The Hunger Games - Dive In Me escrita por moshby


Capítulo 4
Bear Again


Notas iniciais do capítulo

gostaria de avisar que por causa da escola e afins só vou poder publicar um capitulo por semana, geralmente ao domingo, devido à falta de tempo para escrever.
obrigada por lerem x



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Acordo com vontade de ir dar um mergulho ao mar. Tomo um duche rápido, visto-me, verifico se a minha mãe ainda está a dormir e saio de casa esperando voltar antes que ela acorde. Dou uma corrida até ao grande penhasco onde estou sempre sentado a contemplar o horizonte, tiro a camisola e as sapatilhas antes de mergulhar do topo com um salto.

Volto à tona depois de nadar até à margem e vejo Koralli e Kohle a olharem para mim enquanto recupero o folego. Será que estão ali há muito tempo? E porque não me convidaram para vir com eles?

-Ainda bem que vos encontro aqui – digo limpando a água que me escorria pela cara com as mãos – Será que vocês podiam tomar conta da minha mãe hoje? Eu quero ir ao Distrito 12.

Ficaram um pouco surpreendidos pelo meu pedido mas a razão de o fazer é que eu quero muito estar um tempo sozinho e não consigo deixar de pensar no que pode acontecer à minha mãe se ela não estiver supervisionada.

Eles aceitam fazer-me este favor e vou com eles até minha casa onde a minha mãe ainda está no seu quarto a dormir. Faço-lhe o pequeno-almoço como o habitual e depois de ela acordar e acabar de o tomar, deixo-a com Kohle e Koralli e apanho o metro para o Distrito 12.

Decido ir ver o cão Finnick, então dirijo-me até casa de Kohle onde encontro Katniss sozinha. Vejo que ela está-se a preparar para ir à caça, tem o seu magnífico arco e setas às costas, tem as suas grandes e fortes botas calçadas, o seu grosso casaco de cabedal vestido e tem a sua mochila de carga ainda vazia às costas. Peço para lhe fazer companhia e em pouco tempo estamos os três, eu, Katniss e o cachorro Finn, no meio da vasta floresta do Distrito 12.

Olho para Katniss e vejo a sua expressão de tranquilidade e serenidade quando se encontra envolta pela floresta, entendo bem isso porque acontece-me a mesma coisa com o mar, o que me faz sorrir e entende-la um pouco melhor.

Ficamos em silêncio durante bastante tempo apenas a ouvir os sons da natureza e à espera que algum animal aparecesse. Katniss tinha o seu arco e flecha numa mão à espera de qualquer movimento mas para grande surpresa Finn solta-se da trela que eu segurava e faz-nos correr atrás dele até fora da floresta para o conseguir apanhar.

Quando paramos e finalmente apanhamos o cão, encontramo-nos num sítio onde eu nunca tinha estado antes, mas eu sei pela reação de Katniss, que aquele lugar é-lhe familiar.

Parece uma cidade mas encontra-se praticamente deserta. O único sinal de civilização é uma casa branca imensa mesmo à nossa frente, tem umas grandes janelas com vidros que não deixam ver o seu interior, uma escadaria em mármore até à porta e um grande portão de grades brancas a cobrir quase todo o seu perímetro. Tudo o resto é vazio, sem casas, sem edifícios, sem estação de metro, completamente nada mais existe.

Sigo Katniss que se dirige ao portão passando facilmente por ele. Mas que lugar é este? A minha mente solta-se enquanto sigo Katniss agora pelo extenso corredor daquela mansão. Rápido percebemos que só tem um quarto e então decidimos entrar sorrateiramente pela sua porta entreaberta.

Nunca tinha visto um lugar como este. Parecia uma diferente dimensão do que eu conheço. Havia mesas com fios, arames, ferramentas, lâmpadas, líquidos que nunca entendi o que eram e luzes a piscarem por todo o lado. Mas o mais estranho não era isso, o mais estranho é que haviam várias portas de plástico alinhadas na parede mesmo à nossa frente, o que será que aquilo era?

Vejo Katniss aproximar-se de um vulto no fundo da sala que quando se vira em sua direção a abraça. Fico sem entender o que se passa e aproximo-me dos dois e quando Katniss se solta do abraço ouço-a sussurrar, Beetee.

Beetee era um tributo masculino do Distrito 3, anteriormente vencedor e participou nos 75º Jogos, que foram os últimos Jogos antes da Revolução como aliado de Katniss. Pelo que Katniss me dissera, é especialista em eletrónica e foi um dos seis tributos que saíram vivos dos Jogos.

Ambos me explicam o que se passava. Explicam-se como foram para os últimos Jogos juntos antes da Revolução e nunca mais se viram desde então, pelo que entendo, Katniss nem sabia que ele estava vivo, pensava sempre que a Capitol se tinha apoderado dele como fizera com tantas mais pessoas desses últimos Jogos.

Beetee conta que depois da Revolução ele conseguiu escapar de vez da Capitol e se refugiou no Distrito 13 por ninguém mais viver lá depois das bombas que o ameaçaram destruir e aniquilar qualquer ser vivo daquela área. Explicou que ficara lá sozinho desde que tudo voltou ao “normal” e que tinha construído aquela casa para desenvolver as suas engenhocas e experiências e deixa escapar que estava a trabalhar numa bastante elaborada no momento mas ninguém mostrou interesse.

Depois é que me lembrei, as portas! Será que aquilo tem alguma coisa a ver com a tão elaborada experiência?

-Então, essa nova experiência em que está a trabalhar, é o quê mesmo? – decido perguntar.

Um som agudo interrompe Beetee mal ele abre a boca. Viramo-nos os dois bruscamente na direção do som e vemos que Katniss saltou um grande grito e agora se encontra de joelhos a chorar à frente de uma daquelas portas de plástico. Com a sua mão trémula aponta para uma pequena nota escrita bem no topo da porta que diz “Cinna”.

Cinna era o estilista Katniss Everdeen durante os Jogos, apesar de ele ser um cidadão da Capitol sempre mostrou o seu lado afetivo perante Katniss e o seu odio pelos Jogos. Era também como um defensor dos rebeldes no Distrito 13 mas mais tarde morreu nas mãos dos Peacekeepers.

Katniss corre em direção a Beetee depois de recuperar e o que Beetee diz é bastante perturbador. O que ele fez foi recuperar os corpos de seus entre queridos da Capitol e pô-los em capsulas de gelo e preservou-os curando-os e vendo os progressos de tempos a tempos. Katniss solta um grito, Então ele está vivo! Estão todos vivos!, e volta a aproximar-se da porta agora tentando abri-la.

E é aí que me lembro do meu pai. Corro para procurar se existe uma porta com o nome “Finnick Odair” escrito em letras douradas e, quando já estava a perder toda a esperança, surge a ultima porta da fila, agora com o seu nome. Ajoelho-me perante a porta e o mundo cai-me sobre os ombros. Ele está vivo, o meu pai está vivo.


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