O Pesadelo De Cartman escrita por Wah


Capítulo 1
Capítulo Único - O medo de Cartman


Notas iniciais do capítulo

Vai aí uma one-shot kyman pra vocês *-*



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–HAHAHAHAHAHAH!... -Cartman lacrimejava de tanto rir. Estava vermelho, era notável que havia ouvido algo que, mesmo que fosse muito engraçado para si, provavelmente não era tão engraçado para seus amigos. Especialmente Kyle.


–Isso não é engrçado seu Bundão! - Kyle gritava furiosamente. Como aquele gordo poderia rir de seus medos daquela forma? Ele não iria deixar isso do jeito que estava.


–Você é muito medroso Kyle! Como é possível alguém ter medo de crucifíxos? - Cartman dizia como se aquilo fosse a coisa mais idiota do mundo.


–Não tenho medo de crucifíxos Cartman!


–Tem sim! Você mesmo disse que teve um pesadelo horrível com a cruz de Jesus com olhos enormes e vermelhos te perseguindo com um machado! HAHAHAHAHAHAH.... Ouviram isso galera? Cruzes enormes...Perseguindo o Kyle com um machado! HAHAHAHAHAHAHAHAH...- Cartman parou de rir, se acalmou e voltou a falar normalmente. - E Stan também me disse que você passou a noite acordado tremendo e suando frio. Você é um gayzinho Kahl!


–Stan! Seu traidor! Por que falou isso para o idiota do Cartman? - Kyle não acreditava naquilo, seu melhor amigo havia lhe traído. Por que ele havia feito uma coisa dessas com ele?


–Foi mal cara. Ele estava zombando de mim e da Wendy e-Stan foi interrompido por Kyle.


–E então você resolveu dar outra coisa para ele zombar?


–F-foi mal...Cara. - Stan usava a expressão mais triste que conseguia, ele estava adorando aquilo, era difícil fingir o contrário.


–O judeuzinho medroso e viado vai dormir com a mamãe nariguda essa noite. - Cartman notou que Stan e Kyle pararam de falar e continou a gozação. - Do que você tem mais medo Kyle: Da cruz ou do Machado que ela carrega?


–Vá se foder Cartman! Temos quinze anos e estamos no Ensino Médio. Você já deveria saber que as pessoas possuem medos. Tenho certeza que você também possui! - Kyle encarava Cartman com um olhar desafiador, tinha certeza que o garoto de "ossos grandes" iria fazer a melhor expressão facial possível para escapar daquilo, mas ele não o fez. Alguma coisa que deveria ser muito assustadora fez Cartman mostrar um rosto sério, que fez o mesmo abaixar a cabeça observando o chão, cerrando os punhos de maneira muito esquisita.


...- Quando Cartman ouviu aquela pergunta, iria responder um "não tenho medo de nada", mas não conseguiu. Imagens que estavam escondidas a pouco tempo em seu interior, despertaram. Lhe monstrando o pesadelo que tivera na noite passada.


– Ei... - Kyle chamou Cartman e esperou um tempo para ser atendido pelo moreno.


–Não...- Cartman desfez o rosto sério e voltou-se a encarar Kyle com uma expressão falsa. - Não tenho medo de nada! Você é o único viadinho medroso daqui.


–Você está mentindo! Eu vi a cara que você fez! -Kyle havia visto aquilo tão bem quanto Stan e Kenny, que se mantivera calado até agora. Qualquer um seria capaz de notar aquela expressão de quase meio minuto. - Não minta bundão! No que estava pensando?


O vento gélido trouxe consigo uma garota irritada. Ela estava com seus cabelos castanhos muito bagunçados, usava aparelho e parecia muito mau-humorada. Tremia de frio e falava quase babando.


–Stan, a mamãe está chamando para jantar. Ela disse que só servirá o que preparou quando você chegar. Se você não for para casa logo vou bater muito em você!


–Tudo bem Shelly, vou agora mesmo. Vamos Kenny.


–Estou indo. - O garoto dizia com a voz abafada pelo casaco. Acompanhava Stan andando bem atrás do mesmo.


–Ei! Por que Kenny vai junto com você? - Perguntou Kyle curioso.


