Wanted escrita por Miss Elyon


Capítulo 2
Capítulo 2 - Musica e Sangue


Notas iniciais do capítulo

Não resistir e coloquei o capitulo seguinte!



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Capitulo 1


Naquela noite, fora marcada com sangue na memória da pequena Kyouko. Não sabia o motivo, mais sabia que no fundo conhecia a razão sem mesmo conhecer.


Ela havia sido adotada pela Duquesa Delancler, após o falecimento do marido, O Duque de Montegray, a pequena fora a luz para o seu sofrimento. Sempre que ia aos bailes do castelo, levava a filha juntamente, pois sabia que o Grã-duque tinha um sobrinho, que era o verdadeiro e único herdeiro do titulo e era quase da mesma idade que sua filha e apesar de tudo o pequeno era incrivelmente solitário. A pequena dotada de olhos incomuns, entretanto, ao contrario como muitas jovens de sua idade que aprendiam como se portar, para futuramente serem debutantes, gostava das artes menos clássicas e mais agressivas. Ela adorava esgrima e tinha talento natural para tanto, como também tinha uma flexibilidade incrível, quando dançava balé, como também tinha um talento para o canto e tocava bem como piano divinamente. Talvez ela não gostasse de contar, mais seu grande sonho era se tornar uma grande bailarina, assim como ser uma oficial da marinha. Mas sabia que no fundo seu sonho jamais se concretizaria, primeiramente era por ser mulher, jamais a aceitariam na marinha e que muito provavelmente iria acabar se casando com um ridículo nobre aquém seus familiares adotivos encolhessem. Mais ela tinha 10 anos, não poderia imaginar o quão distante essa possibilidade podia estar.


Já estava no meio da manhã, onde sempre treinava com o pequeno herdeiro e seu único amigo, e sempre acabava vencendo-o. Na verdade Kuon, deixara ela ganhar algumas vezes, mais de qualquer forma ela sempre acabava ganhando. Afinal, ela lutava com duas espadas e ele apenas com uma. O general do exercito, sempre ficou chocado e admirado com a habilidade da jovem, apesar de crer que mulheres não deviam empunhar espadas e sim apenas satisfazer seus maridos. Entretanto, essa habilidade de manejar duas espadas com apenas tão pouca idade, era estranhamente curiosa. Até mesmo ele, com as batalhas que travou, e dos inimigos que matou, jamais conseguira empunhar duas espadas com tamanha graça e leveza. Pena, ele pensava, era realmente uma grande lastima ela ter nascido mulher.


–Rá! Venci-te de novo!- disse a pequena Kyouko, sorridente com ambas as espadas apontadas para o pescoço de Kuon

–Não ganhou não!- disse o pequeno Kuon, que era quatro mais velho que Kyouko, que tinha sua espada apontada para seu peito.

–Ora, ora- disse o general- parece que temos um empate, apertem as mãos vamos crianças, e vejo vocês na próxima


Kyouko esticou a mão emburrada e Kuon a apertou sorridente. Eram apenas crianças, mais sabiam lutar como adultos. Para aquele mesmo general, ele não entendia o por que permitir aquela garota a lutar, para Kuon era divertido ter com quem aprender a lutar, em meio a sua solidão e para a jovem uma necessidade.


Naquela mesma noite, ocorrera um baile onde grande numero de convidados eram esperados. Era uma noite de céu estrelado, com a lua cheia iluminando aquele imenso azul, próximo á costa havia um navio, nele os tripulantes tinham um objetivo que não admitia falhas. Perigosos, esses cães podiam o ser, tudo para concretizar seu objetivo e desejo de seu estimado capitão.

No castelo, Kyouko cantava e tocava ao piano, sua trigésima sétima sonata e sua quadragésima canção. Ela estava exausta, mais continuava a cantar, pois eram pedidos feitos pelo próprio Grã-duque, Rick Von Anister . Até que o jovem herdeiro, Kuon veio ao seu encontro e a fez parar de cantar.


–Meu caro tio, isso é desumano!- disse ele-A menina já não agüenta mais cantar, sinto dizer, pra deixar isso pra outra hora.

