We Found Love escrita por Jessie Austen


Capítulo 21
O Nascimento




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– Finalmente! – Laufey comemorou assim que Loki chegou.

Olhando para seu dedo, Loki viu sua aliança, sua tatuagem tomar a cor vermelha sangue.

Sim, isso queria dizer ele havia traído Thor, havia traído Asgard. Traído o pai de todos. E que o pacto não existia mais.

Muito em breve todos saberiam e tentariam atacariam Jotunheim como retaliação.

O que o povo de Asgard não podia prever é que a essa altura, seu reino estava sendo invadido e completamente dominado por Gigantes, que ansiavam por vingança.

Loki começou a chorar ao se lembrar de Thor. Como um flashback, a cerimônia do pacto passou por sua mente.

Tudo acabado agora.

Tentaria consertar. Mas será que apesar de tudo o que aconteceria, Thor acreditaria? O entenderia? Cumpriria sua promessa?

Enquanto Gigantes passavam por ele rapidamente sem se importar o suficiente para olhá-lo, ele sentiu uma dor imensa toma-lo por inteiro.

Ele estava só, essa era a única verdade.

A dor voltou um tempo depois ainda pior, fazendo-o se sentar em um local afastado, perto de um abismo, longe da agitação dos jotuns que agora partiam rapidamente para o reino de Odin.

Novamente, sentiu como se seu corpo fosse rasgar ao meio e soltando um grito de desespero ele rastejou até debaixo de uma pedra de gelo.

“Não é possível, ainda falta algumas semanas” pensou quando a possibilidade de estar dando a luz veio à sua mente.

Logo, tudo sumiu e apenas a dor existia, fazendo-o esquecer até de como respirar.

Havia sim chegado a hora. Talvez o estresse ou todo o esforço havia antecipado e isso o desesperava.

– Socorro! Me ajudem!! Meu filho! Meu filho...me ajudem! – gritava, seu choro atrapalhando sua voz.

Segurando-se ainda, foi tomado por contrações extremamente fortes, que o fizeram perder a consciência por alguns instantes.

– Vai nascer justamente agora? Você foi sempre tão egoísta, Loki. – Laufey disse se aproximando.

– Me ajude! Por favor...- Loki implorou tentando respirar enquanto tentava empurrar o bebê com muita dificuldade.

– Até poderia. Mas estou muito ocupado...você sabe, finalmente vou me livrar daqueles asgardianos imundos.

– Por favor...por favor!!

Laufey apenas sorriu e saiu andando e se juntando com o exército que agora partia para Asgard. Eles atacariam sem demora, sem receio.

Era assim que seu povo queria se vingar, de maneira covarde, na calada da noite, após uma traição do príncipe jotun.

Loki sentiu novamente uma dor crescendo cada vez mais, invadindo seu corpo, arrastando através sua coluna lentamente.

Tentava ao máximo respirar e fazer força, mas nada parecia adiantar. Suor e lágrimas tomavam o seu rosto e parecia que só havia ele agora naquele lugar.

Finalmente ele ouviu um choro baixinho, fraco.

Seus olhos ainda embaçados pelas lágrimas agora eram tomados por uma alegria de ouvir aquela voz jamais escutada, mas desde sempre tão amada.

Se esforçando para se sentar, ele pegou com cuidado o pequeno bebê que agora chorava alto.

Loki então o viu.

Pela primeira vez.

Seu corpo tremia de medo e dor, mas ele não conseguia sentir nada, além de uma felicidade imensa.

Pela primeira vez ele se sentia perfeito, se sentia completo. Sentia-se no lugar certo.

Seu bebê, tão pequeno e frágil, jotun assim como ele, agora estava em seus braços.

Loki tirou cuidadosamente sua manta e o cobriu. Sorriu ao reparar nas mãozinhas tão minúsculas e nos olhos azuis, iguais aos de Thor.

– Finalmente nos conhecemos, hã? – sussurrou beijando o pequeno que agora estava calmo e encarava Loki – Oh, eu te amo...sabia disso? Eu te amo tanto.