–Eu chamei ele para jogar vídeo game, já que o pai dele irá jantar hoje lá para conversar com meu pai sobre emprego. - O garoto disse com um sorriso debochado. Cartman, entendeu a zoação com o pai do Kenny e disse:


–Esses pobres são todos uns preguiçosos!


–Bem, até amanhã galera. - Kenny e Stan se despidiram de seus amigos e caminharam rumo ao local desejado.


Cartman aproveitou que Kyle estava distraído e fugiu. Voltando para casa aliviado.


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Naquela noite, quando marcava no relógio exatamente 22:00 horas, Kyle escovou os dentes, caminhou até sua cama e deitou-se. Ficou pensando por algum tempo qual seria o medo de Cartman. Estava muito curioso, a expressão que o moreno fez foi muito estranha para ser esquecida. Distraído com esses pensamentos, Kyle dormiu.


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Em outra casa, havia um garoto que não conseguia dormir, ele não entendia o motivo de estar com medo DAQUILO. Lembrou-se de coisas boas, como o frango do KFC, a casa bonita... Acabou adormecendo.


–N-não! - Cartman estava tendo um pesadelo que, mesmo que não soubesse, era um pesadelo terrível para ele. Era muito parecido com o pesadelo que teve antes. Em seu pesadelo via Stan, estava tão sorridente... O que estaria fazendo saltitando tão sorridente pela calçada com belas flores na mão? Ele iria dar para alguém, certo? Só podia ser a Wendy... Mesmo assim, resolveu investigar. Perseguia o garoto menor andando sorrateiramente. Observava ele saltitar e parar bem na porta da casa de Kyle, O que Wendy estaria fazendo na casa de Kyle?
–Não pode ser... - Cartman falou baixinho um tanto frustrado. - Não! Não pode ser! - Cartman viu Kyle abrir a porta e sorrir docemente para Stan. Pegou as rosas, abraçou Stan e depois deu um selinho no mesmo. - Cartman que havia visto tudo, por algum motivo não riu. Deveria ter graça ver que Kyle, seu pior inimigo e Stan, o garoto machão que tinha uma namorada, eram na verdade dois viadinhos. Mas aquilo... Aquilo não tinha a menor graça! - P-por quê? - Cartman sentia o peito doer, seu coração batia descompassado. Por quê? Por que era tão ruim?
Cartman agradeceu por acordar, havia sido apenas um pesadelo, um maldito pesadelo! Como iria contar o seu medo aos amigos se os mesmos o fizessem falar? Droga! Esse tempo todo fora tão criança com o Judeu, que não percebeu que só gostava de zombá-lo para ouví-lo falar umonte de coisas e dizer que estava puto da vida. Já sentirá vontade várias vezes de ir até a casa do garoto para vê-lo dormir. Já o viu chorar e se magoar com muitas coisas, sempre sentirá vontade de abraçá-lo e confortá-lo. E mesmo assim, a única coisa que fez foi magoá-lo mais ainda. O moreno bateu com força várias vezes em seu travisseiro com o objetivo de livar-se do que fez, mas fracassou.
Era duas horas da manhã, Cartman resolveu ligar para Kyle. Ele discou o número e esperou Kyle atender.


–Alô... - Uma voz sonolenta do outro lado atendeu.


–K-Kyle! Eu preciso falar com você.


–O que...O que foi que você fez agora?


–É urgente Kyle! Me encontre na frente da escola. Te espero lá duas e meia em ponto! - Cartman desligou e foi colocar uma roupa apressadamente. Colocou a roupa de sempre, saiu tão apressado que não colocou sua touca.
Cartman esperava o ruivo chegar batendo os pés no chão, estava nervoso, mas sabia o que deveria fazer.


–Cartman! - O ruivo acenou para o moreno. Aproximou-se do mesmo e perguntou. - O que você quer?


–Kyle, tenho que lhe contar sobre o meu... - Cartman hesitou por alguns segundos. - Medo.


– Você me chamou para falar de seus medos? Você...Bem que poderia ter falado pelo telefone! – O garoto só não estava tão chocado e aborrecido com a idiotice do maior, porque estava muito curioso.


