Strange Boy And Cute Boy escrita por Kaaryu the Strange King


Capítulo 2
Liberdade Indesejada


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo lindo! Desculpas pela demora, não teve motivo.
Próxima atualização provavelmente só em janeiro. Depois vou explicar um esqueminha que estou bolando. ^^
Espero que gostem, até as notas finais!



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Sammuel acordou mais cedo do que o normal, naquele dia. Já se acostumara, havia muito tempo, com a rotina na cadeia, mas dormira muito mal de noite. Havia sonhado com a família. Tanto a que assassinara quanto com a que restara (e que provavelmente odiava o “pequeno” Sammy com todas as forças.)

Na última categoria, existiam apenas três pessoas, se é que poderiam ser chamadas de pessoas. Carla, ou Carlets — como amava ser chamada —, Ana Bia (na realidade, Ana Bianca), e Cristina. Conhecidas como “As Trigêmeas mais odiadas” de qualquer lugar a que iam. Elas tinham nove anos quando seus pais (tios de Sammuel) foram assassinados. As trigêmeas só odiavam Sammy porque foram parar num orfanato, e lá, definitivamente, não tinha nenhuma roupa bonita e na moda.

O pequeno Darkwood, que já tinha seus dezessete anos, odiava sonhar com parentes de sangue. Todos os que Sammuel conhecia eram nojentos, perversos e preconceituosos. Mais um motivo para o jovem matá-los.

Um sorriso malandro passou pelo rosto de Sammy quando este viu o homem adormecido na cela em frente. Bem, Sammuel mudara — principalmente na personalidade. Não que tivesse ficado irreconhecível, mas já não era o “todo adorável Sammuel Darkwood” de cinco anos antes. O garoto ficara malandro, sarcástico e boca-suja. A aparência ainda estava parecida com a de antes: os cabelos estavam quase iguais, mas os olhos, antes grandes e fofos, pareciam mais cruéis e desafiadores. O sorriso malandro era resultante da mudança de personalidade.

Assim que olhou para a cela vizinha, Sammuel já planejou uma forma bastante “agradável” de acordar Regulus — o homem que vivia na cela em frente à de Sammuel. Este engrossou a voz, tornando-a mais máscula e autoritária, e começou a brincadeira:

— Senhor Regulus Steves, cela número 536, avisamos que sua refeição diária, a partir de hoje, será cortada pela metad…

— NÃO! NÃO FAÇAM ISSO! EU JURO QUE NUNCA MAIS PEGO COMIDA DO KEN… — Sammy começou a gargalhar como se não houvesse amanhã, e Regulus percebeu o que ocorria. — Sua vadia! Como pôde fazer isso comigo? Fale!

— Ui, ui, ui! Regulus, eu só queria que você acordasse, babaca! Mas você, com essa mente de lesma, é um preguiçoso sem igual e só acorda quando dizem que algo de ruim vai acontecer com a sua comida. Se eu fosse morrer, o que você faria, hein? — o drama altamente dramático de Sammuel nunca convenceria Regulus (uma vez que o próprio Regulus fora aquele que ensinara o menino a ter lábia e ser dramático).

Os dois riram. Sammuel, então, riu da risada de Regulus, que riu mais ainda, o que fez Sammy se lembrar de como, no início, achava que o homem de cabelos eternamente embaraçados era louco.

Mas Sammy estava errado. Regulus nunca poderia ser descrito como “louco” — ao menos não por Sammuel.

Regulus era absurda e bizarramente pirado. Muito provavelmente, batera a cabeça no chão, ou em qualquer superfície de pedra, quando criança. E, o que era ainda mais provável, bebera água do vaso de plantas da vizinha. Ou, quem sabe, a tal “água maldita” fosse do vaso sanitário, e não do de plantas. Mas Sammuel havia aprendido a ignorar aquilo. Por quê? Porque Regulus era, acima de tudo, um ótimo homem.

Era como o irmão que Sammuel nunca teve a oportunidade de ter.


Theodor Collin era um cara bonito. Bonito até demais, disputado por muitas garotas. Mas o próprio não ligava. Apenas ficava na dele, passando pelas pilhas de vadias, totalmente artificiais com aquelas maquiagens, e ignorando-as. Theo simplesmente achava-se mais bonito que aquelas meninas filhinhas de papai. E, sim, estava certo. Os cabelos naturalmente lisos e pretos de Theodor eram muito mais bonitos do que aqueles cabelos loiros falsos, com alguns lisos pela chapinha, outros com cachos obviamente artificiais.

