Tanya PDV. (N/A: não me matem, mas é necessário ela narrar)

Fácil. Se Edward Cullen acha que eu irei aceitar que o nosso relacionamento de três anos tinha chegado ao fim, ele estava redondamente enganado. Sou Tanya Louise Denali, tenho um nome a zelar. Meu pai era um renomado médico de Londres e meus irmãos todos já eram formados, eu sou a caçula.

E assim que pus os olhos em Edward no primeiro dia de aula em Oxford, eu me apaixonei. Foi difícil me fazer presente na vida dele. E eu que nunca disse a ele que em todas às vezes que transávamos, ele me chamava de Bella. Eu queria saber quem era essa maldita.

Quando ele me disse que ia embora eu fiquei mal demais. Planejei tudo. No dia anterior da viagem dele, era o meu dia mais fértil. Nós transamos e eu não tinha tomado os anticoncepcionais e furei a camisinha antes de dar a ele.

Dito e feito. Estava grávida de oito semanas do Edward. Fiquei maravilhada, sabia que um filho não ia prendê-lo, mas nós teríamos um laço eterno. 

Resolvi ir a Forks, sabia muito bem onde encontrá-lo, contratei um detetive. E como a cidade era minúscula, foi mais fácil ainda. Descobri quem era a maldita Bella.

Seu nome era: Isabella Marie Swan. Ambos tinham a mesma idade e namoraram durante o colegial. Não pude negar que a tal Bella era bonita. Mas nada comparável a mim.

Finalmente cheguei a esse fim de mundo. Não sei que graça Edward vê nessa cidade. Estava tendo uma festa na mansão dos Cullen, era batizado do sobrinho dele. Ele já havia me dito que a irmã dele estava grávida.

Depois da discussão na casa dele, fui para o hotel. Sorria triunfante. A tal Bella ficou abalada com a minha revelação. Idiota, conte os dias que estará com ele, pois estes estão contados.

No dia seguinte a minha chegada, Edward me procurara para conversar sobre o nosso filho. Foi uma conversa seca e sem muitas delongas. Acho que ele está abalado ainda. Tadinho.

Você ainda será meu de volta Ed...

Edward PDV.

Eu nunca imaginei sendo pai. E já passaram dois meses desde que Tanya está aqui. Ninguém gosta dela e nem faz o favor de gostar. Alice tem repulsa, Rosalie também. Só os rapazes que às vezes conversam com ela. Já perguntei se ela não queria voltar a Londres, mas meu pai disse que como ela está de quatro meses, não é muito bom viajar de avião.

Bella está reagindo melhor do que eu pensei. Ela me apóia e sempre está comigo. É difícil pra ela, acho que é até mais do que é pra mim. Não sei como reverter essa situação.

Eu estou cansado dessa situação toda. Acho que não vou poder agüentar mais.

Bella PDV.

Eu me fazia de forte por ele. Mas não gostava daquela Tanya. Não que seja só por ela carregar um filho do meu Ed, mas porque ela não me transmitia uma boa pessoa. Sei lá. Pode ser que eu esteja ficando psicótica.

Ela sempre tenta atrapalhar os meus momentos com o Edward. Estou tentando não me irritar somente porque ela carrega um filho do meu amor no ventre. Só por isso.

Era um final de semana e Edward estava de plantão no hospital. Eu estava na casa dos pais dele, onde Tanya estava hospedada. Esme havia saído para resolver alguma coisa de seu escritório de restauração. Rose e Emmett estavam trabalhando num caso e a pequena Julie estava andando e também balbuciando algumas palavras. No mês que vem era o aniversário dela e o meu também. Alice estava na casa dos pais do Jazz com o meu afilhado que já está muito lindo com seus três meses de vida. E eu estava esperando Esme retornar, pois ela queria conversar comigo não sei o que.

Eu estava sentada no sofá, lendo uma revista qualquer. Quando Tanya chegara e se sentara ao meu lado. Serrando as unhas compridas.

- Olá queridinha. – ela me cumprimentara.

- Olá. – eu me limitei a dizer isso.

- Bella, − ela me chamara atenção – posso te chamar assim, não? – ela sorrira falsa.

- Pode, por que não? – eu sorri.

- Okay. – ela sorriu. – Quero te dizer umas coisinhas. – ela sorrira cínica. O que essa mulher vai aprontar?

- Diga Tanya. – eu fechei a revista e passei a observá-la.

