#Bônus: Sentimentos confusos...

Pus meus fones e liguei minha música no último volume, querendo esquecer-me de tudo o que estava sentindo neste momento. Principalmente as imagens que vinham sem serem convidadas.

Oh, mas que merda! Por que continuava me lembrando da noite passada? E por que sentia algo estranho quando o fazia?

— Rafael, o que foi? – eu perguntara, franzindo minha testa. – Onde está a Katherine?

— Você não a viu? – respondera-me ele, mexendo em sua máscara. – Ela foi para a pista de dança...

— O que eu quero dizer é: Por que ela não está com você?! – revirara meus olhos e também me livrara da maldita máscara. Aquilo realmente era desconfortável.

— Porque nós terminamos, Ana. – o suspiro dele partira-me o coração. – Na verdade, porque ela terminou comigo.

— Como assim? – ela não me dissera nada que iria fazer isso. Sentira-me um pouco traída. – Ela não pretendia...

— Mas fez, não é? – Rafa balançara sua cabeça. Seus cabelos pareceram tão sedosos...

— Por que ela fez isso? Você deve ter feito alguma coisa...

— Não! – gritara. – Mas que droga, eu não fiz nada! Ela apenas me chamou para conversar e me deu um belo de um pé na bunda! E agora deve estar com Alessandro, porque o idiota ainda gosta dela!

— Ele ainda... Como? E naquela festa? Ele a xingou de vadia, Rafael! Quem gosta não fala isso!

— Alessandro é um imbecil. Mas ficar com Katherine... É o sonho dele. Sempre fora, desde que nós éramos pequenos. Ele nunca deixou de gostar dela, e nunca escondeu esse fato de mim.

Minha raiva daquele garoto chegara ao ápice naquela hora. Aquele moleque imbecil... Sempre a amara e nunca fizera nada para tê-la! Por que garotos eram tão retardados?

— Bastardo... – murmurara eu.

— Bem, ela preferiu esse bastardo, né?

— Então está tudo acabado?

— Tudo.

Deus, por que eu me sentira tão feliz naquele momento? Por que me impulsionei para frente e o abracei?! Eu havia acusado Katie de estar louca e imaginando coisas, mas a maluca da história acabou sendo eu mesma!

Gemi e rolei na cama. Estava precisando falar com minha melhor amiga urgentemente. Acho que ela poderia me ajudar com aquelas merdas que eu tinha na cabeça. Ela tinha que fazer isso por mim!

Fala sério... Rafael e eu? Isso era impossível! Não tínhamos nada a ver um com o outro e mal nos suportávamos. Mas vê-lo tão triste... Partira meu coração em milhares de pedaços.

Droga, droga! Qual era o meu problema?

Hesitei e então pensei: “Que se foda”. Rapidamente, apanhei meu celular e verifiquei minha lista de contatos, achando rapidamente o que eu queria.

Fui atendida no terceiro toque:

— Alô...

— Rafael? Oi... – sorri e odiei-me por esse sorriso.