Acordei bem cedo e fui tomar café.

Troquei-me e fui pegar o ônibus para o colégio.

Não iria com Toby.

A manha ocorreu bem, não olhei para Toby. Só no refeitório que a gente se esbarrou.

A tarde fiquei no meu PC e Toby com seu amigo, Taylor e meu irmão ficou fazendo compras.  O gay que gosta de fazer compras, isso às vezes irrita. Ele só gasta e não ajuda em nada.

Resolvi descer para comer alguma coisa.

Peguei um prato e um copo. Coloquei suco para mim e fiz um pão. Estava voltando para meu quarto quando tropeço em uma corda que estava amarrada entre duas cadeiras, coisa de Toby.

O prato e o copo quebra fazendo eu me cortar.

-TO BEM – eu grito enquanto escuto risadas.

Tento levantar mais não consigo, fico tonta e vejo sangue no meu braço escorrendo, e parecia serio.

- TO NÃO – eu grito de novo e der repente as risadas aram e eu ouço meu nome bem longe e tudo fica preto e eu caio.

(...) 6 MESES DEPOIS(...)

Pi...pi...pi... Era só o que eu escutava.

- Ela ta acordando – uma voz doce dizia.

Abri meus olhos e vi Toby em cima de mim com um sorriso maior que o mundo, meu pai o acompanhava e meu irmão tava com um lencinho chorando, eca que gay. Minha madrasta estava conversando com o medico.

- Lucy, nossa ainda bem que você acordou pirua, nunca mais nos assuste desse jeito. – meu irmão disse

-Quanto tempo eu fiquei desacordada?

-6 meses filha. – meu pai disse com um olhar tristonho meio alegre.

-Nossa o que ouve todo esse tempo?

-Depois eu te conto tudo – disse toby

Então fazia 6 meses que eu estava apagada? O que será que aconteceu quando eu não estava presente?

A única coisa que eu lembro depois de apagar e de uma pessoa falando comigo o tempo todo, lendo uma historia. Mas eu só ouvia não a via, sentia sua mão com a minha. Quem era essa pessoa que ficou comigo o tempo todo? Será que foi a Manu?

- Vocês tem que sair – disse o medico.

Todos saem e fica apenas eu e o medico no quarto.

- Você e uma menina de sorte em.

- Por quê?

- Por ter um menino que se importa tanto com você, se ele não viesse aqui você poderia ter demorado mais para se recuperar, acho que ele te ajudou estando aqui.

- Ele? Ele quem?

- Toby, seu irmão postiço, ele não foi a escola para cuidar de você, ele não saiu daqui nem um minuto, só às vezes para comer. Ele te ama muito sabia? Ele não parava de falar assim “Lucy, eu te amo, volta. Volta pirralha”.Ele se importa muito com você.

- Como assim? Preciso falar com ele.

- Agora não, você acabou de acordar, você vai descansar quem sabe recebe alta.

Ele me da um remédio e não demoro muito eu caio no sono.

Meu sonho foi com Toby, foi lindo.

“Estava eu e Toby caminhando pela praia, sozinhos, so ouvindo o barulho das ondas quebrarem. Estava mos de mãos dadas e ele para vira para mim, sorri e em seguida fala “Eu te amo baixinha”. Quando ele foi me beijar eu acordo.”

Respiro fundo e olho para o lado, uma poltrona onde Toby estava. Quando fui chama-lo minha madrasta entra no quarto.

- Vamos minha querida, você recebeu alta.

- Querida e meio falsa, me chama de Lu.

- Ta Lu, mas agora vamos.

Sentei na cama, olhei para o teto e me levantei.

Quando coloquei o pé no chão foi estranho, fazia muito tempo que não fazia aquilo.

Fiquei meio bamba, mas consegui, foi tão bom...

Arrumei-me e desci.

Parei na frente da porta do hospital e respirei fundo, depois de 6 meses estaria voltando para casa.

Continua...