A semana passa rápido. É meio da tarde e Sebastian está gostando dos resultados de suas investidas. Parece que ela está ficando confusa cada vez mais. Infelizmente, ele ainda não tinha a confirmação se ela gosta dele, pois ela continuava namorando Eric, mesmo com os altos e baixos. Pelo menos era isso que ele pensava.

Sebastian ultimamente não consegue se encontrar com Emily. Ela está conseguindo escapar de sua vista de alguma forma e isso o está deixando frustrado. Mas como ele é um demônio insistente, teve uma ideia: falar com os pais dela.

Ele sabia que poderia contar com Edgar e Helena já que foi ele quem entregou Emily em seus braços. Além disso, eles sabiam que ele era apaixonado por ela. Como ele tem o telefone da casa deles, resolve ligar. Para sua surpresa, uma voz doce e ingênua de criança é quem atende.

- Alô?

- Liz, é você?

- Sim. Quem está falando?

- É o tio Sebastian. Lembra-se de mim?

- Claro. Quando é que você vai aparecer de novo para nós brincarmos?

- Ainda não sei Liz, mas espero que em breve. Por acaso você sabe onde sua irmã está?

- A oneesan? Sim. Ouvi meus pais falarem com ela sobre uma festa que vai ter onde ela trabalha. Também ouvi algo sobre Eric que me deixou triste.- Diz Liz começando a contar tudo que sabe para Sebastian.

- Algo sobre Eric? O que exatamente?

- De que ele não deve aparecer mais para ver Emily. Não entendi o porquê.

- Entendo. Muito obrigado Liz. Adorei falar com você novamente. Espero nos encontrarmos muito em breve.

- Eu também tio. Tchau. – E ao ouvir as palavras da criança, Sebastian desliga a ligação.

“Se Eric não vai aparecer mais para ver Emily, isso só pode significar que eles terminaram. Até que enfim estou com o caminho livre. Essa foi a melhor notícia que pude receber. Hoje, vou comparecer a festa da empresa de Emily. Só tenho que descobrir onde ocorrerá e arranjar uma roupa adequada para usar. Entrar na festa será fácil.” Pensa ele enquanto sorri consigo mesmo. Ele sente que está perto de reconquistar Emily. Ele mal via a hora de ter ela novamente em seus braços.

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É final de tarde e a noite começa a aparecer lentamente. Emily está se arrumando para a festa. Ela comprou um lindo vestido violeta, transpassado no busto, tomara que caia de tafetá especialmente para a ocasião. Seu cabelo está preso por um coque, com algumas mechas caídas sobre o seu rosto. Ela pinta os lábios com uma cor que combina com o vestido. Ela apenas se adorna com um par de brincos com pingente e um simples relógio de pulso.

Emily chega cedo ao salão para conferir se tudo está certo. O salão está esplendoroso enfeitado com vários tipos de flores. Aos poucos os convidados vão chegando. Ela vai até a cozinha verificar se as comidas e bebidas estão prontas para serem servidas e em seguida, se dirigi a um pequeno palanque onde abre a festa oficialmente.

Percebendo que tudo está em ordem, resolve aproveitar um pouco da festa. Ela vê os casais dançando e começa a refletir. “Se Eric estivesse aqui, eu teria um par para dançar”.

- Você está pensando em dançar com alguém? – Ela ouve um sussurro em seu ouvido.

- Sebastian

Ela se vira e quase seus lábios se tocam. Ela fica confusa.

- Sebastian! O que você está fazendo aqui?

- Queria vê-la. Estava com saudades.

 - Você não devia ter vindo.

- Mas estou aqui. Concede-me o prazer desta dança? – Diz ele estendendo à mão a espera de sua resposta.

Embora hesitante, ela acaba aceitando o convite. Os dois bailam em volta do salão. Afinal, Sebastian é um excelente dançarino. Enquanto dançam, Sebastian delicadamente acaricia as costas dela. Ele se abaixa e fala em seu ouvido.

- Você está simplesmente linda.

Ela fica corada. De vez em quando, ela olha para seus lindos olhos vermelhos, tentando encontrar uma explicação para ele ter voltado.

A música termina, e com ela a dança também. Emily pega no braço de Sebastian e fala:

- Precisamos conversar. Siga-me.

Os dois saem do salão de festa e seguem até o jardim numa área de pouco acesso. Eles ficam de frente um para o outro e Emily pergunta.

