Let's Go Back To The Start escrita por Doug, gihcampos, Jean Celso


Capítulo 15
Capítulo 14




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   Ao sentir os braços de Ashley envolvendo-se por todo meu pescoço, o tempo voltou ao normal. Aos berros, Ashley me abraça e grita ao mesmo tempo.

    — AHHHHHH! Eu sabia que você iria passar!

   Ainda em choque, percebo que das cento e cinquenta questões, tinha acertado cento e quarenta e cinco, e ficado na segunda colocação em engenharia civil. Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Passar na universidade mais concorrida de Manhattan? Fui pego de surpresa pela felicidade logo em seguida. Segurando a mão de Ashley, levei-a até a entrada da universidade. Tiro do bolso a caixinha, e abrindo-a, retiro de dentro a aliança. Segurando na ponta dos dedos da minha mão direita, a aliança, pego a mão de Ashley, e a levanto até a altura de meu peito. Em alto e bom som, peço.

   — Ashley Rosson, aceita namorar comigo? — Ashley, com a mão esquerda indo até sua boca, emocionada respondeu.

   — É claro que eu aceito. — Disse.

    Colocando delicadamente em seu dedo anular da mão direita a aliança, Beijei-a demoradamente. Consegui sentir em meu rosto, algumas lágrimas percorrendo suas bochechas. 

   — Que tal nossos pais ficarem sobre nós? — Perguntei.

   — O mais rápido possível, por favor. Apesar de estar mais do que declarado para minhas amigas que estamos “se pegando”, será ótimo esfregar na cara delas esse diamante. — Rindo, elevou sua mão em direção aos céus, contemplando o anel que cintilava a luz do sol.

   Pegamos um táxi até o nosso prédio. Subindo o elevador, senti meu coração bater cada vez mais rápido.

   — Será que seus pais vão aceitar? — Perguntei.

   — É claro. Eles sabem que você é um “bom moço”.

   Olhando pela janela, percebi que já tinha escurecido. Quando me sentei no sofá, percebi que estava calmo. Convenci a mim mesmo que seria apenas uma simples conversa. Robert e Melanie estavam na cozinha quando chegamos. Ashley foi chamá-los e os pediu para que sentassem.

   — Podem me dizer por que estamos aqui? — Disse Melanie olhando para Ashley.

   Fiquei em silêncio. Um nó pareceu atar dentro da minha garganta. Nada pude dizer.

   — Liam? — Disse Ashley, olhando para mim pelo canto dos olhos.

   Engoli em seco, e inspirando fundo, tentei parecer o mais calmo possível. Não era uma coisa fácil, mas também não era um bicho de sete cabeças a situação.

   — Então Senhor Rosson e Melanie, estou aqui para fazer uma petição a vocês... Gostaria de saber se ambos nos deixariam namorar. — Fui direto ao assunto. Sem pontos e vírgulas.

   — Ahh... — Robert pareceu estar em outro mundo após a pergunta.

   — Aleluia! Já não era sem tempo. Achei que demoraria mais umas semanas Senhor Liam. — Disse Melanie.

   — Como assim “já não era sem tempo”? — Retrucou Robert.

   — Não estava na cara? Não percebeu o quanto Ashley saia de casa nessas últimas semanas? — Perguntou Melanie.

   — Não. — Secamente respondeu Robert.

   — Não vamos discutir Rob. Por favor. Não na frente do Liam.

   — Ok. Bom, serei breve e não darei sermões como os outros pais. Acho que você deve conhecer bem o conceito “princesinha do papai”, certo? — Olhou profundamente dentro de meus olhos, parecendo enxergar meu semblante. — Apesar de adulta, continua sendo. Ambos são maiores de idade, e sabem das obrigações e responsabilidades. Por mim é sim. Eu deixo vocês namorarem.

   — Não vou falar nada, não tenho nada a dizer. Vocês formam um belo casal. Por mim é sim, sim e sim. — Diz Melanie entusiasmada.

   — Ótimo. Vou ligar para Mari avisar as meninas para nos encontrarem em algum lugar. — Puxando-me pelo pulso, me fez levantar e ir em direção a porta.

   — Por que tanta pressa? — Disse Melanie.

   — Mãe... Eu acho que a senhora não percebeu este anel. — Estendeu o braço na altura dos olhos de sua mãe.

   — Ash... É perfeito. — Surpresa.

