Maria deu um suspiro era a hora de contar sua historia.

–Quando meus pais e meu irmão pegaram a famosa “gripe espanhola” eu fiquei na casa da minha tia Claire. Eu não sabia ao certo quando eles voltariam, mas eu sempre pedia para que eles estivesse bem e voltassem logo assim ficaríamos todos juntos novamente. Ficava todos os dias olhando para a porta os esperando, mas nada deles aparecerem- Maria dizia enquanto todos na sala ouviam atentamente sua historia.

–Certa noite minha tia recebeu uma ligação do hospital dizendo que todos tinham morrido por causa da doença, quando eu soube comecei a chorar não iria mais ver meus pais, não teria mais meu irmão brincando ou implicando comigo– Falou triste logo dando um pequeno sorriso olhando para o irmão ao seu lado.

–fiquei durante várias noites chorando, pensando neles, a saudade que eu sentia era muito grande, mas eu tinha que perceber que eles não voltariam e eu tinha que seguir em frente, Minha tia ficou com a minha guarda e...

Trim...trim... (barulho do celular)

Maria pegou seu celular e sorriu quando viu quem era.
–desculpem-me eu tenho que atender, só um minuto - disse rapidamente logo atendendo o telefone.
– oi... Sim estou bem, você nem vai acredita... Eu o encontrei – Maria dizia eufórica.

–eh demorou mais eu o encontrei– disse rindo– ok... Eu sei me cuidar, te ligo mais tarde beijos.

Maria desligou o telefone.
–Desculpem-me pessoal mais eu tive que atender ou ele me dava uma bronca- disse envergonhada.
– tudo bem, mas quem era – cebola perguntou curioso.
– Ah era o Gabriel, meu namorado– disse e o cebola arregalou os olhos
–O QUE? Namorado? Disse surpreso

–Cebola, calma eu não tenho mais sete anos! saiba que eu já sei me cuidar e eu já ia explicar essa parte- disse tentando acalmar o irmão.

–tudo bem, mas eu quero saber tudo – disse olhando serio para a irmã que sorriu seu irmão não iria mudar nunca mesmo.

–ok,ok- disse e continuou a contar a historia

– Bem, depois que minha tia ficou com a minha guarda eu fui morar com ela e lá ela me criou como se fosse sua filha. Tinha dezesseis anos quando fui transformada estava voltando da casa de uma amiga minha quando alguém me mordeu e eu cai na incônscia.

–Quando acordei estava deitada numa cama em uma casa desconhecida do meu lado estava sentado numa cadeira um homem loiro que tinha a aparência de ter uns 22 anos ele tinha olhos vermelhos e a pele pálida no começo eu fiquei assustada ele se presentou e começou a explicar o que tinha acontecido.

–Seu nome era Gabriel ele tinha se transformado num vampiro fazia alguns dias mais ele se recusava a ter que atacar alguém e por causa disso ele estava muito fraco, e quando sentiu o meu cheiro não conseguiu se controlar e me atacou quando viu o que tinha feito ele se arrependeu e me levou para sua casa e cuidou de mim até eu completar a transformação.

–Depois de me explicar tudo, eu ainda estava tentando entender era muita coisa para se pensar e ele não para de me pedir desculpa e dizia que ele era um mostro, eu o perdoei afinal ele não teve culpa do que aconteceu e agradeci por ter tomado conta de mim.

–Mas eu era uma recém-criada e estava com muita sede ficamos pensando em como poderíamos nos alimentar sem atacar alguém. Como o Gabriel trabalhava em um hospital pensei que poderíamos pegar algumas sacolas de sangue do hospital e foi assim que conseguíamos acalmar um pouco a sede e desde então ele cuidou de mim e passamos a morar juntos.

– Alguns anos depois começamos a namorar e estávamos felizes juntos, mas algum tempo, exatamente há vinte anos atrás soube que você tinha se transformado e estava morando com uma nova família,eu decidi que iria te procurar e foi isso que fiz e eu finalmente te encontrei- disse por fim.

–Nossa por quanta coisa você passou– disse Mel

–é mais agente supera e enfim consegui encontrar novamente meu irmão–Maria disse o abraçando.

–Mas onde esta esse Gabriel? Por que ele não veio com você? Perguntou cebola enciumado.

–Ah ele esta trabalhando em um hospital em Nova York ele sempre me ajudava para te achar, mas quando soube onde você realmente estava decidi te procurar sozinha; mas ele esta sempre preocupado comigo e me liga todo dia para saber como eu estou – disse
“será que vocês não percebem que eu sei me cuidar” pensou rindo em seguida

–Parece que ele é mesmo uma boa pessoa, mais eu ainda to de olho viu – disse cebola olhando serio para a irmã que riu do seu ciúme.

–ok deixa de ser ciumento...
–o que posso fazer você é minha irmãzinha- disse lhe dando um beijo na sua testa, o que fez Mônica sentir um pouco de ciúme mesmo sendo só sua irmã ainda não estava acostumada com isso.

–Mas então onde você vai ficar? Não quer ficar conosco temos um quarto de hóspede de reserva- falou Danilo
–Claro, se não for incômodo–disse Maria sem graça
–Claro que não você já é da família – sorriu Mel– então esta feito meninos venham temos um quarto a decorar- disse mel cantarolando enquanto os meninos a seguia.

Maria iria falar que não precisava mais Magali se apressou a dizer

–Nem tente argumentar, ela vai fazer isso, se acostume – disse fazendo Maria e o restante rir.