Jin - A Ascensão Do Demônio escrita por Guilherme Carneiro


Capítulo 2
Um desentendimento incomum!?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/288792/chapter/2

Jin não sabia por onde começar, e a noticia de que os psyches raptaram uma inocente por causa do demônio sobrevivente tinha vindo à tona, eles começaram a fiscalizar tudo para encontrar esse demônio. Jin tinha conhecimento disso, então tinha muita cautela com o que fazia e onde andava.

Dois dias depois de sair de casa, ele havia encontrado uma floresta e resolveu checar. No centro da floresta havia uma linda cachoeira, resolveu dar uma parada para descansar, mas no riacho havia uma garota se banhando, seus cabelos eram lisos, compridos e negros, seus olhos eram cor de violeta, sua pele era clara e fina, seu corpo era belo, seu rosto era fino e delicado.

- AAAH, seu pervertido! O que esta fazendo?  – disse a garota assustada.

-O que? Não... – disse Jin parecendo não se importar muito com a situação

- Você queria me ver nua, não é? Seu sem vergonha!

- O que?

-Você não vai sair dessa livre garoto - disse ela pegando uma toalha.

-Você entendeu errado...

- Não importa, não vou deixar um garoto que me viu nua sair sem aprender bons modos. – disse ela correndo em direção a ele para atacá-lo.

-Eu não vou brigar com você! – disse Jin desviando de todos os golpes dela – Você é rápida, onde aprendeu a lutar assim?

- Isso não é de seu interesse, agora, se concentre na batalha antes que se machuque.

- Você pode ser meio rapida, mas ainda precisa de mais cem anos de treino para poder me encostar. – disse Jin pegando seu braço.

Os dois pararam de se enfrentar e acalmaram, quando de repente um bando de mercenários da floresta assalta a cabana da garota.

- Ei, onde vocês estão indo? Devolvam. Isso é meu! – disse ela correndo atrás deles.

-Espere, não seja descuidada. Você ainda esta de toalha! – disse Jin seguindo a garota.

Os dois começaram a seguir os bandidos até seu forte:

-Menina, espere. Eles estão nos atraindo a uma armadilha – disse Jin

-Mas eles pegaram minhas coisas, não deixarei que fiquem com elas. – disse ela já alcançando os bandidos.

Os bandidos pararam, a garota foi cercada por eles, caindo em uma armadilha.

- A pegamos chefe! – disse um dos mercenários.

-Ótimo! E agora Alexia, o que faço com você? – disse Mark, o chefe da gangue. – Sabe... Não é muito seguro garotinhas como você andar de toalha por ai, as pessoas podem querer abusar de você – disse ele tentando tirar a toalha de seu corpo.

-NÃO! – gritou a garota desesperadamente.

Quando Mark ia fazê-lo, Jin apareceu entre os dois, dizendo:

- O que pensa que esta fazendo?

- Não se intrometa garoto. – disse Mark tentando acertar-lhe um soco.

- Muito lerdo... – disse Jin segurando seu punho – Você não merece seus braços, vermes como você me enojam, DESAPAREÇA! – disse ele apertando bem forte os punhos de Mark, quebrando-os.

-Ah, o que você fez? Lacaios matem-no, não mostrem piedade, ataquem! – disse Mark desesperado.

Os bandidos ficaram ressentidos em atacar Jin, pois tinham em mente que iriam se machucar. Jin apenas olhou em direção a eles e todos se arrepiaram, fugindo.

- Saia daqui agora, e nunca mais volte a incomodar aquela menina – disse Jin levantando Mark pela blusa.

Mark e seus lacaios saíram da floresta, deixando o que haviam roubado da garota.

-Ei... pervertido, obrigado por me salvar. – disse a garota envergonhada

-Pare de me chamar assim... Pegue suas coisas e volte para sua casa, eles não irão te incomodar mais. – disse Jin indo embora.

-Espere, meu nome é Alexia, e... Desculpe-me por te chamar de pervertido, eles destruíram tudo da minha cabana, não tenho lugar para ir, se importaria se eu te acompanhasse até encontrar um lugar para ficar?

