The Other Side escrita por BDiamond


Capítulo 2
Capítulo I - A linha do limite


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras lindas, eu sei que eu to super atrasada com o cap, mas sabe como é aquele negócios chamado ensino médio, o máximo de tempo que vc tem é dormir e comer, sendo que nem dormir direito eu conseguia.... Maaasss aqui está o cap! Espero q gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/286963/chapter/2

“Se eles dizem que a vida é um sonho Chame isto de insônia Porque este não é o País das Maravilhas”
(The Other Side – Bruno Mars feat C-Lo Green e BOB)


POV Bella


Observei a grande e brilhante lua, de cima da pedra em que estava. Provavelmente eu estava no distrito de Washington, perto de Seattle. Talvez fosse um bom lugar para ficar um tempo. Eu podia senti o vento gelado bater nas minhas costas e bagunçar meu cabelo, mas eu não sentia frio, na verdade eu me sentia em paz. A noite estava extremamente silenciosa e fria, mas mesmo assim boa. Eu tinha a sensação que aqui ninguém me encontraria, que poderia descansar da minha fuga, ter alguns momentos de tranquilidade...
Ouvi passos na floresta
... Mas obviamente eu não conseguiria isso. Suspirei. Levantei-me da pedra, arrumando meu longo e quente casaco. Como se eu precisasse disso. Inspirei o ar para sentir os passos. Mas quase vomitei. No ar um horrível cheiro de cachorro molhado pairava, e parecia cada vez mais forte. Tinha a impressão de que já havia sentido esse cheiro. Acho que, em lobisomens. E pelo forte cheiro era uma matilha.
Ao me dar conta do que estava lidando eu comecei a correr. Eu até podia me controlar, mas sou não sou forte o bastante para lutar contra lobisomens. Corri mais rápido do que podia, em direção a Seattle. Talvez se eu pudesse chegar à cidade, eles me deixariam em paz. Quanto mais corria, mais eu sentia o cheiro forte. Por sorte, eu havia me alimentado na noite passada. Conforme eu corria, ao olhar para além das árvores, pude ver a praia, com a lua cheia iluminando todo o litoral. Se pudesse, eu pararia para tirar uma foto da paisagem. Era espetacular sem duvidas
Comecei a sentir um leve cheiro adocicado. Vampiros. Não dei muito valor, eu não conhecia o cheiro e estava mais preocupada com os lobisomens. Ouvi um uivo forte que parecia vir de minha frente. Parei automaticamente. Olhei para todos os lados, assustada. Eu ouvia os passos chegando cada vez mais perto, porem não sabia de que direção eles vinham.
Ouvi um galho estralando. Coloquei-me em posição de ataque, arreganhando meus dentes e com um rosnado preso na garganta. Então eles apareceram. Eram quatro. Mas fiquei surpresa quando os vi. Eles não pareciam lobisomens comuns. Pareciam-se com lobos selvagens, porem mais altos que cavalos. Havia dois maiores, um deles tinha o pelo negro, com olhos amarelos. Ele rosnava e ofegava sem parar. O outro era de um pelo marrom-arruivado, com olhos castanhos, ele, assim como o outro, também rosnava. Os outros eram marrons-chocolate. Eles andavam em círculos, cercando-me.
Assim que o lobo preto uivou, os outros atacaram. O lobo arruivado atacou-me pela frente enquanto os outros atacaram pelos lados. Com meu poder, afastei-os e empurrei o lobo arruivado com as mãos, jogando-o em uma arvore. Eles voltaram a atacar, então peguei o tronco de uma árvore e arremessei neles, que foram parar mais para trás. O lobo preto atacou juntamente com um dos marrons, que acabou raspando seus dentes em meu braço. Droga, talvez fique uma marca, pensei. Com raiva, agarrei o seu pescoço, mordendo-o e arremessando-o longe, ouvi um guincho quando ele caiu. Meu veneno já corria em suas veias. Sorri malignamente.
Com raiva, o lobo preto foi para cima de mim, e travamos uma luta corporal. Tentei deixar os outros afastados com o meu poder. O lobo preto era realmente muito forte, e por, um momento de descuido, o lobo ruivo conseguiu me acertar. Fazendo-me cair no chão da floresta, ele ficou por cima de mim, rosnando e mirando em meu pescoço.
Nesse momento eu realmente pensei que morrei. Bufei. Tantos anos fugindo dos Volturi, e agora eu vou ser morta por um lobisomem idiota. Muito bom Isabella, desperdiçou sua vida por nada, para morrer. Fechei os olhos, esperando sentir a dor e logo depois minha cabeça arrancada, mas nenhum deles veio.
No segundo seguinte, o lobo foi arremessado para o outro lado, batendo contra a arvore com tanta força que a fez balançar, deixando cair neve sobre o lobo, que rosnou furioso. Olhei para frente, vendo quem havia me salvado.
