Let's Go Back To The Start escrita por Doug, gihcampos, Jean Celso


Capítulo 12
Capítulo 11




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Como sempre, a semana passou rápida. Ashley passou a semana inteira no meu apartamento. De vez em quando, íamos para o seu. Quando nossos pais estavam em casa, aparentávamos ser apenas amigos. Mas quando eles deixavam o apartamento, as máscaras de amigos caiam. Quando percebemos já era sábado novamente. O baile da Universidade Columbia era hoje. O grande dia. Causar uma boa impressão seria bom num dia como esse. Especialmente quando não se tem apenas alunos, professores e reitores. Estará lá a mais alta sociedade de Manhattan.

Ashley se ofereceu em me arrumar. Disse que eu deveria parecer “gente”. Logo de vista, neguei, não haveria necessidade. Insistindo, não tive outra escolha, a não ser aceitar. Disse que após se arrumar, viria até o meu apartamento. Perguntando sobre o que vestiria, ela me garantiu que seria uma surpresa, e que já tinha comprado o seu vestido com as amigas no meio da semana.

Peguei um taxi e fui até a loja Giorgio Armani, na quinta avenida, comprar um smoking para a ocasião. Para isso pedi ao meu pai, seu cartão de crédito — o meu havia sido retirado de mim a dois anos atrás. Eu estourava o limite sempre, era um consumidor obsessivo. Comprava até o que não precisava. Olhei-me no espelho surpreso. Não sou narcisista, mas confesso que fiquei até mais atraente de smoking ao invés de terno. O corte perfeito permitiu um visual elegante. Após o almoço num restaurante que havia ali perto, fui para casa, cansado.

Ao chegar em casa, fui até meu quarto. Deitado na cama, pego um livro no criado mudo e comecei a lê-lo. Ali, mergulhado em pensamentos sobre o livro, fico horas lendo. Já não era um ato tão comum ler todos os dias, quando eu poderia me divertir com Ash, mas hoje, a história do livro, era interessante. Prendeu-me. Ao olhar para o rodapé da pagina, tinha percebido que havia lido mais de duzentas páginas. Não havia sentido fome durante toda à tarde, — apesar de ter comido algo leve e bem pouco no almoço. Ao olhar pela janela, vi que a noite se aproximava. Já passava das seis da tarde e eu não havia nem sequer tomado banho. Ashley ficaria uma fera comigo.

Após o banho, de cueca esperei-a chegar. Na sala, liguei a TV e me sentei no sofá, acompanhando um noticiário local, quando batidas soaram na porta. Dessa vez para evitar um constrangimento, olhei primeiro no olho mágico. Ashley.

— De cuecas ainda mocinho? — Disse ela, apoiando uma de suas mãos no meu peito me empurrando até o quarto.

— Não fui quem me ofereci para me arrumar, foi? — Provoquei andando de costas, enquanto me empurra até chegar ao quarto.

— Vamos, coloque tudo e me chame quando for colocar a gravata borboleta. — Disse Ashley fechando a porta.

— Porque disse que iria me arrumar então!? — Exclamei.

— Não perderia a oportunidade de te ver descamisado lindo. — Disse atrás da porta.

Rindo, não respondi. Em cinco minutos, havia vestido tudo, faltava apenas o colete. Chamei Ashley.

— Pode entrar!

— O cachorro virou gato? — Disse rindo ao entrar no quarto.

— Vou ignorar a sua pergunta, porque no momento não tenho resposta para ela. — Pegando a gravata que estava na cama, entreguei-a para Ashley — Aqui. Eu não tenho a mínima idéia de que jeito se dá um nó de gravata borboleta.

— Deixe comigo. Meu pai me ensinou e desde então, é sempre eu que arrumo a dele. — Pegando a gravata da minha mão, passou todo o comprimento da gravata pelo meu pescoço, dando um nó perfeito naquele tecido brilhante que antes parecia apenas uma fita simples. — Prontinho.

— Eu não mereço um beijinho por me comportar?

— Vamos ter muito tempo para isso na festa. — dando-me um beliscão na bochecha continuou — Claro, só se você se comportar.

— Aaaah... — disse por fim, como uma criança mimada de cinco anos.

— Vamos, já estamos atrasados. A nossa limousine já está a nossa espera.

Chegando à festa, encontramos Mari, Nicolle, Lunna, Amanda e Lily com seus respectivos acompanhantes. Agora tinha percebido o quanto atrasado estávamos. Fomos os últimos do grupo a chegar.

— Ashley, você está linda. — Elogiou Lunna.

— Você está linda também amiga. — Respondeu Ashley olhando de cima embaixo em Lunna — Esse é um Yves Saint Laurent?

— É. E o seu é um... — pensou Lunna — Calvin Klein. Estou certa?

— Sim. — Olhando ao redor, Ashley parecia inquieta — Estou morrendo de sede. Não gente, não é de água se forem me perguntar. Onde está a Champagne?

— Não é muito cedo para começar a beber? — Perguntei.

— Docinho, no Upper East Side, nunca é cedo para nada. — Disse Nicolle.

Quando já passava das onze da noite, todos já haviam bebido o bastante para ficarem zonzos. O clima entre Ashley e eu, estava perto de um incêndio. Ao invés da clássica sala de aula, dei a idéia de irmos até a sala do reitor.