- Porque você não me deixa em paz?

- Por que eu quero ficar com você.

- Não Sebastian, entenda. Eu tenho minha vida, tenho namorado e nós somos completamente diferentes. Não tem como ficarmos juntos.

- Pare de mentir Emily. Sei que você não está mais namorando.

- Como você descobriu?

- Simples: liguei para seus pais e quem atendeu foi Liz. Ela que me contou sobre essa festa e sobre o término de seu namoro.

- Não se aproxime assim da minha família, principalmente de Liz.

- Não precisa ficar nervosa Emily. Dê-me mais uma chance. Não te abandonarei novamente.

- Nada me garante que você cumprirá sua promessa.

- Confie em mim Emily.

- Não, eu não quero confiar em suas palavras. – Diz ela o empurrando. – Sei que tudo isso é mentira. Você está tentando me enganar. Eu não sou tola.

- Isso não é verdade.

- É sim. Você confundiu minha vida. Você é um desgraçado. Eu te odei...

Antes que ela complete a frase, Sebastian a puxa e começa a beijá-la. De repente, uma lembrança surge na mente dela: uma lembrança de quando ela era pequena. Ela via dois corpos estirados no chão. Ela sabia que eram seus pais biológicos e que estavam mortos. Ela não sabia o que fazer, não sabia para onde ir. Estava sozinha no mundo e esperava sua morte enquanto as chamas que queimavam a casa se aproximavam dela quando uma imagem aparece a sua frente. Seu contorno era a de um homem alto e esguio e ela logo pode identificar quem era.

Ela para de beijar Sebastian e o empurra.

- Você é...

- Sim. O demônio que te salvou anos atrás quando você ainda era uma criança.

- Por que você me salvou?

- Estava entediado, perambulando pela terra quando avistei uma casa pegando fogo. Quando fui ver de perto o incêndio, te avistei chorando perante dois corpos que deviam ser dos seus pais verdadeiros. Algo dentro de mim quis te salvar e eu o fiz. Entreguei você a Edgar e Helena que juraram cuidar de você com todo carinho. Sempre que podia te via nem que fosse por alguns segundos. Fiquei querendo te ver mais vezes e então descobri que tinha criado um vínculo, um sentimento por você.

Emily ouvia tudo perplexa. Ela não está acreditando no que o demônio está lhe dizendo. “Então foi ele quem me salvou. Foi ele que mudou minha vida por completo. Sem ele, eu não estaria aqui”.

- A verdade Emily, - continua a dizer Sebastian – É que eu te amo.

- Sebastian... – Diz a garota com lágrimas nos olhos.

Ela se aproxima dele e o beija. Sebastian corresponde ao beijo com mais intensidade e o clima começa a esquentar. Emily se afasta dele e diz:

- Aqui não é o local apropriado. Alguém pode nos ver.

- Então que tal irmos para sua casa?

- Hum... Até que não é uma má ideia.

Rapidamente eles saem da festa e entram no carro de Sebastian. O caminho até a casa de Emily é curto e logo eles chegam. Eles saltam do carro e Sebastian a levanta do chão, a mantendo em seus braços, encaixando as pernas dela em volta do seu corpo, a levando até o quarto entre beijos.

Já no quarto, Sebastian a deita na cama, tira suas sandálias, seu vestido e sua calcinha, deixando-a completamente nua. Mais uma vez ele ficava admirando aquele corpo nu. Ele não pode deixar de perceber que seus seios haviam aumentado um pouco e suas curvas estavam bem mais definidas. Sebastian começa a beijar os seios dela e Emily geme baixinho.

Em um rápido movimento, Emily troca de posição e deita Sebastian. Enquanto ela o beija, ela tira a roupa dele. Em seguida vai descendo os beijos até chegar ao membro do homem. Ele fica excitado e não consegue esconder seu entusiasmo, gemendo baixinho. Ela se posiciona em cima dele e começa a se movimentar com intensidade. Sebastian coloca as mãos na cintura da mulher, guiando os movimentos e os dois chegam ao clímax, gemendo juntos de prazer.

Emily se deita do lado de Sebastian e ele a abraça carinhosamente.

- Não vou me separar de você nunca mais. – sussurra Sebastian no ouvido dela.

Ela o abraça com mais força, se aninhando no peito de Sebastian enquanto ele acaricia seus cabelos.