–Meu adorado sobrinho, creio que interrompeste uma bela sonata na frete de meus ilustres convidados, sabes o quanto desagradável isso soa a sua educação, meu caro?

–Neste instante, meu caro tio, minha educação permite que eu interrompa a sonata se chamar esta jovem para valsar.


Mesmo com a face contrariada do Grã-duque, Kuon levou a amiga para longe daquele ambiente. Encontravam-se nos jardins, onde podiam vislumbrar o mar, próximo a ruínas dos antigos antepassados de Kuon. Lá podiam ouvir, uma linda musica ao som do violino e do piano, o pequeno herdeiro, puxou a jovem para valsar, mesmo esta dizendo que não o sabia, ele sorriu e disse que a encenava. Alegres em suas piruetas, a pequena Kyouko sorria, de um modo que contagiava e por estar dançando com seu melhor amigo e nada podia ser mais divertido.


Rodopiaram até se cansarem e caírem sobre a grama, rindo como se fosse de uma velha piada. Depois olhando as estrelas, Kuon revelou seu sonho secreto a sua amiga.


–Promete que não vai rir?-perguntou ele

–Me diga e depois eu decido se rirei ou não

–Certo. Eu desejo conhecer por além deste mar, ir a lugares que nunca alguém fora, enfrentar o desconhecido e encontrar tesouros intocados.

–Ora essa, você falou como um verdadeiro pirata e por que você achou que eu riria? – disse ela - Kuon, a vontade da natureza o fez nascer homem, você poderá realizar isso, basta apenas você querer, acha que eu por ter nascido mulher terei alguma chance de realizar o que almejo?

–Não seja por isso, você irá comigo nessa jornada, tenho tudo calculado e só teremos que esperar que eu complete 20 anos, para conseguir o meu titulo e partiremos.

–Kuon você tem certeza que vai querer uma pirralha como eu ao seu lado? E você não acha que quando tiver 16 anos eu já estarei possivelmente noiva de alguém ou até mesmo casada?

–Se estiver eu seqüestro você e iremos juntos, desbravejar este mar.

–Isso é muito romântico, mais sabe muito bem que o bom nome da Duquesa ficaria na lama se isso acontece.

–Não me importo com nada disso, seja os títulos de nobreza ou qualquer que seja, desde que eu tenha você ao meu lado e o oceano.


A pequena Kyouko, nada mais disse, pois, logo em seguida o pequeno herdeiro colou os lábios delicadamente em sua testa. Ele então sorria com a face constrangida de sua pequena amiga.


Então aquele pequeno instante de felicidade acabou no mesmo instante que começara. Explosões ecoaram por todo o porto. Canhões atiraram contra o castelo, enquanto os convidados se retiravam apressados tentando salvar suas vidas. Kyouko tentou se desviar do aperto de Kuon, para tentar encontrar sua mãe mais não o conseguiu. Outra explosão, dessa vez para a torre leste do castelo. Então a duquesa Delancler, apareceu e juntamente com ela, em uma direção oposta, surgirão seis homens, com roupas encardidas e varias tatuagens espalhadas pelos braços, estes eram os piratas que bombardearam o porto. Quando ela chegou e abraçou Kyouko e Kuon, os piratas ficaram a sua fronte.Então como se os conhecesse, disse que eles estavam atrasados.


–Sinto pelo atraso minha cara amiga, mais pareceu que o mar não queria colaborar conosco

–E como perdeu sua navegadora para um Duque, não quis repor nimguém no lugar não?!

–O que esta acontecendo Duquesa?! A senhora conhece estes piratas?- exclamou Kuon tentando afastar Kyouko deles.

–Sim eu os conheço eminência, e serão o passaporte de fuga para longe de Port Royal- disse ela- Kuon, você devia saber que o seu tio planejava mata-lo pra ficar com o titulo não? E que iria de qualquer maneira tentar por as mãos em minha filha.

–Esta louca! Ele pode querer me matar mais por que iria atraz de Kyouko?

