The Return Of Dracúla escrita por Sunter Stan


Capítulo 7
Capítulo 7




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Me retirei da biblioteca, William parecia muito apressado e ansioso para fechar contrato com o conde. Não havia muito o que fazer no castelo, não tinha energia elétrica e nem sinal de telefone, a biblioteca estava ocupada, o que me restava era conhecer o exterior do palácio.
Fui seguindo um corredor para conseguir chegar até lá, haviam muitos quadros, artefatos, e armaduras, como em filmes. Os quadros retratavam batalhas, a maioria delas sangrentas, outros apenas auto retratos, e como meu marido mesmo havia dito, são muito parecidos com o conde, o que era um tanto estranho. Alguns eram retrato de mulheres, outros de família...
O corredor dava para uma sala aberta, com algumas cadeiras de descanso, seu teto era sustentado por colunas dóricas, e o jardim bem a frente. Se o dia fosse de sol e céu azul, o jardim seria de uma visão incrível, porem era apenas mais um dia frio, nebuloso, e neblinas baixas que cobriam a quatro metros de visão. Mesmo assim resolvi explorar. A primeira vista, uma estrada de tijolos brancos que com o passar dos anos ficou mais para cinza, segui em frente, muitas arvores e arbustos em forma de animais ou formas geometrizadas, mais a frente havia uma pequena ponte, que em baixo corria um lago. Não havia muito o que ver adiante da ponte, pois a neblina tinha aumentado mais, então resolvi voltar, no mesmo instante um frio percorreu minha espinha, e podia jurar que havia alguém me observando, me virei e na mesma hora pude ver um vulto. Voltei apressadamente para dentro do palácio, o que não fazia muita diferença, pois tanto fora quanto dentro, me davam arrepios.
Eu andava, e a cada cinco passos, olhava para trás pra ter certeza de que de fato não tinha ninguém me seguindo, minha atenção estava tão voltada para trás, que nem pude ver que estava a minha frente, e trombei com Mina:
– Ah meu deus! Me desculpe, sou mesmo uma desengonçada...
– Por que essa pressa? – disse Mina.
– Ahn eu estava apenas... estava... é...
– Creio que não há muito o que fazer nesse lugar.
– Sinceramente, posso dizer que estou um pouco entediada.
Mina deu uma risada quase que forçada.
– Entendo. Então presumo que gostaria de me acompanhar até a cidade.
– Não estou fazendo nada mesmo.
Fomos até a cidade de carro, não me lembrava de visto-o , porém de fato havia um, e nós estávamos dentro, enquanto o motorista ( que também não sabia que existia), nos levava. Chegando lá, descemos em uma rua, com casas antigas, paralelepípedos, e algumas mesas cadeiras espalhadas, se tratava de um restaurante, fomos em direção a essas mesas e nos sentamos, logo veio um garçom, não entendia o que ele falava, Mina apenas me perguntou:
– O que vai beber?
– Só um café, por favor.
Mina se comunicava com o garçom, enquanto eu não entendia nada, e então ele saiu.
– Não fala romeno, certo?
– Não.
– Perceptível...
– O que exatamente estamos fazendo aqui?
– Ora, você estava entediada. Nada que um bom passeio pela cidade não resolva.
– Claro...
– Então, o que esta achando da estadia?
– Ah, esta tudo ótimo, obrigada. É só o clima que não esta muito favorável...
– Ah então não gosta do frio? – Mina me interrompeu.
– Na verdade, acho o frio agradável, mas prefiro climas quentes.
– Onde você mora faz frio?
– Ahn bem... – prestei atenção sobre o que estávamos conversando, e cheguei a conclusão que era uma conversa tola.- o clima respeita as estações.
O garçom chegou com as bebidas.
– Não gosto de sol. – disse Mina tentando fingir que a conversa era de seu interesse, enquanto bebia seu café.
Ficamos em silencio por um tempo...
– Sra. Dracul...
– Ah por favor, apenas Mina
– Mina... se me permite perguntar, mas como conheceu o conde?
– Bem, não foi da maneira mais agradável. Minha família estava a beira da falência, e então o meu pai conhecia o pai de Vlad, que por sinal estava a procura de uma esposa.
– Um casamento arranjado?
– Terrível não é mesmo? Felizmente eu não tinha um amante antes dele, então não foi tão ruim. Aprendi a conviver com Vlad, apesar de seus costumes e sua paixão pela mansão. Foi tanto que um choque pra mim. Hoje em dia eu o respeito acima de tudo, ele foi bom pra mim e para minha família.
– Isso é ótimo.
– De fato.
Mina era misteriosa, seu sotaque inglês lhe dava um certo charme, seus olhos castanhos eram profundos, e se olhassem por muito tempo, um tanto quanto aterrorizantes, como se já tivesse visto o mal de perto. Ela tinha uma beleza nítida, seu rosto era quadrado, podia se ver traços embaixo das maças, de sua mandíbula, seus lábios por mais que tivesse tomado seu café, ainda pareciam secos, e seus cabelos eram num loiro natural. Ela era a definição do que hoje em dia pode se chamar de beleza feminina. Porem, não podia ser muito contemplada, pois em um certo momento, sua aparecia fria e dura, dava arrepios. As vezes ela falava como se estivesse em um transe profundo, e as vezes era como se acordasse dele.


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