Levantei da cama em sabe quem ou o quê me esperava. Aquele seria meu primeiro dia no meu primeiro colégio como professor. E era um bom colégio, um dos melhores da cidade. Pra falar a verdade, eu mal sabia como eu tinha sido conseguido o emprego. Só sabia que eu tinha conseguido.

Escolhi minha melhor roupa e saí. Não havia palavras que descrevessem o quanto eu estava nervoso. E como eu sou um velho conhecido de mim mesmo, eu sabia que eu ia cometer uma gafe enorme logo no primeiro dia. Se não ocorresse, meu nome não era Brendon.

Na rua, tudo normal. Pessoas e mais pessoas passam, a curtos porém apressados passos, no anseio de chegarem no trabalho, geração workaholic. Ao contrário de mim, que apreciava cada centímetro que Los Angeles me oferecia aquela manhã. No vagaroso andar, fui chegando ao colégio, sem grandes problemas.

Um imenso pátio verde, um largo e extenso prédio de dois andares. Típico colégio americano de ensino médio. Tive a leve impressão de já até tê-lo visto em algum filme. Minha ficha não tinha caído ainda. Eu, trabalhando em um colégio. Não para por aí, eu tava trabalhando em um dos mais famosos da redondeza. Incrível. Naquele instante, parado no pátio e pensando nisso tudo, achei que jamais teria sorte maior que aquela. Definitivamente, eu não sabia o que ainda ia acontecer comigo naquela manhã. Eu não fazia nem ideia que aquela seria só mais uma folha no meio da Floresta Amazônica de sorte que eu ia encontrar aquele dia.