   — Ai, eu sei. Eu preciso esfregar na cara das meninas. Converso com vocês mais tarde. Precisamos marcar um jantar em família. Que tal amanhã?

   — Seria ótimo para nos conhecermos melhor, não é mesmo Liam. — Disse Robert.

   — Claro. — Respondi entre dentes.

   — Até mais tarde. — Despediu Ashley de seus pais, puxando-me para fora do apartamento, não deixando sequer dar uma última saudação.

   No corredor, Ashley pegou o seu celular e ligou para Mari.

   — Mari, avisa a Nic, Lunna, Amanda e Lily — eram tantos nomes — para nos encontrar na cafeteria do hotel... Estaremos esperando vocês. Tenho uma novidade para contar... Na hora que chegar lá eu conto. Larga de ser curiosa... Tchau.

   Desligando a chamada, colocou o celular dentro de sua bolsa, e disse por fim:

    — Nos encontrarão daqui quinze minutos.

   No tempo que tínhamos sobrando, fomos até meu apartamento. Para minha infelicidade, meus pais estavam no recinto, sentados nos sofá. Ashley me obrigou a contar sobre nós.

    Rispidamente, sem que prestassem atenção em nós, disse.

   — Pai, mãe. Ashley e eu estamos namorando. — Agarrando pelas mãos de Ashley, arrastei-a até o meu quarto. — Acredite, era melhor isso do que ficar lá para esperar um sermão.

   — Se você diz... Quem sou eu pra contrariar. — Dando um sorriso fraco.

   Agora era oficial. Éramos um casal. Poderíamos andar de mãos dadas por todo o lugar. Ashley me completa como nenhuma outra completaria. Existe uma diferença entre o grande amor, e o amor certo. Os quinze minutos que restavam, aproveitamos para um reencontro de nossas bocas, que se encontravam no meio de dois corpos e prensavam-se contra uma estante de livros. Foi intenso, e pela primeira vez senti que poderíamos fazer isso sem ressentimento algum.

   Chegando à cafeteria, cumprimentamos todas as amigas de Ashley e nos sentamos.

   — Deixe-me contar uma novidade para vocês. — Disse Ashley — Olhem o que tenho em meu dedo. — Estendeu a mão, apoiou-a sobre a mesa.

   — Ash, é lindo. — Disse Nic — É um diamante?

   — Sim é lindo Nic. — Continuando disse — E sim, é um diamante. Adivinhem aonde ele me pediu em namoro. — Comecei a sentir minhas bochechas queimarem. Provavelmente estava ficando corado.

   — No Central Park? — Perguntou Lunna.

   — Não.

   — No seu quarto? — Perguntou Amanda.

   — Não.

   — No terraço do prédio? — Perguntou Mari.

   — Ai, chega. Vocês nunca irão acertar. Fui acompanhá-lo até a universidade pra ver o resultado da prova que ele havia feito a uma semana atrás. Quando vimos que ele tinha passado, me agarrou pelo braço e me levou até a entrada da universidade. Tirou uma caixinha super fofa de veludo em formato de coração, onde tinha essa belíssima jóia.

   — Awn, que história linda. — Disse Mari, apertando-me nas bochechas.

   — Mari, por favor, tire as suas mãos do meu homem. — Riu Ashley batendo na mão de Mari.

   — Estou com inveja apenas. — Disse Nic.

   — Então fique. — Retrucou Ashley.

   Tivemos uma conversa agradável. Em vários momentos, Ashley contava à suas amigas, nossas aventuras juntos. Ficamos conversando por mais de duas horas, e ao final de tudo, Nic nos convidou para ir até a sua casa.

   — Temos que comemorar esse momento. Não podemos deixar passar em branco. — Disse Nic.

   — Até que enfim Ash desencalhou. — Disse Mari gozando da cara de Ashley.

   — Shiiu Mari. — Disse Ashley colocando o indicador em seus lábios.

   Iríamos até a casa da Nic, a pé. Era em frente ao prédio onde morávamos. Chegando ao meio-fio, ao olhar para o outro lado da rua, percebi alguém conhecido. O rosto era familiar, apesar de mais envelhecido. Estava na esquina, encostado na parede de braços cruzados. Parecia estar esperando alguém. Um flashback me veio em mente. Eu conhecia aquele homem. Não, — em pânico — não poderia ser... Bryan Miller? 


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