Always! escrita por Srt Dubs


Capítulo 7
Capítulo 7- Um tiro quase real / Ops!Perdi a hora!


Notas iniciais do capítulo

Seus comentários são muito importantes, para que eu saiba se estou agradando ou se há algo que posso melhorar.. Por isso comentem!!



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– E agora o que acontece? – a Milly me perguntou como se estivesse assistindo uma novela e quisesse saber antecipadamente o capítulo do outro dia.

– Não sei, Milly, acho que se houver mudanças elas serão gradativas, afinal ela continua sendo um grande mistério para todos nós... – Eu, realmente, não esperava que a Marina mudasse só por causa de uma tarde de conversa, mas já era um bom começo. – Seja como for, por hora estou feliz.

Milly concordou e mudou completamente de assunto como ela sempre fazia, ficamos mais meia hora no telefone e nos despedimos. Tomei uma ducha rápida e me deitei na minha cama pensando no meu dia.

Adormeci e sonhei que estava no meio de um duelo, no qual um dos oponentes era a Marina, muito bem armada, e o outro um homem com traços orientais e evidente vontade de atirar. Estava um pouco distante deles, mas podia ouvir a conversa.

– Você vai me pagar pelo que fez! – Marina disse entre os dentes, a raiva que emanava das palavras dela não era algo comum, a postura dela era tão diferente.

– Você estragou os meus negócios e vem me dizer que eu te devo alguma coisa, sua agentezinha de quinta. – O oriental estava com tanta raiva quanto a Marina e eu sabia que essa historia não acabaria bem. – Cansei de você!

Eu precisava fazer alguma coisa, eu sabia que era sonho, mas me sentiria péssima de deixasse algo acontecer a Marina. Dei alguns passos a frente e gritei o nome da Marina na hora que ele finalmente atirou. Alguns segundos se passaram e eu me vi de frente para a Marina com os braços na cintura dela.

– Sophia? – ela disse ao ver o que eu tinha acabado de fazer, caí de joelhos e ela se abaixou para me segurar. – Como chegou aqui? Porque fez isso?

– Não podia te deixar numa hora dessas... Fico feliz que esteja bem! – eu disse sentindo uma dor assustadoramente real no meio das costas.

O mundo girou e eu tive que fechar os olhos, quando os abri novamente o meu alarme estava tocando e estava na hora de me arrumar para ir para a escola. Respirei fundo enquanto me sentava na cama.

– Que sonho foi esse? – eu me perguntei sentindo um formigamento onde eu havia recebido o tiro, no sonho. – Credo!


– Bom dia, Sophia! – minha mãe disse quando eu apareci na sala. – Você está bem? Está com uma cara horrível...

– Bom dia, mãe! Tive um sonho muito esquisito, só isso... – Eu sorri tentando demonstrar que estava tudo bem, mas pela cara que ela fez não fui convincente então mudei de assunto. – Cadê o papai?

– Saiu cedo para uma conferência em BH... – Maria apareceu trazendo uma fornada quentinha de pães de queijo. – Juro que se não tivesse que trabalhar, iria aproveitar esses seus pães de queijo, mas tenho certeza que a Sophia não se importará de fazer isso por mim.

– Nem um pouco! – eu disse rindo e em seguida perguntei. – É impressão ou você está trabalhando mais que o normal?

– Estou sim, acabei de ser nomeada a nova responsável pelo setor de cardiologia do hospital e até ver tudo que preciso fazer estou trabalhando algumas horinhas a mais. – Eu aplaudi e minha mãe sorriu agradecida.

– Leva para mais tarde então... – Maria disse entregando uma sacolinha com alguns pães de queijo para ela.

– Obrigada, Maria! Até mais tarde. – Ela disse passando pela porta.

– Sua mãe se dedica tanto, acho isso uma das melhores qualidades dela... – eu concordei imaginando que daqui a algum tempo eu teria que me esforçar como ela.

Terminei meu café e fui ao meu quarto buscar minha mochila para ir para a escola. Percebi que estava atrasada, mas se corresse talvez conseguisse contar com a boa vontade do meu primeiro professor. Peguei minha agenda para ver quem era.

– Droga, é a Marina! – eu disse começando a correr.

Marina detesta atraso e eu não acreditava que ela facilitaria para mim, mesmo eu sendo próxima dela. Aliás, ela sempre faz questão de separar sempre as coisas, então teria mesmo que correr para não perder a aula dela.


Cheguei ao segundo andar da escola e parei para respirar antes de bater na porta. Tomei folego e coragem enquanto abria a porta.

– Bom dia, Sophia! – Marina disse olhando para o relógio. – Está atrasada! Algum motivo especial?

– Infelizmente não... – eu sorri para quebrar o gelo, no entanto ela permaneceu seria. – Não vai me deixar entrar, vai?

– Claro que não! – A turma toda olhou surpresa para a Marina que estava com uma expressão divertida no rosto. – Estou brincando com você! Nossa deveria ver a sua cara agora... Acho que estamos quites.

Ela piscou e eu me lembrei que havia dito a mesma coisa para ela no dia anterior. Todos na sala estavam rindo do que tinha acontecido, por isso entrei tentando não olhar para nenhum deles. Sentei na frente da Milly, que sorriu pra mim.

– Tente não se atrasar na próxima... – Marina me advertiu com um tom de voz mais serio, então voltou a se dirigir a turma. – Como já mencionei a aula será sobre figuras de linguagem. Alguém pode me dizer alguma?

– Metáfora! – eu e a Milly dissemos quase em uníssono o que fez a Marina sorrir satisfeita.

– Isso! Temos outras como o eufemismo, hipérbole e a minha preferida a ironia. – Ela foi até o quadro e começou a escrever outras figuras de linguagem com suas respectivas funções. – Vou listar as principais que obviamente cobrarei na prova, por isso eu sugiro que copiem!

Nenhum aluno da Marina que quisesse boas notas podia se dar ao luxo de não copiar os resumos preciosos que ela passava, embora eles fossem apenas um complemento da excelente explicação dela.


Quando a aula terminou, eu ainda estava terminando de copiar, então para variar fiquei por último na sala.

– Você deveria ser atriz... – eu comentei brincando.

– Ah, é? – Marina riu e se sentou perto de mim. – Bom saber que tenho mais uma vocação, de ontem para hoje você já me deu duas.

– Na verdade se você fosse uma agente infiltrada aqui, teria que ser uma atriz, então não é tão diferente. – Eu comecei a por minhas coisas dentro da bolsa e a Marina balançou a cabeça como se disse: Quanta imaginação! – De qualquer forma, se for mudar de profissão mantenha-me informada, precisarei contratar uma professora particular.

– Ora, não seria um problema, afinal eu poderia te dar essas aulas nas horas vagas, o que acha? – Marina parecia estar falando serio, no entanto eu conhecia aquele olhar dela e sabia que estava apenas entrando na brincadeira.

– Não seria má ideia, no entanto confesso que ficaria mais feliz e menos preocupada se terminasse o ensino médio com você... – Apesar do tom de brincadeira, eu senti pela primeira vez que aquilo não seria para sempre, mas logo afastei esse pensamento. – Combinado?

– Claro! – Aonde mais eu iria? era o que a expressão dela me dizia. – Acho que você tem que ir agora, antes que se atrase novamente. Nem todos os professores aqui são caridosos como eu.

– Caridosos? Ah, é você tem toda a razão! – Eu me levantei rindo e me despedi. – Até logo!



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