Ele então o segurou ainda mais forte em seus braços e começou a chorar ao se lembrar de Thor. Não, nada aquilo era certo.

Era para eles estarem juntos. Era para o asgardiano estar com seu filho, estar com ele.

– Me perdoa, Thor. – Loki pediu, perdendo seus sentidos por causa da dor.






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Quando Loki despertou, se viu deitado em seu quarto no palácio de Jotunheim. Olhou para suas vestes asgardianas sujas de sangue escuro. Sua cabeça doía muito, não deixando pensar direito.






– Meu filho...- foi o que conseguiu dizer quando um empregado finalmente entrou.

– Não se preocupe, o bebê já vem. Enquanto isso tente se alimentar. – ele respondeu lhe entregando uma bandeja com alimentos variados.

Loki se sentou ainda com muita dor. Não sentia fome, mas sentia-se extremamente fraco e isso o fez querer comer algo.

– Finalmente vencemos, senhor. Jotunheim venceu. – o empregado sorriu.

– Quanto tempo eu estou aqui?

– Dois dias...um dia e meio na verdade. A invasão em Asgard foi um sucesso. Todos estão rendidos.

– Eu quero ficar com o meu filho. Pode trazer ele para mim? – Loki pediu.

– Claro.

O empregado saiu e voltou minutos depois segurando o pequeno e azulado bebê que dormia tranquilamente. Entregando-o para Loki, este saiu do quarto, deixando a bandeja em cima da cama.

Assim conseguiu olhá-lo melhor.

Ele era perfeito. As lágrimas voltaram aos seus olhos, eram na verdade inevitáveis.

– Você se saiu bem, melhor do que eu imaginava na verdade. – Laufey declarou enquanto surgia na porta.

– Por que não me ajudou?

– Não tenho nada a ver com esse bebê! E outra, você conseguiria...os jotuns foram feitos para isso. Ele foi a chave para eu entrar, apenas.

Loki encarou seu pai por alguns instantes e voltou seu olhar para o pequeno.

– Até que para uma mistura com um asgardiano, ele é bonito! – o rei comentou.

– Não se atreva a falar de Thor.

– Oh, estou de muito bom humor. Vou até me esquecer dessa sua malcriação típica!

– Você sabia, não sabia? Era seu plano? O pacto, a consumação dele...a única coisa que importava era isso? Sua vingança? – Loki perguntou, enquanto lágrimas surgiam em seus olhos.

– É claro que sim! E você sabia disso...eu nunca o iludi, ao contrário daquele insolente! Ele não para de gritar desde quando foi preso...é impressionante! – Laufey sorriu.

– Onde ele está? Você prometeu que não o machucaria...você disse que não o tocaria!

– Sim, mas ele quis revidar...eu tive que me proteger! Ele consegue ser bem problemático com aqueles raios e tudo mais! Mas não se preocupe! Ele está bem e seu martelo estão em mãos mais responsáveis agora.

– E onde ele está?! – Loki perguntou se levantando com muito cuidado.

– Não se preocupe, você o verá em breve.








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Dois dias antes









– THOR! THOR!THOR! – Odin gritava enquanto batia com toda a força na porta do quarto de seu herdeiro.



– O que aconteceu? Céus, é o Loki?

– SIM...é tudo culpa dele! Ele nos traiu! Aquele gigante imundo nos traiu!

– O quê? Do que está falando?

– Ele fugiu! E deixou gigantes invadir Asgard...veja por si mesmo!

Thor olhou para sua mão e viu em seu dedo anelar uma mancha vermelha forte ao invés da tatuagem de aliança.

– Não! Eu não acredito nisso...eu o deixei em sua suíte. Ele estava bem, nós estávamos...ele não faria isso comigo!

Correndo até a outra torre e subindo até onde Loki estava, encontrou o quarto vazio, apenas um envelope caído no chão, que foi ignorado.