–Você não entende...


–Então me ajude a entender.


–Certo...- Cartman suspirou, olhou Kyle nos olhos, segurou-lhe os ombros e começou. - Eu tive um pesadelo, com você.


–O que? - Naquele momento iria imaginar que o moreno iria falar um coisa idiota, como dizer que seu pesadelo fora ver Kyle se tornando melhor que ele. Mas não foi bem assim.


–Eu vi Stan saltitar com flores na mão, vi ele ir até sua casa e lhe entregar as flores. Depois ele beijou você. - Kyle ouvia com uma expressão um tanto assustada, que logo se tornou brava, estava com vontade de bater em Cartman. - Eu pensei que iria achar engraçado ver dois viadinhos juntos, mas aquilo doeu Kyle.


–Ora seu... - Kyle foi parado por Cartman, que levou o indicador até os lábios do ruivo e disse.


–Shiii! Me escute, por favor! - Kyle calou-se na mesma hora, não era normal ver Cartman dizer "por favor". - Doeu ver aquilo Kyle, doeu muito. - Kyle corou, tentou não olhar o maior naquele momento, estava muito envergonhado. Mas o moreno olhava fixamente para si, segurando seus ombros para ele não fugir. - Eu não entendi bem no começo, mas agora entendo. Eu queria dizer que sinto muito, sinto muito Kahl. Sempre zombei de você, achava que odiava você por ser judeu. Mas, na verdade, eu o zombava porque não compreendia meus sentimentos. - Kyle estava emocionado, chorava de felicidade , mesmo que estivesse muito corado, não iria perder aquilo por nada! Sempre quis ouvir aquilo. Sempre amou Eric Cartman, se preocupava muito com ele e já chorou muitas vezes por pensar que o moreno o odiava, quando na verdade, ele também o amava. - Eu te amo Kahl, eu te amo muito.


–Eu... - Cartman aguardava nervosamente a resposta do garoto ruivo. - Eu estou tão feliz!


Cartman sorriu, nunca se sentiu tão bem em toda sua vida.


–O que sente por mim judeu? - Cartman perguntou esperançoso, com um sorriso de canto.


–Eu... Também te amo Cartman.


Cartman juntou testa com testa e levou suas mãos até a cintura do menor, o puxou para si e lhe beijou suavemente, subiu uma das mãos e tocou a bochecha de Kyle, sentindo a pele calída. Seus lábios, que a pouco estava esmagando os lábios rosados do garoto ruivo, agora estavam pedindo passagem para um beijo mais quente e profundo. Cartman era calmo, queria sentir aquilo intensamente. O ruivo agarrava as madeixas de Cartman com vontade, sentia seu coração bater descompassado. Estava imensamente feliz. Aos poucos faltou-lhes o ar, Cartman desfez o beijo com uma leve mordida no lábio inferior de Kyle, algo que o ruivo adorou. Mesmo que o ar tivesse feito os dois pararem, Cartman desceu sua cabeça e depositou beijos por todo o pescoço do ruivo. O menor suspirou, gemeu baxinho, sua pele estava arrepiada e seus pêlos eriçados, mas não era por causa do frio, e sim por causa das carícias de Cartman. O maior ia desabotoar o primeiro botão do casaco de Kyle, mas o ruivo o interrompeu.


–Não Cartman... - O garoto ruivo levantou sua cabeça e o encarou sério. - Aqui não... - Cartman sorriu maliciosamente.


–Venha, vamos para minha casa. Já te falei que minha mãe saiu de viajem hoje de manhã? - Cartman dizia roucamente no pé do ouvido de Kyle. Cartman ri maliciosamente e volta a falar. - Você está todo vermelho.


–Seu...Viado.


–E você não é?


–Pelo menos não fiquei disputando com o Craig quem era o mais metrossexual da cidade.


–Hmpf. - Cartman queixou baxinho. - Eu te amo Kahl.


–Eu também te amo...Eric. - Beijou docemente Cartman antes de segurar a mão do mesmo e caminhar até a casa dele. Aquele seria com certeza a noite mais feliz da vida deles.


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Notas finais do capítulo

oque acharam? xD