“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.”

Mahatma Gandhi

POV Miih – Narradora

Dois anos haviam se passado desde o dia em que os vampiros de Falls haviam entrado na vida de Charlie, tudo havia mudado naquele simples dia em que ela chegara com as piores intenções do mundo, ela nunca imaginou que se perderia nos olhos azuis do vampiro que tinha que assassinar, ou que a vampira mais Barbie de todos os tempos era sua irmã gêmea, ou que sua recompensa viraria sua melhor amiga.

Eles haviam se tornado uma grande bagunça que também poderia ser chamada de família, até mesmo os vampiros mais sangue frio como Klaus e Katherine viviam em paz entre todos eles.

Klaus e Tatia se casaram, depois de tudo que passaram juntos o amor ainda ardia dentro deles, Esther não conseguiu desmanchar o laço mais forte que existe na vida, eles eram lindos juntos.

Charlie tinha duas famílias, Elijah e Katherine eram seus pais e ela os chamava e os amava como tal, mas, Klaus e Tatia também amavam e por isso ela também os chamava de pais.

Caroline e Tyler eram aqueles casais de casinha de brinquedo, Taylor era a junção perfeita deles e tinha o jeito espalhafatoso da mãe e o jeito tímido e bravo do pai, agora a garotinha tinha a aparecia de uma garota de 15 anos.

Stefan e Elena eram os casais que todos queriam ser, aquele modelo de novela ou de comédia romântica, tinham as gêmeas Alicia e Eduarda que agora com aparecia de 15 anos, haviam ficado diferentes e era fácil diferencia-las elas.

Alguns casais improváveis também foram se juntando e alguns até duvidaram do seu amor pelo seu parceiro, Bonnie repentinamente se apaixonara por Matt, eles casaram, mas, como ela tinha aquele coplexo de vida normal eles não viviam com os outros.

Lucian e Lexi, além dos nomes rimarem eles viviam em constante felicidade era até lindo de olhar o brilho no olhar de ambos, tiveram seu garotinho, hoje tinha a mesma aparência das garotas, ele se chamava Filipe era tão determinado como a mãe e tão sedutor como o pai.

Havia o mais novinho de todos eles, o casal fofinho e que sempre era motivo de alguém fazer uma piadinha sem graça, Jeremy e Kayla, sempre eram motivo dos risos do Damon, mas, eram lindos juntos aproveitavam cada momento como se fosse o último.

Katherine e Elijah o casal do ano era assim que eram chamados sempre elegantes e pensavam em total e completo conjunto de harmonia, tinham filhas lindas e criadas e se orgulhavam disso.

E tinha aquele casal mais problemático, que sempre estavam se provocando com briguinhas idiotas e sem sentido, aquele casal que viajava e ficava dias sem dar noticias matando os outros de preocupação, eles já haviam sido testados por tudo, pela perda, pela dor, pela dúvida, pelas suas crenças, Damon e Charlie eram um misto de perfeição.

Charlie realmente nunca tivera filhos, embora fosse da vontade e ambas as partes, não era um desejo que eles conseguiram alcançar, mas, eram tios de crianças tão extraordinárias que chegava a suprir por um momento a falta que sentiam de um filho.

Eles se mudaram para Phonix, não moravam juntos cada um tinha sua respectiva casa, hoje era dia de ação de graças e todos estavam nas ruas interagindo com os vizinhos e fingindo-se de humanos, eles não se escondiam mais em cidades pequenas e casas afastadas queriam viver como sempre sonharam.

Charlie andava de mãos dadas com o Damon, logo mais eles se reuniriam em sua casa para comemorar o dia que eles mais tinham para agradecer, Charlie comia uma maça do amor retorceu o rosto e levou sua mão a barriga.

-O que foi pequena? – perguntou Damon.

-Nada, nada – riu ela – Isso não está bom, melhor jogar fora.

-Você adora maça do amor – disse ele.

-Está me deixando enjoada – disse ela sentindo-se fraca.

-Quer ir para casa?

-Não todo mundo está aqui – disse ela.

-E nós vamos estar lá dentro – sorriu.

-Vamos andar mais um pouco, quero uma pipoca com leite moça.

-Pipoca doce?

-Não, salgada – disse ela.

-Credo, mas, se você quer né – sorriu.

Eles foram até um carrinho de pipoca e pediu a pipoca doce ou salgada, Charlie comeu e logo passou mal, Damon sorriu imaginava o que aqueles sintomas queriam realmente dizer.

-Damon, me leva pra casa? – pediu ela enjoada.

-Claro, princesa – disse ele.

-Droga – reclamou – Credo, aquele sono novamente.

Damon pegou Charlie em seus braços e a levou para casa, uma de suas vizinhas que se dava muito bem com o casal, parou eles e perguntou.

-Está bem, Charlie?

Mas, a Charlie já havia dormido.

-Está e não está – riu Damon – É só cansaço, diz a Caroline que nós fomos?

-Claro, claro podem ir – disse a senhora gentilmente.