Ele, com certeza, era o vampiro mais bonito que eu já havia visto. A lua refletia na sua pele pálida, fazendo-a ter um brilho perolado. Seus cabelos eram cor-cobre quase ruivos. E eram revoltados, totalmente bagunçados como se ele tivesse posto o dedo na tomada. Tinha um porte esguio e forte, com músculos não tão aparentes, mas existentes. O nariz era fino e os lábios vermelhos estavam arreganhados, mostrando suas presas. Mas o que mais me chamou atenção foi os seus olhos. Eles eram de um dourado brilhante, chegando à cor ouro. Eles aparentavam raiva e mais algum sentimento que eu não pude reconhecer.
Levantei-me rapidamente e o olhei. Nesse momento, nossos olhos se encontraram. Foi como se o sol explodisse, e as estrelas e a lua tomarem conta do céu. Como se, agora, algo fazia sentido e realmente havia algo pelo o que valia a pena por que lutar. A conexão era tão forte que ficamos assim por alguns quartos de segundo. Porem, de frente para ele, vi o lobo marrom ir para cima dele e meu corpo pareceu reascender de novo.
– Cuidado! – gritei e, com uma força que nem eu sabia que existia, usei meu poder para afastá-lo. O lobo foi arremessado longe e pude ouvir algum osso se quebrando. O vampiro olhou ameaçadoramente para o lobo marrom, que se levantou. E, mesmo mancando, ele foi até o meu salvador. O lobo ruivo e o vampiro se encaravam e rosnavam.
Alguns segundos depois, o espaço se encheu com mais vampiros. Contei exatamente sete. Contei três mulheres e quatro homens, contando com o meu vamp... Quer dizer, com o meu salvador. Eles rosnavam todos ao mesmo tempo. O lobo e o vampiro ruivo se olharam e o vampiro assentiu. Os lobos ruivo e preto se afastaram e foram embora, enquanto o marrom continuava a rosnar para os vampiros.
Eu estava assustada demais para ter uma reação, então continuei com minhas costas grudadas na arvore em que eu estava apoiada. Eu não sabia quem eles eram, portanto não sabia se podia confiar neles ou não. Decidi ficar quieta, para não virar a situação para o meu lado. Logo depois, dois homens saíram da mesma direção de onde os lobos haviam saído. Arregalei os olhos. Esses homens eram os lobos. Por reflexo, olhei para o céu. A lua cheia continuava lá, brilhante. Fiquei mais assustada, o que seriam eles?
– O que pensam que estão fazendo? – rosnou um dos homens, que incrivelmente tinha cara de garoto. O vampiro ruivo rosnou de volta.
– Por favor, garotos, mantenham a calma – disse um vampiro loiro, aparentemente o chefe do clã.
– Não vou manter calma nenhuma, o sanguessuga ai atrapalhou nossa caçada – o outro homem falou
– Vocês estavam em nosso lado do tratado, não podem fazer nada a ela – o ruivo rosnou com raiva. O garoto ameaçou dar um passo a frente, mas todos os vampiros rosnaram juntos.
– Ela – ele disse e apontou para mim, fazendo todos se virarem para mim – mordeu e quase matou um dos nossos!
– Eu estava me defendendo, você me atacaram por motivo algum – eu disse em minha defesa com raiva.
– Cale a boca sanguessuga nojenta - o garoto rosnou e avançou em mim, que rosnei de volta, mas o vampiro ruivo o empurrou.
– Jacob, fique quieto – o homem disse para ele, que bufei descontente.
– Aparentemente, vocês estavam a perseguindo sem um motivo, então não podem mata-la. Está no nosso território, sobre nossa proteção. – uma das vampiras falou, ela tinha cabelos marrons-chocolate e o rosto em forma de coração, seu olhar parecia manso.
– Minha mulher esta certa – o chefe do clã disse e os lobos rosnaram
– Por que fazem tanta questão em proteger ela? Ela nem ao menos é do seu clã, muito menos sua conhecida – o garoto falou ferozmente e o homem se calou, consentindo. Eu não sei o motivo, mas meu coração se entristeceu. Ele estava certo, afinal eu não tinha ninguém.
Todos olharam para mim, a vampira e o vampiro chefe sorriram docemente para mim, que abaixei a cabeça, dando um pequeno sorriso.
– Por que ela é da nossa espécie e também tem uma alma. Todos nós temos. Ela não merece morrer – a vampira disse com um sorriso cálido. E eu me senti acolhida.Talvez meu coração congelado, não está congelado tanto assim. Talvez ainda houvesse esperança.





“Se eu conseguisse achar um jeito de ver isso melhor

Eu fugiria pra algum destino que eu já deveria ter encontrado

Então eu corro para o que eles disseram que poderiam me restaurar

Restaurar a vida do jeito que ela deveria ser”
(Cough Syrup – Glee)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, concordam com Esme? Todos os vampiros tem alma? E a bellinha, o q acharam a reação dela ao ver o seu ruivo salvá-la?
Comentem por favorzinhoo e que tal uma recomendação?
Bjooos