- Bella, por que você não desiste logo do Edward? – COMO É QUE É?

- Será por que eu e ele nos amamos? – eu a olhei com cara de óbvio.

- Bella se toca, querida! – ela disse balançando os cabelos loiros. – Não vê que está atrapalhando uma família? – MAIS QUE LOIRA ABUSADA!

- Tanya, só não digo nada a você em respeito ao filho do Edward que você carrega. – eu disse tentando não me irritar.

- Pelo menos isso não é Bella? – ela sorrira falsa. – Eu amo o Edward e sei que ele me ama, foi só ele voltar a ver você que ele esqueceu isso! – ELA REALMENTE DISSE AQUILO?

- Tanya, Edward nunca lhe amou. Ele só estava tentando me esquecer, ouviu? – eu disse calma. – Mesmo que você tenha o seu filho, ele não vai me largar para ficar com você. Eu sei que a criança não tem nada a ver com isso, eu já gosto dela. Só tenho pena da mãe que ela vai ter. – eu disse séria. Ela me olhava estupefata.

- Você é louca Bella! – ela quase berrara.

Tanya se levantara rapidamente e fora subir os degraus da escada, mas ela tropeçou nos saltos finos Jimmy Choo e caíra rolando as escadas. Eu me assustei com o baque e assim que a vi no chão já se formara uma poça de sangue ao seu redor. Fiquei assustada, mas não podia assustá-la.

- BELLA! AJUDA-ME! – ela começara a chorar. – EU NÃO POSSO PERDER O MEU BEBÊ!

- Acalme-se Tanya, vou levá-la para o hospital. – eu disse tentando ser o mais calma possível.

Com muita dificuldade consegui levá-la até o meu carro e em cinco minutos chegamos ao hospital. Eu já havia ligado para Edward e para Carlisle que estavam no hospital. Tanya chorava compulsivamente. Eu já começava a chorar também me sentia culpada.

Logo assim que chegamos, eu pedi a dois maqueiros para me ajudarem a tirar Tanya do carro. Eles a pegaram e a levaram para dentro. Logo Edward nos vira e fora atender Tanya. Avisei a família toda e menos de dez minutos todos estavam no hospital. Eu chorava no colo de Alice e de Rose. Estava me sentindo muito culpada.

Elas tentaram me acalmar em vão. Quando depois de duas horas um Edward cabisbaixo aparece.

- Como ela está Ed? – eu perguntei logo.

- Ela está bem. – ele disse num sussurro. – Mas perdera o bebê.

Assim que ele disse isso eu chorei mais ainda. Só que em seus braços. Todos ficaram tristes, mesmo não gostando de Tanya, o pessoal já tinha carinho pelo bebê.

- Ela me contara tudo o que acontecera, Bella. – ele me olhava. – E ela quer falar com você. – ele disse.

- Comigo? – eu o olhei confusa. – Achei que seria a última pessoa que ela queria ver agora.

- Eu também, mas ela diz que quer falar com você. – ele estava bem triste. Eu entendo, acho que ele havia se acostumado com a idéia.

Edward me conduzira até o quarto que Tanya estava. Abri a porta e ela estava deitada na cama com soro na veia e mais uma medicação. Ela estava pálida e com o rosto vermelho de tanto chorar. E por sinal ela ainda chorava.

- Oi, − eu me fiz presente – você queria falar comigo?

- Sim, Bella. – ela disse quase num sussurro. Eu assenti com a cabeça. – Você conseguira, tem o Edward só pra você agora. – ela chorava.

- Tanya, eu... – comecei a chorar mais.

- Por que choras? – ela me olhava com raiva. – Devia estar alegre. – ela disse amarga.

- Não diga isso. – eu falei entre soluços. – Eu não queria o mal dessa criança e nem o seu. Mesmo não gostando, eu aceitei. Fiz isso de coração. – eu falei sincera. – E se foi pra isso que você me chamou, eu vou embora. – eu já ia me virando, quando ela chamou. – O que?

- Perdoe-me. – ela falou e eu me aproximei. – Você estava certa, ele nunca me amou. Você o merece. – ela disse sincera.

Eu nada disse. Somente assenti com a cabeça e saí do quarto. Assim que fechei a porta eu comecei a chorar mais. Não sei por que me sentia assim, mas eu me via no lugar dela. Apesar de não ter nada a ver.

Devia ser duro pra ela, mas estava sendo pra todos. Espero sinceramente que ela melhore.