— Não Liam! Você está louco? E se alguém nos pegar? — Arregalou os olhos e sorriu eufórica.

— Ninguém vai nos pegar. E um pouco de adrenalina em nossas veias cairia muito bem. O escondido e perigoso é bem mais gostoso.

Subimos alguns andares, até chegar à sala com uma placa acima de sua porta: Reitor. Ao passar pela porta, coloquei a cabeça para fora para ver se ninguém havia nos seguido. Ashley já me esperava na mesa do reitor, retirando seu vestido, ficando apenas de lingerie vermelha. Retirei o meu casaco preto e o colete violentamente com pressa. Seu jeito sensual de olhar me possuía. Deitando sobre a mesa, me debrucei sobre ela. Percorri com minha boca por todo o seu corpo. Ashley desabotoou a minha camisa branca, logo em seguida, desfez o nó da gravata, e jogou-as no chão. Eu sentia o seu corpo se arrepiar com os toques de meus dedos por determinadas partes de seu corpo. O seu corpo necessitava daquilo. Gemendo, Ashley se entregava de tal forma, que com suas unhas, passou por toda a extensão das minhas costas deixando um “X” feito por arranhões. Em gritos entrecortados para não chamar a atenção de quem passava pelo corredor, o prazer para ambos era evidente. Depois de três orgasmos, chegamos ao nosso ápice. No rosto de Ashley, percebi que estava satisfeita e o torpor tomava conta de nossos corpos. Colocamos nossas roupas o suficiente para não sairmos pelados pelo corredor e fomos até o banheiro.

Meu cabelo estava desgrenhado e meu rosto escorria suor. Abrindo a torneira, joguei água no rosto, deixando-a lívida. Aproveitando a água que ainda escorria por minhas mãos, arrumei meus cabelos com os dedos. Arrumando a calça e apertando o cinto, fui até o corredor. Ainda pendendo sobre a camisa a gravata, agora era apenas uma fita novamente. Após Ashley sair, percebi que conseguiu dar uma disfarçada no seu visual, após toda a nossa “brincadeira”.

— Consegui fazer um milagre no meu cabelo e na maquiagem. Não foi nada fácil. Ela ficou borrada depois de tanto suor.

— Não está tão mal.

— O que acha que vão pensar quando nos virem assim?

— Podemos usar a desculpa que caímos da escada juntos.

— Liam, por favor, ninguém cairia nessa desculpa.

— Tem algo melhor?

— Não. — respondeu.

Ao chegarmos até onde estava acontecendo à festa, nos deparamos com o resto do pessoal. Ambos desconfiados do que estávamos fazendo.

— Onde estavam? — Perguntaram Lunna e Amanda num coro.

— Acompanhei Ashley até o banheiro. — Respondi.

— Meninas vocês não tem idéia, um idiota derramou um pouco de Champagne no meu rosto. Borrou toda minha maquiagem quando fui tentar passar um paninho. Então tive que subir até o banheiro e tentar arrumar o estrago. Enfim aqui estamos. — Ashley havia improvisado uma desculpa um tanto convincente.

— Como explica o seu cabelo desgrenhado? — Perguntou Nicolle.

Sem graça e sem nenhuma desculpa em mente, Ashley contornou a situação e mudando de assunto disse:

— Chega de perguntas. Porque não aproveitamos a festa?

A noite estava ótima. Foi bom fazer novos amigos antes mesmo de entrar para universidade. Ao fim da festa, estávamos tão cansados e bêbados, que mal conseguíamos andar. Tropeçamos tanto na calçada até a limousine, que deve ter gasto toda a frente do meu sapato. Eu mal consegui enxergar onde estava indo. Minha visão ficou embaçada. Era como se as frames por segundo do meu olho, diminuíssem consideravelmente.

Ao chegar até nosso prédio, subimos o elevador se beijando. Dezessete andares era tempo o suficiente para uma conclusão do que começamos na universidade. Na porta do apartamento de Ashley, nos beijamos mais um vez. Dessa vez mais demoradamente. No meio do corredor, bêbados, quase caímos no ato. A situação de Ashley era bem pior que a minha. Algo surgiu dentro de minha mente. Ardeu em meu peito. Eram as palavras que eu jamais imaginei que diria a alguém, mas teria que esperar até amanha para dizer. Ashley nas condições que estava não entenderia, e não lembraria no dia seguinte. Por fim, quando estava fechando a porta e eu me encaminhava até meu apartamento, correu cambaleando e me mordeu no ombro.

— Ai! — Exclamei. Quando me virei para fazer o mesmo, já estava dentro do apartamento. — Da próxima vez eu te pego!

— Shiiiu!

Mal conseguindo ficar em pé, entrei em meu apartamento. Graças a Deus, meus pais não estavam. Não seria uma boa idéia eu chegar bêbado em casa. Arrancando as roupas de meu corpo enquanto seguia até o quarto, fui em direção ao banheiro. Suado, e fétido, deixei cair sobre meu corpo, a água gelada. A sensação era boa, e me ajudava a recuperar um pouco dos reflexos. Escorado na parede, deixei-me escorregar até o chão. Colocando as duas mãos no rosto refleti a situação na qual nos encontrávamos. Em meus pensamentos, a única coisa que eu queria dizer para Ashley, e ensaiando debaixo do chuveiro disse baixinho o que eu tinha certeza:

— Ash... Eu te amo.


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