Damon continuou o pequeno percurso até sua casa, entrou nela e colocou Charlie deitada na cama, deitou-se ao lado dela e a mesma mesmo que dormindo o agarrou ficando colada nele.

[…]

Até o próprio Damon havia caído no sono, acordou quando Tatia e Klaus apareceram e bateram na porta do quarto, entraram sem cerimônia e nitidamente preocupados com a garota.

-Desculpe de acordar querido – disse Tatia.

-Que isso, não foi nada – disse Damon coçando os olhos.

-Pai? – murmurou Charlie acordando.

-Hey, princesa – disse Klaus.

-Quem está com esse cheiro de amora? – perguntou ela.

-Ninguém – disse Damon.

-Céus – disse ela pulando da cama e correndo para o banheiro.

-Damon, posso falar a sós com a Charlie?

-Claro – então Damon e Klaus saíram do quarto.

-Ah, que dor no corpo infernal – disse Charlie se jogando na cama – Onde o Damon e meu pai foram?

-Querida preciso falar com você

-São más noticias?

-Não querida são ótimas noticias – riu ela.

-Conte-me – disse Charlie com o antebraço em sua testa – Tatia… Não me diga que eu estou grávida.

-Sim está – sorriu Tatia.

-Oh, meu Deus – festejou Charlie – Eu não consigo acreditar, eu tenho que contar para o Damon e…

-Calma querida, há um, porém você sabe o quanto é sensível perante uma gravidez, você tem que repousar Charlie nada de loucuras sua filha vai agradecer.

-Eu não vou sair de casa prometo me cuidar.

-É uma linda garota

-Uma filha – chorou Charlie.

[…]

Nos cinco dias seguintes sua barriga começara a crescer porque era mãe de um híbrido ,a essa altura todos já sabiam, estavam na sala conversando e ela sentada com os pés no Damon.

-O que você acha de Kate? – perguntou ela pensando que nome daria a filha – Abigail? Quinn? Sarah?

-Com você falando todos os nomes rapidamente não vou conseguir decidir né meu amor – riu Damon.

-Eu gosto de Quinn – disse Caroline.

-É lindo tia – disse Alicia.

-Quinn Salvatore Mikaelson – disse Damon repetindo o nome para ver que som ele tinha – É um ótimo nome.

Oito Longos Meses Depois

Os meses se arrastaram, Damon e Charlie já haviam montado um quarto todo rosa para a pequena Quinn chegar, eles estavam mais que preparados, Charlie quase não saia de casa ou do sofá, estava sempre descansando.  

Mas, finalmente ela havia nascido fora na parte da manhã e graças a Tatia tinha sido um nascimento tranquilo e sem preocupações, Quinn vestia uma roupinha rosa, nascera grande como as outras.

Estava no colo da Charlie que ainda não conseguia acreditar que aquela gracinha em seu colo era sua filha, Damon estava todo abobado com a pequena miniatura que tinha os seus olhos, mas, os cabelos e o rosto delicado da Charlie.

Depois de anos Charlie finalmente começava a acreditar na felicidade, sua filha era a prova de que milagres podiam e aconteciam mesmo com aqueles que como ela, não pareciam merecer nada além de dor.

-Você é tão linda – sussurrou ela para a garotinha em seu colo que mexia as mãozinhas e tentava tocar seu rosto.

-Minhas meninas – murmurou Damon no ouvido de Charlie dando-lhe um beijo estralado.

A vida às vezes pode surpreender aquela família de apenas três membros nunca iriam conseguir imaginar os anos à frente e como eles seriam graciosos e prazerosos.

A Quinn ainda não sábia, mas, tinha nascido na família certa, era não precisaria nascer na mentira como Charlie, nem se arrepender como o Damon, ela não caçaria e não passaria pelo que eles passaram para chegar até aqui.

O aniversário da Charlie e da Caroline era no fim de semana, mas, ambas já tinham os presentes que sempre desejaram desde pequena o amor.

As meninas sonham com seus príncipes, brincam de boneca desde muito jovem criando subliminarmente um instinto materno, mas, essas duas nunca sonharam com nada disso, elas passavam os dias torcendo para o sol aparecer, apenas queriam estar vivias.

Para vampiros o fim de um século, era só o começo de uma outra geração, quando esses que tanto se aventuraram no passado sossegassem seus filhos tomariam suas posições.

Os sonhos nascem em lugares onde não há esperança, por isso cultive os onde você menos imagina do egoísta Damon surgiu um pai amoroso, da fria Charlie surgiu uma mãe carinhosa, da sofrida Elena veio a mãe forte e decidia, do estripador o pai coruja nasce, da frágil Caroline nasce a super filha e super mãe, do hibrido hipnotizado Tyler surge o grande amigo.

Até mesmo dos vilões algo de bom nasceu, os originais viraram amigos, avós, tios ou pais daquelas crianças maravilhosas.

Lembre-se nunca desista nunca se entregue, persista se você ama insita, às vezes a felicidade está debaixo de seus olhos, por egoísmo quase que a Charlie perdeu tudo, mas, o amor, ah o amor… sempre mudando os finais que certamente seriam trágicos, o que começa com lágrimas termina com sorrisos.