Welcome Again To The Hunger Games escrita por Malu


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

GEEEENTE!!! ESSE É O PRIMEIRO CAPÍTULO DOS JOGOS!! ESTOU ANSIOSÍSSIMA!!!!
ESPERO QUE VOCÊS GOSTEM :)



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Olho em minha volta e vejo tudo branco.

Estamos posicionados em um círculo. Todas as armas estão na nossa frente. Nós podemos escolher pegá-las ou não. E eu não faço a mínima ideia do que eu vou fazer.

Olho para todos os tributos, e tento não revelar o medo provavelmente estampado no meu rosto.

A contagem já está no 50. Tenho 50 segundos pra pensar no que eu vou fazer. Tento pegar alguma arma na Cornucópia ou fujo pra bem longe daqui?

Daniel está bem na minha frente, mas um pouco longe de mim. Aisha está cinco tributos à minha direita. Olho pra ela e ela sorri. Sorrio fraco de volta. A garota do 10, Agatha, está ao lado de Daniel, e me encarando. É, é melhor eu fugir mesmo.

30 segundos. Tenho 30 segundos. Acho que eu vou desmaiar. Não. Eu não posso desmaiar. Se eu desmaiar, eu vou morrer. E não é isso que eu quero.

Dou mais uma olhada em volta. Que tipo de arena é essa? Toda branca com algumas barreiras, paredes e muros também brancos.

15 segundos. A cada segundo que passa, meu coração bate mais forte. Eu quero ir embora daqui. 10 segundos. Todos parecem estar preparados pra correr. Menos eu. 5 segundos. É agora. É agora que eu vou decidir o meu futuro. Ou não. 1 segundo.

Ouvimos um estrondo e todos saem correndo pra Cornucópia. Dou um passo pra trás, ainda não acreditando muito bem em tudo isso, me viro e corro pra longe.

Enquanto corro, às vezes olho para trás. Vejo pessoas morrendo, pessoas ao chão ensanguentadas... Ainda bem que fugi de lá, se não, seria uma delas.

Devo ter corrido um quilômetro. Estou bem longe de todos. Paro de correr quando avisto uma escada.  Absolutamente tudo aqui é branco. Subo e entro numa caixa. Pelo menos aqui estou segura. Mas por quanto tempo? Estou sem armas, sem água, sem comida. Talvez devesse ter ido para a Cornucópia.

Ouço um barulho de um canhão. Me lembro que durante a semana de treinamento, Abby me disse que quando alguém morria, ouvia-se um barulho de canhão. Começo a contar os sons.

Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove. E não se ouve mais barulho algum.

Nove mortos. Somos dezessete agora. Dezesseis dessas pessoas vão morrer. Espero não ser uma delas.

Começo a ouvir alguém gritar o meu nome. Ponho a cabeça pra fora e vejo Aisha me chamando normalmente, como se não houvesse problema algum em gritar.

- Você está maluca? Quer nos matar? – brigo com ela.

- Oh, você está ai – ela sorri.

- Sobe logo antes que te vejam!

Ela sobe as escadas e se senta ao meu lado.

- Olha só o que eu consegui – ela me mostra uma mochila pesada.

- Como conseguiu isso tudo sem ficar com nenhum arranhão? – pergunto-a e pego a mochila.

- Não sei. Eu só peguei, e corri pra cá porque você veio.

Abro a mochila. Encontro cordas, três garrafas d’água vazias, bastantes armas e facas e um objeto estranho que parece um ímã ou só um pedaço estranho de metal com um círculo no meio.

- Tudo isso veio na mochila?

- Não. As armas eu consegui pegar enquanto corria pra cá. Pode ficar com algumas – ela me entrega três facas.

- Obrigada.

Ouvimos dois canhões seguidos. Pulo de susto.

- O que eu te disse sobre se assustar facilmente? – Aisha me repreende.

- Sabe que não podemos ficar aqui pra sempre, não sabe? – pergunto a ela.

- Sei. Depois nós descemos.

De repente, tudo em nossa volta some e nós caímos no chão.

- O que foi isso?! – pergunto desesperada.

- Eu não sei o que foi, mas foi muito legal!

- Acho que aquilo desapareceu! – me levanto ainda tonta pelo impacto.

- Você acha? – ela ri e olha para trás enquanto se levanta - Não tinha uma parede bem ali? – ela aponta.

Verdade. Ela tem razão. Tinha uma parede bem ali. E mais pra trás também.

- Eu acho que está tudo sumindo aos poucos, Aisha. E só vai parar quando não restar mais nada. Só o chão.

- Como só restar o chão? Mas ai todo mundo vai se ver.

- Acho que essa é a ideia deles... Pelo menos é a minha opinião.

Um garotinho loiro aparece e Aisha sai correndo e gritando freneticamente na direção dele, e enfia uma faca em seu coração. Sangue começa a jorrar pra todos os lados, e ele, assustado e tremendo, cai no chão.

Ouvimos um barulho de canhão. Aisha volta andando normalmente e com um sorriso enorme no rosto. Estou começando a ficar com medo dela.

- Somos quantos agora? Quinze?

