The Hunger Games - Dive In Me escrita por moshby


Capítulo 7
Driving Nuts




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Aproximo-me de Katniss sentando-me entre ela e Prim enquanto Rue se encontra à minha frente. Fico a ouvi-las falar durante algum tempo. Rue pergunta pelo pinga-amor, Peeta e os olhos de Katniss brilham. Os olhos dela sempre brilham quando falam ou perguntar por ele. Ela explica que depois dos Jogos em que ambas entraram as pessoas começaram a revoltar-se contra a Capitol e depois mais tarde houve uma revolução. Explicou não há mais Jogos, nem existe mais a Capitol, nem as pessoas coloridas, nem as arenas. Explicou também que agora vive feliz no Distrito 12, casada com Peeta e ambos têm um filho, Kohle, o meu melhor amigo.

–E a mãe? – pergunta Primrose com uma voz fraca – Ela sabe que eu estou viva?

Katniss fica pálida, ela com tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, esqueceu-se de falar com a mãe sobre a sua pequena irmã. Katniss pede a Beetee se não pode levar a irmã ao Hospital onde a mãe de ambas trabalha. Beetee hesitante acaba por responder que sim, mas que tenha cuidado porque Prim pode ter uma recaída quando exposta a recordações antigas.

Depois de ambas deixarem o quarto fico apenas eu com Rue a observarmo-nos mutuamente enquanto nenhum tem coragem para falar. Queria perguntar-lhe como era a vida dela na Era dos Jogos, queria saber como ela se sentiu quando ouviu o nome dela na Colheita, queria saber como ela se sentiu quando foi vítima da lança de Marvel, mas sei que seria um perigo avivar estas memórias enquanto ela ainda está em recuperação. Ia-me preparar para falar quando ela corta o meu raciocínio com a sua voz delicada, Como é viver sem a Colheita?

–Bem.. – paro um pouco para pensar no que dizer pois a minha vida nunca fora dirigida à Colheita, nunca pensei no que faria se fosse escolhido, nunca pensei no que aconteceria se eu fosse para a arena – Sabes, sentes-te livre. Nunca vivi com a pressão de ter que me inscrever mais vezes para arranjar alimentos para a família, nunca vivi com a pressão de ir todos os anos e torcer que o meu nome não estivesse escrito no papelzinho, nunca vivi com a pressão de poder ser escolhido e ter que matar ou morrer. Nunca tive que deixar a minha mãe sem ter certezas se voltaria a casa para a ver e nunca tive que deixar os meus amigos para enfrentar a morte iminente.

A face dela ilumina-se quando eu falo da minha vida e no fundo eu sei a razão de ela estar assim, ela nunca viveu como eu. Ela viveu sempre com o stress de poder ser sorteada, viveu sempre com o stress de talvez nunca mais voltar.

Beetee interrompe a nossa conversa e pede-me para ir ver como Cato e Clove estão. Confesso que o meu corpo estremeceu um pouco, lidar com aquele brutamontes de novo pode ser algo bastante perigoso se o apanhar mal disposto apesar de Clove o conseguir controlar.

Aproximo-me da porta deles e desta vez bato levemente na porta antes de entrar. Entro e dou de caras com um quarto destruído. Vejo Clove sentada encostada num canto do quarto com a cabeça entre os joelhos e as mãos a taparem as orelhas e vejo Cato a pegar numa cadeira que depois atira contra uma parede ficando assim destruída.

Entro em pânico, não sei o que fazer perante esta situação, mas tudo o que me chega à cabeça é que tenho que tirar Clove dali. Corro até ela, pego nela ao colo e volto a sair do quarto. Estranhamente esta menina que outrora parecia forte e inquebrável, se tornou agora uma menina assutada e frágil. Talvez por o seu abrigo  ter enlouquecido e talvez de vez.

–Clove, estás bem? – digo enquanto a pouso no chão e olho nos olhos dela.

–Sim, sim.. – responde-me pondo-se logo a pé de novo – Vai tratar do Cato por favor, ele não está bem..

Corro em direção de Beetee e conto o que se está a passar. Entramos o mais rápido possível de novo no quarto e Beetee injeta-lhe com um tranquilizante ficando Cato a dormir no meio do chão. Começamos a arrumar o quarto desfeito enquanto o efeito do tranquilizante não passa e Beetee pede a Clove que se sente ao lado de Cato e fale com ele, mesmo que este esteja a dormir.

Clove apesar de assutada faz o que Beetee manda e aos poucos conseguimos ver o corpo de Cato a relaxar. Até agora ainda não entendi como estes dois funcionam. Parece que são a destruição um do outro mas a única maneira de ficarem os dois salvos é pertencendo um ao outro. Como uma droga, quando administrada em demasia provoca graves consequências mas se não for administrada o suficiente leva à loucura.

Depois de o quarto ficar arrumado, substituímos a cama e com a ajuda de Beetee, pego no Cato e deito-o na sua nova cama para que ele descanse e quando o tranquilizante passar ele estar ainda relaxado.

Enquanto isto peço a Clove que me explique o que se passou. Ela senta-se ainda em estado de choque à minha frente e começa a contar-me tudo o que aconteceu, desde o inico, desde o início da sua relação com Cato. Ela conta que quando tinha 5 anos juntou-se à Escola de Treinamento que era onde os Carreiristas andavam para depois de longos anos de treino se voluntariarem para os Jogos.

Quando Clove entrou era a mais nova dos futuros carreiristas, ou seja, não tinha experiência nenhuma com armas, então Cato a ajudou, pois sendo mais velho, na altura tinha 8 anos, já sabia como manejar alguns instrumentos importantes para as futuras batalhas na Arena. Rapidamente se tornaram amigos e mais tarde, nos mesmos Jogos aos quais Katniss participou o nome de ambos foi sorteado.

Clove explica que sempre amou Cato mas quando os Jogos começaram ela decidiu manter esses sentimentos para sempre fechados numa caixinha e nunca os libertar pois só um deles poderia sobreviver. Infelizmente morreram os dois. Clove foi morta por Tresh, o tributo masculino do Distrito 11 e Cato foi morto pelos mutantes criados pela Capitol.

Depois da Grande Revolução, Beetee encontrou os corpos deles e depois de fazer com que eles voltassem a viver, colocou-os no mesmo quarto de forma que vivessem para sempre um com o outro com estes sentimentos todos à flor da pele. Clove nunca contou a Cato o que realmente sentia por ele, até hoje. Clove diz que ele revoltou-se contra a Capitol pois já podiam ter estado juntos desde o início e não apenas nesta “segunda vida”.



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Notas finais do capítulo

não estou muito feliz com este capitulo por isso dêem-me a vossa opinião x



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