Castelo De Areia escrita por Lua Salvatore


Capítulo 2
O que esta havendo o lago?Quem são essas pessoas?


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora mas não tive muito tempo para postar essa semana minha irma ficou doente e com as provas toda quarta ficou meio difícil escrever.



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SANTIAGO


Não sabia exatamente onde estava. O lugar era iluminado apenas pela luz da lua cheia já no alto do céu repleto de estrelas. Aos poucos meus olhos se acostumaram com a luz fraca da lua e pude definir algumas sombras no horizonte.

Depois de alguns intentes consegui vê, contornos de arvores enormes que formavam uma clareira na floresta. As arvores mesmo sobre a fraca luz do luar eram negras como um abismo sem fundo, com exceção de alguns galhos cobertos de neve.

Levantei do chão, coberto por uma expeça camada de neve, com um pouco de dificuldade. Estava sozinho, com frio e com muito medo no meio de uma floresta em um lugar que não vazia ideia de onde poderia ser. O vento frio e úmido penetrava minhas roupas, trazendo com ele alguns flocos de neve que vinham dos galhos das arvores e o lugar estava mergulhado em um silencio perturbador.

Tentei me lembrar do que poderia ter acontecido, mas só conseguia me lembrar de estar em Bonnie, seguindo Santiago ate a hospedaria do famoso tio Guilherme, que ele gostava tanto, de termos passado por algumas casas luxuosas da cidade, escuridão e de depois ter acordado aqui no meio do nada com medo, frio, perdido e sozinho.

Sai da clareira entrando na floresta em busca de uma trilha que me levasse a uma estrada, casa, ou algum lugar conhecido. Mas não importava quantas vezes eu tentasse de alguma forma eu acabava na mesma clareira com as marcas de onde eu estava deitado e as marcas das minhas pegadas.

Por fim desisti de tentar achar o caminho assim e me sentei no chão, na posição de lotos, onde antes tinha acordado. Fernando sempre dizia que a posição de lotos nos ajudava a pensar, escutar o ar, a terra, a água e o fogo ao nosso redor, achar o que procuramos, e nos mostrar o caminho. Fechei os olhos, esvaziei minha mente, fiz uma antiga técnica de enraizamento para me purificar de todas as energias negativas presentes no meu ser e concentrei toda a minha essência em fazer com que cada um dos meus chakras se alinhasse, conectassem e que minha energia vital fluísse livremente entre eles.

Não sei quanto tempo fiquei ali sentado em posição de lotos, certamente não fora pouco tempo, pois sempre que eu e Fernando fazemos isso perdemos quase um dia inteiro de viagem. Por mais incrível que pareça quando reabri os olhos a lua estava exatamente na mesma posição que estava quando acordei o que era impossível, pois mesmo que eu tenha meditado apenas alguns instantes eu andei em círculos por horas.

Mas não tinha sido a posição da lua que me deixar mais alarmado havia sido uma luz branca na floresta fugindo de algo rapidamente. Por puro instinto fui correndo atrás dele e assim que pus o pé para fora da clareira atrás daquela luz fraca que se distanciava rapidamente. Ouvi dois fortes bateres de asas no céu não sabia ao certo o que eram, mas eram enormes.

A única coisa que me vinha à cabeça naquele instante era que independente do que sejam a luz branca estava fugindo deles. Quando alcancei por fim a trilha onde ela corria percebi que havia marcas de cascos de um cavalo e pegadas humanas ao seu lado.

Junto às pegadas humanas havia pingos de sangue e em algumas arvores marcas de mãos ensanguentadas, conforme eu corria pela trilha as pegadas humanas estavam se tornado cada vez mais parecidas com as de uma pessoa sendo arrastada por algo e cada vez tinha mais sangue junto às pegadas. Mais a frente algo começou a tampar as pegadas humanas, algo como uma capa que arrasta no chão. Não importa o quão rápido eu fosse o bater de azas estava cada vez mais perto, mas a luz também estava mais próxima.

Quando finalmente alcancei estávamos em um lago enorme cercado de montanhas que imediatamente reconheci, eram as mesmas montanhas que cercavam o vali onde ficava a floresta dos Anjos e a cidade de Jaguadarte. Esse tempo todo eu estava na floresta dos Anjos.

Deitada em uma arvore ali ao lado estava uma mulher de cabelos longos e negros trançados que estavam à mostra caída para fora do capuz que tampava por completo seu rosto e sua capa branca estava enrolada em seu corpo, na capa aviam varias manchas de sangue, mas quem quer que fosse ainda tinha esperança de que a capa da cor da neve a escondesse de seus perseguidores. Eu mesmo tão a teria visto se seu cavalo branco como a neve, assim como o arreio que estava nele, não tivesse aberto os olhos e relinchado baixinho o suficiente para que apenas eu e um dos dragões que a seguia pudéssemos ouvir e o brilho agora fraco que vinha da capa da mulher.

Escondi-me em um local onde pudesse ver a mulher deitada que tremia levemente com a dor e o frio que sentia. Também podia ver o cavalo e os dois enormes dragões que agora em terra lutavam ferozmente um contra o outro sobre o lago.

Um dos dragões possuía vários espinhos sobre seu corpo escamoso negro e garras enormes, mesmo aquela distancia dava para ver que alguém de armadura estava em cima do dragão e que o dragão estava usando uma armadura negra como suas escamas. O outro dragão era o que tinha ouvido o relincho, era um pouco menor que o negro, possuía escamas brancas peroladas, era muito mais rápido que o dragão negro, estava usando armadura branca perolada como suas escamas, mas parecia ficar mais fraco a cada minuto e não havia ninguém em cima dele.

O dragão negro o atacava sem piedade nenhuma enquanto o dragão branco fazia de tudo para o dragão negro não se aproximar de onde estava a mulher e tentava acertar desesperadamente o homem encima do outro dragão.

– Te achei! – uma mulher de capa vinho com o capuz tampando do seu rosto com exceção de seus lábios vermelhos na luz da lua, apareceu embaixo da arvore onde eu estava escondido. – A gora dessa de cima dessas arvore.

Ela gritava comigo, mas ninguém parecia vê-la ou ouvi-la. Sua capa produzia uma luz vinho assim como a da outra mulher que estava escondida na neve seu cabelo negro caia em cascata para fora do capuz.

Assim que desci da arvore ela pegou meu pulso e saiu me arrastando em direção ao lago, no seu pulso havia um pentagrama com duas estrelinhas pequenas dento todos da mesma cor de sua capa. O cavalo nem a mulher perceberam quando passamos por eles, e os dragões continuaram lutando sem perceber nossa presença.

A mulher me arrastou até a margem onde de alguma forma um lindo dragão igual ao branco só que totalmente vinho nos agarrou e nos levou para o cento do lago enquanto os outros dois dragões lutavam normalmente em cima de nós. Fechei os olhos, pois nunca gostei muito de altura e logo em seguida o dragão roxo nos jogou na água e rapidamente afundamos.

Senti o baque na água e tampei a respiração de imediato. A água por incrível que pareça estava morna, mas não importava o quanto eu tentasse não conseguia voltar a superfície e já não estava mais conseguido prender a respiração.




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