E, devido à beleza, Theodor tinha uma namorada. Mas ela, diferente do garoto, não conseguia simplesmente ignorar as admiradoras de Theo. Emily Parker era ciumenta. A garota — que possuía longos e cacheados cabelos castanhos e pele morena — jamais iria permitir que aquelas vadias se aproximassem de Theo. Por isso, Emily era considerada a “Garota mais Durona da Universidade”. Bem, pelo menos era verdade.

Para Theodor, a proteção excessiva que recebia da Parker não era um problema. Muito pelo contrário, já salvara a pele do garoto várias vezes, mas isso é outra história. Agora, Emily não gostava muito das ocupações de Theo. O garoto era assistente da mãe, em uma clínica de reabilitação, chamada Clínica de Reabilitação Morada dos Sonhos.

A tal clínica não agradava Emily por vários motivos: o primeiro era que Theodor ficava com pouco tempo para sair com Emil (“Emil” era o apelido carinhoso usado por Theo para se referir a Emily). O segundo motivo era que, sempre que Emily queria combinar algo com Theo, ela tinha que ir até a clínica — que, apesar de agradável, estava sempre cheia de pessoas que não gostavam de Emily —. Ainda havia muitos outros motivos, tolos ou não, mas o principal era o que martelava a cabeça de Emily diariamente. Theodor poderia estar tendo um caso com alguém na clínica. Não necessariamente paciente, também poderia ser um funcionário.

Cada motivo já fora discutido com Theo, que dizia que não havia problema algum. Assim, Emily apenas aceitava. Ela, frequentemente, tentava pôr na própria cabeça o fato de que, se Theodor se apaixonasse por outra pessoa, terminaria com Emily, e não a trairia.

Bem, Theodor realmente estava apaixonado por Emily. Ou era isso que pensava. A garota era perfeita, mesmo com a personalidade forte. Cuidava dele com carinho, salvava-o de perigos e já até nocauteara um cara que havia tentado machucar Theo.

A mãe de Theodor também achava Emily uma gracinha: a menina perfeita para o filho. Emily gostava de esportes, de lutas e de animes e mangás. Samantha Collin, mãe de Theo, aprovava os gostos da garota. Inclusive, as duas já até assistiram juntas uma temporada completa de um anime na casa de Emily.

Tudo corria perfeitamente bem no relacionamento. Mas nada é perfeito, então algo os atrapalharia. Porém, ninguém sabia daquilo. Nem os namorados, nem os familiares, e muito menos o jovem menino que atrapalharia tudo.


Aquele estava sendo um “dia ótimo” na prisão de La Creación. Bem, levando em conta de que era uma prisão. Tudo corria normalmente: Kenny Marsh estava roendo a unha do dedão do pé, Leonard “Sem sobrenome” perseguia uma cauda invisível, Regulus praticava kung fu contra a parede e Sammuel cantava uma abertura aleatória de anime, com a letra modificada pelos cinco anos sem assistir o tal anime. Carlos, o “valentão”, chorava porque vira uma barata na cela, e a tal de Rita, uma guarda muito legal e amigável, no lado de fora da cela, tentava acalmar o gigantesco — e chorão — homem.

Resumindo, tudo estava normal. Normal nos parâmetros da prisão, mas normal. Sem quebra de rotina, sem nada de especial. Não, não! Havia, sim, algo muito especial: era uma sexta-feira. E, toda sexta-feira, tinha macarrão no almoço. Todos na prisão amavam o macarrão. Todos aguentavam os longos dias da semana só pelo macarrão. Aquele delicioso prato era tudo o que fazia os presos nem notarem o passar dos meses e anos.

O macarrão era supremo, naquele lugar. Apesar de que, se qualquer um dos presos cozinhasse o prato, ficaria melhor do que o que era servido. Mas, na prisão, por que alguém seria burro o suficiente para se preocupar com isso. Era o melhor prato que as cozinheiras do lugar — muitas delas já haviam sido expulsas de escolas de culinária pela péssima habilidade na cozinha — conseguiam fazer.

Era exatamente em comida que Regulus pensava. Depois da pegadinha de Sammy, o homem tinha medo de que guardas tivessem ouvido a confissão sobre Regulus roubar comida de Kenny Marsh. Se Rita ouvira, não havia problema. Se quem ouvira fosse qualquer outro, Regulus estava ferrado. Desse modo, o homem realmente queria que ninguém tivesse ouvido.

Quando Rafael Gonçalves, um dos guardas mais assustadores do lugar, parou próximo às celas de Sammuel e Regulus, este último sentiu as entranhas se remexendo, como se fossem explodir ou, talvez, implodir. Porém, Rafael se virou para Sammy, que, sorrindo sarcasticamente, perguntou:

— Que é? Vão me punir por que raio de motivo?