Seus olhos começaram a arder. Aquilo não era real, ele não podia estar vivendo aquilo. Loki o amava, não amava? Então o por quê tudo isso agora? Aonde ele iria estando tão frágil?

Thor se desesperou ao ver que nada havia sido tocado. Todas as suas roupas, seus pertences, além de tudo do bebê havia sido deixado ali.

Neste momento ouviu um grande estrondo e gritos vindo da entrada do palácio. Tentou pegar seu martelo e se defender, mas era tarde, pois quando percebeu, estava cercado por quatro gigantes, que o atingiram de maneira rápida e cruel.







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Thor acordou sentindo o frio paralisar seus músculos. Tentou se levantar e percebeu que estava acorrentado.






Olhando para onde estava, percebeu que se encontrava em uma cela, uma prisão em Jotunheim. Na cela ao lado viu seus pais desacordados, mas aparentemente sem ferimentos assim como ele.

Sentiu um gosto de sangue na sua boca e isso o fez lembrar do que tinha acontecido. Olhou para sua mão, mas não podia acreditar. Tudo aquilo era um pesadelo. Mas como acordar?

– Ei, princesinha...o rei Laufey quer ver você. – um gigante ordenou fazendo-o sair praticamente arrastado da cela.

Ele foi levado e subiu uma rampa escura que terminou em uma pequena arena cheia de outros jotuns que assistiam.

– Oh! Você...vejam! O exemplo de asgardiano...típico. Uma salva de palmas....- Laufey sorriu fazendo todos os milhares de jotuns aplaudirem e assoviarem.

Thor começou a chorar silenciosamente. Não pela humilhação, não pela dor, mas por ver que Loki estava sentado ao lado de Laufey.

O rei sussurrou algumas palavras no ouvido de seu filho, que se levantou e se aproximou. Neste momento o loiro percebeu que Loki já não tinha mais a enorme barriga e isso o desesperou.

– Ajoelhe-se diante de seu imperador, seu imundo! – um dos guardas ordenou.

Thor obedeceu enquanto encarava Loki. O jotun tremia e lágrimas escorriam pelo seu rosto, mas sua feição ainda era misteriosa.

– Loki! Fale, como combinamos! - Laufey disse sorrindo.

– E-eu, Eu... – Loki tentava dizer mais o ar lhe faltava, enquanto os dois se encaravam.

– Fale de uma vez, Loki! Existem muitos desses para humilhar ainda hoje...- seu pai disse fazendo todos os presentes rirem.

– Esse sempre foi o meu objetivo...asgardiano. Acabar com vocês, dominar Asgard...desde o primeiro momento, desde o primeiro segundo que eu o vi. – Loki declarou, sua voz falhando.

– Eu não acredito em você! - Thor gritou fazendo toda a planteia rir.

– Não seja patético. Você acreditou mesmo que nós, jotuns fôssemos querer paz com vocês? Desde o começo eu quis isso, eu sabia do trato...dos detalhes dele. Fico imensamente feliz de ter conquistado sua confiança por tão pouco.

Thor agora chorava copiosamente e isso fez Loki se silenciar.

– Nosso filho nasceu ou isso era um dos seus truques também? – perguntou.

Loki apenas concordou.

– Quanta emoção! Imagine quando o nosso querido Thor ver o que eu pretendo fazer com seus pais. Façam eles entrarem! Agora! – Laufey ordenou e Odin e Frigga entraram arrastados, ambos com suas bocas tampadas e extremamente assustados. Os dois ficaram ao lado de Thor também ajoelhados.

Loki se afastou de Thor e voltou para seu lugar, enquanto seu pai se aproximava de Odin, o acertando com um golpe que o derrubou.

– Isso foi por humilhar meu precioso filho! – gritou fazendo a multidão urrar.

Thor e Loki trocaram um olhar neste momento e o jotun torceu para que o que asgardiano cumprisse sua palavra, e confiasse nele.

























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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da dobradinha de capítulo.
E dos rumos da fic! ;D
Beijinhos e boa semana! =)