- Quatorze – a respondo.

Ela coloca a mochila nas costas. Prendo minhas facas na cintura e começamos a caminhar.

- Precisamos achar algum lugar pra ficar – começo a falar, mas ela tampa minha boca. Olho pra ela.

- Ouvi alguma coisa – ela sussurra e dá uma corridinha até chegar num muro baixo, aonde tem uma garota escondida atrás dele. Vejo que a garota tenta se levantar, pois sua cabeça aparece em cima do muro. Mas Aisha a empurra de volta para o chão e a mata.

O barulho de canhão soa, Aisha fica em pé, corremos para o aerodeslizador vir buscar a garota, e voltamos a procurar algum lugar pra ficar.

- Como sabia que ela estava ali? – a pergunto.

- Não escutou o barulhão que ela fez?

- Na verdade eu não ouvi nada... Ei - ela olha pra mim – Será que todo mundo vai morrer hoje?

- Bem provável que não.

- Mas só somos treze agora – digo.

- Mas isso daqui deve ser enorme. E todo mundo está espalhado por ai.

Apesar de ser maluca, às vezes, Aisha fala coisas inteligentes.

Passamos horas andando até ficarmos com fome.

- Como se faz pra conseguir comida aqui? – pergunto e coloco a mão na barriga.

- Será que temos que comer os outros?

- Não! Isso deve ser horrível.

Ela levanta a mão como se quisesse que eu fizesse silêncio e fica olhando para o nada.

- Ouvi outra coisa – ela diz.

- Tem outra pessoa por aqui? – rio irônica.

Ela abre a mochila e pega o objeto de metal. Ele faz um barulho irritante.

- Por que ele está apitando? – pergunto.

- Não sei – ela bate nele – Mas a gente tem que descobrir, ou vão acabar nos achando por causa do barulho.

Ela começa a correr e o barulho só vai ficando mais alto. O apito começa a ficar mais rápido de acordo com que ela se aproxima de um muro.

- Acho que já sei! – ela se vira pra mim – Ele está querendo nos mostrar alguma coisa! Que tem alguma coisa por aqui pra nós pegarmos – ela vai andando em direção ao muro e o apito acaba virando um som inteiro, e depois para sozinho.

- Deve ter alguma coisa nessa parede – digo.

- É – Aisha concorda – Só saberemos se tentarmos pegar – ela pensa – Me dá uma faca.

- O que?

- Uma faca! Vou tentar cortar o muro.

- Cortar o muro com uma faca, Aisha? Isso não é meio impossível? Você vai entortar a faca.

- Pode me dar a faca, por favor? – ela pede impaciente.

Pego a faca e a entrego. Ela corta o muro facilmente e olha esnobe pra mim.

- Foi só sorte – retruco.

Ela abre o muro e encontra uma coisa branca e gosmenta dentro dele.

- O que é isso? – pergunto.

- Eu não faço ideia – ela pega e cheira – Não tem cheiro nenhum – ela morde e engole – Mas também não tem gosto... Seria estranho se eu dissesse que acho que isso é a comida?

- Como é que é? Isso é comida? – pergunto assustada.

- Eu acho que sim. Esse lugar já é estranho. A comida tem que ser estranha também. E por mais estranho que pareça, alimenta bem. Experimenta – ela pega um punhado e me dá – É até gostoso...

Mordo um pedaço.

- Mas não tem gosto de nada – digo.

- Mas é gostoso – ela continua comendo.

Terminamos de comer a gororoba e continuamos procurando algum lugar por mais um tempo.

Achamos um local fechado. Exatamente igual ao que estávamos. Só que esse é no chão. Entramos, nos sentamos e abrimos a mochila.

- Como vamos conseguir água?

- Não sei. Vai que ela aparece que nem a comida – Aisha ri.

O hino da Panem começa a tocar, e nós duas colocamos a cabeça para fora. Olhamos para cima. O símbolo da Capital está lá.

O primeiro rosto que aparece é de Benjamin, o tributo do distrito da Aisha.

Olho pra ela, mas ela não expressa sentimento algum.

Aparecem também os dois tributos do distrito 2 e 3 e o Matthew do distrito 4.

- Poxa, ele era tão bonito – Aisha suspira.

O tributo masculino do 5, o tributo feminino do 6, o tributo masculino do 7, o tributo feminino do 8 e os dois tributos do distrito 11.

- Então eu matei os dois do mesmo distrito? Legal – Aisha sorri.

E por fim, o tributo feminino do 12. Assim que o símbolo da Capital some, um barulho de canhão é ouvido e o símbolo da Capital aparece de novo mostrando o garoto do distrito 10.

- Quatorze mortes hoje. Somos doze agora...

- Tomara que esse número diminua logo – Aisha se deita – Vamos dormir.

Me deito ao seu lado.

Eu estou viva. Aisha está viva. Daniel está vivo. E o pior... Agatha está viva. E vai tentar me matar.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAAAAAAAAM???? EU ADOREI :D
A arena é meio esquisita, eu sei. Mas praticamente tudo é esquisito, então é normal sakjflksajfkl
Enfim, o que acharam?? Comentem por favor!! Xx



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