— Ninguém vai te punir, moleque abusado — Sammuel sorriu com a denominação. — Eu vim é te dizer que você tá é com muita sorte.

— Como assim? — A expressão de Sammy era de incredulidade pura. Sorte? Ele? Sammuel Darkwood nunca estava com sorte.

Rafael riu maldosamente, e não chegou a responder à inocente pergunta do preso:

— Ah, acabei de me tocar que você não sabe nem em que dia, nem em que ano estamos. Bem, se é assim, você saberá hoje, depois do almoço.

— O quê? Seu filho da puta! Me diz logo o que vai acontecer!

Sammuel acabou por ter que esperar o horário depois do almoço para descobrir o porquê de estar, supostamente, com sorte. Isso deixou o jovem irritado. Regulus, muito diferente do amigo mais novo, estava alegre e absolutamente aliviado por ninguém ter ouvido o que dissera em reação à brincadeirinha de Sammuel.

À uma hora da tarde, dois homens pararam em frente à cela de Sammy. O garoto sentiu-se intimidado, mas ousou perguntar o que acontecia. A resposta foi bastante violenta por parte dos homens. Sammuel foi algemado e parecia estar sendo levado para uma sala de tribunal ou semelhante. Ele sabia disso porque entrara em uma quando fora julgado.

O local estava quase vazio, exceto por ele e pela presença de uma bonita mulher de pele morena. Feitas as apresentações, a mulher, de nome Julieta, explicou calmamente o que acontecia:

— Senhor Darkwood, em 2008 o senhor foi preso por assassinato a todos os seus parentes maiores de idade. Estou correta? — Como resposta, uma afirmação silenciosa. — Pois bem. A pena que lhe deram foi de cinco anos. Então… a pena acaba amanhã.

O jovem arregalou os olhos. Cinco anos… passaram tão rapidamente? Era possível que já fosse janeiro de 2013?

— Tem certeza, minha senhora?

— Ora, ora! Mas é claro que tenho certeza. Você, no entanto, não me parece muito interessado em sair daqui.

Aquilo era a mais pura das verdades. Sammy não queria sair dali. Queria continuar com Regulus, com Kenny, com Leonard, com Rita e até com Rafael. Não queria voltar para casa. Ou melhor, não queria ir para um orfanato.

— De qualquer forma — Julieta retomou —, você irá para um lugar chamado “Clínica de Reabilitação Morada dos Sonhos”. Como você ainda é menor de idade, ficará lá por uns meses.

— Ah… e o que eu faço depois? Não tenho lugar para ir! — desesperou-se Sammuel. — Fico na rua, é?

— Ainda não acabei! Cale-se, por favor. É o seguinte: você morará lá por pelo menos sete meses, que é o tempo mínimo do “tratamento”. Até lá, eu sei, você completará dezoito anos. Pode tentar conseguir um emprego, comprar uma casa. Se desejar continuar na clínica para estudar e recuperar esses cinco anos perdidos, a escolha é sua.

— Entendo… Mas, ainda assim, por que terei de fazer esse tal “tratamento”? — Sammy questionou, com um tom de voz ainda um pouco desesperado.

— Uma excelente dúvida. Bem, seus cinco anos na cadeia podem ter, por assim dizer, mexido um pouco com sua cabeça. Você ficou numa ala com gente com alguns problemas de cabeça… — Julieta pigarreou. — Pode ter te afetado um pouco. Mudando de assunto, há algo que me esqueci de mencionar. Quanto aos estudos, você pode escolher fazê-los durante o período de tratamento. Mas é uma escolha pessoal. Se escolher não estudar, também não é necessário que faça os estudos, apenas recomendado.

— Certo… acho que escolherei estudar, de toda forma. Mas, como são cinco anos de estudo que eu perdi, suponho que as “aulas” durarão mais do que seis meses.

A resposta era bem óbvia, mas Sammuel tinha algumas dúvidas quanto a ela. Na realidade, queria evitar pensar no assunto, porque o remetia ao fato de que sairia da cadeia no dia seguinte. Isso, para muitos, seria motivo de comemoração. Para Sammy, não era. Significava abandonar todas as pessoas legais que conhecia. Apesar de que, por exemplo, Kenny sairia da cadeia ainda em 2013. Mas Regulus não. Este sairia — como ele próprio dissera — depois de quinze anos da saída de Sammuel.

— Está correto, senhor Darkwood — a voz de Julieta trouxe Sammuel de volta à realidade. — Mais alguma dúvida?

— Sim, apenas mais uma. Como a clínica será paga?

— Uma ótima pergunta, senhor Darkwood — Julieta falou num tom calmo, e Sammy ficou mirando os próprios pés. Ele não gostava da forma como Julieta falava, parecia artificial. — Pode-se dizer que o tratamento será de graça, é como uma “parte extra” da pena que você recebeu do juiz.

