Always! escrita por Srt Dubs


Capítulo 19
Capítulo 19 - 2ª Missão.


Notas iniciais do capítulo

Sophia volta a narrar....rs
Espero que gostem!!!



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Quando discuti com a Marina depois da aula, tinha em mente justamente aquela reação embora soubesse que era um risco para meu disfarce. O que eu queria mesmo era conversar abertamente, mas sabia que isso não seria possível.

Enfim, lá estava eu indo para Belo Horizonte, em mais uma missão, minha mão formigava e eu sentia que algo ruim estava por vir.  Cheguei à área de armazéns e minha mão ardia tanto que comecei a me preocupar de verdade.

O armazém não foi difícil de localizar, afinal estava em chamas, eu liguei para os bombeiros, entretanto não podia me dar ao luxo de espera-los. Procurei a entrada mais próxima e entrei sem pestanejar, muitas caixas já haviam sido consumidas e tudo parecia estar ruindo, por isso eu não tinha muito tempo.

- Marina! – eu gritei, mas não tive retorno, caminhei pelo armazém e achei uma escada que levava a uma grade lateral onde parecia ter uma sala.

Também não estava lá, aquela sala era cheia de arquivos e papeis que logo estaria em chamas. Ah, Senhor! Onde ela estava? Será que... Não! Ela tinha que estar ali.

- Marina! – dessa vez eu ouvi algum ruído, batidas em madeira. – Ah, finalmente! Onde... Só pode ser lá do outro lado, mas não dá tempo de descer e ir para o outro lado.

Abri a mochila, peguei uma corda e um gancho o qual prendi firme na ponta da corda. Com muito esforço fixei no cabo de aço que tinha na estrutura do teto. Cuidadosamente, me balancei com ela, era ridículo que eu pensasse em fazer acrobacias numa situação como aquela, mas parecia ser minha única opção.

Quando atingi uma altura boa, prendi meu pé no espaço que tinha feito com um nó, e me joguei para frente, agarrando a grade do outro lado. Atei a corda no ferro e corri para a porta da sala que obviamente estava trancada.

- Marina, você está aí?

Mas uma vez ela bateu na porta em resposta, meu coração se aliviou, e com toda a força que consegui reunir chutei-a, meu joelho parecia ter saído do lugar, tamanha a dor que senti.

Marina olhou para mim surpresa e por um momento achei que estivesse me vendo como Sophia, no entanto ela não falou nada. Desatei as mãos e os pés dela, ajudando-a a se levantar, em seguida.

- Como me encontrou?

- Acha mesmo que isso importa agora? – eu perguntei saindo daquela sala. – Temos que sair antes que tudo isso seja consumido pelo fogo...

- Tem razão! O que faremos? – ela olhou em volta e eu quase pude ouvir as engrenagens do cérebro dela funcionando, em busca de algum plano. – Descer seria burrice, com tanto fogo...

- Então sugiro que usemos essa escada que leva aquela claraboia... – Marina concordou e passou por mim disposta a ser a primeira a subir, em seguida olhou para mim, como quem diz “Quer ir primeiro?” – Não se incomode, estarei logo atrás de você...

Percebi que não tinha sido a melhor ideia que podia ter sugerido, todavia, infelizmente, foi a única que havia me ocorrido. Digo isso, pois não havia como sair do telhado e, com certeza, lá era o lugar mais seguro. Marina andava de uma extremidade a outra preocupada, quer dizer, parecia confiante e séria, como sempre, no entanto algo no olhar dela me dizia que estava em busca de alternativas.

- Alguma ideia? – eu perguntei sem querer apressa-la, ela olhou para mim e confesso que não consegui definir se era uma expressão de raiva ou frustração. – Ok, vou pensar também... Podemos esperar os bombeiros...

- Não acho uma boa ideia, não quero minha imagem exposta, tenho um disfarce a zelar. – eu percebi que ela estava com um tom de voz controlado e aquilo me deixou curiosa, queria entender o que a estava fazendo ser tão calma. Como conseguia?

- Já andou na corda bamba? – eu perguntei quando uma ideia começou a surgir, Marina me olhou sem saber se eu estava ou não falando sério. – Vou explicar, só preciso recuperar a corda que deixei lá em baixo...

