The 29th Hunger Games! escrita por Lançassolar


Capítulo 1
Parte 1 (Bianca) - A Colheita


Notas iniciais do capítulo

Capitulo de apresentação. Já faz um tempo que comecei a escrever essa Fic, já estou quase no final. Espero que gostem do capitulo e continuem a acompanhar ^^



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Robbie Waters. – Exclama a voz fina de Sarah Smith.

Robbie Waters, aquele nome ecoa na minha cabeça, o nome de um garoto pobre e sozinho, no auge de seus 17 anos. Robbie Waters, o nome do tributo masculino do Distrito 11 na 29ª edição dos Jogos Vorazes. Robbie Waters, o meu nome.

- Robbie Waters, onde esta você? – Sarah Smith convoca.

Eu não tenho escolha, esse é o preço da revolta. Os Jogos Vorazes, cujo nenhum Distrito pode ignorar ou evitar. Finalmente chegou a minha vez, mas eu custo a acreditar, que é realmente meu nome na Colheita. Robbie Waters, esse nome continua ecoando em minha cabeça, como se eu estivesse em um sonho. Obrigo-me a dar o primeiro passo. Então o segundo e logo estou sendo escoltado por um par de pacificadores, em seus impecáveis trajes brancos e me encaminho ao palco.

Sarah Smith me dá um entusiasmado aperto de mão e diz:

- Nossos tributos, Bianca Smallfield e Robbie Waters, uma salva de palmas. – Sarah trata a coisa como se fosse uma festa, em seu estrambólico traje verde limão, tenta conduzir a coisa da maneira mais divertida possível. A população do onze da uma fraca salva de palmas sem entusiasmo nenhum.

Olho para minha parceira, ou adversária. Eu não conheço Bianca Smallfield, mas não posso dizer que fiquei impressionado nem que ela seja uma forte candidata a sobreviver ao primeiro dia dos Jogos Vorazes. Ela é relativamente alta, e bem forte, mas não passa a sensação de ser inteligente. Não que eu seja grande coisa também. Observo minha irmã mais velha, essa foi à última colheita dela. Não consigo ver meu pai, nem minha mãe.

O prefeito lê o longo e chato Tratado da Traição, que é obrigatório, e eu me pergunto se alguém ali, tirando Sarah Smith e o próprio prefeito, está prestando atenção. O hino da capital é tocado e somos postos em custódia.

Introduzidos no edifício da justiça, somos colocados em salas separadas e trancados. Antigamente, éramos autorizados a receber visitas de familiares, mas, de três anos para cá, essa inofensiva condescendência foi abandonada, após a tentativa de fuga de um tributo. Mais uma punição específica ao nosso Distrito, somada a tantas outras. Nada é claro que chegue aos pés dos Jogos Vorazes.

Observo a sala. É provavelmente um dos locais mais luxuosos em que eu já estive. Um belo carpete carmesim contrasta com a parede branca. Poltronas extremamente confortáveis se espalham pelo cômodo, e vislumbro um grande espelho de cristal recostado à parede. Aproximo-me. Olho a mim mesmo e tudo que vejo é alguém. Não sei exatamente quem eu vejo. Talvez um menino, talvez um homem. A única certeza que eu tenho é que vejo alguém diante de uma morte próxima e terrível. Concentro-me em minha aparência. Apresento a pele negra, como grande parte dos cidadãos do 11, e os cabelos curtos e negros com um leve topete na ponta. Olhos castanhos claros e esse seria eu, não fosse à cicatriz que tenho entre os olhos, no nariz, devido a um corte, devido a um acidente de trabalho.

Saindo do estado de torpor que me acometeu desde que meu nome foi lido na colheita, passo a analisar minhas reais possibilidades de vencer os Jogos. Não posso dizer que fico empolgado. Tenho um bom conhecimento sobre as plantas dessa região, o que pode me ajudar na arena. Também tenho alguma experiência, ainda que ínfima com dois tipos de luta.

A primeira, é a luta corpo a corpo. Durante as folgas no trabalho era um passatempo divertido. Todo ser humano tem gosto pela violência. E era uma das poucas formas de lazer disponíveis. Claro que a prática era proibida, mas nos brincávamos assim mesmo. Não utilizávamos socos nem chutes, o objetivo era derrubar e imobilizar o oponente. Sempre fui o melhor de todos e vencia quase sempre.

No segundo tipo, utilizávamos galhos improvisando espadas. Nunca fui particularmente bom, até utilizar um galho mais longo, que mais se parece com uma lança. A partir dai passei a ganhar quase sempre, de modo que uma lança seria boa na arena. Claro que eu não posso comparar meus amigos com nenhum dos Carreiristas, nem perto disso, mas é melhor do que estar totalmente despreparado.

Somos conduzidos até a estação. Sorrio para Bianca amarra a cara, mas eu me viro para os repórteres e dou uma piscadela. Entramos no trem e seguimos para a capital.



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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Deixem um comentário ai, é de graça ^^! Não vou demorar muito para postar o capitulo seguinte.



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