— E os estudos?

Um sorrisinho surgiu no rosto de Julieta.

— Você, por acaso, tem conhecimento de sua herança?

— O quê? — A pergunta surpreendera Sammy, isso era fato. — Meus pais jamais me deixariam herança. Eles me odiavam.

— É aí que você erra. Eles eram obrigados a te deixar pelo menos uma parte da herança. O mais surpreendente é que deixaram quase tudo — diferente de antes, a voz de Julieta não era mais capaz de tirar Sammuel de seu mundinho particular. Claro a herança era uma boa ideia, e seria capaz de sustentar Sammuel por alguns meses, até que ele conseguisse emprego. Mas uma dúvida nova surgiu na cabeça do menino.

Quase tudo?

— Acho que você é um pouco azarado quanto à parte da herança que ficou com você. Infelizmente, a casa ficou com Josiscleide Maria, uma amiga dos seus pais. — Julieta disse. — Mas, com o dinheiro que você terá assim que completar dezoito anos, você poderá comprar ou alugar um apartamento ou uma casa.

— Acho… acho que entendi tudo.

— Certo. Talvez você encontre alguns amigos seus na clínica, daqui a alguns meses. Como o Regulus, sabe? — Um risinho foi contido por Julieta.

— Reggy? Ele sai esse ano?

— Sai, ele não te contou?

A situação ficou confusa para Sammuel. Regulus sairia dali quinze anos, o próprio dissera aquilo. Sammy contou isto para Julieta:

— Na verdade… quando eu cheguei aqui, ele me disse que sairia depois de vinte anos.

— Vinte anos?! Não, não — o tom de Julieta era divertido. — Quando você chegou aqui, faltava pouco mais de cinco anos para a pena de Regulus terminar.

— Quer dizer que ele mentiu pra mim?! E nunca me contou a verdade? — se fosse isso, Sammuel se sentiria eternamente decepcionado com Regulus.

— Bem capaz. Na realidade, ele deve ter tido uma recaída — a dúvida na expressão de Sammy deixava claro como este não fazia ideia do que a mulher falava. — Suponho que você não saiba muito do passado de Regulus. Ele era um grande mentiroso. Aos treze anos, fez um tipo de tratamento para tentar parar de mentir, mas às vezes se descontrolava e tinha uma recaída. A presença de um novo companheiro deve ter mexido com ele.

— Ah…

— De qualquer forma — sorriu Julieta —, você deve voltar à sua cela. Amanhã, à uma hora da tarde, você será levado à clínica. Lembre-se de tirar qualquer outra dúvida com os profissionais. Isto é, supondo que você não tenha nenhuma dúvida quanto à herança deixada por seus pais…

— Por enquanto, as explicações são mais que suficientes; se necessário entrarei novamente em contato.

E Sammy se retirou da sala, sendo levado novamente para a cela. No caminho, viu Leonard tentando escalar a parede da cela, e viu como aquela cena — bastante cotidiana, para falar a verdade — faria falta. Viu Kenny roendo as unhas e viu Regulus brincando de Kung fu. Tudo estava embaralhado na cabeça do garoto. Absolutamente tudo. Regulus notou a inquietação do menino, mas resolveu não se intrometer, uma vez que Sammy odiava isso.

Na cabeça de Sammuel, vários fatos tentavam ser assimilados, mas isso não era possível. Especialmente o fato de que Regulus havia mentido. Sammy sabia que o homem não tinha culpa por completo, fora uma recaída, mas sentia um pouco de raiva.

— Bem, eu tenho que aceitar, não é? — Sammuel sussurrou para si mesmo. — Tudo tem um fim.

E aquele seria o fim de tanta coisa boa, de várias amizades…

Pelo menos, talvez eu ainda veja Regulus, pensava esperançosamente. Um sorriso surgiu no rosto do menino, juntou com algumas lágrimas. E, afinal, esse homem maluco acabou se tornando alguém especial.


Em algum lugar longe dali, em um lugar cheio de pessoas estranhas e pessoas divertidas, várias pessoas de jalecos brancos se preparavam para receber um novo paciente de dezessete anos.


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Notas finais do capítulo

Eu, particularmente, achei a explicação meio esquisita. Se alguém ficar muuuuuuito confuso, eu tento melhorar um pouco.
Me avisem os erros, e digam se há algum problema na formatação da história. (essa coisa me irrita muito!)
Kisses and Bye!
Kaaryu ~ Cuidado com os pombos!
P.S.: Alguém aí gosta de chocolate? Desculpem-me, eu amo PS's



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