“A maior felicidade é a certeza de sermos amados apesar de ser como somos”

Victor Hugo

POV Damon – Seis Meses Depois

Haviam se passado seis meses desde que Lexi havia iniciado aquele tratamento de choque, as dores e os gritos me deixavam cada vez mais triste, houve uma vez em que ela deu choques de descargas elétricas nela só de ela pensar em sangue.

Hoje ela estava como o Stefan, tinha suas recaídas, mas, nunca mais voltara a ser aquela matadora, estava mais calma, embora continuasse com as piadas acidas.

Elena estava linda grávida, estava nos últimos dias de gestação do casal que ela esperava todos já imaginavam uma garota como ela e um garoto como o pai.

Caroline descobrira a um mês que estava grávida de uma menina, Charlie estava feliz por ser tia, mas, embora ela jamais fosse admitir em voz alta, sentia ciúmes da Elena e da irmã.

Charlie estava sentada em um balanço no jardim, olhava para o chão com a cabeça baixa, faziam seis meses que eu e ela apenas tínhamos conversas sem sentimento, sem beijos, sem amor, ela apenas ria de algumas coisas que eu dizia.

Lexi disse que agora ela estava na fase quando desligou os sentimentos, estava revivendo cada momento em sua cabeça, evitávamos de falar sobre filhos ou bebes, e até mesmo sobre Esther, só que com duas grávidas na casa era difícil não falar.

-Querida está frio entre venha se sentar com a gente – pediu Katherine chamando a filha.

Charlie não se moveu, insistimos para que Katherine a deixasse lá, mas, ela era persistente e foi até onde a filha estava e se sentou do lado dela na balança.

-Você já se desligou? – perguntou Charlie tranquila.

-Quando eu dei vocês – disse Katherine fazendo Charlie se surpreender.

-Mesmo?

-Mesmo, nem mesmo Elijah conseguia me colocar nos trilhos, eu passei 18 anos presa sem sentir absolutamente nada, por isso quando vim para Falls há um ano queria matar todo mundo, na minha cabeça eles tinham culpa de eu ter dado minhas filhas – sorriu – Eu sempre soube que Klaus cuidaria bem de você ou que a Liz cuidaria bem da Caroline, mas, eu não conseguia colocar na minha cabeça o motivo de tudo aquilo, a segurança de vocês deveria estar acima da minha vontade.

-E como se o mundo inteiro estivesse feliz e eu não.

-Querida me responda algo com sinceridade pode ser?

-Pode – sorriu Charlie com seu velho sorriso frio.

-O Damon te faz feliz? – perguntou, mesmo não sabendo que eu escutava tudo da sala no andar de cima onde estava.

-Ele faz eu me sentir como se estivéssemos presos em um livro, todos os dias é como no dia que nos conhecemos, ele vê além de mim, coisas que nem eu mesmo consigo ver – disse.

-Uma pessoa que faz a gente ficar assim, aparece apenas uma vez por mais que a nós sejamos imortais o amor aparece só uma única vez, por mais que isso doa me dizer – riu Katherine – Se você ama mesmo o Damon, e melhor acordar, porque ele se transformou em alguém que eu nunca imaginaria, e se você não decidir isso logo eu mesmo vou dar o conselho de ele seguir com a sua vida, porque ele não merece amar uma foto para sempre.

-Ah, eu sou tão estúpida – gemeu ela.

-Claro que é criança – riu ela, fazendo Charlie rir também – Vou contar um segredo.

-Eu tenho uma tia alienígena desconhecida? – perguntou irônica.

-Vou fingir que não ouvi Charlotte, você pode delisgar tudo e ficar com uma pedra de gelo, mas, acredite sempre haverá aquele alguém responsável por derrete ló.

-Acha que ele ainda me ama? Quer dizer, depois de tudo que eu fiz?

-Tanto acho que eu sei que ele está ouvindo nossa conversa naquele quarto ali no escuro – disse Katherine rindo e eu não pude deixar de rir, mas, continuei em silêncio.

-Obrigado mãe – disse ela subitamente abraçando a Katherine, que tinha lágrimas nos olhos e embora Charlie não chorasse, sabia que ao mínimo ela sentia alguma coisa.

-De nada filha – sorriu.

Uma movimentação começou na casa, Stefan ria assim como Caroline, Bonnie e os outros.

-O que aconteceu? – perguntei descendo as escadas, enquanto mãe e filha entravam.

-Os gêmeos – disse Jeremy sorrindo.

-O que têm eles? Elena está bem? – perguntou Charlie.

-Os gêmeos nasceram – disse Stefan da escada sorrindo – Os tios gostariam de ver?

Eu e Charlie nos olhamos sem jeito, enquanto os outros subiam e nos deixavam ali sozinhos.

-Quer ir ver eles? – perguntei.

-Ah, acho que somos os tios – disse ela rindo.

-Porque se você não quiser…

-Vamos Damon, eu me dou bem com crianças lembra?

-Como esquecer?

-Vamos – ela pegou em minha mão fazendo eu me surpreender, mas, apertei a mão forte novamente.

Charlie me arrastou escada acima e nós entramos no quarto onde Elena estava deitada e Stefan ao seu lado, eram duas meninas lindas, elas eram a mistura perfeita do Stefan e da Elena.

-Como se chamam? – perguntou Katherine lembrando-se como desejava que as suas filhas fossem gêmeas idênticas, mas, não eram.

-Alicia & Eduarda – sorriu Elena.

-Salvatore – completou Stefan.

Nós ficamos mais um tempo ali, até que Elena decidiu dormir e Stefan ficou com as filhas.