- Não dá para descer, é arriscado...

Ela disse enquanto eu descia pela clara boia, o calor era insuportável, a fumaça me fez querer voltar para o telhado, no entanto aquela era nossa melhor chance. Desamarrei a corda de ferro e me pendurei nela esperando que ela parasse de balançar, subi até onde o gancho estava e o desprendi. O ferro em que estava me segurando estava muito quente e quase impossível de segurar, por isso eu tive que me mover com cuidado, porém de forma rápida, para não cair no fogo a baixo de mim.

Envolvi a corda na minha cintura e me balancei de um ferro para outro, como se estivesse em uma apresentação com trapézios e sem nenhuma rede de proteção. Loucura da minha parte, eu sei, mas como já mencionei, com aquela rosa angelical e poderia fazer qualquer coisa.

Voltei ao telhado, Marina estava me observando pensativa, eu decidi que ignora-la seria uma boa opção. Girei o gancho, como aqueles cowboys com um laço para prender o boi, arremessei-o sem sucesso, tentei várias vezes a mesma coisa até prendê-lo no armazém ao lado.

- Boa! – Marina exclamou animada, entretanto ao olhar para a corda estendida, pareceu recuar.

- Não se preocupe, sei que vai conseguir! – Talvez ouvir isso de uma pessoa que não conhece fosse estranho, mas ela apenas sorriu. – Quer que eu vá?

- Por favor...

Eu me adiantei ficando de frente para a corda, respirei fundo e comecei a atravessar, mesmo sem olhar, sabia que a Marina estava me observando e, provavelmente, se lembrando do dia em que me encontrou treinando com a Milly. Pensei em fingir um erro, mas era muito arriscado...

- Venha! Sua vez... – eu a incentivei, ela caminhou até a corda, parou antes do primeiro passo e olhou para baixo. – Ei! Olhar para baixo não ajuda, fixe seu olhar em mim, respire fundo e venha.

Ela veio devagar, como eu na primeira vez que andei, mas ao contrário de mim ela demonstrou um equilíbrio nato. Não desviou seu olhar do meu nem um instante e quando parecia querer fazer isso eu a chamava, para que não o fizesse. Foi então que ouvi algo rasgando, era a ponta do outro lado.

- Não quero te apressar, mas... – Ela assentiu e acelerou o passo perdendo o equilíbrio antes do ultimo passo, entretanto eu já estava pronta para segura-la pela mão. – Peguei!

A expressão de alivio dela foi algo impressionante, eu sorri e a puxei para cima, ela ficou parada a minha frente, sem desviar o seu olhar do meu, parecia ter muitas coisas a dizer, entretanto não tinha certeza se seria o certo.

Ouvimos o som das sirenes e aquela era nossa deixa, e antes que houvesse qualquer pergunta da parte da Marina, eu me abaixei, retirei o gancho , guardando-o em seguida, na minha bolsa. Ela ainda estava parada me olhando quando eu me virei para ir embora.

- Não vai fugir dessa vez não! – Ela disse exigente.

- Ah, perdão, mas minha agenda está lotada de afazeres, tenho que ir! – Marina me segurou pela mão dirigindo a mim um olhar sério. – Ok, o que quer de mim?

- Só uma pergunta... Quem é você? – Me fiz de desentendida, embora fosse difícil mentir olhando diretamente para ela.

- Perdoe-me! Esqueci de me apresentar, que falta de educação a minha... Sou Sarah Marfini, muito prazer! – Marina franziu a maldita sobrancelha como sempre fazia quando as pessoas tentavam usar ironia com ela e isso tornou minha mentira ainda pior de sustentar. – Vim te ajudar, por que não diz apenas obrigada e me deixa ir embora?

- Não! – Marina exclamou deixando seu tom de voz controlado de lado.

- Pois então, sinto muito, também tenho um disfarce a zelar, sendo assim, passar bem! – eu disse indo embora, mas então ela gargalhou de um jeito espontâneo, não resisti em olhar para ela novamente.

- Desde quando você mente para mim? – Marina me olhou desafiadoramente e eu soube que ela estava falando com meu verdadeiro eu, ou seja, Sophia Stwart.

