Castelo De Areia escrita por Lua Salvatore


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu acabei mudando algumas coisa e quando vi eu já tinha escrito um capitulo bem maior do que eu esperava, mas espero que gostem!



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SANTIAGO

Quando abri os olhos novamente eu estava completamente submerso no lago. Havia água por toda parte e mal conseguia enxergar a um palmo de distancia, mas eu respirava normalmente.

Der repente um fecho de luz vinho atravessou a escuridão das profundezas do lago, pisquei rapidamente numa tentativa inútil de me acostumar com a recente luz forte, mas por sorte a luz começou a diminuir assim como o nível da água.

Após alguns instantes eu estava diante de uma garota de longos cabelos negros com uma pequena mecha vermelha, olhos verde e esmeralda, corpo esguio e formoso, ela parecia uma bonequinha de porcelana, frágil que poderia se quebrar a qualquer instante. Ela usava uma capa parecida com a das outras duas mulheres, a de capa branca e a de capa vinho, mas a sua era vermelha como sangue e seu capuz estava para traz.

Ela penteava seus cabelos negros tomando cuidado para não desfazer a trança em sua mecha vermelha, diante de um espelho emoldurado por flores e cipós trançados de ouro puro, mas meu reflexo não aparecia no espelho e a garota nem percebera minha presença.

Fora só então que eu entendi que tudo àquilo era mais uma das minhas visões, o que também explicava o fato de Fernando não estava ali.

– Você não é meio jovem, para ser tão poderoso tão escorregadio? – disse a mulher de capa vinho, que agora estava sentada a uma mesa relativamente grande com mais quatro cadeiras, ela indicou que eu me sentasse na cadeira ao seu lado. O rosto seu estava fora do meu alcance novamente, pois o capuz ocultava seu rosto nas sombras.


– Oh! Minha deusa, onde estão meus modos. Meu nome é Kami. E o seu? – disse ela assim que me sentei.

– Santiago. – disse distraidamente olhando para a mulher diante do espelho que ainda penteava os cabelos.

– Ela é encantadora não é verdade, Santiago? – ao ouvir Kami pronunciar meu nome minha atenção se virou por completo para ela, pois ela o pronunciava exatamente como Fernando, quando eu me distraia durante um exercício.

– Sim, encantadora. – lhe respondi com certa desconfiança. A maior parte das pessoas, em minhas visões que me viam e ouviam tentavam me matar ou iam direto ao assunto e logo em seguida iam embora me mandando de volta para Fernando, mas ela estava sendo paciente e gentil.

– Obrigada! É muito bom ser elogiada por um rapaz tão educado como você. – a mesma garota da mecha vermelha que estava sentada diante do espelho apareceu sentada ao meu lado, seu capuz estava para traz como a da outra versão, mas na sua cabeça havia um diadema de diamantes e seu cabelo estava perfeitamente penteado e trançado.

– Realmente princesa Yin – disse uma garotinha da minha idade mais ou menos aparecendo na ultima cadeira que restava. Como a de capa vinho seu rosto estava escondido atrás do capuz da capa cor de rosa. – Prazer, Violleta.

Violleta trajava um lindo vestido rosa de cetim bordado delicadamente na barra e nas aberturas laterais, que muitas mulheres sabiam lutar usavam. Ela era magra e elegante, silenciosa e agiu em todos os seus movimentos e muito bem armada. Uma pessoa normal não teria percebido que ela usava alem do arco longo pousado casualmente em sua coxa, as vinte e cinco flechas nas suas costas e uma bolsa lateral que me mostrou que ali avia pelo menos duas adagas, uma bainha com o que parecia ser suas facas nas costas que eram tampadas pela capa e pela facha do vestido.

A voz de Violleta era estranhamente familiar para mim, mas não sabia o porquê, pois tinha certeza de que nunca a tinha visto antes, sem nem mesmo precisar ver seu rosto, para saber disso. Algo me dizia isso em algum canto de minha mente.

– Irmã diga logo a ele o porquê dele esta aqui. – disse um homem sentado na cama com as costas recostadas na cabeceira da cama.

Eu não o tinha visto ali até aquele instante, era um homem alto, de musculatura bem definida, cabelo negro, curto e liso e olhos iguais aos da princesa Yin por isso supus que ele se referia a Yin quando falava, mas foi Kami quem respondeu a ele:

– Ola, Yang. – a voz dela era sedutora e perigosa como a se uma caçadora que acabou de encurralar sua presa e queria brincar com ela. – Da ultima vez sua irmã me pediu que o deixasse ir, mas você se lembra de eu ter dito que se você me atrapalhasse de novo nem ela poderia salvá-lo. – Yang se encolheu levemente ao se lembrar da ultima vez.

– Santiago, você era a pessoa mais próxima poderosa o suficiente para levar isso para Sabrina... – disse Yin mudando de assunto rapidamente.

– Sabrina é a garota que você viu na floresta. – informou Violleta distraidamente, interrompendo Yin. Violleta parecia se divertir com a tensão entre Kami e o recém-chegado.

– Sabrina havia sido enviada para encontrar um guerreiro que estava seguindo viagem por ali, ela deveria intercepta-lo e leva-lo para que ele comandasse as tropas contra o rei Luciano. Quando foi interceptada por um dragão e seu cavaleiro – continuou Yin.

– Seja quem for esse guerreiro é melhor não cruzar com Fernando Salvatore. Ele costuma ficar com os nervos a flor da pele quando... – me interrompi quando percebi que tinha dito isso em voz alta e todos me encaravam.

Até mesmo Kami tinha parado de brigar com Yang, os dois estavam um ao lado do outro me encarnando como se eu tivesse acabado de lhes dizer a coisa mais absurda que eles poderiam esperar.

– Você conhece Fernando Salvatore, filho do general Estevam Salvatore e da condessa Cassandra Salvatore? – tinha sido Violleta a quebrar o silencio.

A menina tirou o capuz trazendo a luz o seu belíssimo rosto  e deixando meu coração a ponto de sair pela boca. Violleta tinha cabelos castanhos claros com uma única mecha rosa. Grandes olhos de um azul esverdeado único, nariz pequeno e bem feito, lábios rosados bem desenhados e cheios e pele tão clara quanto à da princesa.

Violleta era a garota com quem eu tinha sonhado nos últimos dois meses, correndo e me abraçando em uma clareira cheia de flores, mas em meus sonhos ela era mais velha e eu também era mais velho. Era por isso que sua voz era tão familiar e eu tinha tanta certeza de nunca tê-la visto antes pessoalmente.

– S-Sim, é claro. – respondi normalmente tentando não parecer o mais natural possível com o fato de ser ela a garota dos meus sonhos – E-Ele é meu mentor, com ele é quase como se eu tivesse um pai.



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Notas finais do capítulo

Declarações
(Violleta)- Kami E Yang se amão!
(Kami)- Nada haver Villu! Eu o odeio!
(Yang)- Villu ela tenta me matar todas as vezes que nos vemos!



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