-Fique a vontade, eu não me importo.

-Obrigada. Além do mais, se importaria em me dizer seu nome?

-Jin.

-Jin? É um nome incomum por aqui, de onde você veio?

-Se importaria em parar de falar?

-Ah, claro. Desculpe-me, é que... Você realmente salvou minha vida, desde que minha irmã fora capturada pelos Psyches há quatro anos, eu me sentia muito solitária, e aqueles bandidos ficavam me enchendo as paciências, ah esquece... De certa forma, obrigada por me deixar ficar com você. – disse ela com um triste sorriso em sua face.

-Espere, sua irmã foi capturada pelos Psyches há 04 anos? Lucy era sua irmã? – disse Jin surpreso.

-V-você conhecia a Lucy? Como?

- Bem...

-Ah, deixa pra outra hora. Está na cara que você não quer falar disso agora, vamos para a cidade, encontrar um abrigo.

-Certo. 

XxX

Jin e Alexia foram à cidade mais próxima para reunir informações.

            - Sabe onde estamos? – disse Alexia

            -Esse lugar... Eu me lembro, foi aqui onde Shamyra me encontrou. – sussurrou Jin

            -Disse algo, Jin?

            -Não, não é nada. Estava pensando em uma coisa. Siga-me, tem algo que quero confirmar – disse ele acelerando seus passos.

            -Onde está indo?

            -Se me lembro bem, aqui perto há uma feira de armas.

            -Armas? Por que armas?

            -Há um vendedor de armas chamado Chep, ele deve saber de alguma coisa sobre os psyches.

            -Como você sabe disso tudo? Jin, isso esta ficando meio suspeito – disse ela segurando no braço de Jin

            -Quando eu era apenas uma criança, costumava perambular por aqui antes de Shamyra me encontrar. Certo dia, ouvi rumores de que um vendedor de armas da redondeza havia enfrentado um dos guardas de Psyco. Dizem que ele conseguira derrotar esse psyche e depois conseguiu fugir, depois de muito tempo decidiu se entregar, pensando que seria a melhor coisa a se fazer. A guarda real, tendo em mente que tinham Chep em suas mãos, o torturaram até a beira de sua morte, para que ficasse entendido o que aconteceria com qualquer humano que tentasse se rebelar contra seus deuses. Depois de não ter mais forças nem para se levantar sozinho, um nobre guarda não aguentara o ver daquele jeito, então certa noite o tirou da prisão e o escoltou de volta na Terra. Esse guarda foi assassinado por traição no dia seguinte, e Chep agora vive em paz, por causa do humilde ato desse nobre e corajoso psyche.

            -Nossa... Que historia terrível, e pensar que a Lucy está nas mãos desses monstros! – disse Alexia começando a chorar.

            -Não se preocupe, eu a trarei de volta, não deixarei que eles encostem um dedo nela sequer. – disse Jin virando as costas para Alexia.

            -Jin, isso é uma...?

            -Vamos. – disse ele o afastando de Alexia

            -Será que o que eu vi foi realmente uma lagrima? Jin acabou de soltar uma lagrima? Geralmente, ele é tão frio e não demonstra ter nenhum sentimento, mas sempre que o assunto é a Lucy, ele evita falar. O que será que a Lucy é para ele? Gostaria de perguntar-lhe, mas não tenho coragem de fazer algo assim, digo, ele salvou minha vida, não gostaria de causar-lhe qualquer agonia. Coitadinho... Deve ter tido um passado difícil...

            Depois de muito andarem pela cidade, encontraram a feira de armas da qual Jin havia falado, e assim como havia previsto, lá estava Chep em uma das cabanas.

            -Você é aquele que chamam de Chep? – disse Jin atrás de suas costas.

            -Sou sim, e você jovem, quem seria?

            -Meu nome é Jin... Ando procurando informações de como chegar ao reino dos Psyches, e sei que você já passou por lá, então quero informações...