Sem pestanejar eu saí de lá, sem dizer nem uma palavra sequer e rezei para que isso não confirmasse a suspeita dela. Cheguei a minha casa, me sentindo mal, talvez pela quantidade de fumaça que inalei, ou pela pressão que a Marina havia feito.

Tudo que eu precisava era um banho gelado, um relaxante muscular e um copo de achocolatado feito especialmente pela Maria. Foi exatamente o ritual que segui antes de ir dormir, mas é claro que não foi algo tão fácil de conseguir com tantas lembranças voltando como um filme.

Na manhã seguinte, assim como depois da primeira missão, eu me sentia totalmente acabada, corpo dolorido e uma pequena dor de cabeça. Na sala de televisão noticiava o repentino e estranho incêndio de um armazém de Belo Horizonte.

- Bom dia, Sophia! – minha mãe disse animada, mas ao me ver perdeu todo o entusiasmo. – Que cara é essa? Está se sentindo bem?

- Já me senti melhor, mãe, porém não precisa se preocupar... – Ela colocou a mão em minha testa e fez uma cara de surpresa.

- Como não me preocupar? Você está com febre... – ela disse me fazendo sentar na cadeira a meu lado. – Sophia, você não quase nunca tem febre...

- Mãe, já disse que está tudo bem, tomei um remédio para abaixar a febre, devo estar ficando gripada, sabe que esse tempo frio deixa qualquer um doente. – eu disse sorrindo, ela ficou avaliando meu estado com o olhar e deu de ombros. – Prometo que te aviso se não estiver bem.

- Tudo bem, então!

Cheguei à escola e percebi que talvez, minha mãe tivesse razão em se preocupar, meus amigos me fizeram a mesma cara de “Nossa! O que houve?” e isso só me deixava ainda mais cansada.

- Parece que te botaram numa maquina de lavar e esqueceram de desamarrotar... – Milly sempre muito lógica com seus comentários, isso me divertia. – Venha é aula da Marina!

Ouvi o nome dela fizeram minhas pernas bambearem, meu estomago se contorceu e eu tive que respirar fundo para acompanhar a Milly para a sala. Não sabia se conseguiria encara-la depois da noite anterior, não tinha sido nada demais, no entanto se já era insuportável mentir para ela antes, agora então seria impossível.

Respirei fundo, mais uma vez, e entrei na sala conversando com o Stefan que estava muito animado naquela manhã. Coloquei a bolsa na cadeirae antes de me sentar, meus olhos caíram sobre uma Marina observadora e de olhar firme, havia o habitual ar irônico a sua volta e ela sorriu como quem diz “Eureca”.  Não sei se foi bem aquilo a causa do meu desmaio ou porque eu já estava passando mal, só sei que eu me arrepiei e tudo escureceu do nada.

Demorei a me dar conta de onde estava, abri os olhos e vi a enfermaria que quase nunca era usada de verdade, apenas por alunos que fingiam estar doentes para matar aula. Ao meu lado estava, para minha surpresa, uma Marina preocupada... Espera aí! Preocupada? Não podia ser... Sabia que ela estava ali para me interrogar por isso já fui dizendo:

- O que faz aqui?

- Ei! Calma! Você desmaiou na minha aula, lembra? Eu fiquei preocupada... –Ela estar sendo sincera, talvez houvesse uma chance dela ter descartado a hipótese de que eu era Sarah Marfini.

- Ah, foi mal! – eu disse sem graça pela forma como tinha falado com ela, Marina assentiu compreensiva. – Me corrija se estiver errada, achei que não estivesse falando comigo.

- Tem razão, não estava, pois queria te manter longe de certas coisas, entretanto me parece que você deu seu jeito... – Ela disse com naturalidade e eu pude perceber um certo tom de orgulho na voz dela, mas orgulho de mim? Não, provavelmente, não! Enfim decidi me fazer de desentendida. – Não precisa mais esconder, eu sei que você é a Sarah Marfini.

