Em Apenas Um Olhar... escrita por Stephania


Capítulo 4
A grande mágoa.


Notas iniciais do capítulo

Shtriga me atacou e Dean agora desconfia do meu passado. Tenho que falar com ele...



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      Coloquei Thomas para dormir, ele estava assustado mas ao mesmo tempo cansado, então dormiu rapidamente.

      Precisava saber como Jack estava, se ele tinha voltado a ser como antes, cheio de alegria. Olhei para Dean e disse:

      - Dean, você pode me levar até o hospital?

      - Vamos esperar o Sam voltar.

      - Não Dean, preciso falar com você, a sós. Te devo uma explicação.

      Dean pegou a chave do Impala, sem falar nada. Ele entrou no carro calado, me dirigi até a porta da frente e entrei, calada também. Ficamos quietos por alguns minutos, até que eu comecei a falar:

      - Bem, acho que devo começar a me ex… - Dean me interrompeu e disse:

      - Já sei de tudo Charlotte.

      Hahaha, esse Dean tem muito senso de humor. Me conhece há 3 dias e acha que sabe de alguma coisa. Então eu disse:

      - Sabe? Claro que não! Você não sabe nem um terço da minha vida!

      Dean parou o carro brutalmente e disse nervoso:

      - Aé? Se eu não sei nem um terço da sua vida, então como eu sei que a morte da sua filha foi culpa sua. Como eu sei que você à matou?

      Comecei a chorar, a morte da minha filha Marie, foi culpa minha e com certeza essa é minha maior culpa, minha maior magoa que nunca vou esquecer.

      Lembro como se fosse ontem, eu mãe solteira com Marie em meu colo, pensando como seria a vida com aquela menininha. Confesso que não queria ter Marie mas algo me impedia de abortar.

      Eu dirigindo desesperamente, bati o carro. Foi grave mas por algum milagre sai ilesa. Sai do carro rapidamente, ia pegar Marie mas resolvi deixar ela lá para morrer no carro. Na hora não senti nada, nenhum arrependimento, nenhuma culpa. Mas agora, eu sinto tudo isso, e essa culpa já vem me matando à anos.

      Na semana do acidente as pessoas falavam que eu estava estranha, estava mesmo. Não sentia nada, nenhuma dor, nenhum arrependimento, nenhuma alegria.

      Dean então disse:

      - Desculpa Charlotte, na verdade a culpa nem foi sua.

      - Está tudo bem Dean, e a culpa é minha e sempre será.

      - Não está tudo bem, aquele demônio filho da puta! Te fez matar sua própria filha!

      - Que história é essa de demônios? Eu estava lá, eu deixei Marie morrer!

      - Isso é o que você pensa. Eu estava lá no dia do acidente, encontrei enxofre por todo o carro.

      - Enxofre?

      - É, quando uma pessoa é possuída por um demônio ele sai exalando enxofre.

      Não acredito! Quer dizer que esses anos todos eu vivi com uma culpa que na realidade não é minha? Demônio filho da puta! Matei minha filha por causa dele..

      Resolvemos então ir no hospital, fui direto para o quarto de Jack. Lá estava ele, sorrindo alegre de novo. A enfermeira disse que parecia um milagre. E com certeza é um milagre, um milagre feito por dois homens Sam e Dean Winchester.

      Falei com Alice e ela disse que Jack sairá em breve do hospital. Fui embora junto com Dean. Estávamos quietos até que Dean disse:

      - Você e Sam…

      - O que que tem? Somos amigos.

      - Aham, “amigos”

      - Não entendo.

      - Nada não Charlotte

      - Fala Dean!

      - Acho que você ou ele, ou os dois,se gostam.

      Fiquei morrendo de vergonha. Acho que realmente gostava do Sam, mas não sei se amo ele. Mas confesso que realmente me sentia “diferente” ao lado dele. Me sentia protegida.
      Acho que o Dean percebeu que eu estava com vergonha, soltou uma risadinha e se calou. Chegamos na casa dos meus pais. Quando entramos pela porta Sam estava a nossa espera e disse:

      - Onde vocês foram?

      - Charlotte insistiu que eu a levasse para o hospital ver Jack. - Disse Dean.

      - Ele está bem? - Sam perguntou para mim.

      - Está ótimo! Obrigada por tudo, meninos.

      - De nada Charlotte. Vamos Sam?

      - Onde vocês vão? - Perguntei desesperada, não queria que Sam fosse embora, não agora.

      - Vamos embora, já resolvemos o caso daqui.

      - Na verdade Dean… Podemos ficar até amanhã de manhã?

      Olhei para Dean quase implorando para que ele falasse que sim. Ele olhou para mim e deu uma risadinha de canto de boca e disse:

      - Ok Sammy. Mas só até amanhã de manhã. Eu vou… Vou… Vou ali.

      Como Dean é besta, ele acha mesmo que vai rolar alguma coisa entre eu e Sam? Até gostaria mas não depende só de mim. Mas fiquei agradecida por ele ter aceitado ficar até amanhã e ter nos deixado a sós. Sam disse, envergonhado:

      - Então Charlotte, hum… Como você está?

      - Estou ótima, apesar do susto.

      - Não entendo, por que Shtriga te atacou ?

      Droga! Sabia que ele ia fazer essa pergunta mais cedo ou mais tarde mas tinha que ser logo agora? Decidir falar a história:
      - Eu tinha uma filha chamada Marie, ela morreu faz 5 anos e a culpa foi minha. Eu estava dirigindo perdi o controle e bati o carro. Foi grave mas por algum milagre sai ilesa. Ia pegar a Marie mas resolvi deixar ela lá para morrer no carro.
      - Como você pode fazer isso?
      Confesso que essas palavras machucaram, mas continuei:
      - Dean disse que vocês estavam nesse caso, ele disse que estava possuida
      Ele ficou confuso. Ficou parado, acho que estava tentando lembrar do acontecido. De repente, me abraçou, sem dizer palavra alguma. Me abraçou muito forte, nunca me abraçaram tão forte apesar de ser quase impossível ele abraçar fraco com todos aqueles músculos. Não consegui me controlar, comecei a beijá-lo como se não houvesse amanhã, como se eu nunca mais fosse o vê-lo (o que na realidade vai acontecer).
      Ele me pegou no colo me levou até o quarto, me jogou na cama. Tirei a camisa dele ele tirou a minha, foi tirando a minha calça com carinho, ele se levantou e tirou a dele. Ele começou a me acariciar, a me beijar, me senti nas nuvens. Ele olhava para mim e sorria. Que sorriso lindo! Não só o sorriso era lindo, sua face, seu cabelo, seus olhos, tudo! Confesso que aquela sensação era perfeita, ele me acariciava e me amava de forma única. Tentava não pensar no amanhã, tentava não pensar que ele logo menos iria embora, queria só aproveitar cada segundo com aquele “homem misterioso”.


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