Castelo De Areia escrita por Lua Salvatore
Notas iniciais do capítulo
Eu acabei mudando algumas coisa e quando vi eu já tinha escrito um capitulo bem maior do que eu esperava, mas espero que gostem!
SANTIAGO
Quando abri os olhos novamente eu estava completamente submerso no lago. Havia água por toda parte e mal conseguia enxergar a um palmo de distancia, mas eu respirava normalmente.
Der repente um fecho de luz vinho atravessou a escuridão das profundezas do lago, pisquei rapidamente numa tentativa inútil de me acostumar com a recente luz forte, mas por sorte a luz começou a diminuir assim como o nível da água.
Após alguns instantes eu estava diante de uma garota de longos cabelos negros com uma pequena mecha vermelha, olhos verde e esmeralda, corpo esguio e formoso, ela parecia uma bonequinha de porcelana, frágil que poderia se quebrar a qualquer instante. Ela usava uma capa parecida com a das outras duas mulheres, a de capa branca e a de capa vinho, mas a sua era vermelha como sangue e seu capuz estava para traz.
Ela penteava seus cabelos negros tomando cuidado para não desfazer a trança em sua mecha vermelha, diante de um espelho emoldurado por flores e cipós trançados de ouro puro, mas meu reflexo não aparecia no espelho e a garota nem percebera minha presença.
Fora só então que eu entendi que tudo àquilo era mais uma das minhas visões, o que também explicava o fato de Fernando não estava ali.
– Você não é meio jovem, para ser tão poderoso tão escorregadio? – disse a mulher de capa vinho, que agora estava sentada a uma mesa relativamente grande com mais quatro cadeiras, ela indicou que eu me sentasse na cadeira ao seu lado. O rosto seu estava fora do meu alcance novamente, pois o capuz ocultava seu rosto nas sombras.
– Oh! Minha deusa, onde estão meus modos. Meu nome é Kami. E o seu? – disse ela assim que me sentei.
– Santiago. – disse distraidamente olhando para a mulher diante do espelho que ainda penteava os cabelos.
– Ela é encantadora não é verdade, Santiago? – ao ouvir Kami pronunciar meu nome minha atenção se virou por completo para ela, pois ela o pronunciava exatamente como Fernando, quando eu me distraia durante um exercício.
– Sim, encantadora. – lhe respondi com certa desconfiança. A maior parte das pessoas, em minhas visões que me viam e ouviam tentavam me matar ou iam direto ao assunto e logo em seguida iam embora me mandando de volta para Fernando, mas ela estava sendo paciente e gentil.
– Obrigada! É muito bom ser elogiada por um rapaz tão educado como você. – a mesma garota da mecha vermelha que estava sentada diante do espelho apareceu sentada ao meu lado, seu capuz estava para traz como a da outra versão, mas na sua cabeça havia um diadema de diamantes e seu cabelo estava perfeitamente penteado e trançado.
– Realmente princesa Yin – disse uma garotinha da minha idade mais ou menos aparecendo na ultima cadeira que restava. Como a de capa vinho seu rosto estava escondido atrás do capuz da capa cor de rosa. – Prazer, Violleta.
Violleta trajava um lindo vestido rosa de cetim bordado delicadamente na barra e nas aberturas laterais, que muitas mulheres sabiam lutar usavam. Ela era magra e elegante, silenciosa e agiu em todos os seus movimentos e muito bem armada. Uma pessoa normal não teria percebido que ela usava alem do arco longo pousado casualmente em sua coxa, as vinte e cinco flechas nas suas costas e uma bolsa lateral que me mostrou que ali avia pelo menos duas adagas, uma bainha com o que parecia ser suas facas nas costas que eram tampadas pela capa e pela facha do vestido.
A voz de Violleta era estranhamente familiar para mim, mas não sabia o porquê, pois tinha certeza de que nunca a tinha visto antes, sem nem mesmo precisar ver seu rosto, para saber disso. Algo me dizia isso em algum canto de minha mente.
– Irmã diga logo a ele o porquê dele esta aqui. – disse um homem sentado na cama com as costas recostadas na cabeceira da cama.
Eu não o tinha visto ali até aquele instante, era um homem alto, de musculatura bem definida, cabelo negro, curto e liso e olhos iguais aos da princesa Yin por isso supus que ele se referia a Yin quando falava, mas foi Kami quem respondeu a ele:
– Ola, Yang. – a voz dela era sedutora e perigosa como a se uma caçadora que acabou de encurralar sua presa e queria brincar com ela. – Da ultima vez sua irmã me pediu que o deixasse ir, mas você se lembra de eu ter dito que se você me atrapalhasse de novo nem ela poderia salvá-lo. – Yang se encolheu levemente ao se lembrar da ultima vez.
– Santiago, você era a pessoa mais próxima poderosa o suficiente para levar isso para Sabrina... – disse Yin mudando de assunto rapidamente.
– Sabrina é a garota que você viu na floresta. – informou Violleta distraidamente, interrompendo Yin. Violleta parecia se divertir com a tensão entre Kami e o recém-chegado.
– Sabrina havia sido enviada para encontrar um guerreiro que estava seguindo viagem por ali, ela deveria intercepta-lo e leva-lo para que ele comandasse as tropas contra o rei Luciano. Quando foi interceptada por um dragão e seu cavaleiro – continuou Yin.
– Seja quem for esse guerreiro é melhor não cruzar com Fernando Salvatore. Ele costuma ficar com os nervos a flor da pele quando... – me interrompi quando percebi que tinha dito isso em voz alta e todos me encaravam.
Até mesmo Kami tinha parado de brigar com Yang, os dois estavam um ao lado do outro me encarnando como se eu tivesse acabado de lhes dizer a coisa mais absurda que eles poderiam esperar.
– Você conhece Fernando Salvatore, filho do general Estevam Salvatore e da condessa Cassandra Salvatore? – tinha sido Violleta a quebrar o silencio.
A menina tirou o capuz trazendo a luz o seu belíssimo rosto e deixando meu coração a ponto de sair pela boca. Violleta tinha cabelos castanhos claros com uma única mecha rosa. Grandes olhos de um azul esverdeado único, nariz pequeno e bem feito, lábios rosados bem desenhados e cheios e pele tão clara quanto à da princesa.
Violleta era a garota com quem eu tinha sonhado nos últimos dois meses, correndo e me abraçando em uma clareira cheia de flores, mas em meus sonhos ela era mais velha e eu também era mais velho. Era por isso que sua voz era tão familiar e eu tinha tanta certeza de nunca tê-la visto antes pessoalmente.
– S-Sim, é claro. – respondi normalmente tentando não parecer o mais natural possível com o fato de ser ela a garota dos meus sonhos – E-Ele é meu mentor, com ele é quase como se eu tivesse um pai.
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Declarações
(Violleta)- Kami E Yang se amão!
(Kami)- Nada haver Villu! Eu o odeio!
(Yang)- Villu ela tenta me matar todas as vezes que nos vemos!