–Por que ele é lunático, e você já deve ter reparado o modo como ele olha para a pequena, esses piratas foram grandes aliados de meu marido. Não existe pessoas mais integras que eles. Lory, cuide deles como seus filhos.


O Pirata intitulado de Lory, demonstrara em sua face uma certa tristesa, mais concordara com a duquesa. Então disse a ela:


–Pela lembrança de nossa amizade e por um breve tempo você ter cuidado do meu tesouro, lhe devo a vida minha cara amiga.


–Obrigada- então se dirigiu a filha- Kyoko, escute com atenção, se ocorrer algum risco use sua habilidade de lutar, lute por sua vida, entendeu? E se você encontrar Madame Fiona, diga meu nome de solteira que ela saberá o que fazer.


–Mas mamãe por que tudo isso?!


–Essa é a primeira vez que você me chama de mamãe- disse ela demonstrando alegria e tristesa ao mesmo tempo- Faça o que eu peço e quando tiver 19 anos, nos encontraremos novamente, na Isla de Gaya.


O nome de tal ilha causou um alvoroço entre os piratas, pois a tal ilha era aquela em que dominavam seres de lendas antigas do mar, incapazes da compreensão dos homens, então sugados para a morte. Lory se aproximou da duquesa e também sua velha amiga, então a abraçou e sussurou a seu ouvido:


–Eu os levarei em segurança, minha amiga- disse Lory


–Quero que cuide de minha filha, ela é tudo o que me restou- disse a duquesa


–Eu providenciarei que ela fique segura, pois é tudo o que me resta para saldar a divida que tenho com você, minha cara.- depois se dirigiu a pequena que agarrava-se a ela- e você não se preocupe, ficará segura conosco- disse demonstrando um sorriso.


A pequena não sabia o porquê mais sabia de alguma forma podia confiar naquele pirata, ela sempre tivera um dom estranho de perceber as intenções verdadeiras das pessoas, por isso seguiu com o pirata até onde estava Kuon, que mantivera-se ao seu lado a todo estante segurando sua mão. Ambos não sabiam que confortava quem, mais pelo menos de mãos dadas podiam afastar o medo.


Derrepente um estrondo. Os convidados do baile começavam a correr para salvar suas vidas. Um tumulto desorganizado começara e pessoas se aproximarão do local,juntamente com os guardas do palácio, como ultimo ato, a duquesa entregou a sua filha um medalhão e disse que a reencontraria. Os piratas partiram, eliminando os obstáculos que apareciam em seu caminho, deixando um rastro de soldados inconsciente. Quando estavam próximos ao porto, o capitão da guarda estava os esperando com seus melhores soldados.


–Agora chega de brincadeira! Entregue-nos as crianças imediatamente- disse o general

– Meu caro general, não a brincadeira alguma e quanto as crianças receio não poder cumprir com tal proposta – disse o pirata

– Eu serei obrigado a mata-lo por conta disso e a senhora Duquesa será condenada a forca por alta traição a coroa e o condado!


Um lampejo nos céus da inicio ao conflito e piratas e guardas lutavam entre si. Kyouko e Kuon seguiam junto a duquesa e o pirata denominado Lory, seguindo em direção ao porto. E lá perto da enceada encontraram o navio Black Bird ancorado. Seus subordinados ainda travavam o duelo com os oficiais mais não era o bastante. Dos mesmos subordinados poucos retornaram. A bordo do navio, se desancoraram e partiram em rumo ao horizonte.


A Duquesa Delancler, se despedira de sua amada filha, vendo-a a sumir, sabia que ela encontraria seu destino e que suas decisões apresentarão desafios que nem mesmo ela podia imaginar. Rumou-se para um lugar onde os oficiais não iriam encontrala.Afinal uma vez pirata, pirata para todo o sempre.


Desde aquela fatídica noite, passaram-se meses e desses meses passaram-se anos, e o sonho do reencontro na Isla de Gaya estava cada vez mais próximo.



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Notas finais do capítulo

Devo postar mais?
*o*
Please, deem sugestões!
bjus e inté o próximo capitulo!