[…]

O dia estava no fim, estávamos todos reunidos na sala, Elena segurava Alicia em seus braços enquanto Eduarda, já apelidada de Duda pela Caroline que a tinha em seus braços.

-O que foi? – perguntei para Charlie que estava deitada em meu ombro.

-Nada – suspirou ela.

Às vezes cansa ficar esperando a Charlie dar um sinal verdadeiro que gostava de mim, suspirei e me levantei, mas, minha mão ainda estava presa na dela, então ela me puxou de volta para o sofá e beijou minha bochecha.

- Fica – pediu ela tão baixo que só eu podia ouvir

-Me dá mais um beijo – disse no mesmo tom, mas, com receio de que ela decidisse quebrar os meus dentes.

Para minha surpresa ela beijou minha bochecha novamente e sorriu.

-Errou minha boca – disse baixo só para ela ouvir.

Charlie colocou sua mão gelada e meu rosto, beijou-me docemente de uma forma que só ela conseguia, mal imaginava ela como eu seria falta dos seus beijos e abraços.

-Finalmente – gritou Caroline rindo.

-Ah, fale a verdade eu sou ótima – riu Lexi

-Quietas Barbies – riu Charlie.

[…]

Havia dado um jeito de tirar Charlie da sala, estávamos em meu quarto, tinha encostado Charlie contra a parede, beijava seu pescoço enquanto ela soltava pequenos gemidos de aprovação, ela estava com aquele olhar malicioso que eu tanto gostava.

-Como eu estava com saudades de você – disse em seu ouvido, aproveitando para morder o nódulo da sua orelha.

-Agradeça a Lexi – disse ela sexy – Só mais tarde.

Peguei Charlie no colo e ela entrelaçou suas pernas em minha cintura, minhas mãos estavam em sua cintura, em um único movimento arrancou minha blusa e eu a joguei na cama tirando sua roupa por inteiro.

Trilhava beijos sobre sua barriga e Charlie apenas se contorcia em minhas mãos, sentia saudade de afagar suas curvas e brincar com minhas mãos pelo seu corpo magro.

Nossos corpos estavam grudados um ao outro, movimentando-se em plena harmonia e sincronia, prendi as mãos da Charlie em cima da sua cabeça, impossibilitando que ela saísse do meu controle.

-Damon… - gemeu Charlie revirando os olhos – Eu…

-Eu o que? – perguntei malicioso.

-Eu preciso de mais – gemeu.

Beijava sua boca a cada minuto, sentíamos juntos um prazer fora do normal, eu tinha certeza de que pela altura que a Charlie gemia era possível se ouvir no andar de baixo.

Estávamos ligados de forma sobrenatural, algo maior do que contato físico acontecia entre nós.

[…]

O sol iluminava o rosto da Charlie e ela dormia com um sorriso nos lábios, estava com as feições serenas e extraordinárias, só conseguia pensar em como eu amava aquele projeto de vampira em recuperação, passei a mão em seu rosto e ela abriu seus grandes olhos castanhos.

-Bom dia – sussurrou ela se agarrando ao meu ombro.

-Bom dia pequena – disse sorrindo.

-Ah, Damon – disse ela escondendo o rosto em meu peito – Eu nem sei por onde começar a te pedir desculpas.

-Charlie, todos temos um motivo para mudar, não a culpo e não a culpei em nenhum momento, eu só fico feliz que você esteja de volta.

-Mesmo assim, me desculpa você é e sempre será o único que sempre vai estar ao meu lado, só você me conhece – disse me beijando graciosamente.

-Vou pensar – disse a fazendo desfazer seu sorriso.

[…]

Todos estavam na sala, inclusive a Charlie que fazia a Alicia rir, ou a Duda, sei lá elas eram tão iguais, todos sabiam o que eu estava prestes a fazer e por isso sorriram a me ver descendo.

-Charlie eu pensei bem e eu só desculpo se você dizer sim – sorri.

-Sim? – perguntou confusa.

-Promete dizer sim?

-Sim – sorriu ela.

-Charlie, você me ama?

-Sim

-Muito?

-Sim

-Acha que eu ficaria bonito em um smoking?

-Sim

-Acha que você ficaria bonita de noiva?

-Sim

-Charlotte Mikaelson, você aceita ser a minha Senhora Salvatore, para o resto da eternidade, você me daria à honra de se casar comigo?

Ela ficou paralisada com a boca aberta e pela primeira vez em meses Charlie chorou, estávamos um de frente para o outro já que ela veio até mim.

-Bem eu esperava que você diria sim agora – sorri.

-Sim – disse ela sorrindo e jogando seus braços em volta do meu pescoço.

Peguei seu rosto em minhas mãos e a beijei como nunca antes, ela me puxava para cima e sorria de forma maliciosa.

-Aonde vamos?

-Comemorar - sorriu.

-Não seria com champanhe?

-Não do meu jeito – disse ela sorrindo.

-Aonde vocês vão? – perguntou Katherine.

-Comemorar – eu e ela dissemos juntos e rimos.

-Comemorem baixo, por favor – disse Klaus mau humorado.

-Se for possível atenderei ao seu pedido – riu ela.

Nós fomos para cima e Charlie podia ser bem surpreendente quando queríamos, nós dois apenas ficamos abraçados e deitados, passava as mãos em seu cabelo e ela sorria.

-Pode ser algo simples Damon? Nada de festar enormes e chamativas, com mágicos super heróis, palhaços – riu ela.

-Ah claro, meu amor, só acho difícil você convencer a Barbie a isso.

-Com a minha irmã eu convenço, nem que seja preciso usar hipnose do meu pai – riu.

-Eu te amo Charlotte nunca se esqueça disso.

-Nunca vou esquecer, quando você me prova isso todos os dias.