- Quem? Tem certeza e que sou eu quem está precisando de atendimento? – Marina fez uma careta, possivelmente, ofendida com o que eu disse, porém dessa vez eu não me desculpei. – Que eu me lembre, meu nome é Sophia e não Sarah... Então quer dizer que eu estava certa, há mesmo um grande segredo.

Marina avaliou a veracidade do que eu estava dizendo, sustentei o olhar dela, por mais difícil que fosse. Foquei meus pensamentos, em coisas sérias, para evitar que caísse na risada, afinal quando fico muito nervosa acabo tendo um ataque de risos e era isso que ela estava esperando.

- Ok, vou embora. – Marina se levantou e eu tentei fazer o mesmo, entretanto ela me fez voltar a deitar. – Você precisa descansar, está com febre e provavelmente dores musculares, mas depois do que fez ontem, eu imagino que não tinha mesmo como não sentir isso.

Eu iria argumentar, mas ela negou e saiu da enfermaria me fazendo pensar “Não tenho mais como mentir... Ela já não tem mais dúvidas.”.

- Que susto você deu na gente, Sophia! – Erika disse ao me ver chegar a mesa do nosso grupo.

- Sinto muito, não tinha isso em mente! – eu estava sem graça por ter desmaiado na frente dos meus colegas. – O que eu perdi?

- Nada, tivemos muitos exercícios que a Marina passou antes de sair. – Paula comentou cansada.

- Sair? – David perguntou curioso.

- É a Marina foi ver a Sophia na enfermaria... – Milly respondeu antes de mim e me lançou um olhar curioso. – Isso quer dizer que vocês estão se falando?

- Não, Milly, ela só foi se certificar de que estava tudo bem. – eu disse triste, embora não fosse bem assim.

- Precisava ter ficado uma aula inteira? – Paula perguntou e a Milly a beliscou por debaixo da mesa. – Ai, Milly!

- Sabe que eu também estou curiosa? Ela já estava lá quando acordei e não conversamos muito, ela apenas disse que queria saber se eu estava bem. – eu comentei pensativa, claro que eu estava mentindo, por isso decidi mudar de assunto. – Tive um sonho irado noite passada, querem ouvir?

- Manda! – Stefan exclamou animado.

Contei, então, a noite anterior como se estivesse contando uma historia, ou lendo um livro e isso foi aliviando a pressão que ainda sentia sobre mim. O mais engraçado era ver as expressões dos meus amigos, Milly, David e Stefan pareciam crianças ouvindo uma historia antes de ir dormir, Paula estava acompanhando tudo com atenção,e a Erika sorria como quem diz “Não acredito!”.

- Entendi o porquê de você estar passando mal, com um sonho cansativo desses... – David falou como se estivesse sem folego e isso nos fez rir.

O sinal tocou e todos nós nos dirigimos as nossas respectivas aulas, eu claro não consegui prestar atenção em nada, com tantos pensamentos e lembranças que ocupavam minha cabeça naquele dia.

Eu estava andando pelo segundo andar a procura da Milly e parei por alguns instantes na frente da sala da Marina, queria ter coragem de entrar e por todas as cartas na mesa, mesmo que ela já tivesse sacado todas as minhas jogadas. Queria que toda aquela confusão se resolvesse... Que nossa amizade não estivesse sendo, cada dia mais, desfeita por causa daquele maldito segredo que a meu ver nada tinha demais.

- Como se isso dependesse só de mim... Ficar parada aqui, não me adiantará de nada. – eu resmunguei e antes de me afastar ouvi a voz da Helena.

Me aproximei para ouvir melhor, a porta estava entreaberta e eu pude ver uma cena que estava se tornando banal para mim: Marina com cara de tédio e a Helena transbordando de raiva, elas estavam brigando, de novo.

- O que quer que eu faça? Caso ainda não tenha percebido ainda estamos afastadas... – Marina disse sem interesse de levar àquela conversa a frente.

- Não parece! – Helena rebateu séria.

- Como não? Eu estou ignorando qualquer possibilidade de reaproximação e odeio a cara que ela faz quando não falo com ela.

Então ela realmente se importava com nossa situação? Mesmo sabendo de todos os motivos para ela ter se afastado, ouvir aquilo me fez sorrir.