            -Um minuto garoto, você não pode chegar às pessoas já pedindo as coisas do nada, e além do mais, não lhe revelarei nada do que eu sei.

            Jin já estava sem paciência desde que chegou à cidade, já indo em direção a Chep, Alexia o parara e dissera para que deixasse com ela.

            -Chep, por favor, é muito importante que compartilhe de suas informações conosco, em troca prometo que faço qualquer coisa que você quiser, QUAL-QUER COI-SA! – disse Alexia retorcendo os lábios.

            - Não tenho interesse em você também, suas técnicas de sedução são banais, e alem do mais, eu sou casado. – disse ele a ignorando.

            Jin já havia perdido as paciências, foi em direção a Chep enforcando-o contra a parede e disse:

            -Já chega de brincadeiras! É o seguinte, eu quero informações agora, caso contrário, lhe enforcarei até que não sobre uma gota de ar no seu pulmão. – disse Jin furioso.

            -Hm... Então você é do tipo que briga? Interessante, façamos o seguinte então: uma batalha, se você ganhar eu lhe falo tudo que precisa, se eu ganhar vocês deixarão minha cabana agora, pois estão atrapalhando os negócios – disse ele tirando a mão de Jin de seu pescoço e o olhando com um olhar de quem ânsia por uma briga.

            -Que seja então... – disse Jin se posicionando.

            -Não Jin, pare com isso! Nada ajudaria você encontrar encrenca aqui. – gritou Alexia.

            -Não me importo, e além do mais, vai ser rápido! – disse Jin olhando fixamente para Chep.

            -Vamos garoto, como sou uma boa pessoa, deixarei você dar o primeiro golpe. – disse Chep cruzando os braços.

            -Não me subestime... –disse ele correndo em direção de Chep tão rápido, que mais parecia que ele simplesmente teleportava em vez de correr, e assim dando uma rasteira em alta velocidade.

            -Você é bem rápido garoto. – Disse Chep desviando da rasteira.

            -Isso não é tudo... –disse Jin se apoiando com as mãos no chão, e acertando a face de Chep com outro chute.

            -V-você me acertou? – disse Chep surpreso, pois somente três pessoas já conseguira desferir um golpe em seu rosto – Você tem talento garoto, ganhou meu respeito, mas é hora de acabar com isso.

            Chep fechou seu punho, deu um pulo para trás, recuando. Correu em direção a Jin bem rápido, mas não tão rápido quanto Jin havia feito antes. Jin já preparara para desviar do soco, quando Chep teleportou, literalmente, atrás de Jin, acertando suas costas, fazendo-o perder a locomoção de seus braços, em seguida, dando uma rasteira em Jin, e antes de cair de cair no chão, Chep pegou seu pescoço, o pressionou contra a parede, e lhe deu uma joelhada. Jin cuspiu um mar de sangue. Aconteceu tudo muito rápido, ele não conseguiu acompanhar, Alexia que estava assistindo, mal conseguiu ver o que acontecera.

            -PARE! VOCÊ JÁ GANHOU, AGORA O DEIXE EM PAZ, NÃO TE INCOMODAREMOS MAIS – disse Alexia correndo em direção a Jin e o abraçando firmemente.

            -Quer saber? O garoto tem talento, mas ele é imprudente...

            -Ele não é assim. Ele apenas estava estressado, ele é bem calmo geralmente.

            -Certo, agora me decidi, irei ajudar, mas terão que me deixar ir com vocês em sua jornada.

            -O que você disse é serio? Que bom... Isso é realmente ótimo, muito obrigado Chep – disse Alexia estando muito agradecida.

            -Faça-o parar de sangrar, que irei pegar minhas coisas em minha cabana.

            -Ok!

            Chep foi à sua cabana, mas teve uma grande surpresa ao chegar lá, sua esposa, sua amada esposa, morta. Estava com uma espada enfiada no peito pendurada na parede. No meio da arma, havia um bilhete escrito “Apenas o troco pelos velhos tempos”. Chep surtou...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se tiver gostado deixa um comentário ai >.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jin - A Ascensão Do Demônio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.