentração quando Jillian o cutucou.

- Alô! Acorda, Aey. - Aey é um apelido carinhoso que Jillian deu a Aaron quando fizeram a alfabetização. Aaron também a apelidou: Jin.

- Incrível. Olha aquele diamante - Usou o dedo indicador para apontar na direção da estátua. - Impressionante, e ao mesmo tempo, lindo.

- Aey? Nunca vi você interessado nesse tipo de coisas! - Disse Jillian, cutucando-o várias vezes seguidas. 

- Ahn... ok. O pessoal já está seguindo os professores. Vamos?

 Ela levanta-se e caminha por alguns metros, depois se vira e o chama usando as mãos.

 Aaron e Jillian debochavam dos professores por suas costas, à medida que iam explicando algum quadro um ou estátua; eles realmente achavam aquilo entediante. Quando alguns alunos olharam para trás e riram de suas palhaçadas, a professora de Artes deles, Coop, virou-se e lançou-lhes um olhar de advertência. Eles levantaram as mãos na região do ombro, em sinal de rendição. Depois que a professora se virou, eles continuaram com as palhaçadas. Quando o professor de história foi lhes contar sobre um artefato romano, eles ouviram gemidos de um cão, mais precisamente um choro. Jillian olhou para fora do museu, pelas portas de vidro, e viu aquele pobre cachorro que acariciara sendo chutando e pisoteado por um homem que aparentava ter uns 42 anos. Jillian correu para ajudar o pobre animal e Aaron a seguiu. Quando chegaram na calçada, Aaron colocou o braço na frente do corpo de Jillian e pediu para ela deixar ele resolver. 

 Aaron correu na direção do homem e o empurrou, questionando o porquê de atacar o pobre animal. O homem, com frieza no tom de voz, respondeu:

- Aquele infeliz urinou no meu sapato. Cachorro imundo, pulguento! - Reclamou o homem.

- E você acha que tem o direito de espancar ele? Pelo jeito, o animal aqui é você. Estúpido. - Aaron realmente se estressou, pois ele ama animais como ama a própria mãe... amava...

 O agressor do cão tentou desferir um golpe em Aaron, que recuou e o acertou com o joelho na barriga. O homem recuou e se contorceu de dor. Os professores vieram correndo na direção de Aaron, assim como os alunos, e tentavam apartar a briga, mas eram acertados por golpes vindos da recente briga entre Aaron e aquele homem sem piedade. O homem, pegando-o desprevenido, acertou um soco poderoso na costela de Aaron, o suficiente para derrubá-lo. A briga extendeu-se para o meio da rua, e ninguém foi capaz de separar os dois. Jillian pode ouvir uma policial ligando para a policia, mas a mesma não devia ter menor vontade de se apressar para separar a briga. Aaron levantou-se e desferiu um chute na perna do homem, que, cambaleando, caiu em cima de um carro. Sem que Aaron percebesse, um carro desgovernado vinha em sua direção. Antes do "encontro" fatal, o motorista buzinou, mas não deu tempo de Aaron sair de sua direção. 

 Jillian, paralizada pelo medo, tentou ajudar Aaron, mas não conseguiu mover-se. Ficou ali, parada, vendo o melhor amigo sendo atropelado e voando em um altura de quase cinco metros e caindo no chão, em um posição irreconhecível... 


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Notas finais do capítulo

O que acharam da história? Mandem reviews que eu continuo.



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