- Não minta para mim! Eu sei que ela foi com você em uma missão. – Me perguntei como ela sabia daquilo, não tinha como... Marina gargalhou e a Helena fechou os punhos, irritada. – De que está rindo?

- Da sua estupidez... – Tomada pela raiva Helena levantou a mão, mas a Marina a segurou. – Não ouse! Preste bem atenção, no que vou te dizer agora, eu jamais iria levar a Sophia comigo em uma missão. Você me conhece o suficiente para saber disso...

- Achei mesmo que conhecesse, pensei que fosse minha amiga e que nunca me poria em perigo, como prometeu para mim e meu irmão. – Helena puxou seu braço que a Marina ainda segurava.– Nós estávamos errados, todavia o Murilo jamais admitiria isso.

Então eu estava certa em ligar o Murilo à Marina? Mas como? Por que ele não tinha me contado? De certa forma aquilo fez encaixar algumas peças daquele enorme quebra-cabeça que era a vida da Marina.

- Como não percebeu que ela tem estado com você? É perceptível até mesmo para mim, ela tem estado diferente, mais confiante e de certa forma não está se importando com o afastamento de você. Vai dizer que não reparou? – Helena me surpreendeu por ter chegado a tais observações, Marina sorriu de um jeito bobo por um segundo. – Fique longe dela!

- Ah, chega desse discurso de sempre, Helena! Pelo amor de Deus! – Marina disse andando pela sala, provavelmente, para afastar o nervosismo. – Pedirei demissão!

- Da CIA? Nossa! Isso sim é consideração, em? – Helena estava incrédula e eu também, claro.

- Claro que não, Helena! Embora a amizade dela seja de grande importância, você sabe os motivos que me tornaram uma agente e esses são maiores que qualquer coisa... – Ela abaixou a cabeça pensativa e a expressão da Helena se suavizou como se já imaginasse em que a Marina estava pensando. – Pedirei demissão, mudarei de disfarce, possivelmente, nem país eu ficarei...

- Me avise quando tomar sua decisão. - Helena disse indo embora.

- Por quê? Vai querer se despedir? – Marina perguntou com olhar de diversão.

- Pois é... Apesar de tudo, ainda tenho alguma consideração por você. – Helena sorriu para a surpresa da Marina.

- Sempre soube!

Antes que a Helena saisse e me pegasse ali fora ouvindo a conversa delas, eu corri e entrei na primeira porta que vi pela frente. Respirei fundo sem nem me dar conta de que estava na sala dos professores.

- Precisa de alguma coisa? – Alice disse ao me ver, foi entao que achei estar com problemas. – O que houve, Sophia?

- Nada não, Alice! Desculpa ter entrado assim sem pedir, mas...

- Não tem que se explicar, Sophia, está tudo bem... Voce só errou de sala, não é? – eu concordei sem graça e Alice sorriu. – Então, não se preocupe.

- Acho melhor eu ir...

- Antes, me diga: está tudo bem? Eu soube que você desmaiou... – Alice nunca estendia uma conversa e apesar de estranho achei legal que estivesse fazendo.

- Estou bem! Tive apenas um momento de fraqueza, acontece nas melhores famílias... – eu comentei sorrindo e ela concordou.

Por um momento me esqueci de tudo que havia escutado, na sala da Marina, mas foi então que ela entrou. Passou por mim como se não tivesse me visto.

- Fico feliz que esteja melhor! – Alice disse sem perceber meu desconforto.

- Obrigada, Alice! Agora, preciso ir! – eu disse olhando para a Marina que permanecia me ignorando. – Novamente, sinto muito por...

- Já disse que não tem problema...

- O que não tem problema? – Marina perguntou curiosa. – O que a Sophia fez de errado?

- Nada, Marina, ela apenas se enganou e entrou aqui, podia acontecer com qualquer um. – Alice olhou para Marina que concordou e olhou para mim com uma expressão que dizia “Qualquer um, menos você... O que estava aprontando?”, ela sabia que eu conhecia essa escola com a palma da mão e jamais erraria algo tão banal.

- Nos vemos depois, Alice... Marina! – Eu quase me engasguei ao dizer o nome dela, elas acenaram e 


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Notas finais do capítulo

Please, comentem!!!!



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