Eu Prometo escrita por A Camaleoa


Capítulo 1
Prefácio


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Não esqueçam de comentar!



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T. S. Riddle POV’S.

Sentia que à cada passo meu mundo desmoronava cada vez mais, hesitava ao por meus pés no chão, minhas mãos tremiam e suavam muito. Minha visão se transformava em uma tela pouco nítida e as lágrimas eram uma tentativa desesperada de transformar minha dor em algo líquido.

                O casebre de madeira ficava cada vez mais próximo, eu não podia acreditar. Cada vez mais aquela cena foi se tornando irreal aos meus olhos, era mentira, uma ilusão de meu cérebro problemático que tentava colocar erros na minha vida ironicamente perfeita.

                Não, minha vida não era perfeita. Era ela que a deixava cada vez mais semelhante com a perfeição.

                Uma dor semelhante à morte me abateu, antes fosse a minha morte. Agora meus passos pesavam, e tudo parecia chumbo, mas, eu tinha que continuar andando, tinha que andar por ela.

                O casebre estava agora à pouquíssima distancia de mim, bastava estender as mãos e abrir a maçaneta. Minhas mãos pousavam no ar, e suspirei longamente, de uma forma que toda a aflição que me abateu por aquelas últimas horas foram parar na minha garganta e eu sentia as lágrimas quentes caírem ácidas pelo meu rosto.

                Abri a porta com um rangido macabro saindo como uma punhalada no meio do silencio completo. Meus passos ecoavam pelo assoalho de madeira, transformando o ambiente em uma cena de adrenalina e terror.

                Havia uma espécie de corredor que me levava até uma porta feita de madeira de carvalho, e parecia a única coisa ali que não tinha cupins. Andei me esgueirando atrás de pelo menos um pouco de luz.

                Minha mão já estava virando a maçaneta e com um estampido eu abri a porta.

                Parecia que meu mundo estava em câmera lenta, primeiro eu vi a luz dentro do quarto, depois o homem com faces de aparência suína, vestido aos trapos, com os olhos sendo um espelho de seu puro terror e por último eu vi a ela.

                Estava jogada em um canto qualquer, com os olhos levemente abertos e me reconhecendo suas faces se transformaram em dor, uma dor que saía dela e me atingia exatamente no peito.

                -Não, não, não. – Recuei um passo, cada vez mais um mar de lágrimas saiam de meus olhos. Ela tentou se levantar, mas, estava estranhamente fraca, e me parecia que suas pernas não sustentariam seu corpo.

                Andei rapidamente até ela, rápido o bastante para toma-la em meus braços antes dela cair ao chão.

                -Tom... – Ela disse com a voz fraca.

                -Não, Maddie... Está tudo bem, eu estou aqui – Tentei coloca-la na melhor posição possível, me sentando no chão e a tomando em meus braços, a envolvi com os mesmos, de forma que ficamos um de frente para o outro.

                Tirei uma madeixa de cabelos negros de seus olhos incrivelmente azuis, ela engoliu em seco, com a mão apertando com força na barriga.

                -Tom... – Novamente ela me chamou, com a voz seca e lágrimas nos olhos.

                Então eu compreendi.

                Havia um corte profundo no seu abdômen. Ela tentava estacar o sangue, porém este ultrapassava o uniforme de Hogwarts que ela usava. Ela havia sido esfaqueada.

                -Maddie! – Falei ofegante, tomando suas mãos e as tirando de cima do ferimento, que era muito profundo – Sam está vindo, ela virá com ajuda, vai ficar tudo bem, meu amor. Eu prometo...

                -Não, Tom, não é isso que você deve me prometer. – Ela disse em um sussurro, pegando meu rosto com as mãos, de forma que eu mirava seus grandes olhos azuis.

                -Eu te amo... – Falei embaraçado, tomando seu rosto em minhas mãos também e juntando sua testa a minha, fechei meus olhos, de forma que as lágrimas corressem soltas pelo meu rosto.

                -Eu também te amo, Tom. – Ela disse em apenas um suspiro, tomei consciência que o homem ainda nos mirava um tanto assustado, de forma embaraçada, mas, nada tinha importância. A única coisa importante no mundo agora era Madelene. – Tom, prometa-me. Você já é um grande homem, prometa-me que será um dos bons...

                Eu ainda tinha meus olhos fechados, abri-os devagar. Ela parecia tão certa do que estava fazendo, como se encarasse a realidade de uma forma pouco otimista, mas, não tivesse medo da mesma.

                -Tom... – Ela continuou, afastando sua testa da minha. –Prometa-me agora! – Sua voz ia se extinguindo aos poucos.

                A segurei com força na minha frente, fechando os olhos e encostando seus lábios dos meus, sentia como se compreendesse finalmente que nunca amaria ninguém como amo ela, de uma forma como se nada bastava, nada supria a mim mesmo como a sua simples e mesmo assim tão importante existência.

                -Você não vai morrer, Madelene, eu não vou deixar você...

                -Isso não importa, não agora. – Ela falou com serenidade. – Tom...

                -Eu prometo.

                Ela suspirou, e então eu entendi que aquele era seu último. Engoli em seco, tomando seu corpo já sem vida nos braços.

                -Eu prometo... eu prometo... eu prometo... – Dizia incapaz de conter as lágrimas e o desespero.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço reviews?